A balada do café triste

A balada do café triste Carson McCullers




Resenhas - A Balada do Café Triste


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IzaF. 25/12/2023

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?Há um tipo de seres humanos que possui uma qualidade que os diferencia dos demais: é certo instinto que se encontra em geral nas crianças e que consiste em estabelecer con tacto imediato e absoluto com tudo o que o rodeia.?

?Há o que ama e há o amado. Muitas vezes, este último constitui apenas um estímulo para o amor acumulado que jaz até aí no amante, o qual bem sabe que isso é uma coisa solitária.?

?Até um louco pode despertar em alguém um idílio simples, cheio de ternura Portanto, o valor e a qualidade do amor são determinados somente pelo indivíduo em quem ele desperta.
Há-de ser por este motivo que a maior parte de nós prefere amar a ser amado.?

?A vida degenera numa luta confusa para ganhar o necessário, e a confusão origina-se nisto: todas as coisas têm o seu valor e hão-de ser compradas com dinheiro; Mas nenhum preço se opõe à existência humana: foi-nos concedida de graça e da mesma forma nos é retirada. Quanto vale? A julgar pelo que nos rodeia, muito pouco, ou talvez nada. Depois de esforços esgotantes e inúteis, experimenta-se no íntimo a sensação de não valer dois caracóis.?

?mais vale receber o seu pior inimigo do que ter de enfrentar a hipótese de viver só.?
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Tamires Felix 22/01/2023

Quero mais Carson!
Há uns dois anos eu vi um vídeo de uma moça indicando ?A Balada do Café Triste?. Não sei dizer por que levei tanto tempo para ler se eu já sabia que iria gostar. Talvez, eu precise corrigir isso de deixar boas leituras para depois. Ou não. É satisfatório confirmar a estranha certeza do gosto. O fato é que agora está lido. Na verdade, eu li o conto que intitula o livro. Foi a edição que eu encontrei. Se ainda tiver a oportunidade de ler os demais contos que compõem o livro, assim o farei. Porém, sei que li o que precisava ter lido para descobrir a Carson McCullers, uma escritora maravilhosa.
O conto lido nos permite conhecer três personagens pouco convencionais. A Miss Amélia é uma mulher amarga, que foi casada por dez dias com o belo, porém mau-caráter Marvin. Ela leva uma vida solitária até a chegada de um anão corcunda que se diz primo dela. A Miss Amélia logo se apaixona pela figura e a loja que ela mantinha se transforma em um animado café. Ao fim de alguns anos, o marido rejeitado retorna, um curioso triângulo amoroso tem início e nada mais voltará a ser igual.
Vale muito a pena ler.
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Monique | @moniqueeoslivros 14/09/2022

The ballad of the sad café
{Leitura 44/2022 - ?? Estados Unidos}
A balada do café triste e outras histórias - Carson McCullers

Este é um livro peculiar. E peculiar no sentido de falar sobre pessoas muito específicas, sobre minorias, sobre a imperfeição do ser humano. Carson McCullers nos entrega aqui sete histórias, e em todas elas há uma humanidade com defeitos.

A maior das histórias é a que dá título ao livro, A balada do café triste. Na narrativa, Srta. Amélia, uma mulher totalmente independente, dona de um armazém, agiota, com ares de curandeira, traços masculinos bem marcados e muito alta apaixona-se por um anão corcunda forasteiro. E é esse pequeno homem (que ela carrega nos ombros, às vezes) que chega em sua vida e transforma sua "venda" em Café, e faz com que o estabelecimento esteja sempre cheio.
E essa história de amor estranha só melhora quando o ex-marido da Srta. Amélia, que estava preso, volta para a cidadezinha.

Esses personagens quase pitorescos permeiam todas as sete histórias. Temos aqui narrativas que nos causam estranhamentos vários sobre solidão, bebida, amores destruídos, casamentos desfeitos, e toda a sorte de infortúnios. A autora coloca luz sobre essas imperfeições, mas de uma maneira que evidencie, e não que "conserte". É como se esses traços fossem o que faz sua obra ser humanamente viva.

Falar sobre a fragilidade do ser humano é tarefa difícil, já que normalmente ninguém deseja olhar para as próprias feridas. E talvez encontrar essas faltas num livro também seja desconcertante. Esse talvez seja o maior mérito da autora.

