Espíritos de Gelo

Espíritos de Gelo Raphael Draccon




Resenhas - Espíritos de Gelo


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Sara Muniz 18/11/2015

Espíritos de Gelo foi o primeiro livro que li do Raphael Draccon. Para começo de conversa, eu nem sabia que tinha esse livro, mas minha irmã deve ter comprado em algum sebo da vida e estava em nossa estante. Obviamente, eu já havia ouvido falar do autor e sabia que era de sucesso. Logo, fiquei louca por realizar a leitura desse livro e conhecer mais sobre sua escrita, etc...

Lá se foi qualquer expectativa boa. Tudo começa quando o personagem principal acorda acorrentado em uma sala, com um cara baixinho e dois fortões. Eles perguntam como ele foi parar lá, mas ele não lembra. Eles dizem então, que vão fazer um "tratamento" de tortura para que ele se lembre exatamente o que aconteceu. E ele vai contando e a gente vai descobrindo...

Achei um livro menos que mais ou menos! Muito fraquinho em todos os aspectos e, até onde sei, não é o primeiro livro do autor e acabou tendo mais repercussão em Portugal do que aqui. Vamos avaliar cada ponto mais a fundo para vocês verem o que não me agradou:

✖ Avaliação da Escrita: A escrita foi uma das coisas que mais me desagradou nesse livro. Além de ser vulgarmente desnecessária em alguns momentos, o autor não sabe controlar a repetição de palavras, tornando a escrita cacofônica (e particularmente me irritando bastante).

✖ Avaliação do Enredo: Achei bem fraco, você imagina que vai ser uma coisa, de repente vira outra. O final não é bom, as torturas são difíceis de imaginar, realmente existe uma espécie de bloqueio entre eu e esse livro...

✖ Avaliação da Capa: Acho a capa bonita.

✖ Sobre o protagonista: É ele quem narra a história, porém, ele não tem nome. Em momento algum diz o nome do personagem. Antes de escrever a resenha eu até queria mencioná-lo e fiquei "Meu Deus! Como era o nome dele?" , mas a verdade é que eu não sabia porque ele não tinha nome mesmo.

✖ O que me levou a avaliá-lo como regular?
Como eu disse, achei o livro muito fraco. Personagens mal construídos, diálogos pobres, pensamentos infantis demais para um personagem de 27 anos. Não consegui aprovar. Mas não joguei na Lixoteca, porque por mais que o enredo não seja lá aquelas coisas, ainda ficava curiosa para saber mais. Acho que o livro não me agrada definitivamente quando eu já não sinto o menor interesse em lê-lo. Por esse motivo não abandonei e não avaliei com somente uma estrela.

✖ Considerações finais: Apesar de ter super reprovado esse livro, ouvi dizer que os livros mais famosos do autor da série Dragões do Éter são muito bons, é algo mais puro e mais infantil e não tão sujo quando Espíritos de Gelo. Apesar de não ter o menor interesse em Dragões do Éter, não vou dizer que não gostei do trabalho do autor sem conhecer o seu "melhor trabalho".

site: http://interesses-sutis.blogspot.com.br/2015/11/resenha-espiritos-de-gelo.html
Bruno 18/11/2015minha estante
Suas resenhas e avaliações são tão boas de se ler.
Quero ler a série Dragões de éter, espero que seja melhor do que este livro.


Sara Muniz 20/11/2015minha estante
Obrigada! também queria ler essa série para desconstruir essa imagem ruinzinha que fiquei do autor USHAHASU


Grrudolph 29/12/2016minha estante
Vale a pena gente! Dragões de éter é uma triologia maravilhosa


Sara Muniz 29/12/2016minha estante
/queroooo muito ler Dragões do Éter


Aline 25/12/2017minha estante
Esse foi o pior livro do Raphael, mas os outros são ótimos!


Allan.Carlos 10/06/2018minha estante
Péssimo livro, não consigo entender como publicam algo em que o autor chega a ser racista, misógino e demente, chegando ao cumulo de proferir frases esdruxulas como: "a benga do rapaz já tava mais em pé que peruca de velha com laquê". Espíritos de Gelo é o pior livro que eu já li em toda a minha vida, realmente uma vergonha, um tédio, uma ofensa aos leitores.




