War and Peace

War and Peace Leon Tolstói




Resenhas - War and Peace


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Hilton 15/02/2024

Se nem Tolstoy sabia em qual gênero esse livro se encaixa, quem dirá eu!
mas essa liberdade de escrita permitiu que Tolstoy escrevesse sobre vários temas com profundidade, desde uma análise concisa da invasão de Napoleão na Rússia e da sociedade russa de um ponto de vista diferente dos historiadores até o homem saindo de seu declínio aparentemente inescapável e se tornando uma pessoa melhor, entre muitas outras coisas (mesmo)
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Anezio 14/10/2023

Deep talking
Tolstoi was simply fantastic in this novel. He shows us his characters in a way that definitely touches our hearts.

There is no way to forget how everything conspired to join Prince Andrew and Natasha again.
Bárbara 14/10/2023minha estante
Q isso bilingue ele




Marcos606 13/09/2023

São Petersburgo 1805, quando o medo da guerra em curso por Napoleão começa a se instalar. A maioria dos personagens é apresentada em uma festa, incluindo Pierre Bezukhov, Andrey Bolkonsky e as famílias Kuragin e Rostov. Grande parte do romance concentra-se nas interações entre os Bezukhovs, Bolkonskys e os Rostovs. Após sua apresentação, Andrey Bolkonsky e Nikolay Rostov vão para a frente austríaca sob o comando do general Kutuzov, uma representação fictícia de Mikhail Kutuzov, para enfrentar as tropas de Napoleão. Andrey é então ferido na Batalha de Austerlitz e dado como morto, até chegar em casa para sua esposa, Lise, que morre durante o parto logo depois. Pierre, por sua vez, casa-se com Helene Kuragina. Ela é infiel a ele e Pierre duela com o outro homem, quase matando-o. Ele logo fica impressionado com seu casamento e deixa Helene. Ele se junta aos maçons, o que influencia muito sua sorte pessoal e empresarial. Nesse ínterim, Nikolay acumulou uma grande dívida de jogo, o que fez com que a família Rostov perdesse a maior parte de sua fortuna. Ele é incentivado a se casar com uma herdeira rica, apesar de prometer se casar com Sonya, sua prima. Nikolay eventualmente testemunha a paz entre o czar Alexandre I e Napoleão (Tratado de Tilsit, assinado em 1807). Andrey logo se envolve com Natasha Rostov, apenas para ser informado por seu pai que ele deve esperar um ano antes de se casar com ela. Depois de algum tempo afastado, Andrey descobre que Natasha foi infiel. Ele a rejeita e Pierre a consola, acabando por se apaixonar por ela.

Em 1812, Napoleão invade a Rússia, forçando Alexandre a declarar guerra. Andrey retorna ao serviço e Pierre é levado a acreditar que deve assassinar pessoalmente Napoleão.

Conhecido por seu realismo, algo que Tolstói conseguiu através de intensa pesquisa. Ele visitou campos de batalha, leu livros de história sobre as Guerras Napoleônicas e baseou-se em eventos históricos reais para criar um romance de história viva. Planejou originalmente escrever um romance centrado nos dezembristas, cuja revolução em 1825 contra o czar tentou acabar com o governo autocrático na Rússia. Os dezembristas falharam, porém, e aqueles que foram poupados da execução foram enviados para a Sibéria. Tolstoi queria retratar um dezembrista, já idoso, retornando do exílio. No entanto, à medida que Tolstoi escreveu e revisou, o romance evoluiu para o 'Guerra e Paz' conhecido hoje – um romance que se passa mais de uma década antes do movimento dezembrista. O principal cenário histórico do romance é a invasão francesa da Rússia em 1812, que foi um ponto de virada nas Guerras Napoleônicas e um período de significado patriótico para a Rússia. Alguns historiadores argumentam que esta invasão foi o evento que se metamorfoseou no movimento dezembrista anos depois.

Muitos dos nomes de família usados ​​em 'Guerra e Paz' são pequenas alterações de nomes reais, uma estratégia deliberada destinada a fazer com que o romance parecesse familiar para os russos que o lessem. Bolkonsky, por exemplo, é uma versão manipulada do sobrenome da mãe de Tolstói, Volkonsky. Aos 26 anos, o autor lutou na Guerra da Crimeia, sobre a qual também escreveu em três esboços que descrevem, graficamente, suas experiências durante o Cerco de Sebastopol (publicado de 1855 a 1856).

A maneira como Tolstói combina o romance pessoal, com o romance histórico, forma a estrutura dualista de Guerra e Paz.