Para encerrar: segundo Caio Fernando Abreu (tradutor dessa edição), "traduzir Carson McCullers foi, para mim, como um exercício de reconciliação com o humano torto e carente de cada um de nós. Acredito que lê-la também o será.".
Alê | @alexandrejjr 16/09/2022minha estante
A Carson McCullers merecia mais atenção com novas edições e um belo projeto gráfico. Uma pena que eu não consiga ver isso no horizonte. Ah!, e obrigado por compartilhar mais uma resenha delicinha de ler.


Monique | @moniqueeoslivros 16/09/2022minha estante
Sim, O coração é um caçador solitário está bem difícil de achar, e olha que a Tag já enviou esse livro também. E eu que te agradeço! ?




Admel 12/02/2021

Acho os contos uma ótima porta de entrada para conhecer a escrita e por isso escolhi esse livro para começar a ler Carson.

Os livro possui um apanhado de 7 contos da autora e todos preenchidos com muita melancolia. As histórias não revelam nada demais, mas o conto que dá nome ao título do livro foi meu preferido. Fiquei IMPACTADA! Recomendo muito a leitura do livro.

Adorei a nota do tradutor para definir o gênero conto:

"Um mínimo de palavras, um máximo de intensidade."
Jaqueline.Schmitt 14/02/2021minha estante
ótima definição!




regifreitas 11/06/2020

A BALADA DO CAFÉ TRISTE E OUTRAS HISTÓRIAS (The ballad of the sad cafe, 1951), Carson McCullers; tradução Caio Fernando Abreu.

Carson McCullers (1917-1967) é uma escritora pouco conhecida pelo grande público daqui. As edições de sua obra geralmente são pequenas, e de interesse maior por parte do público acadêmico do que dos leitores em geral. Para a crítica, esta é uma das melhores obras da autora, além de ser uma referência para o gênero em língua inglesa.

Trata-se de um livro de contos (sete no total), e como toda coletânea, oscila bastante na qualidade dos textos. Sempre fui mais afeito a narrativas longas, embora reconheça que para um escritor o gênero conto se constitua um exercício bem mais exigente - deve ser bem mais difícil trabalhar uma história que deve ser sucinta e mesmo assim prender a atenção do leitor em poucas páginas.

O conto que nomeia a obra é, certamente, um dos melhores, muito embora a conclusão não tenha me agradado totalmente. Mas foi "Uma árvore, uma rocha, uma nuvem", o trabalho que fecha o livro, que acabou ecoando mais e por mais tempo em mim após a sua leitura. Já "O jóquei" e "Madame Zilensky e o rei da Finlândia" foram os que menos gostei; provavelmente por não ter conseguindo captar a intenção maior da autora com os textos. Os demais, se não surpreenderam, também não causaram desgosto, apenas não marcaram.

Esta também foi uma das leituras do mês de maio para o Desafio Livros & Sabores, referente aos EUA.
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Pandora 24/10/2019

Sim, uma narrativa pode e deve ser boa por si só, mas às vezes você a compreende melhor se compreende melhor o seu autor.

Carson McCullers foi uma garota prodígio. Aos dez anos começou a aprender piano; aos 15, ganhou de seu pai uma máquina de escrever para estimulá-la na escrita. Aos 17 saiu de casa, em Columbus, na Geórgia, para estudar na prestigiada escola de música Juilliard em Nova York. Lá, após ser acometida por febre reumática, voltou a Columbus para se recuperar e desistiu de estudar música.
Aos 20 ela se casou com Reeves, um ex-soldado e aspirante a escritor e eles fizeram um pacto de se revezarem em empregos comuns para que ambos tivessem a chance de decolar como escritores.
Aos 23 anos McCullers escreveu aquela que seria considerada sua obra prima: “O coração é um caçador solitário”. Foi claramente uma defensora das minorias.
No ano seguinte, ela teve o primeiro de uma série de derrames que acabaram deixando-a, aos 31 anos, com paralisia no lado esquerdo do corpo; no mesmo ano do primeiro derrame se divorciou; teve alguns casos com homens e tentou de maneira desesperada e agressiva ter casos com mulheres, mas não foi correspondida.
Em 1945, aos 28 anos, reatou seu casamento com Reeves, que, depressivo, se matou oito anos depois.
Carson continuou escrevendo e abusando do álcool; teve textos adaptados para o teatro e o cinema, foi amiga de vários escritores e com a saúde cada vez mais debilitada, faleceu de hemorragia cerebral aos 50 anos.