Lodir 20/11/2011


Esqueça “Dragões de Éter”. Se você já leu a saga, não espere algo parecido aqui. O Raphael Draccon que se apresenta em “Espíritos de Gelo”, o seu primeiro fora da série, é quase outro Draccon. O novo livro, lançado em maio em Portugal e que chega só agora ao Brasil, é quase o oposto da série que tornou o escritor um sucesso de público. Enquanto “Dragões” é doce, inocente e infantil, este novo livro é pânico, sexo e violência. É bem mais sujo, no bom sentido do termo. Enquanto “Dragões” é fantasia narrada em terceira pessoa, “Espíritos” se aproxima mais da realidade, mostrando em primeira pessoa o drama de um cara comum, com sua namorada, o pai e a herança deixada após sua morte.

Na trama, um homem acorda acorrentado em uma banheira. Ele está sem um rim. Três homens mal encarados, com pinta de roqueiros, querem saber o que aconteceu e como ele foi parar ali. O problema é que ele não sabe, já que não se lembra de nada. Eles passam a espancá-lo até que ele conte algo e, de fato, aos poucos o sujeito começa a reviver os seus últimos dias e a recordar. Assim, o leitor acompanha suas tragédias a partir de uma frustrada tentativa de suicídio até aquele ponto. Os capítulos, curtos, se alternam entre a conversa do homem com seus torturadores e os flashbacks das lembranças.

O livro é muitas coisas ao mesmo tempo. Há um pouco de romance, mas quase nada. O protagonista se evolve com uma seita secreta, que pratica rituais sexuais com objetivo espiritual. Essa parte proporciona um dos momentos mais “animados” do livro, com relatos chocantes de tão fiéis e detalhados das cenas de sexo (principalmente para quem estava acostumado com “Dragões”). Draccon consegue expressar bem as dúvidas do personagem sobre o significado daquilo e todo o preconceito que cerca a seita, algo que certamente está se passando na cabeça do leitor. Dessa forma, além das referencias óbvias ao terror, é possível perceber uma pitada de Dan Brown e até Paulo Coelho, principalmente de “O Aleph”, último do mago, ainda que possa ser apenas uma coincidência.

Assim como em “Dragões”, o ponto alto de Draccon, acima de tudo, continua sendo a sua excelente narrativa, ainda que em parâmetros diferentes. Claro, há algumas semelhanças aqui: as descrições leves e recheadas de metáforas, que aparecem em quase todos os parágrafos. Raphael as utiliza para descrever tudo. Dessa vez, ele emprega a primeira pessoa e torna a narração mais próxima do leitor, descrevendo belamente todas as passagens e sentimentos que elas causam ao protagonista, assim como a relação dele com os outros personagens e seus conflitos. O personagem conta sua vida em poucas páginas, e é possível sentir a mesma empatia que se experimenta ao conhecer uma pessoa e ouvir sua história pela primeira vez.

Uma das melhores coisas são as referências à cultura pop. Atuais, estas citações nos levam a filmes, livros, álbuns e outras coisas do tipo. Mesmo diante de uma tortura, os personagens conseguem provocar diálogos interessantes, dignos de nota, como a influência cultural nos Beatles ou o significado diabólico de algumas capas de discos de rock. O excelente final do livro me pegou de surpresa, pois é daqueles inesperados que, quando acontece, deixa o leitor embasbacado. Isso, claro, é sempre muito bom, já que surpreender é algo difícil, mas bem-vindo.

O ponto baixo, no entanto, não é o livro em si. O lançamento de “Espíritos de Gelo” no Brasil deixou muito a desejar. Tratando-se de um romance que já estava circulando lá fora, e de um autor que já tem um considerável sucesso, merecia mais. Por incrível que pareça, no momento em que eu já estava com o exemplar em mãos, não havia nenhuma referência sequer a ele no site oficial da editora, a Leya. É como se ele não existisse. O site do autor trazia poucas informações, quase nada. A venda está acontecendo antecipadamente no site Submarino, mas isso não está sendo muito divulgado, e quem está fazendo a maior parte é a própria loja. Ao entrar para realizar a compra, o livro aparece com uma capa, mas o exemplar recebido veio com outra. Não há na internet imagem dessa capa, o que me levou a utilizar a capa misteriosa do site para ilustrar essa resenha. Desorganização. Enquanto isso, a Leya está empolgadíssima divulgando a série Guerra dos Tronos, e já anunciou até mesmo os próximos dois volumes, incluindo a capa de um deles. Parece ter se esquecido do livro que já está na praça, e que deveria ter preferência. Isso explica porque há tão poucos autores nacionais da lista dos mais vendidos, principalmente do gênero fantasia. Até as editoras parecem fazer pouco caso deles, favorecendo sempre os estrangeiros, uma atitude lamentável que não ajuda a mudar esse cenário. Tratando-se do autor brasileiro que já esteve várias vezes no topo da lista dos mais vendidos do Submarino, a maior livraria virtual do país, esse possível novo best-seller acaba tornando-se uma oportunidade desperdiçada por mero desleixo.

