Os Trabalhadores do Mar

Os Trabalhadores do Mar Victor Hugo




Resenhas - Os Trabalhadores do Mar


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Fábio 29/07/2011

"No momento em se afastava do escolho, alguém que lá estivesse tê-lo-ia entoar a meia voz a canção Bonny Dundee. "

Os Trabalhadores do Mar, livro dedicado à ilha de Guernsey, onde Victor Hugo cumpriu exílio, teve sua primeira tradução feita pelo famigerado Machado de Assis. Nesta obra o autor explora principalmente a superação, a perseverança, e a abrenúncia.

Victor Hugo é um exímio perscrutador da alma humana, consegue descrever de forma clara e comovente todos os aspectos emocionais de seus personagens. A força da natureza é uns dos elementos centrais deste livro, as descrições primorosas e seu poder de narração ilimitado é capaz de deixar o leitor molhado junto com Gilliatt depois de uma tempestade.

Gilliatt, protagonista, é um pescador rude que mora na ilha de Guernsey, desprezado pela cidade, leva a alcunha de feiticeiro, vive na solidão. Já no primeiro capítulo sua inércia é abalada pois seu nome é escrito na neve, por Déruchette, que virá ser a sua amada. Esse amor incondicional, que nasce em seu coração, terá consequências inacreditáveis durante o enredo.

Este livro agita os sentimentos do leitor, causa emoção, revolta, pena, indignação; ao terminar o último capítulo perguntamos: acabou? , e ficamos dias, semanas pensando sobre a história, sobre os personagens, imaginamos finais diferentes, imaginamos as causas, as atitudes, de cada personagem.

O nome Gilliatt pode ter apagado na neve, mas na mente do leitor é indelével. Victor Hugo é um escritor para pessoas sensíveis que gostam de se emocionar.

Gláucia 19/04/2011minha estante
Vc tem razão, fiquei "passada" com o final do livro, não podia acreditar no que meus olhos tinham acabado de ler.


Jumpin J. Flash 24/05/2011minha estante
Ótima resenha! Parabéns!


Math 04/02/2012minha estante
E esse "pode ter apagado na neve"? Espero não ter sido spoiler..


Fábio 08/02/2012minha estante
"pode ter apagado na neve" pois o nome foi escrito em uma rua, não é spoiler


vanessamf 12/09/2012minha estante
Uma curiosidade, você não achou a tradução de Machado estranha? Quando li parte desse livro, não parecia uma obra de Hugo, por isso fiquei com a sensação que tinha a ver com a tradução...


Fábio 13/09/2012minha estante
Eu só li, até agora, traduções do Victor Hugo e confesso que há muita diferença de um livro para outro, no que se refere a estilo (pontuação principalmente), todavia, com certeza, tem um toque machadiano nesta tradução, que até certo ponto é normal, porém por falta de outro tradutor neste mesmo livro, não sei dizer até que ponto o Machado foi além.


JosA.Mixto 18/05/2015minha estante
Sim, sim. Vim aqui buscar comentários justamente por isso. Acabei de ler e a imagem final de Gilliat perdura em minha mente. Livro incrível! Fiquei com muita vontade visitar a ilha.


Jefferson.IsaAas 18/04/2019minha estante
Vou dizer como é que encontrei esse livro fantástico: tenho com muito prazer 60 anos de idade. Comecei a ler muito cedo. Primeiro os gibis, depois, vieram os livros de bolso, bang bang e espionagem, tive coleção com mais de 200 destes livros na minha adolescência que eu trocava com outros leitores. Quando inda era garoto meu pai comprou de um vendedor de livros uma coleção de literatura infanto juvenil com 13 livros do autor Francisco Marins - A Aldeia Sagrada, Viagem Aos Martírios, O Segredo De Taquarapoca, O Bugre Do Chapéu De Anta, não lembro agora dos outros títulos. O que mais me marcou nas leituras eram as figuras em preto e branco chamada de xilografia. Todas às vezes que vejo um livro com esse tipo de ilustração sinto-me quase obrigado a lê-lo. Foi assim que dei de cara com o emocionante e inesquecível - Os Trabalhadores Do Mar. O enredo marca qualquer um que tenha a honra da sua leitura.


