O centauro no jardim

O centauro no jardim Moacyr Scliar




Resenhas - O Centauro no Jardim


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Suzana.Basilio 19/09/2020

"..Eu achava histórias sobre tudo, menos sobre centauros.."
Muito bom!! É um ótimo livro pra quem quer sair de uma ressaca literária, nunca tinha lido nada do autor mas fiquei encantada com essa história, um centauro que no fim do livro já não mais um centauro, e nem se sabe ao certo se um dia realmente foi. Achei incrível demais a construção dos personagens e de cada momento desse livro! Nem parece que cabem tantos acontecimentos dentro de pouco menos de 300 páginas.
Alê | @alexandrejjr 16/06/2022minha estante
É um livro muito gostoso de ler pelo uso do real maravilhoso, realmente.




balducci 20/01/2009

vidinha mais ou menos
no meio do livro o autor parece nao saber o que fazer com o centauro sem pernas, e da pra ele uma vidinha classe média meio novela das 6.
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Evy 07/12/2022

Meu primeiro livro do autor e já fiquei apaixonada por sua narrativa. Nesta história, Moacyr Scliar foi simplesmente genial por vários motivos que vou pontuar nesta resenha, mas em especial na forma como nos prende às paginas e nos faz mergulhar para dentro dessa história surreal e simplesmente apaixonante.

A história acontece no interior do Rio Grande do Sul, e já preciso elogiar a ambientação perfeita que Moacyr traz para a história, o que adoro na literatura nacional, já que nos sentimos mais próximos de lugares que conhecemos ou passamos a conhecer um pouquinho mais através da obra. Na tradicional e pacata família Tratskovsky nasce um centauro: um ser metade homem, metade cavalo. É isso mesmo que vocês leram. Um centauro. O nome dele é Guedal e é o quarto filho de um casal de imigrantes judeus russos.

A partir desse evento fantástico, que coloca o romance de Scliar entre a fábula e o realismo, a história se desenrola com Guedali passando por todas as agruras de ser uma criatura diferente em meio a sociedade dita como "normal". Solitário, excluído dos olhares que poderiam julgar a ele e sua família, cresce apaixonado por leitura e remoendo pensamentos e sensações que outros podem ter e sentir, mas ele não.

A um dado momento vai fugir da casa dos pais, não querendo mais atrapalhá-los ou causar vergonha a família e no caminho conhece Tita, uma também centaura em Porto Alegre, com quem se casa e vive às escondidas. Vivem uma vida razoável até que decidem viajar para o Marrocos onde vão tentar uma cirurgia super arriscada que promete transformá-los em pessoas normais.

"O tempo passa, a gente deixa de se ama, e fica se perguntando, para que afinal serve a vida?"

A metáfora do centauro é usada por Scliar como forma de abordar o preconceito e a dificuldade de aceitar e conviver com as diferenças da sociedade e das pessoas individualmente. Vai tratar dos conflitos psicológicos e sociais internos e externos ao personagem Guedali ao tentar se encaixar de alguma forma nesse mundo sendo quem é. Sua narrativa sensível e fluída nos envolve de tal forma que sentimos as dores e confusões de Guedali, nos questionando também sobre a vida e a sociedade.

Uma obra espetacular, com um final surpreendente que amarra muito bem todo o enredo e uma narrativa fantástica. Literatura nacional de qualidade. Super recomendo!
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Angela.Thomasi 12/08/2021minha estante
Oi! Tbm tive um pouco dessa sensação. Achei lindo no início, chorei com ele tocando violino ao lado da correnteza, mas depois que ele vira humano, a leitura decepciona.




Cristiane 22/03/2021

O centauro no jardim
Guedali é o filho caçula de uma família de agricultores do Rio Grande do Sul. Nasceu com o corpo metade homem e metade cavalo. Sua família o apoia. Seu irmão mais velho tem ciúme dele. Como todo ser humano Guedali tem angústias. Em suas andanças pelo mundo conhece Tita que também é metade mulher metade égua. Os dois se entendem e vivem os encontros e desencontros que um casal sofre. Ao comemorar com os amigos seus 38 anos de vida, Guedali recorda tudo que se passou em sua existência. Descobrimos que é possível sim, encontrarmos escondidos em nosso jardim ou pomar este ser mitológico, o Centauro, se encontrarmos é bom aproximarmos devagar e chamar: "É você Guedali?
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Juh 29/06/2013