Apesar desses problemas, Draccon se mostra um escritor com talento que ultrapassa os gêneros, seja ele terror ou fantasia. É algo que nem todos conseguem. Muitos escritores, ao tentar experimentar novos ares, acabam tropeçando em seus próprios vícios. É o que acontece com André Vianco em “O Caso Laura”, que tenta abandonar os vampiros para escrever um policial, e com Paulo Coelho em “O Vencedor Está Só”. Draccon, dessa forma, mostra que, independente disso, tem futuro – mesmo após o último “Dragões de Éter” chegar às prateleiras.
Karol 27/01/2012minha estante
Ahh, Lodir, o nosso gosto literário diverge totalmente quando o assunto é Raphael Draccon.. hahaha Ganhei esse no natal e terminei de ler hoje. Odiei.. rs

Paciência, né? =)


Saulo 05/08/2014minha estante
Na verdade ele não acordou acorrentado na banheira com gelo. Ele foi encontrado na banheira com gelo. Quando acorda já está acorrentado, fora da banheira e sem o rim.


Elvis 17/08/2014minha estante
Você pode me explicar o final do livro? Não consegui compreender muito bem!




Raphael 13/07/2014

Livro ruim como o episódio tal da série "Referência Nerd Gratuita"
Truman Capote costumava separar autores entre os que escreviam e os que digitavam - ou seria datilografavam? -, pra separar aqueles que se esforçavam pra desenvolver um estilo e moldar frases cuidadosamente e aqueles que só batiam palavras em sequência pra de alguma maneira inventar uma história. Verdade que, quando disse isso, Capote se referia a Jack Kerouac, o que foi injusto, visto que Kerouac, embora usasse vírgulas e adjetivos excessivamente, tinha uma poética e ritmo próprios. Em Espíritos de Gelo, Raphael Draccon - um dos autores da minha lista de leituras em busca de compreender a literatura brasileira contemporânea -, não escreve, digita; creio eu que com os pés.

Começa com o protagonista sem nome, mas que apelidarei de Narciso, acorrentado em uma sala suja, escura e misteriosa. Ele está sendo interrogado por um baixinho vestido com uma camiseta do Black Sabbath - sem nenhum motivo aparente, só uma das milhões de referências gratuitas do livro - que comanda dois torturadores vestidos com trajes sadomasoquistas - sem motivo também, só mais uma referência, dessa vez ao Gimp, de Pulp Fiction, provavelmente. Eles encontram Narciso em uma banheira de gelo, com um rasgo no abdômen, e o levam pra ser torturado porque eles precisavam saber o motivo de ele estar naquela situação. O problema é que ele não se lembra. Os três patetas decidem que a amnésia foi causada por trauma e só outro trauma maior pode reativar essas memórias tão importantes. Gostaria, então, de dramatizar aqui como o baixinho descobre a primeira informação:

Baixinho: acho que você não gosta de mulher.
Narciso: gosto sim!
B: não sei, tô achando que tu é viado.
N: não sou.
B: é sim
N: sou não!
B: é sim.
N: sou nããão!!!
B: é sim.
N: sou não! Eu tenho namorada e o nome dela é Mariana e ela é mais bonita que todas as mulheres que você já conheceu, tá?, seu arrombado!!!

Tá certo, eu inventei esse diálogo - exceto pelo arrombado -, mas a ideia é a mesma. E o pior, o protagonista tem 27 anos - eu acho, minhas memórias desse livro estão sumindo iguais as de Narciso, deve ter sido trauma da leitura.

Falando em Narciso, vamos tentar definir esse cara. Ele teve um pai distante, mas isso não abalou sua criação, muito embora o fato dele ter tocado umas na adolescência ouvindo os gemidos das mulheres com quem seu pai transava seja um caso freudiano - essa possibilidade de distúrbio nunca é aprofundada pelo autor, mas por si só já é uma premissa melhor que a do livro. Conforme ele foi crescendo, foi se tornando um playboy padrão, indo pra academia, gastando dinheiro do papai, fodendo todas as mulheres do mundo etc. Aí o pai morre, os negócios não especificados do pai - sabe como é esse mundo dos negócios genérico feito exclusivamente pra criar personagens ricos sem nunca ter que explicar a fonte da riqueza - são passados pra ele, mas ele é moleque e não consegue aguentar a pressão. Até aí tá mais pra uma premonição do futuro do Thor Batista, menos o atropelamento/assassinato.

