O Liberalismo

O Liberalismo José Guilherme Merquior




Resenhas - O Liberalismo: Antigo e Moderno


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Raquel 17/12/2015

Um banho de história
Merquior provou sua genialidade neste grande livro.
O autor faz um aparato de todos os pensadores liberais, separando por período histórico e ideias. Além disso, escreve de maneira didática. O livro não fica tedioso.

Super recomendo para quem tem interesse em aprender a história do liberalismo
simum 11/05/2016minha estante
Um clássico, realmente.


Lidio.Pereira 30/09/2017minha estante
Clássico já...




Aholanda 31/12/2022

Ótimo livro pra entender sobre liberalismo
Merquior escreveu um excelente livro sobre as correntes do liberalismo. Ao contrário do que muitos pensam, não há um liberalismo apenas, mas sim liberalismos, e estes vão da esquerda à direita. É bom pra elucidar que liberalismo não é só questão econômica, mas também política.
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Alexandre 09/01/2019

Um Clássico por Excelência
Merquior sem dúvida merece ser considerado um dos intelectuais mais completos da segunda metade do século XX. Sua obra "O Liberalismo. Antigo e Moderno" representa um panorama geral acerca do liberalismo num sentido lato e com profundidade em um nível impressionante.

Pontos de destaque para quem possa vir a se interessar pela obra:

- Uma apresentação excelente de Roberto Campos, que foi amigo de Merquior;
- Apresentação do conceito de "liberdade" numa trilha histórica muito interessante traçada pelo autor;
- Apresentação do pano de fundo histórico que deu espaço para o germinar do liberalismo político e econômico (reforma protestante, iluminismo etc.);
- Uma miríade de personagens intelectuais e obras importantes que fizeram parte da construção do liberalismo, assim como seus principais focos: Reino Unido, França e Alemanha.
- Desenvolvimento da ideia de liberalismo através de séculos, passando pelo liberalismo antigo até desembocar no liberalismo moderno, em sua versão mais recente como neoliberalismo.

É importante que o leitor não faça a confusão tão comum aqui no Brasil de associar liberalismo somente a uma ideia econômica ou isso combinado com ideias de libertários contemporâneos. A obra traz o liberalismo com definição correta e precisa, que compreende 3 pilares (em resumo tosco):

-direitos humanos: base de direitos fundamentais;
-contratualismo: governante como servidor do povo soberano, abaixo de regramento legal que define limites, pesos e contrapesos; o que faz um contraponto fundamental ao antigo regime;
-liberalismo econômico.

Sob estes 3 pilares a história do liberalismo vai se conformando e Merquior com sua assombrosa erudição, de quem leu tudo, capta cada movimento de distensão neste caminho, destacando erros, reparações e acertos.
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CisoS 25/04/2020

Exibicionismo intelectual
O livro repassa quase todos os autores liberais de renome, criticando e sintetizando suas obras.
Não é uma leitura fácil ou agradável, o livro funciona como um índice, não como uma introdução ou uma síntese homogênea. São tantos conceitos, de tantos autores que apenas iniciados apreciarão.
Pela qualidade e conhecimento do autor o livro mereceria 5 Estrelas, mas pela dificuldade de leitura, apenas 2.
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Matheus.Araujo 05/07/2020

O diário do Liberalismo
José Guilherme Merquior traça, cuidadosamente, a trajetória histórica do liberalismo. Claro, para uma vertente econômico-política de três séculos de vida, esta obra poderá ser incompleta. No entanto, nunca foi a intenção do autor de resumir ou transcrever os escritos de cada pensador ou influenciador liberal, para isso já existe os livros originais. Pelo contrário, Merquior nos guia pelo percurso histórico do liberalismo, desde o protoliberalismo da Antiguidade e Idade Média, a revolução Iluminista, os liberais economistas clássicos, de Smith a Ricardo, os estudos da democracia, de Bentham a Tocqueville, o liberalismo de John Stuart Mill, o liberalismo conservador de Spencer, Ortega e Croce, as críticas antitotalitárias de Orwell e Camus, os neoclássicos, Mises, Friedman e Hayek e,por fim, aos neocontratualistas, de Rawls a Nozick e Bobbio. Para qualquer um interessado nos princípios do liberalismo, este livro despertará sua curiosidade após a descrição de Merquior para cada autor citado.
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Mr. Matos 13/11/2020

