Por que (Não) Ensinar Gramática na Escola

Por que (Não) Ensinar Gramática na Escola Sírio Possenti




Resenhas - Por que (Não) Ensinar Gramática na Escola


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gab 20/06/2021

Sinto que esse livro vai ser o livro de consulta quando eu for professora! Rápido e prático.
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Thi 26/09/2023

Colegas professores, leiam este.
Reflexões muito interessantes que sintetizam as discussões da linguística que rolavam por volta do final dos 80's, redemocratização.

Destaque para a parte final, na qual vão algumas sugestões práticas de aplicação da teoria defendida no livro.

Resumindo, bom demais!
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silveira3 26/05/2023

BOM!!!
Como futura professora da área da linguagem, recomendo fortemente. acredito que há muito a se aprender com essa leitura, abre os olhos pra muitas questões que novatos (tipo eu) precisam saber pra quando chegar o momento de ensinar.
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AVG 04/04/2012

Sírio Possenti quebra todos os paradigmas em relação à forma de ensino da gramática nas escolas brasileiras. Com esta obra, ele mostra que o método utilizado hoje em dia é inválido e que existem outras maneiras de uma aula de português ser produtiva.
Com um pitada de humor, Possenti cria um manual que poderia ser seguidos por muitos profissionais da educação em nosso país.
“Por que (não) ensinar gramática na escola” é divido em duas partes: uma com conceitos relacionados à variedade linguística (seus fatores internos e externos) e a outra com explicações sobre as gramáticas existentes e propostas de aperfeiçoamento do ensino das mesmas.
Uma das teses defendidas pelo autor é de que qualquer pessoa, independente da condição social ou origem étnica e regional, pode aprender línguas e, principalmente, todas as variedades da materna: “Qualquer pessoa, principalmente se for criança, aprende com velocidade muito grande outras formas de falar, sejam elas outros dialetos ou outros línguas, desde que expostas consistentemente a elas. Em resumo, aprender outro dialeto é relativamente fácil. Portanto, nenhuma das razões para não ensinar o dialeto padrão na escola tem alguma base razoável.” (p. 19)
Não é defendida a exclusão total do ensino da gramática nos graus fundamentais e médios, mas sim uma revisão completa dos planos dos professores, priorizando a leitura e produção de textos: “Uma das medidas para que esse grau de utilização efetiva da língua [proficiência em todas as variedades] possa ser atingido é escrever e ler constantemente, inclusive nas próprias aulas de português.” (p. 20).
O professor tem que estar atendo as dificuldades dos alunos, assim podendo ajudá-los nas dúvidas que podem ser cordiais em sua formação linguística. É dito: “[...] o número de erros é bem maior que os tipos de erros, o que provavelmente significa que a substituição de uma hipótese por outra que elimine um tipo de erro elimina muitos outros” (p. 44). Isto é, a correção de um erro pode levar a correção de outros (erros, por exemplo, relacionados à gramática normativa).
O que precisa ser feito, segundo o livro, é a revolução educacional no aperfeiçoamento da língua materna (é errôneo dizer ensino da língua materna, pois as pessoas já a sabem). Os profissionais da educação precisam deixar de lado os preconceitos em relação à capacidade dos alunos e aplicar, de forma abrangente e explicativa, as variedades linguísticas em sala de aula.
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Ana Monique Souza 05/01/2023

Muito útil
Recomendo a leitura a todos os falantes da língua portuguesa. É de extrema importância saber o uso social da língua portuguesa pertence aos falantes, não aos gramáticos.
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Mell 04/09/2015

Reflexão para a vida
A obra “Por que (não) ensinar gramática na escola” de Sírio Possenti tem como principal tema a gramática, ou melhor, o ensino desta. Na primeira parte do livro, o autor trabalha dez princípios os quais ele diz ser indispensáveis para o ensino da língua materna. O primeiro princípio diz respeito ao papel da escola, que é ensinar o português padrão, ou mais precisamente, criar condições que permitam que ele seja aprendido. A teoria de que não deveria ensinar o dialeto padrão para aqueles que não o usam é em partes baseada em um preconceito no qual seria difícil aprende-lo.