Se você ler o livro, vai ver que Narciso é possessivo, por vezes machista, infantil, sem graça - apesar de tentar e muito ser engraçado, voltarei nesse ponto mais tarde - e um babaca completo; o pior disso tudo, não acho que intencionalmente. Talvez o protagonista tenha sido moldado pra incomodar um pouco, mas acho difícil que o objetivo fosse "intragavelmente desagradável", sem falar que o apelido que dei a ele não foi sem motivo. Apesar de se amar, no entanto, é extremamente inseguro, seja ficando irritadinho sempre que insinuam que ele é gay ou deixando bem claro que não reparou nos homens ao descrever determinada cena, seja quanto a sua relação com Mariana.

Raphael Draccon simplesmente não consegue criar uma voz pro seu personagem que seja condizente com seu estilo de vida. O narrador é ocupado, vive em balada, academia - se gaba da sua própria aparência mais vezes do que recomendado pra um livro em primeira pessoa -, parece se achar um cara genial e vivido, embora nunca demonstre nada de genial em suas ações ou falas. Ele tem um conhecimento enciclopédico de referências nerds, mesmo que, em determinados momentos, tire sarro desses mesmos nerds. Fica claro que o narrador, por mais que seja em primeira pessoa, é apenas o Draccon falando pelo personagem. Narciso não só não tem nome como também não tem voz própria, pobre Narciso.

O que me leva a outro problema, o número obsceno de referências à cultura pop. Contei umas três por página, todas extremamente variadas pra saírem de uma mente não-nerd, indo de X-Men a Crepuscúlo, passando por Supernatural, Senhor dos Anéis, e essas são só as diretas. O que torna tudo muito repetitivo já que pra 90% das descrições ele usa o comparativo "como" e geralmente a coisa descrita é comparada a uma referência pop.

Existe uma função pra referência à cultura pop na literatura e em todas as outras formas de arte. A mais comum é aprofundar um personagem, dá-lo gostos, preferências, conhecimento de mundo. Outras vezes pode servir pra auxiliar na criação de mundo, desenvolver uma atmosfera bacana. Espíritos de Gelo não as usa em nenhuma dessas maneiras. A referência à cultura pop nesse livro é pra, pura e simplesmente, forçar uma relação com o leitor. O desavisado lendo o livro esbarra por uma referência que ele conhece ou gosta e, pronto, está feita a identificação. Como o narrador desse livro atira pra todos os lados, obviamente acerta alguém, mas nunca de maneira profunda. Esse é outro problema do uso excessivo de um artifício, com o passar das páginas e toda a repetição, fica batido, previsível e perde a força, até mesmo de identificação.

Esse não é o único artificio do qual Draccon, como qualquer escritor amador, abusa. Ele também gosta de separar frases em parágrafos de sentença única pra enfatizar certas coisas. O problema é que ele nunca enfatiza nada de relevante.

Nunca.

Mesmo.

Desse jeito, assim, sem exagero.

Muitas vezes por capítulo.

E.

Os.

Capítulos.

São curtos.

P.

R.

A.

Caralho.

Irrita, não é? Eu sei, também quis jogar a porra do livro pela janela antes de chegar na página 60. Mas eu gastei dinheiro com ele. Pouco, se o livro custasse muito mais de 10 contos eu não comprava. Se pelo menos fosse só isso, mas não, a revisão também é abaixo da média pra uma editora de porte respeitável como a Leya. Erros de vírgula, concordância, ortografia. Todos perfeitamente evitáveis, se o livro tivesse sido lido mais de uma vez pelo editor. Isso sem falar das coisas que não estão erradas, mas estão mal-escritas. Muitas vezes me vi perguntando que porra o editor estava fumando pra deixar certos trechos passarem.

Admito que a coisa começa a ficar interessante quando a história do templo do sexo tântrico começa a se desenvolver. Muitos conceitos poderiam ter sido trabalhados ali, desde o ciume até a relação entre espiritualidade e repressão sexual. Mas o narrador é um idiota, então nada disso é falado e todo o potencial vai pela descarga, sendo somente arranhado na superfície, e o sexo é narrado numa prosa digna de E. L. James; só várias releituras de Trópico de Câncer pra me exorcizar dessa desgraça.