Fábio 16/05/2019minha estante
Que incrível Jefferson.IsaAas! Realmente é uma literatura de alta qualidade e uma história que é difícil não se emocionar.


Luciana.Rabelo 26/09/2019minha estante
Li-o três vezes e simplesmente a cada vez que releio esse livro consegue me emocionar de forma encantadora! ? claro que há algumas passagens meio enfadonhas nas quais acho que deveria ter algum compêndio de linguagem náutica para ajudar na compreensão de alguns termos técnicos! Outro dia, sem querer acessei o site do google no google livros tem um e-book de Os trabalhadores do Mar com ilustrações lindíssimas!


Fábio 03/10/2019minha estante
Realmente, Luciana.Rabelo, quando li vivia com um dicionário haha bom que aprendi várias palavras e expressões novas ligadas a área marítima.


Raquel 07/05/2020minha estante
Eu me emocionei. Emocionei tanto que não recomendo, na minha visão inclusive Gilliat morre com a ultima frase. Se entrega ao mar, não sei se estou errada sei que eu nunca chorei tanto com o final de um livro MDS chorei mais que com o Pequeno Príncipe eu nunca mais leio Vitor Hugo. Tenho emocional pra isso não...


Fábio 14/05/2020minha estante
Raquel Realmente final triste é com Victor Hugo mesmo. E olha que tem coisa pior viu!




Claire Scorzi 03/03/2009

Aventura, perigo, amor, sacrifício...
Como não se apaixonar por Gilliatt?
Um romance sobre amor devotado, sobre desprendimento, coragem, auto-sacrifício. Hugo começa a narrativa de um ponto de vista aparentemente distante, para só depois deixar claro onde quer chegar. Um romance à antiga, quando se escrevia sem ter pressa, com atmosfera e 'recheio' mais do que suficiente. Caudaloso, emocionante, com cenas de grande tensão, outras cheias de lirismo e mesmo tragédia, eu ainda não me conformo com seu final.
Será que alguém pode lê-lo sem se apaixonar por Gilliatt??
LER ETERNO PRAZER 04/08/2022minha estante
Irei dar início a essa leitura e suas palavras me deixaram cheio de expectativas!!??


Alessandro232 18/03/2023minha estante
Realmente, lindo e triste ao mesmo tempo, com descrições belíssimas da natureza. E a cena do polvo gigante lutando contra Gilliat- teria inspirado Verne na escrita de "Vinte Mil Léguas Submarinas"?


Souza.Barbosa 20/11/2023minha estante
Oi Claire boa noite
Claire qual foi a edição que você le
u
Outra coisa qual obra de Vitor Hugo vc me recomenda iniciar?
Beijos linda


Claire Scorzi 20/11/2023minha estante
Li a da Abril Cultural muito antiga. Tradução do Machado de Assis. E recomendaria este mesmo.


Rebeca Silva de Souza 12/03/2024minha estante
Estou lendo e me apaixonando por Gilliat SIM!


Claire Scorzi 12/03/2024minha estante
Rebeca mulher de bom gosto ?




Flavinha 08/06/2022

Que livro triste :(
Que história mais triste é a de Gilliatt, sempre sozinho, sempre menosprezado pelas pessoas que o rodeavam. Quanto sofrimento ele passou com a esperança e a ilusão de ser amado e aceito :(

E eu que achei que já tinha me indignado o suficiente quando li Os Miseráveis, estava redondamente enganada. Victor Hugo espreme seus personagens de um jeito, impõe tantas ocasiões em que eles precisam se superar, que a leitura se torna aflitiva.

Não tem como não sentir a dor de Gilliatt, não ter empatia pelo personagem, não se indignar com o tratamento que ele tem durante toda essa história. Eu tenho certeza que ficarei pensando nesse livro por muito tempo, principalmente pelo final.

Só não foi um 5 estrelas pra mim porque tem uma parte bem longa, onde o escritor filosofa e devaneia muito. É interessante, mas também muito cansativo de ler, e se você não estiver no clima certo, não estiver no estado de espírito que esse tipo de densidade pede, é bem capaz que você abandone o livro.