A complexidade e o alcance deriva da tensão entre duas orientações constantes e interligadas: o coletivo e o pessoal, os acontecimentos de uma nação e a experiência dos indivíduos. Assim, os protagonistas do romance têm um duplo significado. Num plano, revelam indivíduos na sua busca de autodefinição; no outro, são participantes num movimento de massas cujo padrão lhes será para sempre desconhecido. Pela mesma dualidade, os acontecimentos públicos e as figuras públicas revelam verdades básicas sobre a natureza da experiência privada, e a relação entre as experiências dos indivíduos, momento a momento, e a sua procura de significado a longo prazo, com o destino em desenvolvimento de uma nação gera os conflitos dramáticos e os pontos de virada individuais do romance.

Natasha também possui duplo significado. Ao mesmo tempo que ela é uma adolescente em particular que se torna mulher, o seu amadurecimento emocional simboliza a transformação histórica da própria Rússia. A maioridade de Natasha ocorre quando os seus valores pessoais entram em conflito com valores socialmente impostos e hostis à sua natureza, enquanto, ao mesmo tempo, o grande período de mudança da Rússia ocorre quando a nação se levanta contra os invasores estrangeiros. Ambas as “guerras” – a histórica envolvendo a nação e a simbólica que Natasha trava – fornecem as necessidades de autodefinição.

O paralelismo final, no entanto, é sublinhado no seu título, com as qualidades polares da guerra e da paz fornecendo os cenários físicos e emocionais de incidentes que investigam mais profundamente a dualidade entre a vida coletiva e a individual. Os acontecimentos que ocorrem em tempos de paz são frequentemente ecoados durante as cenas de guerra, e a perspectiva que é alcançada a partir destes incidentes contados duas vezes aprofunda a nossa compreensão das verdades morais que o autor deseja sublinhar.

Quando comparamos a tranquilidade das primeiras campanhas retratadas no romance com o duelo mortal da batalha de Borodino, vemos como essa dualidade intensifica nossos sentimentos pelo evento que constitui o ponto de virada da guerra. O primeiro estrondo de canhão em Schöngraben coincide com uma explosão de luz solar que levanta o ânimo dos soldados entediados, mas alegres. O nascer do sol sobre Borodino, por outro lado, ilumina uma cena de carnificina e desespero enquanto os sombrios sobreviventes enfrentam a morte a cada momento.
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Heloyse 26/10/2022

Pouca guerra e nenhuma paz
Comecei o livro bem animada, mas, sinceramente, não gostei.
Um monte de capítulos desnecessários, ideias repetidas, personagens insuportáveis, personagens que foram esquecidos...
Foi uma leitura cansativa demais pelo simples fato de parecer que o autor fez de tudo pra ser um calhamaço.
Acredito que uma escrita mais concisa e direta ao ponto resultaria em uma história menor, mas a escrita seria de melhor qualidade e a narrativa também.
Entendo que é um clássico, mas não me agradou.
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Marina. 29/12/2021

O livro perfeito não existe.
Terminar de ler esse livro mudou a minha vida.
Primeiro que estou me sentindo completamente leve por não ter mais essa leitura nas costas. Segundo que estou me sentindo completamente satisfeita pela leitura.
Eu já tinha gostado do Tolstoi lá em Anna Karienina mas aqui foi avassalador. Eu estive imersa na leitura até quando eu não estava lendo, parecia que era tudo muito real e próximo de mim. Gosto disso no Tolstoi, a gente fica íntimo dos personagens, a gente sente por eles, torce por eles e até chora junto. A gente muda pra Rússia por um tempo. Vive aquele inverno por um tempo. Eu juro que até passei um pouco de fome e senti o mal cheiro de estar entre os prisioneiros de guerra.
Eu não sei mais quem eu sou sem estar lendo Guerra e Paz (até porque faz 5 meses que estou nessa leitura). Quero ler de novo. Perceber novos detalhes. Pesquisar sobre. Ler todas as notas.
E claro, ele não é perfeito. Eu confesso que lá pelo fim dei apenas uma passada de olho em todas as considerações, teorizações e reflexões sobre o fazer da ciência histórica. Mas acho que, a construção e a narração são terrivelmente bem feitas e existe uma graça em lidar com os detalhes chatos da história, em não se lembrar mais de certos acontecimentos e personagens com o passar do tempo. É igual à vida, o que mais marca é a sensação.
Rildery 29/12/2021minha estante
tenho muita vontade de ler esse clássico ?