Livro para Estudo e futuras consultas
Livro fundamental sobre O liberalismo, talvez, o melhor já escrito por um brasileiro (pelo menos da bibliografia que conheço, a produção liberal nos últimos anos beira a vulgaridade ) que como pensador tinha expressão internacional sendo lido e apreciado por diversos autores como o filósofo Isaiah Berlin, o Sociólogo Raymond Aron, o antropólogo Cláude Levy-Strauss, do critico literário Otto Maria-Carpeaux, o Embaixador Sergio Paulo Rouanet tradutor de Walter Benjamim para nossa língua e os eminentes filósofos de tradição Marxista Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho. Que reconheciam em Merquior, a seriedade em suas investigações e a firme convicção do liberalismo como a sua Weltschauung não como a mera pregação apologética do economicismo liberal (entendido como "liberismo" na obra e no debate italiano tornado internacional por autores como Noberto Bobbio principalmente) mas o entendimento do Liberalismo como um principio orientador tanto individual quanto social, que ao longo da obra fica evidente sua preferencia pelas perspectivas do chamado liberalismo social desenvolvido por pensadores como Bobbio, Rawls, Kelsen, Aron, Ralf Dahrendorf, Keynes além de incorporar toda a tradição liberal precedente dos séculos XVIII a XX, promovendo criticas e elogios justos a autores que tinha uma perspectiva liberal não democrática como Ortega Y Gasset e Max Weber, além de se distanciar do neoliberalismo de autores como Mises e Hayek embora reconheça seus méritos de forma critica. O que aparentemente o prefaciador original o economista Roberto Campos não compreendeu ao afirmar que Merquior se "tornava cada vez mais liberista" conclusão impossível de ser extraída do texto pois a censura a Hayek por sua aproximação com regimes autocráticos como o Chile de Pinochet está presente (ainda que muito timidamente).
A convicção de uma economia de mercado livre em Merquior não andava longe do governo constitucional republicano e democrático e que promovesse a liberdade individual e consequentemente com o fim de defender a liberdade promovesse um determinado nivelamento social ( muito mais em consonância com as ideias politicas e sociais de John Rawls e Noberto Bobbio tentando conciliar Keynes e Milton Friedman do que com Ludwig Mises e Murray Rothbard como Roberto Campos tenta dar a entender em seu prefácio).
O livro é uma espécie enciclopédia formado por verbetes que apresentam autores, ideias e contextos históricos de forma sucinta infelizmente devido ao formato da obra estes não podem ser muito profundos porem o livro tem indicações bibliográficas preciosas para qualquer interessado em aprofundar o estudo em questões mais especificas, a obra é ideal para Estudo por apresentar uma visão panorâmica dos últimos três séculos de pensamento liberal, passando por aspectos de um proliberalismo medieval como autores como Marsilio de Pádua e Maquiavel, Francisco Suaréz e Hobbes (sim , Hobbes e fundamental para o liberalismo leia Pierre Manent e sua História Intelectual do Liberalismo as obras sobre Direito Natural moderno de Richard Tuck, ou o Hobbes de Leo Strauss que comprovam que o absolutismo de Hobbes era uma consequência lógica da sua filosofia individualista, dificuldade que Merquior provavelmente conhecia por isso vai cindir o individualismo em dois, o individualismo egoista e o individualismo como principio ético de diferenciação que teria haver com o "fato do pluralismo" como diria Rawls em sua obra Uma teoria da Justiça) até os liberais propriamente ditos como Locke, Montesquieu, Humboldt, os pais fundadores, apresentando o liberalismo conservador de Burke que surge em oposição ao Republicanismo Rousseauniano, e o liberalismo republicano de Tocqueville, Guizot e Constant, os fisiocratas do seculo XIX até o liberalismo entre guerras de Keynes e Kelsen ao neoliberalismo de Mises e Hayek, o liberalismo sociológico de Aron e Schumpeter até os novos contratualistas de Bobbio, Rawls e Nozick em seus aspectos social-liberal, liberal e libertário respectivamente. Para quem busca uma boa introdução que sirva como ponto de partida, livro de consulta e indicativo sobre temas e bibliografias ou precise de um resumo rápido e preciso de um pensador é muito indicado (As colocações sobre Locke, Tocqueville, Kelsen e Bobbio são excelentes por sinal, outro destaque que eu apontaria é a observação de que o liberalismo anglo saxão foi pensado e elaborado por economistas e filósofos preocupados com a moral a exemplo de Addam smith e David Ricardo, o liberais franceses eram principalmente historiadores como Michelet e Tocqueville, e os Liberais alemães eram principalmente juristas como Humboldt e Iehring e como essas características desenvolveriam aspectos diferenciados do liberalismo a exemplo na ênfase na auto realização do liberalismo alemão, ou na ênfase na autolimitação do governo por parte dos saxões)
P.S Não se trata de um elogio ingênuo ou acrítico da obra, estou perfeitamente ciente das criticas ao pensamento liberal, se trata apenas de reconhecer os méritos intelectuais de alguém que a despeito das diferenças de pensamento é certamente um grande autor e como tal deve ser tratado tanto na critica quanto no elogio, assim como Marx sabia que o tratamento que se dá a um Ricardo ou Smith e diferente do que se da a um Bastiat ou Carey pois enquanto os primeiros são intelectuais e teóricos sérios os outros são frutos da decadência ideológica do pensamento liberal burguês, não se trata de ser um antiliberal ensandecido que confunde o próprio filisteismo com critica radical.
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Aline 20/12/2021