Em seguida, Possenti apresenta uma necessidade que deve ser cumprida com urgência: os professores e a escola devem ter uma concepção clara do que seja uma língua e do que seja uma criança. Segundo ele, ter essa concepção mostraria que as crianças são bem-sucedidas em aprender as diversas regras da fala. O terceiro princípio trata a tese de não existir línguas mais fáceis ou mais difíceis que outras. Todas possuem uma estrutura de igual complexidade. O que existe são línguas diferentes. Depois o autor desmonta um preconceito de que as pessoas que usam dialetos não padrões “falam errado” ou “não sabem falar”, mostrando que os falantes constroem frases corretas, muitas vezes com estruturas complexas as quais eles não conhecem as regras. Mais dois princípios são tratados: de não existirem línguas uniformes – as variações linguísticas estão associadas a uma variedade social existente em cada região – e de não existirem línguas imutáveis - todas as línguas mudam, segundo ele é colocado como uma verdade indiscutível.


Depois é feita uma análise dos tipos de erros que os alunos cometem. Os professores descriminalizam certos erros cometidos, quando o certo seria classificá-los para direcionar o ensino a corrigir esses desvios. Seguindo o raciocínio do ensino, Possenti apresenta outra ideia: a língua não deve ser ensinada, e sim aprendida. Quando as crianças chegam à escola, elas já têm um conhecimento de uma gramática interna e elas só aprender porque não são ensinadas. Ainda na ideia de direcionar o ensino, o linguista diz que devemos saber o que os alunos ainda não sabem para ensinar o que eles não sabem e não começar a ensinar a língua do zero. E por último ele reforça que ensinar gramática não é ensinar língua.


Na segunda parte do livro, é trabalhada a gramática. Primeiro a gramática normativa, por definição: conjunto de regras que devem ser seguidas. Nela existe a concepção do certo e do errado, os falantes devem falar segundo a norma padrão. Em seguida a gramática descritiva, conjuntos de regras que são seguidas. Ela descreve/analisa o funcionamento de uma frase e não julga se está certo ou errado, mas sim se aquela construção é adequada ou inadequada. E por último a gramática internalizada, um conjunto de regras que o falante domina, ou seja, regras inatas ao falante dentro do seu conjunto mental.
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Amanda.Moura-@vidadebookstan 17/02/2021

Leitura enriquecedora
Apesar de trazer algumas propostas já conhecidas, é um livro em objetivo e traz caminhos para aplicar seus ideais de forma efetiva. Foge muito da utopia que existe na educação, partindo da realidade do professor para propôr métodos e caminhos diferentes.
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tia lu 23/05/2023

Acho que todos que querem dar aula para o ensino infantil e, até mesmo, após essa fase, é extremamente importante e útil a leitura desse livro.
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sabren 02/06/2022

esse livro é incrível. apesar da densidade do assunto, o autor consegue passar as informações e argumentações de maneira simples, a leitura é bem fluída e os capítulos são pequenos, o que facilita ainda mais a leitura. falar sobre o estudo e o ensino de gramática é complicado, e a questão maior nem é ensinar ou não ensinar e sim como ensinar.
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Mayara Oliveira 05/07/2019

