Agnes Grey

Agnes Grey Anne Brontë




Resenhas - Agnes Grey


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Cringe Literário 02/09/2021

Agnes Grey: romance de formação da era Vitoriana
Narrativa envolvente com desventuras em séries que despertam nossa curiosidade para um desenrolar positivo dos fatos. Possui a presença de protagonistas que buscam autonomia por si mesmas.
A personagem principal Agnes Grey não pertence à uma família aristocrata, porém busca prover pelos próprios meios uma melhora da sua condição de vida como preceptora, mas não quer dizer que será uma tarefa fácil, surgiram muitas adversidades principalmente com as crianças mimadas e sem limites. As relações amorosas são abordadas em contrapontos com o intuito de se trazer ensinamentos e lições aos leitores, com uma conduta moral ética e outra conduta moral contraditória.
Ambientado no início da era da revolução industrial, as mulheres (não aristocratas) perderam ocupações laborais para os homens e se ocupavam principalmente como preceptora que são cargos similares a de uma governanta.
A figura de Agnes Grey uma burguesa, segundo a biografia das irmãs Bronte, tem muitas semelhanças com a própria Anne Bronte, sugerindo então uma autobiografia, uma vez que ambas foram filhas de pobres clérigos, não tinham grandes fortunas familiares e precisaram trabalhar para auxiliar na renda pessoal e familiar.
A narrativa tem forte apelo religioso com a mensagem da crença da salvação universal pautada no amor à Deus e não no medo do inferno. Ainda, há uma exposição das figuras religiosas que nem sempre são figuras bondosas, imaculadas e podem ter traços de crueldade, principalmente quando a narrativa da autora faz um comparativo de crueldade relacionada à maus tratos com os animais.
Não se enquadra em um livro feminista, porém apresenta críticas sociais as quais podemos ler como feministas principalmente com a protagonista, e o contexto de enfraquecimento da figura paterna de Agnes e fortalecimento da figura materna e seu ótimo de empreendedorismo bem-sucedido quando ela assume papel de viúva.
A narrativa não se delonga na descrição minuciosa dos personagens, mas tem vasta descrição dos ambientes naturais, das cenas de dias de chuva, passeios de carruagem, campos de lama e críticas sociais tangentes ao grande acúmulo de posses não se traduzir em grande nível de educação dos aristocratas que tratam a classe de empregados, camponeses e burgueses com inferioridade, crueldade, desprezo e desleixo.
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duda medeiros 15/09/2020

expectativas frustadas
De antemão, é impossível não comparar a escrita de Anne Brontë com a das suas irmãs, Charlotte e Emily. Uma vez que li e reli várias de suas revolucionárias obras, me decepcionei logo de cara com Agnes Grey e, espero de coração, voltar a ler algum escrito de Anne para reconsiderar, com expectativa de evolução, alguns aspectos de sua escrita.

É uma narrativa que não flui em momento algum, até que cheguei um ponto de querer me obrigar a ler determinado número de páginas diariamente para acabar a obra (fato que quase nunca ocorre! A leitura, pra mim, é fonte de prazer e não de obrigação) mas eu precisava formar uma opinião acerca de Anne Brontë, e claro, não está totalmente consolidada tendo em vista que, ainda, só li uma obra sua.

Mas enfim, sobre Agnes Grey: é uma heroína apagada, destituída de qualquer característica admirável, em outras palavras: sem graça.
Em sua personalidade não há nada que a destinge dos demais a sua volta, Agnes não tem coragem e sempre se submete ao silêncio de seu sofrimento e ás humilhações impostas pelos superiores os quais serve de educadora.
A escrita é poética e bela a seu modo, Anne é bem detalhista e apaixonada, demonstra isso através dos olhos de Agnes, mas são tantas tragédias no enredo e falta de fluidez na escrita que acaba por perder a mágica do livro.
Me dói muito, pq não é apenas em uma ou outra passagem, durante a obra inteira Agnes se permite ser resiliente diante de todo tipo de maldade, e justifica sua submissão na religião.
Devoção ao cristianismo é uma característica presente na escrita de todas as irmãs Brontë mas em Agnes, ela põe moralidade onde não cabe. Ela sempre desculpa a falta de compaixão alheia com base em versículos que eu sinceramente não compreendo nem respeito sua interpretação, não creio que atos de malevolência sejam dignos de justificativa além do óbvio: carência de empatia. Se nos cabe estar entre essas pessoas, no mínimo, devemos lhes mostrar um pouco de razão, e não SILENCIAR-SE. O silêncio, por vezes, na obra, é interpretado como sinônimo de razão e de liberdade para desfazer-se do próximo de modo a não considerar seus sentimentos.
E isso me incomoda durante toda, absolutamente TODA, a obra.
Quanto ao romance em si, eu já não esperava que a heroína fosse provida de toda paixão pela carne o qual é explícito nos romances de suas irmãs, mas é bem mais frustrante pq, em Agnes, ela sente certa ardência (resiliente), mas além de não desmonstrar em atitudes (isso eu compreendo, levando em conta os valores morais da época) ela também não dá continuação sobre o decorrer do romance. Quando ENFIM chega ao ápice, em que seu amado revela toda sua simpatia... o livro acaba.
Sabe ? Frustante. Tanto sofrimento, ilusão e desespero para absolutamente nada.
Poderia resumir todas minhas palavras acima em decepção.
espero superar esses sentimentos e tornar a ler algo de Anne Brontë.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 26/02/2020