Leitura que vale a pena, incômoda, daquelas que te fazem refletir.

Recomendo!

graazifarias 22/03/2024minha estante
Por quanto você comprou essa edição? Tô vendo se vale a pena o valor ofertado por um sebo aqui.


Flavinha 30/03/2024minha estante
Comprei faz muitos anos, quando a editora ainda existia, hoje qualquer edição da Cosac está superfaturada, virou item de colecionador. Essa eu não vi por menos de 200 reais, se estiver menos que isso, vale a pena o investimento :)


graazifarias 30/03/2024minha estante
Eu vi no Sebo aqui em Maceió por 180 reais, novinho praticamente. Suspeitei que o valor valeria a pena, mas preferi optar pela versão do Clube de Literatura Clássica mesmo, que é em primorosa.


Flavinha 30/03/2024minha estante
As edições deles são lindas mesmo, mas depois que processaram uma booktuber e perderam, e estão cheios de reclamações no reclame aqui, fiquei decepcionada. Se for assinar o clube é bom pesquisar antes




Bell_016 09/12/2009

Um livro que certamente merece uma nota maior, Victor Hugo cumpre o prometido no prólogo do livro, essa é a história de um só homem contra a natureza.

Mas, embora o livro comece muito bem e cheio de ironias muito bem colocadas, logo cai numa série de descrições, metáforas e todo aquele jeitão da escola romântica. Para quem gosta do estilo, o livro é ótimo, mas para quem não gosta, como eu, a leitura torna-se arrastada e as mais de 400 páginas tendem ao infinito.

Dei 3 estrelas justamente porque um livro que, para mim, prometia tanto no início tornou-se uma obrigação de terminar. Mesmo assim eu recomendo a leitura, mas só se você tiver muita paciência ou gostar do estilo romântico. Victor Hugo consegue tirar das coisas pequenas do cotidiano uma dimensão que você não imaginava, o começo do livro é absolutamente fantástico, crítico, irônico e observador, se o livro seguisse esse ritmo 5 estrelas não seriam suficientes.
Jumpin J. Flash 22/12/2009minha estante
A pessoa dá três estrelas para essa jóia da literatura universal, mas se acha no direito de criticar a opinião alheia... não me faltava mais nada! Peço água!


Guilherme 08/01/2010minha estante
Sinceramente, não lembro do livro se tornar essa eternidade toda... Lembro de uma trama envolvente, acontecimentos que nos tornam parte da história, receosos pelo destino de Gilliat. Vou reler e voltar aqui para esclarecer que preferências de estilo não fazem de um livro pior ou melhor!


Tiago 16/01/2010minha estante
Ta difícil expressar a opinião aqui no Skoob.


Anne 07/12/2016minha estante
Concordo plenamente com você




aissa6 04/03/2024

AINDA BEM QUE VICTOR HUGO JÁ MORREU OU EU MATAVA ELE OU ME MATAVA NA FRENTE DELE

nossa lá pra metade do livro ele se torna arrastado demais, as descrições de ventos e do mar me deixou confusa e com preguiça, mas felizmente consegui desbravar esse monstro e que surpresa tive no fim.

por ser uma review quase seria irei me poupar de usar palavras indecentes para descrever o ódio que to sentindo pela deruchette. Impossível não sentir empatia pelo nosso homem gilliatt e não ficar triste por ele, em um momento eu não via a hora de acabar a história e no outro já estava chorando, que final doloroso e real.
graazifarias 22/03/2024minha estante
Por quanto você comprou essa edição?


graazifarias 22/03/2024minha estante
Tô vendo se vale a pena o valor ofertado por um sebo aqui


aissa6 26/03/2024minha estante
não comprei amiga, li em ebook, mas é lindíssima essa edição


Peterson Boll 19/04/2024minha estante
Não sei o porquê ao ódio por Deruchette, a máxima de Hugo é justamente essa: não se escolhem os acidentes, nem as bonanças.




Asbel 28/04/2016

Tudo acabou; só restava o mar.
Confesso que fiquei com um certo medo em avaliar esse livro ao final da leitura.