Não consegui superar a estupidez de Narciso. Ele não só atrapalha o andamento da história com seu vocabulário simplório (cheio de "maldito"s e "desgraçado"s, como um filme dublado; leva umas 40 páginas pro autor perceber que ele pode escrever um palavrão sem problema), ele atrapalha toda atmosfera que o livro poderia querer passar ao leitor. Até agora não sei se o objetivo era fazer uma história de terror, porque não dá medo, principalmente quando o narrador passa a maior parte das cenas de tortura tirando sarro dos torturadores ou fazendo referências nerds durante seu próprio sofrimento; se era comédia, porque, a não ser que sua idade mental seja de 13 anos, não tem graça; se era suspense, porque é previsível.

Não vou dar spoilers. Eu queria. Faria de tudo pra impedir as pessoas de lerem esse livro, inclusive estragar o final. Mas parte do meu código de ética de crítico exige que eu sempre deixe uma brecha pra que o leitor procure o livro e tome suas próprias conclusões, afinal, por mais objetivo que eu ache que estou sendo, o livro não foi feito pra mim, não sou o público-alvo. Talvez você seja, talvez você me ache um filho da puta por estar escrevendo tudo isso, seu direito. Eu estou pouco me fodendo pra você. Mas a primeira parte do final (o culpado pelo caso da banheira), eu descobri logo no início. Só não previ o twist à M. Night Shyamalan que ele tirou do cu nas últimas páginas, mas foi uma merda, então não fazia questão nenhuma de ter adivinhado mesmo.

Espíritos de Gelo é um livro amador. Se eu não tivesse feito o dever de casa e pesquisado um pouco sobre o autor antes de fazer a resenha, teria achado que era seu primeiro livro. Na verdade é o quarto, o que só piora as coisas. Faria mais sentido se o livro fosse um primeiro rascunho escrito por um moleque de 15 anos que acabou de ler Stephen King e acreditou que também podia escrever um romance. Pra finalizar, Draccon, não é porque você escreve pra pré-adolescentes, que você precisa escrever como um. Tome nota disso e parta pro seu próximo livro, já que, se Paulo Coelho não parou, parar você não vai.

Nota: 1/5 - pra fazer caridade e porque eu gostei de ler o Narciso sendo torturado, achei até pouco.

site: http://delirandoeescrevendo.blogspot.com.br/2014/02/espiritos-de-gelo-raphael-draccon-2011.html
fabianelima 08/12/2014minha estante
MELHOR RESENHA


Thai Tavares 13/09/2015minha estante
Amador. É essa a palavra.


Sara Muniz 06/11/2015minha estante
KKKKKKKKKKK SEU DIÁLOGO FOI MUITO BOM! é mais ou menos assim mesmo ://




Lin 30/08/2015

Referências demais...
Eu não dei 5 estrelas para esse livro por duas razões. Uma que me incomodou bastante é o fato de o autor fazer muitas referências à cultura nerd/pop. Fazer uma ou duas referências é bem legal, agora você entupir um livro com tantas acaba ficando forçado. A segunda razão é o começo da narrativa que é bem monótono. Acho que se tivessem aspectos melhores trabalhados, seria mais emocionante. Mas como um todo, o livro é bom, contudo, ainda não classificaria no gênero horror. Creio que fica por conta da ficção fantástica.
Victor 07/12/2016minha estante
O lance do excesso de referências foi algo que incomodou muito. E já estava preocupado, me achando ranzinza, pensando ser o único a me incomodar com isso, hehe


Lin 01/03/2017minha estante
Mas quando... É bem legal quando vemos as primeiras e tals, mas depois vai ficando bem chato. Te entendo. xD




Marcos Pinto 12/09/2014

Um livro regular
Se você espera encontrar nesse livro uma fantasia bem construída, você está errando de livro. Nesta obra, Draccon expõe outra faceta de sua escrita, onde sexo, violência e rock se misturam de uma maneira hegemônica. Esse não é um livro leve e bonitinho e, provavelmente, pode não agradar algumas pessoas.

Tudo começa quando um rapaz acorda preso em um ambiente insalubre, sendo torturado por pessoas um tanto quanto excêntricas. Os torturadores querem respostas; os métodos para consegui-las pouco importam. Socos, chutes, xingamentos, perfurações... Todas as torturas possíveis e imagináveis são utilizadas para que nosso protagonista fale. Porém, há um grande problema: ele não se lembra de seu passado.

