A Feiticeira de Florença

A Feiticeira de Florença Salman Rushdie




Resenhas - A Feiticeira de Florença


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Lista de Livros 09/04/2014

Lista de Livros: A Feiticeira de Florença, de Salman Rushdie
“A princesa instintivamente sabia o que fazer para se proteger e também para conquistar o coração dos homens, o que tantas vezes acabava sendo a mesma coisa.”
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“‘Essa pode ser a maldição da raça humana’. Não que sejamos tão diferentes uns dos outros, mas que sejamos tão parecidos’.”
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“Quando a solidão era expulsa, a pessoa ficava mais ela mesma, ou menos? A multidão realçava a identidade ou apagava?”
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Sbondar 28/03/2009

Impressionante
Não conhecia Salman Rushdie, mas fiquei impressionado com sua capacidade narrativa. Essa obra é de uma riqueza de detalhes impressionante, descrevendo o oriente e o ocidente antigos como se tivesse vivido naqueles tempos, é uma espécie de 1001 noites onde histórias vão sendo contadas, aparentemente sem ligação, mas que no fim se fecham numa costura impecável.
Para mim foi um livro daqueles de se ler num só fôlego e ainda ficar com gosto de "quero mais".
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Liv 10/07/2022

A feiticeira de Florença desde o início mostra as ambições humanas e desejo de pertencimento a algum lugar ou alguém . E aprendemos que com esse desejo de pertencer,de se tornar merecedor de se encaixar em algum lugar,as pessoas criam expectativas sobre si mesmas e sobre os outros e consequentemente se decepcionam. Jodha e Qara(entre outras) são encarnações de pessoas impossíveis e perfeitas, que de tão desejadas tiveram finais infelizes . Assim como quando idealizamos alguém e essa pessoa tenta se encaixar nesse ideal acaba ambos (o idealizador e o idealizado) se machucando.O livro fala sobre muitas coisas,mas especialmente sobre a busca do que é perfeito e celestial no que é imperfeito e carnal. Fala sobre as histórias que contamos e repassamos para nós mesmos e pros outros com a intenção de deixar nosso passado mais místico, mas bonito. Nosso cérebro já faz isso por si mesmo,apagando as lembranças ruins e colorindo as que nem foram tão boas assim
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Alan Santiago 21/12/2009

Um livro sobre tempo e raízes
Há algo nos textos de Salman Rushdie que o fazem parecer sempre escrever sobre si mesmo - ainda que o romance transcorra na corte que realmente existiu do imperador Akbar, o Grande, da disnatia mughal num longínquo século XVI, como em A Feiticeira de Florença. A história de Nicollò Vespucci, autointitulado Mogor dell’Amore, um sujeito de cabelos amarelos e roupa colorida cujo segredo na manga poderia lhe custar a vida, fez alguns críticos atribuírem essa trama à vida conturbada que Rushdie levou nas últimas décadas: o fatwa islâmico, decretado pelo aiatolá Khomeini, em 1989, seria o algoz da vida real, prestes a ceifá-lo por conta da história que contou, mais precisamente da narrativa frenética de Os Versos Satânicos.

Antes de ser eco dos nove nebulosos anos em que esteve sob sentença imediata de morte, o novo romance do anglo-indiano resgata um homem muito mais interior e anterior àquele influenciado pelos rompantes furiosos do aiatolá - porque está ligado a algo que sempre perpassou a vida do autor que abdicou da Índia pela Inglaterra: o desterro, o nomadismo, as raízes. Trata-se de sujeitos sem pátria, sem chão e sem identidade. E essa desterritorialização que avança impiedosa sobre a vida dos personagens talvez seja a personagem principal de seus enredos. Em A Feiticeira de Florença, Vespucci parece não ter nascido em parte alguma: tem o fenótipo florentino, os cabelos loiros, é alto, mas consegue falar persa impecavelmente; chegou em Fatehpur Sikri, no norte da Índia, num navio inglês e, para entrar na cidade-palácio, diz estar a serviço da Rainha da Inglaterra. Por fim, quer provar ser parente de Akbar, o Grande através de uma narrativa.