Reconheço a genialidade de Victor Hugo e sua contribuição para a literatura, não só francesa, como mundial.

A história te faz pensar em tantas coisas ao longo da leitura, que apesar de querer saber o final, toda a trajetória dos personagem já se constitui uma grande lição de vida.

Porém, em alguns momentos, o nível de detalhamento e a linguagem rebuscada (talvez familiar para navegantes do século XIX) tornou a leitura cansativa.

Para quem gosta do tema MAR, essa obra é um oceano! (O que não é o meu caso).

Por esses motivos, ouso dar 3 estrelas apenas, sentindo um certo remorso, talvez por estar sendo injusto com a obra, mas justo comigo mesmo.
Thiago Valença 28/04/2016minha estante
Eu já li algumas coisas do Victor Hugo, ele escreve com muito sentimento, sempre muito detalhe, isso me faz dispersar rsrsrs. Mas eu gosto da histórias dele, um dia lerei Os Miseráveis.... mas meta muito pra frente, rs


Anne 07/07/2016minha estante
Concordo plenamente com você, estou lendo mas é uma leitura tão arrastada pelos detalhes, honestamente não está me agradando.


Thaianne 04/07/2019minha estante
Mesma hesitação que eu tive dando 3.5 estrelas kk! O final me emocionou, mesmo eu imaginando de antemão o que ia acontecer, mas houve momentos em que quase me afoguei na leitura kk... Achei que seria injusto valorizar mais a conclusão que o processo


Raquel 07/05/2020minha estante
Achei o final desesperador. Ele morreu, é isso? Eu nunca chorei tanto com o final de um livro, tenho emocional não...




Diego Rodrigues 09/04/2023

Homem vs Natureza
Concebido no período em que Victor Hugo se encontrava exilado na ilha de Guernsey, devido a sua oposição a Napoleão III, "Os Trabalhadores do Mar" marca o terceiro capítulo na chamada "luta do homem". Hugo defendia a ideia de que a religião, a sociedade e a natureza configuravam as três grandes forças opressoras do ser humano. Sendo a primeira delas ricamente explorada em "O Corcunda de Notre-Dame" (1831) e a segunda profundamente analisada em "Os Miseráveis" (1862), faltava então um romance com foco no conflito homem e natureza. Surgia então "Os Trabalhadores do Mar".

Publicado originalmente na Bélgica, em 1866, o romance narra, com ares épicos, o drama de Gilliatt. À margem da sociedade, dado a solidão e a uma silenciosa contemplação da natureza, nosso herói se lança ao mar incumbido da mais colossal e irracional tarefa: resgatar, sozinho, um navio naufragado. O prêmio? A mão da mulher amada, Déruchette. A cada onda, a cada tempestade, a cada rajada de vento as forças de Gilliatt são testadas. Privado de abrigo, com provisões insuficientes e sem as ferramentas adequadas, nosso herói trava uma árdua batalha contra os elementos da natureza. Mas essa está longe de ser a sua única rival... Nessa odisseia de um homem só, um inimigo muito mais cruel, vil e impiedoso aguarda a espreita, seu nome é destino.

Apesar de ter como fio condutor o conflito homem e natureza, a obra não se atém a isso. Ambientado no conturbado período de Restauração, o romance também debate temas políticos, sociais e até mesmo religiosos. As famosas digressões de Hugo, embora mais enxutas aqui, marcam presença e o autor não se intimida em dedicar longas passagens, por exemplo, a vida marítima. Temas como a solidão e o sentimento de não pertencimento perante a sociedade também ganham destaque. O mar é propenso a nos mergulhar em um estado reflexivo, por vezes melancólico, e o mesmo acontece com o romance de Hugo. O drama de Gilliatt não só compadece como nos faz olhar para a própria vida em busca de respostas. Enquanto assistimos, em Gilliatt, a diminuição do homem físico em prol do engrandecimento do homem moral, comtemplamos a nossa insignificância perante a infinitude do universo.