O verdadeiro EU.
Uma parte cavalo e outra humana...Assim, nasce mais um ser misterioso nesse "mundo" chamado, Guedali.
Ao principio, achei o livro super mega desinteressante, mas do nada ele logo mostra a sua verdadeira "fase" um livro rico, e assim começando a ser algo do ao contrário do que disse... Bom, o livro é um mistura total de uma fantasia com um a fundura real.
Essa foi a obra mais notável de de Moacyr Scliar por ter um pretexto belíssimo. Encarando bem a história nada mais do que menos o autor tenta nos mostra através desse romance, que a vida, o nosso destino na verdade não pertence só a nós mesmo e que não existe nenhuma ordem complexa que vai te fazer sofrer, mas sim da forma que você se encaixa na situação que esta vivendo, o sofrimento de Guedali que passou durante muito tempo em sua vida não foi por causa da sua forma física, mas sim por não aceita ele mesmo.
Guedali, passa por várias fases, por todas experiências de vida possíveis tudo isso a busca de seu caminho ... E ele sabe que mesmo com as mudanças ocorridas com tempo ele nunca deixou de ser o centauro a que tanto "temia" diante da sociedade, no fundo ele tem a súbita consciência que sempre foi e que ainda existe dentro dele um verdadeiro cavalo.
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Vanne 21/10/2011

De que estávamos falando ? E quem éramos ? E qual o sentido de tudo ?
A gente vai criando um carinho pelo personagem, vai devorando com gosto cada linha e cada página. E como consequência vai aprendendo junto com o jovem centauro..
Aos poucos o personagem descobre o mundo. O começo é no mínimo triste, ver que sua família o rejeita, mas logo percebe que o ama apesar da condição de centauro.

"Lê meu filho, lê, dizia minha mãe, essas coisas que tu aprendes nunca ninguém vai poder te tirar; não importa que sejas defeituoso, o importante é ter cultura." Pág.: 44


E assim, vai crescendo. Descobrindo a vida, o amor, a família.

"Cresce triste; mas não revoltado; melancólico, porém gentil. Mostra-se grato aos esforços que os pais fazem para lhe amenizar a vida. Tem suas crises, chora, dá patadas nas paredes, mas isso quando está só; na frente do pais, contém-se. Porque são bons para ele, os pais; carinhosos, fazem com que esqueça a sua condição de centauro, a sua espantosa solidão;" Pág.: 152


Já na fase adulta percebe que ainda há muito a ser descoberto. Embarca em muitas aventuras. Vai ao encontro de questionamentos, descobre o casamento, traição, filhos, trabalho, amizade, o amor.

"Do que se tratava, mesmo ? Eu não sabia. Ficamos nos olhando, apalermados. De que estávamos falando ? E quem éramos ? E qual o sentido de tudo ?





Tiro meu chapéu para esta obra!
Parabéns ao Scliar, que pelo visto já deixa saudades..


Dudu Menezes 06/03/2024

Ótimo livro!
Nasce um menino no município de Quatro Irmãos, no Rio Grande do Sul. Filho de pais judeus, Guedali veio ao mundo, já em solo gaúcho, como muitas outras crianças judias, cujas famílias emigraram, da Rússia, fugindo dos pogroms dos cossacos russos contra os judeus, no final do século XIX e início do século XX.

Esses ataques violentos provocaram uma emigração, em massa, dos judeus russos para as Américas e para a Europa Ocidental, sendo que a família Tartakovsky escolhe o interior gaúcho para tentar uma nova vida. Nesta terra, vivendo em moradas humildes, dedicaram-se à atividade agrícola, longe dos abusos sofridos nas aldeias que haviam deixado para trás.

E é justamente neste novo cenário, em uma terra que prometia um futuro melhor para os filhos desta gente humilde e trabalhadora, que nasce Guedali - metade menino e metade cavalo. Sim! Um centauro! De início, a espantosa criatura gera uma reação imediata de rejeição. A mãe tem depressão pós-parto, os irmãos ficam assustados, o pai não sabe o que fazer diante da anomalia.

No entanto, o tempo vai acomodando tudo e a família acolhe este "ser mitológico"; mesmo que ainda com a resistência do irmão, Bernardo, enciumado com o tratamento especial dispensado ao novo membro da família. Membro, este, que terá de lidar com todos os desafios da infância e da adolescência, num corpo que é diferente dos outros, ficando recluso em casa e sobrevivendo do afeto das irmãs e dos pais, além do amparo que encontra na música e nos livros.

O Centauro no Jardim, de Moacyr Scliar, é uma obra prima da literatura nacional. Esta edição saiu, recentemente, pela @companhiadasletras e tem uma capa belíssima, em que vemos o Centauro galopar na direção da sua liberdade, como a sair do livro.