Tão incrível quanto a figura do Mogor dell’Amore é seu discurso. No enredo que se propõe a contar para o imperador, estão em seu centro o navegante Antonino Argalia, órfão destemido que acaba se tornando chefe das forças otomanas, e uma das mulheres mais belas do mundo, a pequena Qara Köz, ou Olhos Negros, desgarrada da realeza mughal e extirpada da linhagem por ter fugido com as forças inimigas muito antes de Akbar nascer.

Argalia e Angelica, como passa a ser chamada Qara Köz, a futura feiticeira, traduzem neste livro esse sentimento de indefinição, de perda paulatina de identidade. É assim também com Salim Sinai, em Os Filhos da Meia-noite, que já nasce sob o signo da dúvida, da troca na maternidade, com raízes arrancadas. Ou ainda como acontece com os atores e dubladores, Gribeel Fahrista e Saladin Chamcha, de Os Versos Satânicos que, depois de fazerem sucesso nas películas indianas de Bollywood, embarcam para Londres - e não serão mais indianos, nem nunca conseguirão ser ingleses.

Mas, nos romances de Rushdie, essa persona absolutamente sem lugar reluta. Ninguém é, nem pode ser em branco - o autor parece nos dizer. E a estrutura narrativa expõe esse embate vigoroso de afirmação e retorno. Não é possível tangenciar os livros do autor. Assim é que a história, ao longo de sua torrente de acontecimentos, traga o leitor para um final glorioso, onde os personagens tentam provar tanto para si quanto para os outros que existem, que aquilo aparentemente esquecido, empurrado como poeira para debaixo do tapete, volta-lhes sem concessão. E, nas páginas de A Feiticeira de Florença, uma trama cheia de reviravoltas tipicamente folhetinescas e mirabolantes, caberá justamente ao misterioso Vespucci conjugar o passado e o presente, Ocidente e Oriente, juntar os cacos de sua identidade estilhaçada para se tornar uno, inteiro, visível. Ele é apenas um das facetas dessa trama que envolve um imperador filósofo, concubinas imaginárias, guerreiros destemidos, feitiços e venenos - e tem a capacidade de deixar o leitor fascinado pela maneira hiperbólica com que Rushdie fala do mundo.

(texto publicado originalmente no jornal O POVO, 4.04.09)
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Lu 28/08/2010

Eu resolvi abandonar o "A Feiticeira de Florença" não porque ele é um livro ruim. Pelo contrário, a prosa do Salman Rushdie é bastante sofisticada e inteligente. Até mesmo engraçada... mas confusa. O grande número de personagens e o constante vai e volta no tempo tornam a leitura pesada e cansativa.

Talvez tenha sido apenas impressão. Ou talvez não seja a hora certa de ler um livro como este. Um livro que exige atenção. Que exige reflexão. Rushdi aponta várias questões interessantes. Eu planejo retomar a leitura desse livro no futuro, quando eu puder lhe dar a dedicação que ele merece. Mas não agora.

Para quem gosta de uma bela história e de uma narrativa criativa, é definitvamente um livro que eu recomendaria.
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Marcos Faria 28/04/2011

A feiticeira de Florença, do ídolo Salman Rushdie (São Paulo: Companhia das Letras, 2008), parecia ideal para relaxar a cabeça depois dos estudos de convergência. E o começo do livro é realmente um delírio oriental, com as aventuras rocambolescas do Mogul d’Amore. A partir da segunda parte, a coisa começa a complicar, com a entrada em cena de Maquiavel. Cheguei a me perder um pouco nas subtramas, mas é impossível não se render a mais uma fábula do Rushdie sobre o poder das histórias. Parece que ele vem pra Flip. Seria um ótimo motivo pra tentar ir lá dessa vez.

