A Espada Diabólica

A Espada Diabólica Michael Moorcock




Resenhas - A Espada Diabólica


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Junior Cazeri 10/07/2011

Quando você pensa no gênero Espada e Magia, qual personagem vem à sua mente? Provavelmente você pensa em Conan, o maior ícone do gênero e que influenciou dezenas de imitações que surgiram depois. Contudo, é bom que você saiba que, além do cimério de bronze, existe também uma outra figura, bem longe do ideal heróico do bárbaro, original e muito importante na literatura.

Elric de Melniboné foi criado por Michael Moorcock e estreou na revista Science Fantasy nº 47, em 1961. Suas histórias acabaram em livros, quadrinhos e rpgs. Elric é o príncipe e senhor do reino de Melniboné e último de sua família. Ao contrário dos heróis fortes e imponentes, como Conan, Elric é fragil e adoentado, albino e atormentado por culpas e crimes. Sua força provém da espada Stormbringer, uma entidade que devora as almas de suas vítimas e divide a energia vital com seu portador. Sendo assim, Elric vive às custas de assassinatos que lhe restauram as forças. A espada, devo ressaltar, não é totalmente controlada pelo príncipe, tem vontade própria, guia seus movimentos e o lança em um frenesi sanguinário quando o abastece com energia suficiente. O portador da arma nada mais é do que um fantoche do seu poder. E isso rompe com tudo o que havia sido criado por Robert E. Howard e seu Conan.

A Espada Diabólica (Stormbringer, no original) é um romace fix-up, que reúne 4 aventuras de Elric e, curiosamente, narra o final da saga do antiherói e não o início. Lançado no Brasil pela editora Francisco Alves em 1975, como primeiro volume da coleção Mundo Fantástico, só pode ser encontrado em sebos. Na história, Zarozínia, segunda esposa do príncipe, é raptada e ele parte em seu resgate, sem saber que, em seu caminho, encontrará forças sobrenaturais que buscam dominar o mundo, trazendo uma guerra final devastadora sobre todos os reinos.

Com desafios crescentes e uma longa viagem pelo mundo fantástico de Moorcock, Elric deve lutar contra soldados inimigos, feras, enfrentar gigantes e domar dragões até o clímax que envolve seu grande inimigo, o teocrata Jagreen Lern e os duques do inferno com os quais este se aliou. A trama envolve fantasia, horror e drama, já que certas ações da espada negra Stormbringer são totalmente inesperadas e, muitas vezes, assustadoras. O caminho de Elric, seja atravessando desertos ou em grandes embarcações sobre o mar, é uma passarela de morte e destruição, onde a perda e a dor são companheiras inseparáveis.

Elric vem sendo publicado em Portugal, mas continua fora dos catálogos das editoras nacionais, o que é uma grande lástima. Uma série importante e envolvente como esta merecia um lugar nas livrarias nacionais e nas coleções dos cada dia mais crescentes admirados da fantasia e que procuram algo diferente de O Senhor dos Anéis para ler. Deixo aqui um apelo para que os editores considerem a possibilidade de publicar a saga em nossas terras, pois Elric é mais que uma grande história, é obrigatório para quem aprecia fantasia.

Recomendadíssimo.

Resenhado no http://cafedeontem.wordpress.com/
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Ptah 02/12/2009

Falar o que sobre Elric?
Alan Moore; Neil Gaiman; dentro outros beberam na fonte do Moorcock, então não tem como errar. Qualquer livro sobre o Elric vai ser interessante. Aliás, qualquer livro que trate sobre a luta entre o bem e mal, mais precisamente a ordem e o caos, vai chamar minha atenção. Este em específico nem te obriga a saber algo sobre a mitologia do personagem e nos faz pensar se o nosso mundo um dia não foi assim...
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Sérgio 02/08/2012

O caos, o caos...
Um clássico da fantasia / espada-e-feitiçaria. Quem só conhece o gênero por Tolkien e seus clones precisa ler Moorcock - e A Espada Diabólica é um ótimo portal de entrada. O autor já mostrava, no início da década de 1960, quando esse livro foi serializado no Reino Unido, uma intenção de criar uma alternativa à Alta Fantasia de nobres elfos, soberanos justos e cavaleiros invencíveis. Elric - que, além deste livro, só teve umas poucas HQs publicadas no Brasil - é o anti-herói por excelência, um autêntico junkie que se vê conduzido por um destino que não consegue descortinar ou controlar. Esta edição, lançada na década de 1970 pela Francisco Alves, ainda pode ser encontrada em sebos. Dois pontos negativos: a capa, pavorosa; e o fato de se basear na primeira edição em livro, que omite pouco mais de um capítulo da versão originalmente serializada. Mas, mesmo assim, é imperdível!
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Amós 17/04/2014

A fantasia de Moorcock.
Um livro simplesmente fantástico. Um enredo carregado de uma fantasia pesada e obscura, que na minha opinião é um contraponto a chamada highfantasy, como Tolkien e Lewis. Um livro que deve ser lido por todo aquele que se diz fã de fantasia caboespada. Moorcock trabalha muito bem seus combates embora por vezes a narrativa seja por de mais ligeira. Mas mesmo com este ponto ruim o livro não perde a sua bela riqueza.
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