Para ajudar a família que enfrentava sérias dificuldades financeiras, a caçula dos Greys, Agnes, resolve trabalhar como preceptora para outras famílias. O trabalho, no entanto, é bem mais laborioso do que ela imaginava.

Eu, como professora, sinto na pele tudo o que a Agnes passou durante a difícil tarefa de ensinar e/ou educar. Assim como ela, algumas famílias ainda continuam relegando toda a educação dos filhos para àqueles que ensinam. É uma tarefa árdua, quando não, infrutífera. E, assim como ela, eu e muitos colegas, continuamos na luta sem desistir.

A obra em si nada mais é do que a narrativa do dia a dia da protagonista. Por vezes torna-se morosa e pouco atrativa dada a falta de grandes reviravoltas. Mas Agnes Grey é uma obra para se pensar o papel da mulher no século XIX, uma época em que ela não tinha nem vez e nem voz.

A autora ousou questionar vários dogmas totalmente já arraigados. De forma sutil, mostrou que a mulher também poderia se impor e buscar a sua felicidade, não apenas aceitando o que o ?destino? lhe oferecer. Há aqui também uma ferrenha crítica à hipocrisia da sociedade, ao falso moralismo (principalmente o religioso) e às futilidades atribuídas à figura feminina.

O final, é claro, não foi nada surpreendente e sabemos como culmina os romances do século XIX. Apesar disso, vale a leitura, visto que temos aqui o retrato de uma época protagonizado por uma mulher forte e inspiradora.
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csartoretto 10/05/2020

Não crie expectativas
Depois de ler Jane Eyre e O morro dos Ventos Uivantes, esperava mais de Agnes Grey, achei a personagem sem personalidade, apagada, esperava encontrar outra personagem empoderada mas só encontrei servilismo e me decepcionei. A religião exerce tb grande influência na escrita de Anne Brontë, mas não vejo personagens tão
bem delineados, todos são muito superficiais e nesse ponto os aspectos psicológicos dos personagens deixam bastante a desejar. Mas ainda assim a narrativa não é cansativa e flui bem fácil.
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Alan kleber 12/03/2021

Fantástico.
Primeiro livro das irmãs Brontë que leio, e já é grandioso sendo que Anne Brontë não é considerada a melhor das irmãs.
O livro trás reflexões importantíssimas. Leitura imperdível.
" Em Agnes Grey, Anne Brontë evita fortes paixões em favor de um retrato contido da vida real. A frase de abertura: Todas as verdadeiras histórias contêm instruções, sugere tanto o seu objetivo como o seu método: a demonstração, através do realismo, do crescimento espiritual e moral da heroína.
Inspirada fortemente em suas próprias experiências, Brontë, convincente, apresenta a vida da governanta e os fatores que muitas vezes a fez insuportável. Ela cria para sua heroína e herói pessoas comuns que lutam em situações reais e difíceis,

O tema subjacente, que as mulheres são seres racionais que devem ter os meios e oportunidades para sua independência e satisfação, se expressa principalmente na história de vida de Agnes. Procurando emprego, Agnes aceita a única ocupação disponível para mulheres de classe média, e ela embarca em sua carreira como governanta empolgada com a perspectiva não apenas de ganhar dinheiro, mas também de ampliar seus horizontes.
Seu otimismo animado, no entanto, é ingênuo, com base na ignorância do mundo. O romance diz respeito a sua educação e crescimento para a maturidade. Apesar de seus fracassos como governanta, ela persevera, determinada a adotar uma abordagem lógica e racional para seus acusadores. Ela amplia sua compreensão da natureza humana, faz astutas avaliações de caráter e aprende a penetrar na hipocrisia. Embora ela sofra muitas humilhações, ela ganha autoconfiança, e em certos pontos, ela desafia abertamente a autoridade."
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Isabela 22/07/2022