Os rumos da “gramatiquice” no ambiente escolar
Em tempos como os de hoje, onde é possível encontrar pessoas reivindicando a “volta do ensino de gramática” nas escolas brasileiras, torna-se no mínimo intrigante trazer à tona as ideias e explicações contidas em Por que (não) ensinar gramática na escola (2012), uma das mais revisitadas obras de Sírio Possenti. Pesquisador e professor titular do Departamento de Linguística da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Possenti é licenciado em Filosofia, com mestrado e doutorado em Linguística (publicou diversos estudos voltados para área da Análise do Discurso, com aproximação dos campos do humor e da mídia).
O volume em questão não apresenta, como revela o autor na introdução do texto, nenhuma novidade para o seu tempo, trata-se, primeiramente, de uma espécie de compilado de teses linguísticas até então defendidas sobre o ensino de Língua Materna (LM) para alunos que já falam português. Para isso, é utilizado uma linguagem simples e acessível para qualquer um que tenha interesse nesse campo do saber, podendo ser indicado, inclusive ‒ e seria ótimo que isso acontecesse ‒, para pais de alunos que queiram entender melhor sobre o que é e o que poderia ser feito dentro das aulas de língua portuguesa nas escolas, já que diversos exemplos de aplicação didática são mencionados ao longo do texto.
Se o óbvio (na visão do autor) sobre o ensino de gramática/língua precisava ser dito e lembrado na época em que a obra foi lançada (leia-se mais de vinte anos atrás: 1996), pode-se dizer que, atualmente, essa necessidade ainda se faz presente. Nesse sentido, capítulos como: Damos aulas de que a quem? (pág. 21); Sabemos o que os alunos ainda não sabem? (pág. 49); e Ensinar língua ou ensinar gramática? (pág. 53) continuam sendo importantes para o esclarecimento do assunto: aula de língua portuguesa.
É possível entender, nesses capítulos e em outras partes do texto, que Possenti não nega a importância do ensino da norma padrão da língua nas escolas, mas, pelo contrário, afirma várias vezes que essa é, principalmente em sua modalidade escrita, um tipo de registro que deve ser dominado por todos os estudantes, tendo em vista seu alto valor e funcionalidade na sociedade. Esse fato é relevante porque a concepção de ensino que é evidenciada no livro já vem sendo praticada por algumas poucas escolas e professores que, ousados em romper com a tradição escolar, estão enfrentando uma resistência de pais, e até mesmo de alunos, que confundem justamente o conceito de norma padrão (gramática tradicional, escolar) com o conceito de língua, baseados na falsa ilusão de que para falar e escrever bem é necessário apenas ter aulas sobre regras gramaticas e sobre as nomenclaturas da área, isto é, aulas sem atividades realmente significativas, como menciona o autor.
Para auxiliar nessa discussão, Possenti, já na segunda parte do livro, aborda alguns significados que existem para o termo “gramática” (e é lamentável perceber que ainda hoje tais conceitos ainda são confundidos, inclusive, por professores da área). Dessa forma, “gramática normativa”, “gramática descritiva” e “gramática internalizada” são definidas e o autor propõe uma nova ordem para tratá-las em sala de aula, diferente daquilo que se dá usualmente em nossas salas de aula. Fica claro que a distinção entre essas três categorias permite que leigos no assunto consigam entender o ensino de língua materna (e o próprio conceito de língua) de uma maneira mais ampla e realística, isto é, entender que a prática escolar pode e deve ir muito além da gramática, com propósitos que podem ser muito mais significativos e funcionais na vida dos estudantes do ciclo básico.
Acrescenta-se ainda como destaque a proposta metodológica que o autor apresenta para o ensino de língua; entende-se na obra que os três tipos de “gramática” apresentados podem ser objetos de estudo e conviver na sala de aula, com a ressalva de que o último tipo (gramática internalizada) deve receber espaço privilegiado, uma vez que somente a partir dessa noção, ou seja, daquilo que os alunos já sabem produzir linguisticamente, será possível estabelecer um caminho produtivo para tratar das demais “gramáticas”, como é evidenciado no seguinte trecho:

O que o aluno produz reflete o que ele sabe (gramática internalizada). A comparação sem preconceito das formas [produzidas por ele] é uma tarefa da gramática descritiva. E a explicitação da aceitação ou rejeição social de tais formas é uma tarefa da gramática normativa. (POSSENTI, 2012, p. 90)

Percebe-se, assim, ao final do texto, uma tentativa do escritor em não parecer, na medida do possível, apenas mais um teórico sem muitas soluções práticas. De fato, pode-se dizer que o volume traz uma contribuição importante tanto para leitores não especializados como para licenciandos de Letras e profissionais que buscam por uma abordagem aplicada sobre as “novas” concepções de ensino da língua materna. Porém, diante do cenário atual das salas de aula, lugar onde ainda prevalece o ensino da “gramatiquice”, talvez uma abordagem ainda mais prática, voltada para a orientação do que efetivamente pode ser feito em cada série da educação básica, com exemplos exaustivos e alertas precisos, se faça mais eficiente, sobretudo, para os professores que trabalham em condições desfavoráveis à pesquisa e aos rumos didáticos que essa está valorizando.
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Henry 29/03/2020

O título parece incoerente.
Apesar do título, o auto te levar a fazer pequenas reflexões básicas, mostra a diferença entre a gramática e língua. Após compreender essa diferença, você acaba concordando com o autor. Na segunda parte, ele defende seu argumento de forma mais acadêmica, prolixo, no entanto de fácil compreensão. Super recomendo esse para quem acredita que a língua portuguesa é uma ciência e como tal vive mudando para melhor.
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Anderson.Fernandes 05/07/2019

