As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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17/04/2024

Terminei hoje o livro e fiquei impactada pelo final. Fiquei procurando mais páginas porque não é possível que ia acabar assim com tanta ponta solta?!!! A Lia conseguiu encontrar o Miguel? Lorena recebeu a ligação do M.N.? Como foi a descoberta do final da Ana Turva? Lygia deixa em aberto e a gente fica com tantas possibilidades, podemos imaginar o final que quisermos.
Sobre o livro em geral: o livro conta a história de três jovens amigas que moram em um pensionato de freiras em São Paulo. São estudantes universitárias (quando não estão com a matrícula trancada) e cada uma passa por um dilema principal na história, a história de passa na época da ditadura militar no Brasil.
A maior parte do livro é narrado pela Lorena e apesar das futilidades devo admitir que gostei muito da personagem.
Queria que tivesse mais pontos de vista da Lia e sem dúvida os trechos da Ana são os mais difíceis de entender e digerir.
A leitura flui, é uma linguagem acessível e a história é dinâmica (apesar de um pouco repetitiva em alguns assuntos). Gostei muito desse jeito de narrar a história apresentando os pensamentos junto dos diálogos. Enfim, um livro muito bom e que vale a pena ser lido para conhecer melhor sobre essas 3 amigas. Não posso deixar de mencionar que o trecho que narra a tortura é doloroso e revoltante.
Cada dia mais me encanto pela autora e pretendo conhecer mais obras dela.
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readingdudi 15/04/2024

Lygia foi meu desafio, e aparentemente comecei o ano com ela. Nunca havia consumido nenhuma obra tão densa e desafiadora, me vi perdida procurando entender todas as coisas que não me prendiam para tentar superá-las. Até dar de frente com a ambientação. Lygia estava narrando a cabeça de cada menina, com delírios e atropelamentos. Foi aí que entendi que se ia além de um romance, é uma obra interna, tão interna que por vezes a voz na minha cabeça se calou pois só havia a cabeça delas. Foi complicado, desafiador e chocante. O final surpreendente e sedento por mais. Acho que sei te amar agora Lygia, mas já te amava antes.
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Marina.Foss 13/04/2024

Demorei muito para conseguir me apegar ao livro e às personagens, o fluxo de consciência me deixou muito confusa no começo, mas depois de um tempo você imediatamente consegue distinguir quem está sendo retratado
apesar de tudo, a partir da metade do livro não consegui deixar de me apaixonar pelas três, pela história e pela narrativa
queria que algumas coisas fossem exploradas mais a fundo como a questão do irmão da Lorena e do passado da Ana Clara
só tenho a agradecer a lygia fagundes telles por ter escrito esse romance
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Elizama 12/04/2024

"Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que eu não esteja em outro lugar senão em mim"

Esse livro foi uma recomendação de uma pessoa queridissima e que, com certeza, superestimou a minha inteligência em algum momento.
Lygia Fagundes Telles conta, em um livro cheio de floreios e trocas de narrador, a história de 3 meninas completamente diferentes na época da ditadura militar brasileira. Confesso que passei 2 meses nesse livro tentando entender algo, e falhei. Muito difícil para identificar quem era o narrador (Lygia mudava entre as 3 e entre nenhuma quase todas as páginas), não entendi qual era a história, não entendi o o final, não entendi o que queria contar, em resumo eu não entendi nada.
Alê | @alexandrejjr 14/04/2024minha estante
Gostei da sinceridade do teu texto. ?




Danielly 12/04/2024

Esse livro se passa durante a ditadura militar e acompanha a vida de três meninas: Lorena: burguesa. Lia: militante de esquerda. Ana clara: drogada. Durante o livro inteiro eu associei essas três a três músicas de Chico Buarque. Respectivamente, cotidiano, construção e geni e o zepelim. (Que por coincidência, as duas primeiras músicas foram lançadas em 1971, Antes do lançamento do livro)

Primeiramente, não leia esse livro rápido. Aproveite esse dia a dia dessas meninas aproveita o cotidiano não tenta ler de uma só vez q vc vai se arrepender. Antes de ler, tenha noção que essa história se passa em plena ditadura militar brasileira, em 1973, pq o contexto é mto importante pra história (aplausos pra coragem q Lygia fagundes teve de mostrar uma cena de tortura nesse época) não darei 5 estrelas por motivos de achar q poderia ser um pouco mais aprofundado certas coisas da vida das meninas, sinto q tem coisas q foram só jogadas lá, como o porquê da lorena acreditar fielmente em uma certa questão sobre o irmão dela(não falarei pois é spoiler) Se fosse algo banal da história, não teria tanto problema, só que está claramente atrelado a construção da personagem. Gostaria q tivesse falado mais sobre a madre alix tbm, essa mulher mostrou um nível de sabedoria com apenas poucas aparições que até eu vejo ela como uma avó.