Solidão, melancolia e fracasso são uma constante nos textos de Carson McCullers. Neste livro, além de “A balada do café triste”, que tem 89 páginas, há outros seis contos bem menores. Eu decidi ler os menores primeiro e foi a melhor coisa que eu fiz, porque nenhum deles me tocou especialmente, então não esperava muito do primeiro. Porém, “A balada do café triste” é uma das narrativas mais originais, tocantes e sensacionais que já li. Amélia Evans é um dos melhores personagens que já tive a chance de conhecer. Terminei o conto arrebatada!

Caio Fernando Abreu escreveu no prefácio: “Traduzir Carson McCullers foi, para mim, como um exercício de reconciliação com o humano torto e carente de cada um de nós. Acredito que lê-la também o será.”

“Acontece que, naquela cidade, as pessoas não estavam acostumadas a ficar juntas por puro prazer.”

Notas: As informações sobre a autora foram extraídas da Wikipédia e do The New Yorker.
A Balada do Café Triste teve o texto adaptado para o cinema em 1991 com direção de Simon Callow e Vanessa Redgrave e Keith Carradine no elenco.
Edu 24/09/2022minha estante
Obrigado pela sua resenha. Eu li agora "A balada...", e confesso que fiquei bem decepcionado com a leitura. Esse contexto que vc trouxe da vida da autora parece que apazigua um pouco. Que tristeza....


Pandora 25/09/2022minha estante
Puxa, Edu, que pena que a leitura não foi satisfatória para você. Eu realmente amei A balada. Já tentou O coração é um caçador solitário? Se bem que após uma decepção a gente nem quer saber de ler mais nada do autor, né?


Edu 09/10/2022minha estante
No momento realmente não fiquei a fim de ler outro da autora.
Mas agradeço a sugestão :-)




@rmendes29 11/03/2019

Estilo
Definitivamente não é a minha leitura preferida.
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LG 15/10/2018

"A Balada do Cafe Triste" e um conto que traz a tristeza pela dedicação a uma pessoa que a abandona e a mudança de uma vida por causa disso. Nao tenho como falar mais sem dar spoilers da historia. Junto aos outros contos que dao corpo a esse livro a autora nos localiza num EUA ainda muito rustico e pouco tecnológico. Nos coloca como em confronto com sentimentos fortes e decisoes de vida.
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Henrique Fendrich 19/05/2018

O Caio Fernando Abreu destaca no prefácio o "perdão" como a atitude que a Carson McCullers tem diante dos personagens e eu acho que é isso mesmo. Há uma grande compreensão e um grande perdão para todas as deformidades físicas e morais.

Embora tenha gostado dos contos, não ocupa o mesmo lugar no meu coração que a sua obra-prima de estreia. Como ela conseguiu escrever aquilo tão jovem?
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Carol 24/09/2017

Esperava tanto desse livro e achei bem bosta. Só mais uma história de losers como tantas outras.
Porém vi em outras resenhas que este livro deveria ter mais seis contos. E a versão digital que li só tem A balada do café triste. Se alguém puder me enviar a versão completa agradeço.
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GilbertoOrtegaJr 16/07/2016

A balada do café triste e outras histórias
A balada do café triste e outras histórias é o terceiro livro que leio de Carson McCullers (os outros dois foram A convidada do casamento e Reflexos num olhou dourado) o que se mantém em comum com os dois livros anteriores é o forte tom sentimental e melancólico, e sobretudo o fato de que apesar de produzir obras literárias acima da média, eu ainda não achei nada na autora que me faça pensar nela como uma grande escritora, talvez a única exceção, ao menos dos que já li dela, seja o conto Abalada do café triste, contido neste livro homônimo.

A balada do café triste e outras histórias é composto pela novela que dá título ao livro e outros seis contos. Naquele que dá título ao livro, tudo seguia nos eixos na vida da srta. Amélia até de que nada surge na porta do seu café um anão e corcunda muito sociável, chamado Primo Lymon, que alega ser primo dela, logo ela acaba se apaixonando por ele, e o leva para morar em sua casa, e tudo segue tranquilo por um tempo, mas Marvin Macy acaba sendo solto do presídio e volta para assombrar Amélia, já que por apenas dez dias eles foram casados. O que Amélia não espera é que de certa forma o Primo Lymon acaba se apaixonando por Marvin Macy e as coisas vão tomando um rumo até culminar em um final muito peculiar.