Inesperado.
Iniciei a leitura deste livro, confesso, sem buscar informações sobre ele. Imaginei que encontraria ali um significado preciso do que o termo ?liberalismo? enseja. Qual não foi minha surpresa com o histórico do termo trazido pelo autor...

Não concordo com muito do que está ali (por exemplo, tudo relacionado ao liberalismo conservador ou social). Mas, a ideia do livro não é que o leitor concorde ou não. Trata-se da interpretação histórica de eventos, obras e pensamentos de diversas pessoas. Isto porque, como o próprio autor traz, liberdade é um conceito amplo e mutável ao longo da história, assim como a definição de liberalismo.

O primeiro capítulo da conclusão traz exatamente o que o leitor encontrará no livro... não uma definição, mas as diferentes acepções que o termo carregou durante a história, bem como os contextos sociais que ensejaram as diferentes visões:

?Uma vista geral, mesmo tão necessariamente incompleta quanto esta, da história três vezes secular das ideias liberais mostra, acima de tudo, a impressionante variedade dos liberalismos: há vários tipos históricos de credo liberal e, não menos significantes, várias espécies de discurso liberal. Tal diversidade parece decorrer principalmente de duas fontes. Em primeiro lugar, há diferentes obstáculos à liberdade; o que assustava Locke ? o absolutismo ? já não era obviamente o que assustava Mill ou, ainda, Hayek. Em segundo lugar, há diferentes conceitos de liberdade, o que permite uma redefinição periódica do liberalismo.? (Pg. 262)

O textos anteriores e posteriores aos escritos do autor auxiliam a leitura, mas também a direcionam. Portanto, para mim, foram importantes como apoio, mas não imprescindíveis.

O autor inicia sua obra tentando trazer definições e pontos de partida do próprio termo ?liberalismo?, de liberdade (negativa e positiva), autonomia, a posição do Estado. Traz também três escolas de pensamento distintas: a inglesa, a francesa e a alemã. Após, ele demonstra as raízes do liberalismo, inclusiva como um corolário do Iluminismo. E, neste momento, o leitor já se encontra confuso com todas as datas e personagens citados pelo autor. Tudo aquilo que, atualmente e de maneira geral, é considerado como liberal é desconstruído. Suas raízes são um resultado da insatisfação do contexto social da época.

Após, o autor passa a descrever o liberalismo clássico a partir de Locke. Passa então por diversos autores, alguns mais conhecidos e outros menos, alguns tidos como clássicos e outros que nunca se cogitou que fossem inseridos como autores liberais. Mas, confesso que fiquei bastante surpresa com o capítulo denominado ?Liberalismos conservadores?. E, por fim, o autor finaliza a obra com o capítulo que busca descrever os ?novos liberalismos? e os ?neoliberalismos?, quando menciona diretamente o liberalismo social, Kelsen, Keynes, Popper, Mises, Hayek e diversos outros.