Voltando, gostei muito da forma que Ana Clara foi escrita. Acho ela a personagem mais bem escrita e explorada dessa trama. Desde o primeiro capítulo em que introduziram ele eu fiquei meu Deus como alguém pode ser tão eu. Dentre elas, era a mais incompreendida e prova de como o vício e uma infância traumática podem influenciar na vida de alguém. "?mas não é mesmo impressionante? Ana Clara não ter nenhum parente, ninguém no mundo, ninguém!" A forma da personagem dela reflete a realidade de tantas mulheres, aborto, sexo, prostituição ect ect. Poderia falar mais sobre a minha criança incompreendida, mas não quero mto spoiler

Outra, Tem uma certa questão, que se não fosse um livro escrito em uma época de extrema censura e repúdio a esquerda, eu teria criticado, que é terem abordado tão superficialmente a viagem e relacionamento da Lia, ambos são muito importantes para a história da personagem, porém a autora já foi corajosa o suficiente de ter colocado uma personagem militante de esquerda em plena ditadura militar então não dá para exigir tanto assim. Por isso eu não considerei tanto essa questão na nota.

Mais uma, como foi importante a única(que eu lembre) cena em que a mãe da Lorena aparece. Juro, deu pra entender tanta coisa sobre a personagem dela. A mãe dela é todinha aquela música "Did you hear about that, mother? Broke her daughter's legs in two
And said, "It's too dangerous out there to walk, so I had to save you" (você ouviu falar sobre aquela mãe? Que quebrou as pernas da filha e disse 'e mto perigoso andar lá fora, então eu tive que lhe salvar.) e ela se importar menos que o amante da filha era CASADO do q com a POSSIBILIDADE dela ser homossexual?? Pra você ver como os valores da época ainda permanecem né. E o fato da Lorena se apaixonar por quem ela não pode ter (o homem que ela ama é casado, com filhos, mto mais velho e etc.) Me faz refletir sobre o quanto os filhos se baseiam nos pais, tanto pra parecido, tanto pro contrário. O peso de educar uma criança é realmente mto pesado.

Eu certamente tenho muita coisa para falar, só que eu sou boa falando e não escrevendo bjs??
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Nath 07/04/2024

Demorei para ler esse livro mais do que gostaria, mas na verdade é porque ele exigiu de mim mais do que eu tinha para oferecer enquanto leitora em alguns momentos. É uma escrita cheia de nuances e variações, com a autora trocando da primeira para terceira pessoa e de um ponto de vista para outro de modo tão rápido e inconstante, porém proposital, que ficava difícil acompanhar a não ser que se colocasse uma atenção muito grande. E às vezes, eu não queria colocar tanta atenção, então alternava outras leituras mais simples.

Mas de qualquer forma: que história! Tudo, todos os elementos (até mesmo as nuances da narrativa), os personagens, o contexto compõem uma obra rica. As meninas (Lorena, Lia e Ana Clara) nos oferecem diferentes retratos de jovens brasileiras dos anos 70, cercadas em um contexto sociopolítico desafiante e com seus próprios desafios e questões pessoais. Cada uma com uma personalidade e dramas bem próprios, compunham o retrato de cada tipo narrativo do livro que, após assimilado, torna a leitura mais fluída pois você já conhece quem está ali narrando só pelos dizeres, pela linha de pensamento (a autora explora muito os pensamentos das meninas, importante para sabermos como elas se sentiam). Lorena aka Lena, uma burguesinha sonhadora, mas grande amiga; Lia aka Lião, uma militante da esquerda muito engajada, pragmática, mas carregando várias emoções internamente; e Ana Clara aka Ana Turva, cercada de vícios, traumas e ambições. Muito diferentes entre si, mas bastante amigas e até a última página do livro interferindo uma na trajetória das outras (inclusive: que surpreendente o último capítulo, apesar da pedra ter sido meio cantada).

