Aprendendo a viver

Aprendendo a viver Sêneca




Resenhas - Aprendendo a viver


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Angel 20/02/2011

Aprendendo a Viver – Sêneca.
Um breve comentário.

Sêneca me agrada pelos exemplos práticos que apresenta em seus livros. Foi um dos poucos mestres estóicos que nos deixaram escritos que resistiram ao tempo. Ele faz parte do estoicismo romano (Séc. I a.C – Séc II d.C.), e é só desse período que temos textos integrais da filosofia estóica, os outros se perderam ou restaram apenas fragmentos. “Aprendendo a Viver” é um livro escrito no gênero epistolar, ou seja, cartas de Sêneca para o amigo Lucílio, que não sabemos se existiu de verdade ou era apenas um personagem utilizado pelo autor para expor suas ideias. Muitos assuntos são discutidos nessas cartas, tais como: virtude, tempo, solidão, a brevidade da vida, velhice, morte, sabedoria, suicídio, literatura, artes... É incessante a forma como fala do autocontrole e sentimentos. De como lidar com a dor e com a morte. O que significa realmente viver, o seu aspecto qualitativo. Todos esses pontos me chamaram bastante atenção. Durante o livro todo me senti completamente concentrada nas palavras dele e pretendo reler esse livro em outras oportunidades. Indico.
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O Ciclista 20/08/2020

Bem vindo a Filosofia
Aqui, Sêneca escreve a seu amigo Lucílio através de uma coleção de cartas, que explana a sabedoria como virtude essencial da busca pela felicidade. Essa edição da L&PM Pocket, possui uma escrita fluída, que facilita a compreensão, além do mais é um livro curto, que pode ser lido em uma tarde.

De aspecto Epicurista, foi escrito entre 63 e 65 d.c, durante o período Helenístico,onde este se deu apó as morte de Alexandre, e consequentemente a tomada de grande parte da Europa pela cultura grega (helena) até a cinquista romana em 146 d.c.

PS: Não confunda Sêneca com um auto ajuda qualquer, querendo mudar sua vida do dia para a noite. Leia Sêneca, leia os filósofos do período e procure conhecer mais a filosofia, ai sim você achará o caminho da sabedoria e da paz que tanto procura.
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Antonio.Brito 05/02/2022

Me trouxe o que eu precisava
Dianta da ligeireza da vida moderna este livro traz um freio. Vivemos uma época de profundas ilusões que são pregadas desde o berço, o culto a velocidade e excelência, positividade tóxica e modelos de sucesso que constantemente caem por terra. Sou grato a este livro, pois me proporcionou paz em tempos de caos. Recomendo a todos. Passa bem!
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Rodrigo Gomes Vianna 04/06/2022

Uma breve resenha
Aprendendo a viver – Sêneca

• Introdução: história de Sêneca
- Nasceu no período imediatamente posterior ao nascimento de Cristo, em Córdoba, na Espanha
- Foi educado em Roma, tornando-se advogado e, em pouco tempo, ascendendo politicamente, passou a ocupar cargos no senado romano e como questor
- Sua ascensão política levou-o a ter conflitos com o Imperador Calígula, tendo este morrido antes que pudesse agir contra Sêneca. Em 41 d.C., foi desterrado para Córsega sob a acusação de adultério. Viveu cerca de 10 anos sob grande privação material
- Escreveu Consolationes, 3 volumes filosóficos em que expõe a doutrina estoica de centralização interna do mundo – busca da tranquilidade da alma por meio da busca pelo verdadeiro conhecimento e da contemplação
- Após uma sucessão de Imperadores, tornou-se tutor de Nero em 50 d.C.
- Sêneca deixou a vida pública em 62 d.C., tendo escrito várias obras como Naturales quaestiones, De tranquillitate animi, De vida beata, Sobre a brevidade da vida e Espitolae Morales (escritas entre 63 d.C. e 65 d.C.).
- Acusado de uma revolta política, recebeu a pena de auto suicídio dada por Nero em 65 d.C. – executou a pena com grande tranquilidade

• Texto: epístola
- Epístola é um conjunto de cartas, textos datados e escritos por um indivíduo ou em nome de um grupo, com o objetivo de serem recebidas por um destinatário

• Pontos principais
- Sêneca mostra sua filosofia estoica tendo como pilares fundamentais a ataraxia, a busca pelo conhecimento, o ceticismo, um hedonismo contemplativo e abdicação dos bens materiais como meio para alcançar a verdadeira felicidade / estado de espírito ideal.
O estoicismo faz com que o centro de gravidade do universo seja a consciência interior do indivíduo, sendo seu equilíbrio desvinculado de qualquer fator externo como dinheiro, ocupações profissionais, decepções da vida, felicidades passageiras, fama etc.
A partir da valorização do indivíduo como centro do universo, a proposta de Sêneca é atingir o equilíbrio, o bem-estar, o autoconhecimento e o domínio de si mesmo diante das mais diversas adversidades da vida (seja da perda de uma grande quantidade de dinheiro ou até mesmo a perda de um ente familiar querido). O ser humano feliz é, portanto, aquele que tem autocontrole de si mesmo e conheci a si mesmo independentemente de qualquer situação que possa viver.