Então... foi uma leitura interessante, embora arrastada. É sério! As datas, autores e confusão entre os termos são demais. Para mim, o autor não foi muito didático. Por isso, não considero o livro imprescindível, mas a noção de transfiguração do significado do termo ?liberalismo? durante a evolução histórica é realmente bem interessante; me parece trata-se de uma resposta ao contexto de cada época.
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Biblioteca Álvaro Guerra 03/04/2018

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788580331714
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Wes Janson 10/12/2018

Excelente revisão histórica!
José Guilherme Merquior foi uma das mentes mais capazes e brilhantes que o Brasil já teve, que infelizmente morreu precocemente em 1991, aos 50 anos, numa era pré internet, o que o torna pouco conhecido pelas gerações atuais.
Pela primeira vez vou usar a palavra de terceiros para falar sobre o livro, Hélio Jaguaribe, em texto que faz parte dessa edição, pela descrição perfeita: "O estudo de Merquior ostenta as características de uma enciclopédia crítico-expositiva do pensamento e dos movimentos liberais. Duas notas são particularmente distintivas desse opus magnum. De um lado, a superação do terreno a que usualmente se circunscrevem os estudos sobre o liberalismo, excessivamente voltados para o pensamento anglo-saxônico. Ademais deste, Merquior contempla as contribuições francesa, alemã, italiana, espanhola, além de outras, e inclui pensadores argentinos, como Sarmiento e Alberdi. A segunda marca distintiva desse livro é a capacidade que se revela, em todas as suas páginas, de combinar uma admirável síntese do pensamento de cada uma das figuras importantes das várias correntes liberais, desde o protoliberalismo medieval e renascentista, com uma lúcida crítica do sentido de contribuição de cada qual, no contexto de seu lugar e tempo."
Com o pensamento de direita retomando o seu lugar, e dentro dele claro o liberalismo, entender do que se trata através de suas várias linhas de pensamento ao longo do tempo é fundamental para o debate, evitando as generalizações e principalmente interpretar algo por seus detratores.
Muito recomendado!!
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Luana.Rayalla 04/04/2020

Amei
nossa esse video abriu minha visão sobre o liberalismo, além de claramente deixar evidente que você pode ser de esquerda e ser liberal.
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Lucas Malta 06/07/2021

Meu primeiro contato com o Liberalismo
Eu poderia resumir que este livro de Merquior foi uma verdadeira lanterna que iniciou o meu conhecimento para as ideias liberais.

Conheci esse livro após uma aula de história, num canal do YouTube, no qual o professor fazia um apanhado dos principais autores antigos e modernos do liberalismo.

O livro deste grande escritor brasileiro é um dos melhores trabalhos de síntese de pensamentos que já li (e olha que de síntese de texto eu entendo, devido a minha profissão de jornalista).

Merquior nós traz de maneira muito didática, com detalhes e peculiaridades os pensadores da liberdade. Chama a atenção os diversos exemplos e paralelos com a atualidade que ele tenta fazer, mesmo com ideias muito antigas.

Foi lendo esse livro que despertei minha curiosidade sobre o liberalismo e consegui também me ver no próprio autor.

Sempre achei que o caminho do meio, entre as ideias da esquerda e direita fosse o melhor caminho, mas após ler Merquior, tenho agora a certeza disso.

A propagação das ideias e textos de Merquior faz-se muito necessário para as ?novas gerações?. Pessoas que são acostumadas a frases de efeito ou brigas de internet poderiam usar seu tempo precioso conhecendo a grandiosidade deste escritor.
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Paloma 02/09/2018

Para começar
O livro está esquematizado em 5 capítulos que traçam entre si uma ordem cronológica sobre principais características do Liberalismo. São apresentados os principais autores de cada momento com suas contribuições e breves informações sobre suas vidas além do diálogo que fazem entre si e autores de outros períodos. Sem dúvida, um excelente livro para quem pouco sabe sobre o Liberalismo e uma bela contribuição para quem quer se aprofundar mais sobre esse eixo temático uma vez que Merquior ainda faz indicações sobre leituras complementares ao final da obra.
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Luan 24/08/2022

Merquior é o grande sintetizador do liberalismo político. Um livro essencial para qualquer pessoa interessada nessa rica tradição ideológica. Como o autor mesmo diz: não é possível definir um único liberalismo, mas sim liberalismos.

Porém é preciso esclarecer que esse livro não é destinado aos novatos. A bagagem teórica exigida é alta e por isso pode deixar frustrado os mais desavisados.
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