Histórias Alegres

Histórias Alegres Mark Twain



Resenhas - Histórias Alegres


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jota 28/08/2023

Histórias alegres, nem tanto assim engraçadas...
Com o livro em mãos, eu pensava que passaria horas alegres lendo vários textos bem-humorados de Twain, o que não aconteceu exatamente. Como o leitor Fendrich observou em sua resenha, esta é muito mais uma obra satírica sobre as vaidades e hipocrisias humanas do que outra coisa que lembre, por exemplo, Dicas Uteis Para Uma Vida Fútil (Relume Dumará, 2005). Alguns textos ou trechos de algumas narrativas têm lá sua graça, mais por conta da fértil imaginação do autor do que propriamente por aquilo que nos é contado. De todo modo, vale a pena conhecer as "histórias alegres" de Twain.

Lido entre 14 e 28 de agosto de 2023.
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Henrique Fendrich 18/09/2019

Livro idêntico, com exceção de um conto, a "Os melhores contos de Mark Twain".

Mark Twain realmente um satírico de marca maior, que adorava brincar com as vaidades e a hipocrisia por trás do bom-mocismo com que as pessoas constroem a sociedade. Não poupava, para isso, nem mesmo o George Washington e os mitos a ele associados. Gostava de recriar as histórias bíblicas, o que, no fundo, era também uma negação da seriedade com que tais histórias eram relatadas e tratadas. Apresentava um mundo mais real, aquele em que as pessoas más não recebem um castigo do céu, mas continuam fazendo coisas más livremente, ao contrário do que os livros educativos e religiosos fazem crer.

Algumas de suas filosofias podem ser bem observadas em “Minha primeira mentira e de como me safei dela”, que não é exatamente um conto, mas uma exposição de motivos do personagem a sugerir que a “mentira silenciosa” é a tônica não apenas da vida individual, mas, principalmente, a da vida das nações, embora todos manifestem o seu repúdio à “mentira falada”.

Mark Twain sabia também prender a atenção maravilhosamente, como no conto “Uma curiosa aventura”, que não é um conto de humor, e pode ser até um conto triste, sobre um jovem suspeito de ser um espião militar, quando apenas usava a imaginação para se entreter. Outro destaque é “O demorado passaporte russo”, que poderia ser chamado até de kafkiano, se Kafka não tivesse vindo depois. “Vivo ou morto?” também é um conto dos mais interessantes, em que se nota também o acento crítico, a partir da história de um grupo de pintores miseráveis que resolve simular a morte de um deles por saber que só então as suas obras poderiam ser valorizadas.

Há até um bom drama, “O disco da morte”, mas que tem um desfecho alegre, e uma curiosa novela da Idade Média, mas, no geral, sobressaem-se textos que reforçam absurdos e ironias cotidianas.
jota 28/08/2023minha estante
É isso mesmo que você escreveu: muito boa essa sua resenha.




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