Foi uma porta de entrada interessante para os livros da Lygia, os quais já tinha curiosidade há tempos. Apesar da minha dificuldade e resistência com a variação narrativa, nada da história perde o brilho. Recomendado demais!
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Giu 05/04/2024

Que tristeza meu deus. (chorando)

mas esse fluxo de consciência é diferente de tudo que já li. ele caminha a história de maneira que é útil para a nossa compreensão. que saudade de um livro brasileiro. e que riqueza é esse.
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Cyntia.Danielle 31/03/2024

Torturante
Esse livro, para mim, foi uma tortura para ler até o final. Não consegui ter empatia por nenhuma personagem, por nenhuma história contada.
Se fosse escrito de uma forma mais simples e objetiva acredito que sentiria mais empatia por algumas situações que ocorrem no decorrer do livro porém muito cheio de floreios e com um fluxo de consciência nada agradável de se entender tornando os acontecimentos sem vida e sem motivação para mim.
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LuanGabs 30/03/2024

Lião. Lena. Ana Turva. Verboten. M.N. Roque-Roque. Nhem-Nhem Nhem-Nhem. Irmã Bula. Irmã Sonsinha. Astronauta. Miguel. Argélia. Algodão. Napoleão. Autópsia.

Muito da incompreensibilidade do texto - venham as más línguas - culpar o fluxo de pensamento. Devo discordar. Esta nao é minha primeira experiencia desse tipo de narrativa, e ao contrario desta, a outra nos dava tempo de sedimentar os acontecimentos e apreciar a psiquê do personagem. Aqui não.

O livro se demora em tantos pensamentos bobos, repetitivos, monotemáticos em certo aspecto e se tornam tão prolixos que não sobra tempo de ter acontecimentos interessantes.
Nenhuma das personagens me despertou interesse de acompanhar.
A ambientação pouco me desenhou o quadro de ditadura militar que a tanto atribuem o estilo de narrativa que a autora optou fazer.

Longe de mim querer diminuir a importancia que esse livro possa ter tido em sua época, ou até hoje. Pois que fique com sua importancia lá e eu cá. Não é o tipo de leitura que me agrada. Terminar esse livro (por conta de um clube do livro) foi beirar a dor física. Em qualquer outra circunstância teria abandonado antes dos 40%.
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Alan Sales 30/03/2024

Talvez o pior livro que eu tenha lido na minha vida. Fluxo de consciência mal executado, elimina qualquer chance de se importar com as personagens e os POUCOS acontecimentos que acontecem no livro.
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Suzana147 27/03/2024

Comecei esse livro achando que ia ser um favorito, nos 20/30% achei que não conseguiria terminar, nos 40% queria abandonar, e depois finalmente me rendi.
Uma obra prima, o tipo de sentimentos que só senti com clássicos nacionais.
Aqui nós acompanhamos 3 meninas, Lorena, Lia e Ana Clara.
Lorena e Ana Clara foram as que mais me deixaram perturbada.
Os "capítulos" da Ana Clara são uma confusão, poucos são os momentos em que ela está lúcida, vou demorar pra esquecer o roque roque dessa personagem.
Lia é a mais envolvida com política e ela que apresenta o depoimento da tortura.
Lorena me deu uma sensação estranha, a sensação de procurar amor desesperadamente e não encontrar, de não conseguir viver e parecer presa em devaneios.
Eu me envolvi com as 3, e com tudo que cerca elas. Enfim, não tenho palavras, vai ver foi a tpm ?


E pensando até agora como esse livro passou pela censura...tortura, aborto, drogas, sexualidade...
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Lucas Galvão 25/03/2024