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Edgar 28/07/2013

Guerra e Paz: uma luta enfim encerrada
Acabei de terminar a leitura de Guerra e Paz, numa edição digital no meu kobo, da tradução clássica de Maude.
Ter lido G&P foi, sim, uma taréfa árdua. É uma história maior que a vida em muitos sentidos. Para quem não conhece ou nunca ouviu falar (vergonha!), foi escrito por Tolstói e conta a história de algumas famílias da aristocracia russa durante a invasão napoleônica no início do século 19.
Não é um romance como outros. Tolstói desafia a leitura de muitos historiadores da época tanto sobre os fatos da campanha quanto a maneira como a História, enquanto ciência, é vista.
A maneira como descreve as forças que movem os povos e os eventos históricos, a pouca importância que as grandes figuras realmente têm e o papel do romancista na narração da História é bastante interessante.
O final te deixa meio com a sensação de que não acabou? Sim, e muitas pessoas podem sentir-se desconfortáveis com isso, mas me parece que isso seja só um jeito de dizer que suas histórias realmente continua, como a história de qualquer pessoa e que, tb como qqr pessoa, elas não são, individualmente, importantes no grande esquema das coisas.
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Natália C. 01/05/2009

Guerra e Paz
Leon Tolstoi escreveu um dos romances mais completos e marcantes da literatura universal, talvez só comparável à Ilíada ou Odisséia, na sua grandeza épica. Embora Guerra e Paz não consiga alcançar o nível de aprofundamento psicológico obtido pelo autor em Ana Karenina, por outro lado, poucas vezes um povo recebeu um legado artístico tão apaixonado. O romance compreende o período de 1805 a 1813, descrevendo, em retrospectiva histórica, a campanha de Napoleão na Áustria, a invasão da Rússia, a tomada de Moscou e, finalmente, a trágica retirada das tropas francesas durante o inverno russo. A narrativa tem início durante um período de paz, onde Tolstoi destaca com ironia a futilidade da sociedade russa da época, nos salões de baile de São Petersburgo onde, apesar da ameaça de guerra imposta pelo avanço de Napoleão na Europa, a aristocracia local, sob forte influência cultural do inimigo, insistia em falar francês.

Pedro Bezukhov, um dos personagens principais do romance, é uma expressão do alter ego de Tolstoi. Filho ilegítimo de um nobre russo, foi educado no exterior e retorna para a Rússia ao mesmo tempo em que passa a ser o único herdeiro de uma grande fortuna. Entretanto, Pedro não consegue se adaptar ao meio nobre em que é forçado a conviver e busca incessantemente um sentido espiritual e filosófico para a sua vida. Pedro não é guiado pela razão e, na maior parte das vezes, acaba tomando atitudes intempestivas com base em seu estado emocional, como, por exemplo, quando acaba sendo convencido a se casar com a bela e vazia Helena Kuriaguine ou mesmo quando decide assassinar Napoleão durante a invasão de Moscou.

O príncipe André Bolkonski, embora sendo o melhor amigo de Pedro Bezukhov, tem uma personalidade contrastante, pois enquanto Pedro é simples e até mesmo ingênuo no trato das questões práticas da vida, André tem uma mente pragmática e é extremamente devotado ao país. Ele participa das batalhas principais da campanha da Rússia como ajudante de ordens do velho general Kutuzov, personagem histórico e que, segundo Tolstoi foi o maior responsável pela libertação da Rússia devido à sua estratégia militar de humildade e paciência que conseguiu finalmente derrotar Napoleão.

Tolstoi descreve as batalhas de Austerlitz e Borodino com rigor de detalhes para concluir que a conquista ou derrota não está no desenvolvimento de planos lógicos e detalhados pelos generais, mas sim na sucessão de eventos incontroláveis que forçam os estrategistas, muitas vezes interessados apenas em suas próprias carreiras, a mudar as táticas de acordo com a lei do acaso. Neste contexto, Tolstoi apresenta uma visão desmistificada de Napoleão e do imperador russo Alexandre I. Napoleão, principalmente, é sempre caracterizado como um líder arrogante e ambicioso.

Os personagens femininos são muito bem construídos em Guerra e Paz, a exemplo da jovem e encantadora Natacha Rostov, cuja autenticidade na busca da própria felicidade fará com que seja corrompida pela sociedade, traindo o amor sincero de André Bolkonski. Natacha se arrependerá de seu erro no decorrer do romance.

A tradução indireta do francês é sempre um limitador para a originalidade da prosa russa o que, no caso desta edição, foi ainda mais comprometido por uma revisão final decepcionante. Mesmo assim, a obra de Tolstoi consegue elevar-se como um dos maiores clássicos já escritos pelo homem em homenagem aos povos, coisas do século XIX. -Kovacs -
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