O balde de água gelada bateu forte como um soco. E, quando digo forte, não me refiro como o soco de um pugilista na cara de outro treinado para receber golpes, mas forte como o impacto do soco que um pai bêbado dá no filho que se coloca no caminho para proteger a mãe (p. 9).

Depois de muito apanhar, suas memórias parecem tentar voltar ao eixo. O protagonista começa a lembrar-se de alguns momentos, mesmo que desconexos. Porém, os torturadores acreditam que agressões fazem bem para a memória; então, a tortura se intensifica para que as lembranças se encaixem.

O livro é muito pequeno, então não me alongarei no enredo, evitando que spoilers sejam proferidos. Quando eu digo que o livro é pequeno, é muito mesmo. Ele tem apenas 176 páginas e a letra é enorme. Aparentemente, a fonte utilizada foi tamanho dezesseis. Ficou claro que a Leya deixou a letra enorme para ocupar mais espaço, a fim de que o livro não parecesse apenas um conto.

A escrita da obra é bem rápida e fluída, mas nada leve. As falas são repletas de agressões verbais e palavrões para todos os gostos. Até porque, querer um torturador pedindo por favor e usando por gentileza é, no mínimo, incompreensível. Logo, quem não gosta de cenas fortes e um linguajar mais vulgar pode não gostar da obra.

Existem três coisas capazes de virar a cabeça de uma pessoa: amor, dinheiro e poder. Dê ou retire qualquer um desses itens, e ela enlouquece (p. 30).

Quanto aos personagens, conseguimos aprofundar bastante na personalidade do protagonista. A narração em primeira pessoa possibilita isso muito bem. Vemos seus defeitos, suas poucas qualidades e seus muitos erros. Através dele também conhecemos outros personagens, como sua namorada. Todos os personagens têm características bem peculiares, o que enrique a obra.

Para quem gosta de rock, vai encontrar, nessa obra, diversas referencias às bandas clássicas desse gênero, como o Rolling Stones e o Black Sabbath. Além disso, o autor também demonstra conhecer bastante do cenário nerd, fazendo referências a essa comunidade e suas características.

Eu me virei assustado, pensando se já era o anjo da morte falando comigo. Olhei para baixo com o intuito metafísico de perceber se o corpo já tinha disparado na frente e deixado o espírito para trás. Sabe como é; a gente se influencia muito com o que vê em filmes, por aí (pag. 46).

Apesar da premissa da obra ser bem interessante, o desenrolar da obra não me agradou muito. Achei alguns aspectos muito exagerados e excêntricos. Por exemplo: muitos palavrões foram bem colocados, devido à construção dos personagens. Porém, outros parecem ter sido jogados despropositalmente no papel. Da mesma forma, foram colocados detalhes muito aprofundados sobre as bandas de Rock no livro. Não é o meu caso, pois gosto de quase todas as bandas mencionadas, mas, quem não é fã do gênero ficará literalmente sem saber do que os personagens falam.

Em geral, confesso que esperava mais da obra e achei o livro apenas mediano. Porém, continua sendo uma obra bastante recomendada para quem gosta da mistura de sexo, rock e violência em um só livro.

site: http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/09/resenha-espiritos-de-gelo.html
Thiago 13/09/2014minha estante
Esse livro é um dos que tenho urgência em ler.... fico tenso apenas com a sinopse e com as resenhas que vejo...


Line :) 19/09/2014minha estante
Esse era um livro que não tinha me conquistado ao ler a premissa e agora lendo sua resenha, vejo que não vou gostar da história... Realmente não me agradou... Mas, parabéns pela resenha, ela ficou muito bem contruída..bjs e fique com Deus.




Clio0 23/07/2015

Espíritos de Gelo é uma história com um tema simples: você pode fazer tudo o que quiser, mas vai responder por tudo o que fez.

A história trata sobre um jovem que sem saber como foi parar numa câmara de tortura, é cruelmente - e explicitamente - interrogado a cerca dos últimos acontecimentos de sua vida. Parece com algum filme de Guy Ritchie ou de Quentin Tarantino? Sim, parece. E é bom igual.

Não há muito que eu possa falar sem entregar a trama, então vou tratar de outras coisas...

Draccon faz centenas de citações de cultura pop e os menos avisados podem se sentir ressentidos, mas acreditem em mim, não há necessidade. É perfeitamente possível acompanhar a história sem saber de tudo, mas o editor poderia ter dado uma mãozinha e posto mais algumas notas de rodapé.