Resenha - As meninas
Em "As meninas", acompanhamos as amigas Lorena, Lia (ou Lião para os mais próximos, ou Rosa para os mais guerrilheiros) e Ana. Lorena é abastada, gosta de filosofia e música e age como suporte financeiro para as suas amigas em diversos momentos. Lia possui pais presentes e atua como militante e guerrilheira durante a ditadura. Ana possui uma origem humilde e triste, repleta de traumas.
Lygia consegue muito bem costurar essas três personagens tão diferentes no pano de sua narrativa. Inicialmente a leitura pode causar um certo estranhamento ou desconforto, visto que o texto troca de primeira pessoa (ora Lia, ora Lorena, ora Ana) para a terceira pessoa. Após algumas páginas, nos adequamos à forma ousada de escrita.
A história é repleta de sentimento. Além disso, a autora traz muitos questionamentos políticos e filosóficos. "As meninas" contém a primeira descrição (em livro) de tortura realizada durante a ditadura, o que mais uma vez mostra a ousadia e posicionamento de Lygia.
É uma história que prende o leitor até a última página, mesmo que o ritmo possa parecer um pouco lento em algumas passagem. Mas isso tem um motivo: a autora penetra fundo em suas personagens, resgatando seus traumas, esperanças, pensamentos e sentimentos.
Com toda certeza, "As meninas" é (mais) uma excelente obra de Lygia Fagundes Telles.
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Camila.Costa 24/03/2024

?Como eu poderia escrever um romance morno em pleno 1970??
Sexto livro lido da Lygia e ela segue invicta: essa mulher nunca erra.

Escrito e publicado em meio a ditadura (1973) o livro trás esse momento histórico como pano de fundo, mas é exatamente isso, um simples pano de fundo, a história não é sobre a ditadura, apesar de vc sentir a presença dela e enxergar vislumbres de sua violência e censura ao longo de todo livro.

A história de três meninas que moram em um pensionato de freiras, narrado em fluxo de consciência na 1ª pessoa, oscilando entre as três personagens, contando suas banalidades e angústias, parece simples mas nada da Lygia é simples.

Todas as personagens são muito bem construídas com suas múltiplas camadas, inclusive as freiras, que são personagens mais secundárias, são complexas e possuem suas contradições.

Uma das coisas que eu mais amo da Lygia é como ela diz muita coisa sem necessariamente dizer, o nome disso é arte.
Como sentimos a ditadura sem ela cita-la diretamente em nenhum momento, não teve como não lembrar de ?Zona de interesse? já que estava lendo o livro quando assisti essa outra obra de arte.

Nossa memória associativa é suficiente pra sentir e entender o momento histórico, uma das coisas que mais me incomoda nas mídias mais atuais é como tudo é muito explícito como se o espectador/leitor fosse muito burro pra entender algo mais velado.

E no fim a mensagem é essa, em meio a momentos de violência, tortura, censura, guerra etc as pessoas seguem vivendo suas vidas e se preocupam com coisas ?banais??!

Tanta coisa pode ser tirada desse livro que fiquei feliz em ver que ele entra na lista de leitura obrigatória da fuvest ano que vem.

Poderia escrever páginas e páginas sobre esse livro, sobre a Lygia. Mas deixo as palavras pra quem sabe usá-las.
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elainegomes 18/03/2024

As Meninas de Lygia Fagundes Telles

Não se engane com a capa florida e delicada, o livro é duro, aborda temas difíceis é ruidoso, sua mente vai precisar de descanso após a leitura, mas a experiência é sensacional.

Se ainda hoje pouco se fala em aborto, sexo livre, liberdade de escolhas, virgindade, religiosidade, homossexualidade, educação, política, assassinatos políticos, regime militar, drogas, abuso sexuais, violências psicológicas, traumas, imagina em 1973, durante o regime autoritário militar, e ainda sob o olhar feminino!!!

O livro se passa durante a ditadura militar, em São Paulo, sob o ponto de vista de três jovens amigas, absolutamente diferentes, temos uma burguesa alienada, a modelo viciada em drogas e a guerrilheira.

Este livro tem uma estrutura muito diferente, que gerou um desconforto inicial, pois a narrativa polifônica, em que cada uma das 3 amigas narram suas histórias, pensamentos, traumas e julgamentos, ao mesmo tempo, e suas vozes são costuradas pela de uma 4o narradora (lygia) que serve como guia da leitura. O fluxo de consciência é frenético, os pensamentos, traumas e lembranças das personagens se misturaram aos meus, simmm eu me senti participando de toda a loucura!

E o fim do livro é absolutamente maravilhoso e surpreendente!!

?Se a morte não tem remédio, posso ao menos salvar as circunstâncias.? - O posfácio traz um argumento que se encaixa perfeitamente: ?Entre os muitos males de toda ditadura, está o fato de que ela politiza ao limite o gesto humano, obrigando-nos a responder eticamente, por uma insuportável pressão moral e social, à suspensão da liberdade e ao abuso do poder.?
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