Resenhas - Boquinhas pintadas

amndmrqs 14/04/2022

Diferente de tudo que já li. O livro é bastante confuso, demorei bastante pra me achar. Vários episódios de racismo, machismo e afins que incomodam bastante. Juan Carlos é um escroto, Pancho é outro, que ódio que me deu. Enfim, o livro é muito bem escrito, porém a história é drama atrás de drama, quase uma novela.

Mauricio Gonçalves 17/10/2023

Na medida
O livro tem uma pegada de fofoca/novela bem interessante. Mas o ponto principal nem é a história, que é bem simples, e sim o esquema narrativo.

A narrativa acontece num formato de fragmentos de diferentes tipos: cartas, ligações, diálogos e pensamentos. Faz com que o leitor tenha que ir montando o cenário geral por conta própria, o que pode até fazer algumas pessoas se perderem, mas acredite, vale a pena.

Confesso que no início achei que estava lendo uma revista Capricho. Mas é devido ao início ser direcionado ao pensamento feminino de uma paixão adolescente. Isso se dá pois o autor retrata as diferentes perspectivas dos personagens sobre os mesmos assuntos e decidiu iniciar com essa "paixonite".

Essa apresentação das perspectivas tende a colocar o leitor em primeira pessoa, e não como espectador. E o autor faz isso de maneira muito sagaz, na medida exata. Veja o quanto é difícil ilustrar pensamentos característicos de diferentes gêneros, classes sociais e criação, requer muita sutileza para tornar os personagens verossímeis e não exagerados. De uma percepção masculina, é muito fácil criar uma visão sexista e até exagerada de uma "jovem neurótica padrão", mas o autor tem a habilidade de não cometer esses deslizes, o que torna tudo muito real.

Paloma405 24/04/2022

Novela escrita
Eu gostei desse livro mais do que expressei, não é um livro que dá vontade de acabar logo, lê tudo, é algo pra se ter ali quando quer passar o tempo.

A escrita é muito boa, parece uma novela e o autor mostra o ponto de vista de todos, portanto sabemos a fofoca completa

Tem partes que são por meio de cartas, outras contando o que o personagem fez no dia e naquele mesmo dia o que estava acontecendo com outro personagem, e achei isso ótimo.

Lis 06/09/2023

Kitsch
Que grata surpresa foi esse livro!
Escrito em estilo kitsch (o Google que me disse), não possui linearidade ou um estilo literário que o defina. A narrativa parece um quebra-cabeça, muito fragmentada, o que torna a leitura intrigante. Amei ir juntando as peças e entendendo as personagens.

Além da beleza do estilo, a história é muito boa: todo capítulo traz um fato novo, um suspense. As personagens são ótimas, bastante palpáveis, parecem pessoas que a gente conhece, com características bem humanas. E a crítica social de pano de fundo é muito sutil, bastante delicada.

O livro só tem 240 páginas mas parece que eu conheço as personagens há séculos e sinto falta delas. Ressaca literária total...

Thiago 26/03/2016

Exercício de estilo
Verdadeiro exercício de estilo de Manuel Puig, narrado de forma não linear cada capítulo é contado por um ponto de vista de um personagem diferente, e abordando vários estilos literários, como: cartas, bilhetes, diálogos de radionovela, diálogos no telefone, diálogos sem a voz do outro interlocutor, confissões, depoimentos a polícia, delírios e etc.
A trama da história é até bem simples, ela basicamente se resume ao um triangulo amoroso recheado de mentiras e intrigas, entre Juan Carlos, Mabel e a Nenê, e com um final destrutivo para os três.

Alicia 13/04/2022

Acho que preciso ler de novo

É um livro legal, mas um pouco confuso. Me perdi um pouco na história várias vezes, mas depois de conversar com algumas pessoas sobre o livro me deu uma vontade de ler de novo.
Tirando isso, a história é até legal e trata de assuntos interessantes de uma forma que me lembrou um pouco uma novela. Porém, não consegui me conectar direito com nenhum personagem. Apesar de tudo, recomendo!

Caroline1091 17/04/2022

Acho que... bom
Com esse livro eu fiquei bastante "gostei disso, mas nem tanto". Achei a história boa, é simples, mas o que chama a atenção é a forma como ela é contada: hora é por carta, diário, descrição de um cômodo, diálogo, etc. Eu achei isso curioso/interessante porque não dá pra ter certeza de em qual formato o próximo capítulo vai estar ou de que forma a história de cada personagem vai ser contada.


Além disso eu gostei do começo, mas do meio para o final não gostei, no fim já tinha voltado a gostar um pouco. Enfim, eu até que gostei, mas provavelmente não leria de novo.