Em Wunderkind, o leitor tem em mãos um os primeiros contos de Carson McCullers, e talvez por isso mesmo contem grandes traços autobiográficos. O conto narra a história de uma adolescente de dezessete anos considerada um prodígio na música, mas um dia perde subitamente o seu talento. Aqui temos uma grande similaridade com a vida da autora que chegou a abandonar a prestigiosa Julliard para se dedicar a literatura.

Madame Zilensky e o rei da Finlândia, conta a história de uma professora universitária de piano que tem o hábito de criar pequenas mentiras para transfigurar sua própria realidade, e vê seu mundo ruir quando é desmascarada. O interessante é que as mentiras dela nunca são graves ou maliciosas, ao contrário ela mente apenas para dar a si mesma uma vida exterior mais rica de vivências e quem sabe de emoção.

Um dilema doméstico mostra ao leitor a vida de um jovem casal, cuja esposa após se mudar para cidade grande passa a beber e a ter depressão, preso emocionalmente a ela está seu marido e seus dois filhos. O marido não a deixa por ter atração muito grande nela, mas busca constantemente mascarar a realidade para que seus dois ilhós pequenos não notem o estado da mãe, e para que os seus filhos estejam seguros ele contrata uma babá em vista dos vários acidentes anteriores envolvendo a mulher e seus dois filhos.

Por fim nos três contos mais desinteressantes temos um jóquei, magro e alcoólico atormentado pela culpa de, supostamente, estar envolvido em um acidente que deixou seu amigo paralítico (o jóquei), um homem que ao ir no enterro de seu pai, acaba se encontrando com sua ex mulher e um filho pequeno dela de outro casamento (o transeunte) e um típico filosofo de bar, enchendo o saco de um garoto com lições sobre o amor (uma árvore, uma rocha, uma nuvem).

A balada do café triste e outras histórias é um bom livro, mas eu não diria que é um livro imperdível. Com toda certeza existe ali qualidades interessantes e uma escrita com tons mais delicados e psicológicos, o que para mim ficou a dever foi aquela qualidade básica que espero que qualquer livro que é a capacidade de me fazer virar as páginas e ler até o fim algo interessante, e isso não é exatamente o que a escrita de Carson me desperta, apesar de ser uma autora que acho acima da média.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2016/07/16/a-balada-do-cafe-triste-e-outras-historias-carson-mccullers/
Gilmar 17/07/2016minha estante
Pare de enrolar e leia O Coração é um Caçador Solitário, é foda pra caralho e a obra-prima da Carson. ;)


GilbertoOrtegaJr 17/07/2016minha estante
Me dá a edição da cia das letras com capa verde que leio no mesmo dia :)


Gilmar 18/07/2016minha estante
livro não dá em árvre


GilbertoOrtegaJr 18/07/2016minha estante
são quase a mesma coisa se vc pensar que ele é feito de árvores hahaha