O autor desafia os limites entre a realidade e a ficção, provocando o leitor a tirar as suas próprias conclusões sobre essa metamorfose que é viver. Lendo o livro pensei em Gregor Samsa, personagem de A Metamorfose, de Kafka, e me senti imerso no universo mágico construído por Gabriel García Márquez, devido ao realismo mágico. Mas não é só isso...

Galopar para onde, quando as diferenças nos limitam?
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Emanuel Xampy Fontinhas 21/09/2020

...
Meu único contato anterior com o trabalho do Scliar foi numa coletânea de contos chamada "Para gostar de ler", lançada pela editora Ática que li ainda criança e, apesar de não me lembrar muito, lembro que gostei. Esse foi o primeiro livro dele que li e me agradou muito, interpretei como uma história que fala sobre a sensação de não se sentir pertencente à sociedade e a necessidade de adaptação e conformidade. O legal aqui é que o centauro pode ter existido, ou pode ter sido uma metáfora ou ambos, o autor deixa isso em aberto e eu acho que uma boa obra sempre é completada pelo leitor.
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MIRANDA 31/12/2021

Que devaneio de Scliar ... mais um livro de "viagem" literária .
palavra para o livro : PAMPAS
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Sasaki 04/04/2020

O livro é surpreendente por ser gostoso de ler, a história também foi bem montada, mas o encerramento é decepcionante, forçando um retorno a normalidade no fim, quando o livro é cheio de misticismo
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Gabi Florence 07/09/2021

Gostei do início.
"Eu habito a fronteira de dois mundos, dois mundos que me rechaçam, estou condenado a vagar pela vida como alma penada..."
???????
Queria ler Moacyr Scliar e achei a sinopse desse livro inusitada, um centauro nasce em uma família de origem russa que se mudou para o interior do Rio Grande do Sul. Acompanhamos o choque inicial, o desenvolvimento de alguém diferente de todos a sua volta, e tudo narrado pelo próprio centauro, Guedali.
As decisões da família para manter o segredo, para criar o filho caçula dentro das tradições judias, os questionamentos e descobertas solitárias de Guedali, a relação com os irmãos, tão diferentes dele, são muito interessantes, gostei dessa primeira parte da narrativa.
Com a chegada da vida adulta e a tentativa de descobrir o mundo fora do quintal que foi criado, temos uma virada na história, e acho que a partir desse ponto a narrativa começa a se perder, achei alguns acontecimentos forçados e desnecessários para o enredo, o que fez com que eu não gostasse tanto do livro, que segue esse ritmo até o fim.
Apesar disso, gostei de conhecer a escrita desse importante autor brasileiro e consegui, por meio de sua escrita, desenvolver mais empatia por aqueles que são julgados como diferentes em nossa sociedade.
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ProPaixao 08/03/2012

O centauro indomável
Guedali, um judeu, desde criança sofreu com a deformidade antromófica. Nascera centauro.
O livro é uma espécie de diário, onde narra a vida cheia de frustrações pela qual o jovem passou. Nunca fora à escola, nunca teve amigos, somente na fase adulta. Ainda jovem, fugiu de casa, perambulou pelo mundo até parar num circo, tornando-se atração principal. Perdeu sua virgindade com a domadora de leões, nesse mesmo dia foge do circo quando esta descobre que o centauro era realmente de verdade e com um membro gigantesco!
Eis que quando adulto conhece uma centaura, Tita, que também é infeliz por ser mulher/cavalo, mas pela primeira vez ambos fazem amor de forma equina.
O sonho de Guedali de tornar-se totalmente humano se realiza quando ele vai para o Marrocos com Tita para operar-se, contudo a vida dá muitas reviravoltas e ele sente saudades de quando galopava nos pampas gaúchos.
Eis que se revela na história ora sutil ora escrachado erotismo, mas nota-se que o fundo moral da história não é o sexo animal, mas sim a psique do protagonista que sendo desajustado na sociedade, tanto lutou pra moldá-la aos padrões ditos sociais e que qdo isso aconteceu, sua vida perdeu o sentido, porque o verdadeiro sentido da vida é ser original.
Se foi um centauro, se foi um tumor, se Lolah, sua amante era uma esfinge, não se sabe, só sabe-se que Guedali era judeu, nasceu e viveu no Sul do Brasil.
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Priscila S G 02/05/2009

A história do centauro, pelo menos até antes de entrar na idade adulta, é encantadora. Cenas como a do centaurinho tocando violino encima de uma coxilha na chuva são de uma beleza sem igual, muitas são de cortar o coração. Mas no último terço do livro me pareceu que a história perdeu um pouco da força, da capacidade de tocar os sentimentos do leitor. Ainda assim vale muito a pena.
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