Definitivamente a Charlotte com sua Jane Eyre continua a ser minha irmã Brontë favorita!
Mas esse é um livro bem interessante. Os personagens são marcantes sejam por sua brandura e benevolência (a própria Agnes) ou arrogância (nojenta família Murray), retratando toda a ignorância e egoísmo da burguesia inglesa. O romance também foi bem bonito.
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Patty_smoura 30/10/2021

Bem fraquinho
Fiquei esperando aquele romance arrebatador, intrigas...
E nada, mas valeu a leitura para conhecer a autora.
Ziza 30/10/2021minha estante
Também achei quando li




Haime 30/03/2021

Agnes Grey
Sendo livro menos popular das irmã me surpreendi com estória e tive vários conceitos da personagem Agnes durante a leitura .
A estória em sua totalidade ficou para mim muito vívida os ensinamentos morais de um cristão e tudo que parece normal aos de muito e algo totalmente irracional a se fazer e aceitar.

Queria um pouco mais de desenvolvimento da parte romântica e feliz Agnes . Ficou tudo para últimos 2 cap e foi bem corrido sem muitas detalhes mas mesmo assim enche o coração de ternura e aconchego pela que Agnes passa durante estória.
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ocamiverso 05/02/2023

final feliz para agnes
esse clássico é exemplo de virtude e postura. como jane eyre, é certamente um livro que todos deveriam ler, e saber que o final feliz que eu passei a historia quase toda esperando e torcendo deu certo me deixou aliviada e feliz.
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Suzana 28/03/2021

O plot não veio
Acho que criei expectativas demais sobre o livro. Não é de todo ruim, mas, também é nada muito espetacular. Senti falta de um algo a mais... A protagonista não se desenvolve tanto, poderia ao menos ter expandido o romance no fim, mas nem isso teve. Descreve bem a sociedade inglesa da época, os costumes e comportamentos, mas é só.
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Lah 30/07/2020

História rápida, mas ?água com açúcar? comparada à Jane Eyre e O morro dos ventos uivantes.
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Rebeka.Cirqueira 31/05/2020

Agnes Grey
Agnes Grey, filha de um pastor de uma província pequena sabe que seus pais não estão em bons lençóis financeiramente falando. Então, apesar de protestos, ela decide se tornar preceptora, com o intuito de ajudar sua família e ensinar os bons caminhos para filhos de outras pessoas.
.
Acompanhamos Agnes em seus erros e acertos, somos apresentados a famílias com filhos incorrigíveis e mimados. E apesar da vida sem graça, muitas vezes Agnes se sente feliz por poder estar ensinando.
.
Anne cria uma personagem com uma paciência tremenda, sempre tentando ao máximo não ceder agora desejos das crianças, mas muitas vezes sendo alvo de críticas por parte dos pais. A autora nos apresenta uma vida que ela viveu e se seu desejo era mostrar como essa vida poderia ser pacata e insossa, ela conseguiu
.
Apesar de não ser o meu livro favorito da autora (leiam A Senhora de Wildfell Hall?) e de não ter grandes revelações, Agnes Grey foi uma leitura prazerosa e com um bom ritmo.
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Sté 10/11/2022

O prazer de desejar excede o prazer de possuir
"? Se deseja a perfeição, não poderá por certo encontrar.
? Não, não é isso que pretendo. Não posso desejar a perfeição, sendo eu próprio imperfeito"

Não tem como amar mais esse livro do que eu amei!!!! A história é simples, tão real, tão palpável, tão delicada, não sei explicar, só sei dizer que estou inteiramente apaixonada. Agnes é um ser humano incrível, passou por tormentos, a mente entregue a tantas perguntas e tão nebulosa em alguns momentos, dúvidas e falta de amor sobre si mesma, mas uma fé indescritível que torna a erguê-la, além de um coração gigante. Acho que tive muita identificação com a personagem e quando isso acontece me deixo levar...
Mr. Weston me ganhou, ele não é o mocinho perfeito, não é um príncipe encantado, bonito, rico... ele é um bom homem com um bom coração... e basta.
Sobre os demais não cabe falar. Mas cada um representa seu papel muito bem na sociedade aristocrata da época. Rosalie é quem mais se destaca, ela é o retrato de muitas coisas que não devemos ser. De todas as bobagens que ela falou (e fez), o título dessa resenha é uma frase dela e incrivelmente é carregada de grande sabedoria, ou pelo menos de uma infeliz descoberta.
Enfim, não queria que tivesse acabado nunca. Eu comecei sem grandes pretensões e me apaixonei. Minha introdução a família Brontë, comecei com Anne, que venham mais...
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