A escrita foi cuidadosamente balanceada e em nenhum momento tem-se aquela impressão que o autor se perdeu entre o formal acadêmico e o informal "de mano".
Bruno 30/07/2015minha estante
Eu também gostei muito desse livro. Mas pelo que andei vendo sobre o autor, trata-se de uma exceção.




MENINALY 19/11/2011

Espera a estoria de terror...
Comprei este livro em pre venda do submarino, principalmente pela sinopse e a capa. Falei - Opa que estoria legal, e como adoro terror lá fui...
Mas...Não rolou acho que o autor se perdeu na aquilo que havia proposto no livro: HISTORIA DE ARREPIAR.
Chega a ser até comigo, mas eu dei muitas risadas com o livro (isso que era para eu estar morrendo de medo).
O autor peca principalmente pelas citações exageradas sobre tudo o que é ligado ao mundo nerd-geek. Claro que é legal ter algumas menções sobre este tema, mas no exagero não dá.
Como não gostei da escrita dele, desisti de comprar a serie dragão de éter, pq provavelmente irá me decepcionar também.
Júnior 20/12/2011minha estante
lembra da história de João e Maria... agora imagina se a casa de doces não fosse doces e sim madeira, palha, pregos e cacos de vidro banhados por bruxaria... isso tá em Dragões de Éter e você vai perder de ler uma ótima série .-.




v1gn2r 22/03/2012

Bom livro, o enredo é bastante instigante, há várias reviravoltas no decorrer da história, e o final é bastante surpreendente.
Minha única crítica [ao contrário da maioria aqui] é justamente pelo excesso de referencia pop, o que quebra bastante o clima de suspense da trama, e corre o risco se não ser entendido por quem desconhece as fontes. O autor quis dar uma de Tarantino e acabou pesando a mão, fora isso, o livro é bastante recomendável.
André 04/04/2012minha estante
Pois é. Eu não achei o final tão surpreendente assim, por causa de um conto do Neil Gaiman. O final lembrou bastante. Já tava com ele na cabeça antes de chegar lá.

Mas no geral, senti o mesmo. Gosto muito de referência a cultura pop e etc, mas o autor exagerou, a maioria soou forçada, fora de lugar e sem propósito. Uma ou outra, coube direito e ficou natural, mas a maioria não.




Bruno 04/11/2014

Um golpe certeiro...
Este livro do Raphael Draccon é meu primeiro contato com o autor. Talvez isso não tenha me "contaminado" com o estilo de fantasia e tenha me desprovido de impressões e expectativas sobre o autor.
Trata-se de uma história rápida, é o tipo de livro que pode ser lido em 2 a 3 horas. É como um grito, forte, alto e curto. Mas de maneira nenhuma suas 176 páginas são poucas, eu diria que são suficientes e nos traz a um mundo sombrio onde não existem pessoas boas... A escrita é muito fácil e flui rapidamente, e aborda temas atuais, bem como dá pra perceber que o autor é um fã de rock, vide as diversas citações ao longo do livro.
Pra quem quer uma história rápida, sombria e com temática adulta, este é o seu livro.
Clio0 31/07/2015minha estante
Putz, eu não vi que você já tinha lido esse livro. Sabe... é uma pena que aparentemente o Draccon não segue mais esse estilo... Comparado com aquela porcaria de Reconstruindo Sandman e sabe-se-lá-o-que-é-isso que foi Dragões de Éter... bem, eu estava com esperanças...




colosssal 06/04/2023

Que vida ein meu caro?
Os últimos capítulos foram puro plot twistKKKKKKK
gostei, mas qm me indicou esqueceu de alguns detalhes, como por exemplo minha idade e o conteúdo do livro?
Arthur86 25/07/2023minha estante
Concordo sobre a faixa etária e sobre a resenha. Mas se vc entende sobre o assunto e entende que, o que está lendo, pode ser recomendado para maiores de 18 e sabe o correto a se pensar, fazer, falar sobre isso. Não tem problema ler um livro para adultos, desde que você mantenha sã a sua sanidade. Kkk. (Na minha opinião)




Camila 18/12/2011

Espíritos de Gelo
Acostumada com o mundo criado por Draccon em Dragões do Éter, me surpreendi com a narrativa nua e crua desse livro! Mas a surpresa foi boa, posso garantir!! Acho que a melhor definição para esse livro seria: cheio de testosterona!! Sério mesmo... O livro tem violência, sexo, rock'n'roll, sarcasmo e palavrões, mas tudo com muito propósito! Uma pena que a imagem da capa aqui no Skoob não mostre o principal - a mão ensanguentada!! É de arrepiar!!

www.leitoracompulsiva.com.br
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Johnny 17/11/2011

Raphael Draccon, que já nos presenteou com a ótima trilogia Dragões de Éter, nos manda mais essa maravilha!