“Tanto as feras quanto os peixes deixam-se apanhar por alguma esperança tola. Pensas que essas coisas são presentes do destino? São ciladas. Qualquer um que queira ter uma vida segura deve evitar o mais possível essas armadilhas que nos traem e nos tornam infelizes.” (p. 18).

“Segue, pois, esta sã e salutar forma de vida: concede ao corpo apenas o que for suficiente para um bom estado de saúde.
...
Não importa se foi construída com taipa ou com mármore importado: saiba que um teto de palha abriga o homem tão bem quanto o de outro. Despreza tudo o que um trabalho supérfluo estabelece como enfeite e requinte; pensa que nada é extraordinário a não ser a alma e que, para uma alma grande, nada é grande.” (p. 18).

“Consagra-te à filosofia se desejas ser verdadeiramente livre.” (p. 18).

“Poucos são presos pela servidão, muitos se deixam prender por ela... Se tens a intenção de deixa-la, se desejas de boa-fé a liberdade, e para isso esperar um único chamado, para viver sem uma perpétua preocupação, poderás contar com toda a aprovação dos estoicos? Todos, Zenão e Crisipo, te exortam a uma vida moderada e honesta.”

Sêneca abdica de tudo que é externo ao seu ser interior, inclusive seus familiares, amigos, bens e desejos, de maneira que tem como fim "supremo" o cultivo do conhecimento.

“O que é, pois, bom? A ciência das coisas. O que é mau? A ignorância acerca das coisas.” (p. 33).


“Os teus pais desejaram para ti outras coisas, mas eu, contra todos, desejo que tu desprezes todos esses bens que eles te desejaram em abundância... Escolho para ti o domínio sobre ti mesmo, e que a tua mente, agitada por vagos pensamentos, se afirme e se torne convicta, de modo que encontra prazer em si mesma e conheça os bens verdadeiros...” (p. 37).

“Desejo que nosso espírito faça o mesmo. Que seja rico de conhecimentos, de preceitos, de exemplos tomados de épocas diferentes, mas que aspirem à unidade.... Deixa de lado essas coisas atrás das quais os homens correm. Deixa as riquezas, perigo e fardo para aqueles que as possuem. Renuncia aos prazeres do corpo e da alma; eles amolecem e debilitam. Renuncia à ambição, coisa vã e pomposa, que não tem limite nem freio, procurando sempre ultrapassar os que caminham à frente ou ao lado, atormentada pela dupla inveja. Sabes bem como é ruim invejar e ser invejado... O melhor é dirigir-te para a sabedoria, onde encontrarás, ao mesmo tempo, tranquilidade e grandes possibilidades de crescimento.” (p. 83).

“Apoia-se em bases frágeis quem faz sua felicidade depender de elementos externos. Toda alegria que assim surge logo se vai; no entanto, aquela que vem do interior é firme e sólida. Ela cresce e nos acompanha até o fim.”

Há a valorização da autonomia do indivíduo numa relação conflituosa entre autonomia e heteronomia, de maneira que a ideia de domínio de si perpassa pela “necessidade de abdicar das necessidades”, uma vez que
“O sábio não faz nada contra a sua própria vontade. Foge da necessidade, porque ela o obriga a fazer aquilo que ela quer.”

Logo, numa visão ética, assim como Kant, Sêneca também valoriza a autodeterminação do indivíduo pautada por uma conduta vinculada à autonomia frente às imposições da vida cotidiana marcada pela heteronomia.

“Assim, diremos ao destino: “Estás tratando com um homem. Procura em outro lugar alguém a quem dominar.””

O hedonismo de Sêneca é pautado por uma vertente hedonista contemplativa, em que valoriza o presente, mas contempla e tira lições do passado, tendo uma breve visão do futuro. Sua postura diante da vida mostra a valorização de fatores naturais que a permeiam, como a morte, os fracassos e as alegrias, afirmando que muitas dessas coisas são passageiras e que há, muitas vezes, um caminho natural das coisas. Mais do que isso, o ócio do estoicismo é pautado pela busca do crescimento intelectual e “espiritual” do indivíduo, superando as paixões e cultivando experiências.

““Mas ele não viveu o número de anos que poderia ter vivido.” Um número reduzido de linhas pode formar um livro, apreciável e útil.”

“Queres saber qual é a vida mais longa? Aquela que tem seu fim na saberia. Chegar a esse ponto é atingir o fim mais longínquo e também mais elevado.”

Indo ao extremo, afirma que a morte desejável é aquela em que o homem, mesmo perante a morte, tenha controle do que está ocorrendo (Sêneca acatou o pedido de auto suicídio de Nero “com tranquilidade”). A morte desejável, portanto, seria aquela sem dor e rápida em que o indivíduo opta por tirar sua própria vida ou retira do poder do outro a capacidade de provocar a sua morte, mostrando uma superioridade em relação ao meio. Logo, diante da heteronomia, Sêneca dá preferência à autonomia individual e chega até mesmo a escolher sua própria morte ao invés de uma situação de servidão voluntária.