Como ensinar língua e ensinar gramática?
O livro Por que (não) ensinar gramática na escola, do autor Sírio Possenti, é uma obra que apresenta como tópico geral uma ideia acerca do ensino de gramática nas escolas, se preocupando em descrever de forma muito sucinta, em primeiro lugar, o olhar do aluno enquanto receptor do que está sendo ensinado pelos professores e de que maneira interpretam tudo o que aprendem. Além disso, é necessário repensar acerca de um trecho nesse começo de conversa, em que o autor declara: “Da mesma maneira, hoje sabemos que todas as línguas são estruturas de igual complexidade. Isto significa que não há línguas simples e línguas complexas, primitivas e desenvolvidas. O que há são línguas diferentes.” (Possenti, 1996, p.26).
A partir da leitura do trecho acima, fica evidente que o conceito de língua tem sido visto de forma equivocada por parte dos professores de Português, pois os mesmos ao se depararem com tal situação em sala de aula, não sabem como explicar para seus alunos que a variedade que eles utilizam não está errada e nem a que é ensinada na escola é a certa.
Após fazer uma reflexão geral sobre o livro, é necessário projetar quem seria o público alvo a ter acesso a leitura dessa obra. Em primeiro lugar, penso em leitores que exercem o magistério de língua portuguesa do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino médio das redes públicas federais, estaduais, municipais e privadas, a fim de poderem confirmar se as teorias que estudaram são sólidas o suficiente para dar conta do que realmente se tem em situação real de sala de aula.
Em segundo lugar, penso em leitores que não possuem um conhecimento prévio sobre o ensino de gramatica e não compreendem quais são os desafios enfrentados pelos profissionais da educação quando o assunto é ensinar gramatica na escola e nem tem noção de como alunos reagem nesse momento.
O título proposto a esta resenha parece jogar com a ideia de que há uma gramática a ser ensinada, mas que outras formas de se entender a gramática equivocadas e que não deveriam ter tanto peso na escola. É possível confirmar tal descrição no fragmento que segue:
Falar contra a “gramatiquice” não significa propor que a escola só seja “prática”, não reflita sobre questões de língua. Seria contraditório propor essa atitude, principalmente porque se sabe que refletir sobre a língua é uma das atividades usuais dos falantes e não há razões para reprimi-la na escola. (Possenti, 1996, p.56)


.
Por outro lado, é considerável observar como a questão de erro é exposta pelo autor no livro e como os exemplos que coloca são de extrema relevância para se refletir no momento em que estamos projetando uma aula de gramática para o ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino médio. Um outro caminho possível a ser discutido nas escolas seria reforçar o que já foi explicitado em relação à questão do erro e com isso, levar o poema do Drummond chamado “Aula de Português”, fazer a leitura com os alunos e deixar que tal poema por si só vá mostrando aos alunos que o português é uma língua como qualquer outra.
O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira, capaz de explicitar questões relacionadas às teorias sociolinguísticas que se encontram intimamente interligadas ao ensino de língua portuguesa e de que maneira isso pode ser aplicado efetivamente em uma aula, e a segunda expondo exemplos da gramática tradicional, interna e descritiva, a fim de propor sugestões de como realizar um trabalho em sala de aula focado na produção dos alunos e assim obter um melhor resultado.
Ao pensar na prática de sala de aula, recomendaria ao professor de língua portuguesa que com base em tudo que foi lido no livro de Possenti, levasse para sala de aula materiais como jornais, conversa entre pessoas de diferentes lugares, textos da internet, a fim de enriquecer a aula e poder explicar aos alunos os conceitos de gramática, erro, regras e variação se apropriando desses recursos reais para que haja um aproveitamento satisfatório sobre o que foi ensinado.
A meu ver, os pontos mais relevantes de toda a obra podem ser sintetizados em: os tipos de gramáticas e as explicações sobre cada uma delas, o ponto de vista acerca do conceito de regra que é algo ainda difícil de lidar em sala de aula, língua, que é um dos tabus visto pelos alunos que, a todo momento, acham que estão falando ou escrevendo errado e já se esbarra aqui no conceito de erro que é o que é enfatizado diversas vezes.
Enfim, recomendo sem dúvida o livro de Possenti, por ser uma leitura muito fluida e que convida a pensar sobre a maneira que se tem ensinado língua e gramática nas escolas. Ensina como fugir do tradicionalismo e entrar na era do verdadeiro entendimento do que é língua portuguesa e fazer com que os alunos contemplem a grandeza de sua língua materna .

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Petra 14/09/2022

Eu amei essa leitura! O autor escreve super bem, é gostoso de acompanhar. Gostaria que o ensino que ele descreve fosse concreto. O sistema de ensino precisa ser reformulado!!
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Fernanda.Prates 15/07/2021

O livro gera inúmeros questionamentos acerca do uso da língua e suas variações, além de discutir como a gramática pode ser abordada nas aulas de português.
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