Augusto Jr. 22/04/2015

"O paradoxo do amor e o isolamento espiritual de todo o ser humano."
Lido em uma noite. Não sei como, mas consegui terminá-lo em uma noite. E o que há nas páginas de A Balada do Café Triste? Pura traição! Mas não estou falando de uma traição dessas contidas em contos de romance tolos, idiotas e baratos. Falo da verdadeira traição. Sim, daquele tipo de traição injusta que o ser humano, somente o ser humano, é capaz de cometer. Ingratidão e decepção? Sim, também. Há uma junção de traição, ingratidão e decepção enorme na história. Mas, de fato, o que mais é possível sentir nas "entranhas da leitura" é um sentimento de solidão. Ela até menciona algo quando perguntado o porquê de Amelia não expulsar o corcunda: "Contudo, não o expulsava, porque temia a solidão. Quem já experimentou companhia sente horror em ficar sozinho.". O que dizer sobre o amor? Carson McCullers nos diz:
"Em primeiro lugar, o amor é uma aventura a dois; o fato, porém, de ser isso não implica que seja igual para ambos os componentes. Há o que ama e há o amado. Muitas vezes, este último constitui apenas um estímulo para o amor acumulado que jaz até aí no amante, o qual bem sabe que isso é uma coisa solitária. Depois, vem a conhecer nova e estranha solidão, o que o faz sofrer ainda mais. De modo que só lhe resta um processo: guardar o amor dentro de si tanto quanto puder; criar um mundo interior, intenso e completo. Digamos aqui que este amante de quem falamos não precisa necessariamente de ser jovem nem destinado ao casamento: pode ser homem, mulher, criança - enfim, qualquer entidade terrena. Quanto ao amado, ele pode ser de qualquer classe ou natureza. Encontra-se estímulo mesmo no ser mais díspar ou grotesco. Portanto, o valor e a qualidade do amor são determinados somente pelo indivíduo em quem ele desperta. Há-de ser por este motivo que a maior parte de nós prefere amar a ser amado. Quase todos querem ser o agente ativo. E a pura verdade é esta: no íntimo, o fato de ser amado torna-se intolerável para muitos. O amado teme e odeia o amante, e pela melhor das razões. O amante pretende esbulhar o amado, ainda que isto lhe cause sofrimento." Sobre o valor das pessoas, Carson McCullers nos fala: "A vida degenera numa luta confusa para ganhar o necessário, e a confusão origina-se nisto: todas as coisas têm o seu valor e hão-de ser compradas com dinheiro; sabe-se quanto custa um fardo de algodão ou uma quarta de melaço. Mas nenhum preço se opõe à existência humana: foi-nos concedida de graça e da mesma forma nos é retirada. Quanto vale? A julgar pelo que nos rodeia, muito pouco, ou talvez nada. Depois de esforços esgotantes e inúteis, experimenta-se no íntimo a sensação de não valer dois caracóis". Nunca vi uma personagem tão bem elaborada quanto Miss Amelia Evans, é possível vê-la nas descrições. Admirável o talento dos diálogos e, principalmente, a peculiaridade que há em cada personagem. Ao ler um pequeno resumo da biografia da autora é que é possível compreender, em partes, o porquê de um desfecho profundamente bizarro/injusto. Descanse em paz, Carson McCullers.
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Suiany 09/12/2014

Após a leitura desta pequena novela, restaram-me mais questionamentos do que certezas, fiquei com a impressão de não ter pego o espírito da história. Minha saída imediata foi pesquisar um pouco sobre a autora (desconhecida para mim), para tentar compreender a mensagem que ela quis passar.

Foi quando tudo ficou claro.

Carson McCullers teve uma vida sofrida. Casou-se com James McCullers, que cometeu suicídio após algum tempo de relacionamento. Anos depois, o lado esquerdo do corpo de Carson sofreu uma paralisia e ela passou por sérias crises de alcoolismo, até chagar à morte.

A Balada do Café Triste, possui não apenas um café, mas todo um enredo sofrido. Ao ler suas páginas, fiquei com a constante impressão de que havia algo embutido em cada fala, em cada personagem. Como se a autora tentasse nos transmitir um pouco de suas angústias. E ao ler sua pequena biografia, muito é compreendido.

Apesar de escrever algumas boas novelas, que inclusive viraram filmes, Carson não teve o glamour de uma autora bem-sucedida. E não raro, é rotulada como alguém que escrevia sobre amores problemáticos e solidão.

Confesso que tentei ao máximo fugir deste esteriótipo, mas toda vez em que penso neste pequeno livro, penso em solidão. Não a solidão de estar sozinho, mas de sentir-se sozinho, mesmo quando em multidão. Um sentimento extremamente íntimo, que vive dentro de cada ser, mas que poucos autores conseguiram traduzir.

O que senti ao ler A Balada do Café Triste, foi uma grande solidão.

Não amei a leitura, nem o livro. Mas aprendi muito com Carson McCullers. Sobretudo compreendi seu lado artístico, da alguém que escreve pela necessidade de exteriorizar sentimentos, de libertar-se.

site: http://divinaleitura.wordpress.com/
andressaf 18/09/2016minha estante
Que maravilha isso que cê disse. É exatamente essa solidão que tenho sentido em outro livro dela, "O coração é um caçador solitário."




Silvana (@delivroemlivro) 19/02/2013

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2013/02/a-balada-do-cafe-triste-carson-mccullers.html

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