“Faço isso de modo que cada dia seja para mim a vida toda; e, pelos deuses, não me apego a ele como se fosse o último, mas o contemplo como se pudesse também ser o último.” (p. 52).

“O fim à dor - se a vontade não pôs, o tempo porá.” (p. 57).

“Não deves deixar para outros essa decisão que não pertence à opinião pública. Pensa uma só coisa: fugir o mais rápido possível dos golpes da sorte. De todo modo, sempre haverá quem pense mal da tua decisão.” (p. 66).

“Nada impede a morte, só a falta de vontade... Deve-se preferir a mais imunda morte à mais limpa servidão.” (p. 68).

“Aquele homem que não apenas ordena a si mesmo a morte, mas a realiza, é de valor.” (p. 69).

“Primeiro, livra-te do medo da morte, pois ela nos impõe o seu julgo, e, depois, deves perder o medo da pobreza ...” (p. 79).
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VonWry 12/01/2022

A++
Sêneca nos ensina dar valor ao tempo presente, ao tempo. Devemos tomar as rédeas da própria vida.

O livro reúne cartas de Sêneca para para Lucílio.

Escola epicurista do pensar.
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Cesar Garcia 22/04/2024

Reflexões sobre viver
Sêneca nos fala através de cartas para seu amigo Lucílio sobre a vida, sobre o que realmente importa, sobre comportamento, ganância, gentileza, vazio, alegria e sobre a brevidade da vida.
Um livro para ler, reler e refletir.
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Fernanda.Lopes 29/08/2023

Uma seleção curiosa
As Cartas a Lucílio são uma das mais conhecidas obras de Sêneca. Então, não é de de estranhar que surjam tantas seleções de cartas por aí, como no caso desse livro.

Geralmente, essas seleções são temáticas, mas em Aprendendo a viver o que a gente encontra é uma miscelânea de temas dos mais variados.

Se, por um lado, isso ajuda o leitor a conhecer melhor as visões do Sêneca, por outro, pode deixá-lo um tanto perdido em alguns trechos, onde umas notas breves de rodapé ajudariam a explicar certos pontos da filosofia estoica ou do próprio Sêneca.

Mas, fora isso, é um trabalho muito bom.
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Leonardo88 25/08/2021

Filosofia para vida!
O que é filosofia? Infelizmente pelo menos aqui no Brasil a filosofia não é olhada com bons olhos, sempre vista como coisas chatas , sem sentido e sem finalidade principalmente nas escolas! Porém quando se entende a real importância da filosofia e entende-se que filosofia é vida, visto que a mesma nós ajuda a nos tornamos melhores , passamos a entender sua importância! Este livro de Sêneca em diálogo Modo de escrita de muitos filósofos para transferir seus conhecimentos, nos trás diversos ensinamentos de vida do ponto de vista estoico! Muito atual sendo que mesmo após 2000 anos possuímos os mesmos vícios e paixões!
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Renata 19/10/2023

Aprendendo a viver
Leitura sensacional,rápida e com muitas reflexões.Adoro ler os livros de Sêneca,tem muito ensinamentos e todos deveriam ler.Super recomendo está leitura.
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Max 08/10/2021

Um estudo bem interessante, ótimo para entender várias ideologias e entender várias maneiras de pensar .
E ainda ajuda a lidar com algumas questões da vida, entretanto tem vários pontos que devem ser vistos com atenção para não ficar estagnado no mundo de hoje em dia
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Luis Henrique 08/10/2020

Sobre a vida
Sêneca foi um grande filósofo de sua época, nesta trocas de carta com seu amigo Lucílio ele passa um pouco de sua visão sobre questões do dia a dia enfrentadas pelos homens. Seu grande foco é sobre a vida, a brevidade dela e o quanto temos que nos dedicar a viver o agora, pois o passado ja foi e o futuro é incerto. Em algumas cartas ele aborda sobre a morte, tanto nossa quanto de entes queridos. É um ótimo livro para pensar sobre questões que temos pouco contato no dia a dia, mas que são deveras importantes.
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Morgan 22/02/2020

Praticidade
Incrível como Ele viveu há tanto tempo e muito de suas lições podem ser praticadas hoje em dia. Eu gostei muito desse livro, por quê faz a gente pensar muito antes de fazer alguma coisa. O livro é como se fosse em cartas sendo enviadas, mas só o dele que aparece.
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Fernando 26/12/2020

Um livro para ser revisitado.
Leitura descomplicada! Nunca foi tão fácil trazer para o cotidiano os ensinamentos de um filósofo. Talvez seja disso que se trata a filosofia estoica. Certamente lerei outras obras de Seneca.
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Elis 24/08/2020

Varias emoções ao ler.
Ensinamentos para a vida. Como um manual para ser consultado.
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Kamylla 16/06/2020

Sábio e reflexivo
A leitura desse livro não será feita em um dia apenas, é necessário que as suas páginas sejam retomadas em momentos posteriores para que novos ensinamentos sejam adquiridos. Recomendo ler um capítulo por dia, para que seja absorvido lentamente e não ocorra perdas de seus propósitos de verdadeiro aprendizado.
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