Esse ofício do verso

Esse ofício do verso Jorge Luis Borges




Resenhas - Esse ofício do verso


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@riggifabio 17/08/2022

Este é uma releitura, na verdade. Esse ofício do verso é um dos poucos livros teóricos sobre literatura (são conferências proferidas por Borges) que não leio por estudo (embora sejam sempre novos aprendizados), mas pelo próprio prazer de ler.
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Ramon 20/02/2011

Excelente livro para quem gosta de literatura. Com exemplos citados de cor e com a leveza que marca a oralidade, Borges pincela, em seis palestras, vários temas relacionados ao literário, inclusive com menções a episódios de sua experiência como leitor e escritor e com sugestões, embora reticentes, para escritores iniciantes.
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Coruja 26/12/2019

Quando penso em Borges, vem-me à cabeça um jogo de associações entre lugares, pessoas e histórias. Borges faz-me pensar em Homero e Milton, os poetas cegos; em Manguel - que lia para Borges - e Eco e Pratchett, todos autores que tenho como sinônimos de humanistas modernos. Borges me faz pensar em Babel e Buenos Aires, Dante e Quixote. E, claro, em labirintos.

Adoro os contos do autor (desconfio até ser ele uma das razões para gostar tanto do formato), mas nunca tinha lido nenhum dos ensaios dele. Por isso mesmo, empolguei-me tanto em ler Esse ofício do verso: foi ele saindo da caixa e eu já me sentando com lápis, post-its e marcador de livro na poltrona mais próxima.

Do título não é difícil presumir do que se trata o volume: reunindo algumas palestras ministradas em Harvard entre os anos de 67 e 68, esse livro é como uma profissão de fé de Borges como autor e leitor. Sendo transcrições de fitas gravadas à ocasião, os ensaios conservam o tom informal, bem humorado e até espontâneo das palestras. Há algo nessas linhas que me faz pensar em uma conversa durante o café da tarde - uma impressão de debates vívidos, mas agradáveis, algo como as conversas do clube do livro de que participo.

Indo do mistério e musicalidade da poesia, ao poder das metáforas; do papel narrativo dos épicos ao trabalho de tradutor, Borges infunde os ensaios de espírito e paixão. Uma leitura para se perder nas páginas e degustar com prazer.


site: https://owlsroof.blogspot.com/2019/12/o-resumo-da-opera-decada-ainda-nao.html
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Vicente.Sanches 23/05/2023

Borges, enciclopédico
Livro bastante acessível, apesar de ser recheado de referências e citações a autores de peso que vão de Homero a Joyce. São reflexões profundamente pessoais de Borges sobre o fazer poético e literário, proferidas do auge da sua maturidade como escritor e leitor.
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Vi 08/01/2017

Tranquilo, didático e divertido!
O "Esse ofício do verso" foi escolhido como primeiro livro por ser uma leitura que eu já tinha sido apresentada dentro da faculdade. Precisei ler um de seus capítulos para fazer um trabalho e me interessei bastante pelo livro inteiro.
Três palavras que definem o livro: tranquilo, didático e divertido.
Este livro trabalha com teoria literária mais voltada para poesia ou "poética" e é bastante interessante porque é um tipo de transcrição de uma série de palestras que o Borges apresentou em Harvard. Então, para quem não é muito chegado nesse tipo de assunto, a leitura vai ser extremamente leve, como se estivesse ouvindo o seu professor velhinho de literatura falando. E, sim, eu imaginei um senhor diante de uma lousa com uns livros na mão conversando sobre o assunto, rs.


Qualquer coisa sugerida é bem mais eficaz do que qualquer coisa pregoada. Talvez a mente humana tenha uma tendência em negar declarações.