Espíritos de Gelo é uma obra para ser lida com os ombros tensos, como se estivesse assistindo ao filme IT! pela primeira vez aos 8 anos de idade. Você não desgruda os olhos do livro. Tudo começa com a velha lenda urbana do roubo de um rim, seguindo num clima ligeiramente macabro e muito sensual, usando e abusando de muitas referências pop, geek e "internéticas", até um desfecho de tirar o fôlego.

Recomendo e MUITO!
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flavio.lloween 28/08/2012

Gostei desse livro como um todo... história que prende mesmo a pessoa e o Raphael Draccon soube explorar isso. O que não gostei mesmo foi do final, acho que poderia ter acabado de outra forma... no mais vale a pena conferir este livro. ^^
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Evaldo7 28/03/2024

Um livro estranho, com pessoas estranhas e um final interessante
Raphael Draccon oferece aos leitores uma narrativa intensa e envolvente, que não apenas prende a atenção com sua trama misteriosa e elementos de magia, mas também provoca uma profunda reflexão sobre as consequências de nossas ações e a facilidade com que podemos nos perder ao perseguir nossos desejos mais profundos.

O livro nos apresenta a um protagonista anônimo, acordando em circunstâncias terríveis, acorrentado e confuso, confrontado por personagens que parecem ter saído diretamente de um cenário de pesadelo. Sua jornada para recuperar a memória e entender como ele chegou a essa situação é o fio condutor que nos arrasta para dentro do abismo de sua própria psique.

Draccon habilmente explora a ideia de que nossos desejos mais íntimos podem ter consequências devastadoras, não apenas para nós mesmos, mas também para aqueles ao nosso redor. À medida que o protagonista luta para juntar os pedaços de seu passado, ele é forçado a confrontar a realidade de que suas escolhas, muitas vezes movidas por desejos obscuros e impulsos incontroláveis, o levaram a um caminho de destruição e desespero.

A narrativa é rica em simbolismo, usando o gelo não apenas como um elemento literal dentro da história, mas também como uma metáfora para o estado emocional congelado e distante do protagonista em relação ao mundo ao seu redor. O gelo representa as barreiras que construímos ao redor de nossos corações e mentes quando damos rédea solta aos nossos desejos sem considerar as consequências.

"Espíritos de Gelo" é um conto cautelar sobre a importância da autoconsciência e do autocontrole. Nos lembra que, enquanto é humano ansiar e desejar, há uma linha tênue entre a busca por satisfação e a queda na obsessão. Draccon nos convida a questionar até que ponto estamos dispostos a ir para satisfazer nossos desejos e se o preço a pagar por essa satisfação vale a pena.

Além de ser um thriller psicológico e sobrenatural de primeira linha, este livro é um estudo de personagem profundo, mergulhando nas profundezas da alma humana e expondo as fragilidades e falhas que todos nós possuímos. Draccon demonstra uma compreensão íntima da condição humana, entregando uma história que é tanto um entretenimento arrepiante quanto uma reflexão sombria sobre as escolhas que fazemos e os fantasmas que essas escolhas criam.
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Caverna 12/07/2012

Nosso protagonista (que, pelo que eu percebi, não tem nome. ou tem?) acorda acorrentado, com as mãos para cima, em uma sala um tanto quanto suja, fedida e nojenta. Uma sala de tortura. À sua frente, há um baixinho de um metro e meio, vestido socialmente, mas com uma camisa do Black Sabbath - o que o deixa mais estranho ainda - e dois capangas no melhor estilo o gordo e o magro, vestidos como um "clube sadomasoquista".
Ele está preso, e não se lembra de nada. E o pior: se ele não lembrar, vai sofrer cada vez mais.
Acontece que ele sofreu um trauma muito grande, que bloqueou toda a sua memória das últimas horas, ou até dos últimos dias. E seus sequestradores e torturadores querem saber como ele foi parar dentro de uma banheira de gelo, sem um rim. Para isso, vão usar da teoria de que, quando a pessoa sofre um segundo trauma muito forte, desbloqueia as memórias perdidas do trauma anterior. E o gordo e o magro vestidos com roupa de algum sex shop barato não vão se importar nem um pouco de pegar pesado nesse novo trauma.

Leia mais: http://hangoverat16.blogspot.com.br/2012/05/espiritos-de-gelo.html
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