(Publicado originalmente no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2010/05/05/meninos-eu-li-5/)
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Li 14/05/2012

DESAFIO LITERÁRIO 2012 - MAIO - FATOS HISTÓRICOS *LIVRO 2*
Sinopse: Amigo de infância do célebre Niccolò Machiavelli, Antonino Argalia viveu na Florença renascentista até perder os pais para a peste. Sozinho, decide tentar a sorte em terras distantes, oferecendo seus serviços como mercenário. Peripécias diversas acabam por alçá-lo à frente das forças otomanas em luta contra o xá da Pérsia, em 1514. Uma vez derrotado o xá, Argalia conhece Qara Köz, ex-amante do soberano e mulher de beleza e poderes mágicos, por quem se apaixona de imediato.
A história de Qara Köz, a feiticeira de Florença, é contada ao imperador Akbar, o Grande, por um atrevido forasteiro que atravessa o mundo para comunicar ao soberano mongol que é seu parente direto. Numa intrigante sucessão de aventuras, o misterioso contador de histórias vai revelando os caminhos que conduzem Argalia e sua bela mulher desde Istambul até a Florença dos Medici.
Mesclando habilmente realidade e ficção, A feiticeira de Florença aproxima a cidade de Machiavelli de um império oriental que atinge, também no século XVI, apogeu comparável nas artes e no pensamento filosófico. Teriam as idéias e os ideais renascentistas florescido também do outro lado do mundo, na corte de Akbar? É a resposta a essa pergunta que Salman Rushdie expõe com graça e agilidade nesta obra-prima encantadora.

Opa, vou ler outro de Salman Rushdie! Na verdade este era o que estava programado para o mês passado e eu não consegui ler pois comprei num sebo virtual e deu o maior problema...

Bom, como “os filhos da meia noite”, este é bem complicado! Principalmente porque Salman não se ateve a um fato. Fiquei na dúvida se este livro valia para o tema do mês, mas ele vai desde anos antes da renascença na Itália, até o governo de Jalaluddin Muhammad Akba, terceiro imperador mogol da Índia /Hindustão, (http://pt.wikipedia.org/wiki/Akbar). Até a criação d´O príncipe, de Niccolò Machiavelli e a descoberta das américas entram na história, então tem fatos históricos para dar e vender na trama!
É um livro interessante, Salman faz tantas divagações filosóficas sobre a vida pela boca e pensamentos dos personagens que meu livro está praticamente todo riscado pelas indagações bem boladas dele. É o tipo de leitura que você precisa fazer com calma... Eu terei que reler este também, porque só escolho livros grandes para ler e depois não tenho tempo de dar a devida atenção a eles, mas a essência fica se eu gosto do livro e coloco na minha lista de releituras futuras.
Ah, sim, tem uma lista bibliográfica enorme no final mostrando o trabalho de garimpeiro e costureiro que ele teve para contar com realismo fatos históricos tão desconexos quanto os dois primeiros, que são o âmago do enredo.

"(...) Ele não queria ser como seus ancestrais sedentos de sangue, mesmo que seus ancestrais fossem os maiores homens da história. (...) Seu avô Babar, o senhor da guerra de Ferghana que havia conquistado, mas sempre deplorara, este novo domínio, esta "Índia" de riqueza excessiva e deuses demais, Babar, a máquina de guerra com seu dom inesperado por ditos felizes e, antes de Babar, os príncipes assassinos de Transoxiana e da Mongólia, e o poderoso Temüjin acima de todos, Gêngis, Changez, Janguis ou Chinggis Qan - graças a quem ele, Akbar, tivera de aceitar o nome de mughal, tivera de ser o mongol que não era, ou não sentia ser. (...)"

Vale a pena ler os livros de Salman Rushie, mas se preparem para a complexidade e a sopa do realismo fantástico.
Viquinha 29/05/2012minha estante
Será que eu não me perco no labirinto complexo e fantástico de Rushdie? Fica o suspense...rs




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