Algo muito interessante no modo com que o livro foi montado são as referências, ou notas, no final do livro. Certos comentários que Borges faz muitas vezes nós, leitores brasileiros, não somos capazes de entender de antemão por causa da vivência diferenciada. Portanto, alguns deles são acompanhados com números menores, que fazem conexão com o fim do livro onde há uma lista de notas. Às vezes é somente uma linha, explicitando sobre qual livro ele está se referindo, outras é um parágrafo, explicando alguma palavra, ou expressão. Enfim, é muito útil. Impede que entendamos o conceito pela metade.O que eu acho que é um ponto muito alto nesse livro é que os capítulos são relativamente curtos e lotados de exemplos. Se você não entendeu a primeira vez, Borges apresenta um segundo exemplo - e muitas vezes um terceiro. O modo com que ele fala dos autores dos poemas também é muito bom! Vire-e-mexe os compara a Shakespeare, que ele se refere como "adorado" ou "ilustre" e as piadas mais leves saem desses momentos. Os pensamentos do Borges ou comentários durante o texto, o que chamamos de "digressão" ou "devaneios", são mostrados entre parênteses, então realmente temos a impressão de que é alguém falando para uma sala e revendo o próprio conteúdo enquanto ensina. Tendo que ter certeza se está falando o que era para ser falado. Comenta que esqueceu uma metáfora que queria usar; ou que não tem certeza de como começa o poema, mas o que importa é que ele fale de tal verso.
Tem um trecho do livro que eu acho muito divertido que é uma hora em que ele usa um poema relativamente moderno como exemplo. É assim: "O primeiro verso é: 'a terrível face de Deus, mais luzente que uma colher'. Lamento bastante pela colher, pois se sente, claro, que ele pensou primeiro numa espada, ou numa vela, ou no sol, ou num escudo, ou em algo que tradicionalmente brilha; e então disse: 'Não - Afinal, sou moderno, vou meter aqui uma colher'". E ele volta a conversar melhor sobre o verso, tentando se conformar com o uso do termo "colher", ainda arriscando colocá-lo como uma relação com o ato de "colher algo" que Deus pode induzir. Não funciona muito bem e ele se resigna a continuar o texto com o que ele havia se decidido antes, rs.


Acho que o romance está em declínio (...) Mas existe algo com a história, com a narrativa, que sempre estará presente.

Se você precisa ler algum livro de poética que fale sobre ideias de metáforas, narrativas, poesia em si e poetas, esse é um livro muito bom para começar! É leve, você pode ler à noite antes de dormir. Estabelece um horário que você vai parar e ler o livro que você quer; e só isso. Como eu fiz, já que estou em época de provas e não tenho muito tempo durante o dia para ler algo descontraído: me comprometi a ler só este livro a partir das 21h. E todas as leituras obrigatórias de estudo eu lia durante o dia. É uma solução bem agradável.
Recomendo para quem se interessa por esses assuntos e para quem se interessa mais ou menos, já que, no final, os dois tipos poderão ter uma boa experiência. Se está curioso sobre o que seria esse assunto eu recomendo muitíssimo este livro como primeiro contato. Não recomendo para quem não se interessa muito por estudos literários deste estilo, já que não será uma leitura tão agradável assim para essa pessoa.
Estou já um pouco acostumada em ler livros que não falem de histórias, mas que falem de coisas mais teóricas, didáticas até. Mas, e eu repito: mas com certeza sinto falta de livros que tenham narrativa e tragam algo leve para que eu possa simplesmente me divertir. Se você quer um tipo de leitura de histórias e para se distrair eu não acho que é a melhor escolha. Gostei muito do livro, é muito leve, mas não do tipo que você não precisa parar e prestar atenção no que lê.


Há versos, é claro, que são belos e sem sentido. (...) É como a música: posso recordá-lo, compreendê-lo; mas não posso traduzi-lo. E nem acho que precise de tradução.

Eu não sou a maior fã de assuntos como poética, mas com o Borges eu tive uma visão bem mais gostosa da matéria e pude aprender tranquilamente o que eu precisava. Nisso, agradeço-o profundamente. Com essa ideia, eu leria outros livros do autor - se possuíssem essa viés didática leve. E admito que, se ele ainda estivesse vivo (faleceu em 1986), eu gostaria muito de uma oportunidade para ouvir sua palestra de verdade.

site: https://souldoslivros.blogspot.com.br
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Colenci 01/08/2019

O poder da literatura, sua magia e beleza, pulsam nas palavras de Borges. São palavras lindas, cheias de encanto, paixão e assombro por livros. As ideias aqui contidas são preciosas.
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João Lagden 28/02/2021

Recomendo esse livro a qualquer um que se interesse ou por literatura ou por poesia ou pelo próprio Borges mesmo.
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