Esse é um daqueles livros que transmitem aquela gostosa sensação de isolamento, indicado para leitores que, assim como eu, gostam de uma leitura mais contemplativa. Não é uma obra dotada de grandes reviravoltas ou ação, e nem de um grande arsenal de personagens, como costumam ser algumas obras de Hugo. Muito pelo contrário, aqui a maior parte da história se passa em uma rocha, tendo como único personagem Gilliatt e como cenário o vasto azul do mar. É o ser humano nu, sozinho e isolado, privado de tudo aquilo que o "intoxica" e posto em um microscópio para a minuciosa análise de sua alma.

A recém lançada edição da UNESP, parte da coleção Clássicos da Literatura, conta com nova tradução e notas de Jorge Coli. A tradução até então disponível era a de Machado de Assis, que trazia os problemas característicos de sua época, onde as traduções eram feitas às pressas para a publicação em folhetim. O novo trabalho, bem mais atento e fiel ao estilo do original, está primoroso e chega para reparar o fato de até então não termos uma tradução mais cuidadosa dessa magnífica obra por aqui. As notas complementam bem a experiência de leitura, dando luz a passagens que estão em outras línguas e aos temidos termos náuticos. Enfim, uma edição definitiva que não só faz jus a obra como a revigora, de certa forma.

site: https://discolivro.blogspot.com/
Maria 09/04/2023minha estante
Que espetáculo de resenha!!!


Diego Rodrigues 09/04/2023minha estante
Obrigado, feliz que tenha gostado da resenha!


@quixotandocomadani 10/04/2023minha estante
??? belíssima resenha


Jumpin J. Flash 11/01/2024minha estante
Há também essa outra versão, com 514 notas de rodapé que esclarecem as menções feitas no texto a pessoas, lugares, eventos históricos e a termos técnicos de marinha, construção naval, Meteorologia, Mecânica e outros ramos do conhecimento:

https://clubedeautores.com.br/livro/os-trabalhadores-do-mar-3




Dhyan Shanasa 02/12/2009

A Obra-prima!
Os Trabalhadores do Mar, na minha opinião, é a obra-prima de Hugo. Vejam que - e falo isso por ser escritor -, é mais trabalhoso escrever sobre coisas simples do que sobre coisas complexas. Nossa mente é preparada para lidar com quebra-cabeças sejam eles de qualquer forma. Quando nos deparamos com algo simples, a mente tende a travar. Em os Trabalhadores do Mar, Hugo usa toda a maestria que lhe é característica inerente, todo seu poder de observação quanto ao simples, ao cotidiano, ao simplório, ao belo mas pequeno, ao grande, porém limitado. A genialidade simples desta obra guerreia contra a complexidade épica dos Miseráveis, por exemplo. E, ao meu ver, ganha. E ganha com louvor, pois não há no mundo literário obra que diga mais sobre a junção homem/Todo, sobre a delicadesa da beleza, sobre a engenhosidade do homem simples, sobre a sabedoria do homem velho, sobre a velhacaria dos desconfiados, sobre a gatunice dos desavisados, sobre as direções dos ventos, das ondas, da mecânica do oceano, do hediondo poder da tempestade, da sombra obscura da criatura marinha...
Em suma, Os Trabalhadores do Mar é a obra perfeita.
Quem não o leu, ainda não leu nada.
Jumpin J. Flash 12/01/2010minha estante
Como fã número 1 dessa obra, só posso cumprimentá-lo pela resenha. Parabéns! Concordei com tudo.


Jumpin J. Flash 25/05/2010minha estante
Só por dizer que "é a obra perfeita" sua resenha já merece minha total aprovação!


Jefferson.IsaAas 18/04/2019minha estante
Sobre o navio a vapor ser rejeitado pela igreja católica que o chamou de a Máquina Do Diabo - porque o homem não pode unir o fogo e a água... é fantástico. Era essa a mentalidade daqueles tempos.




Natália | @tracandolivros 20/04/2019

Decepção define o que eu senti lendo ele depois de ler Miseráveis
Há muitos anos, uma mulher desconhecida e uma criança, que ninguém sabia se era seu filho ou não, chegaram em Guernsey. Esta mulher sempre foi isolada, e taxada como bruxa. O menino cresceu, e com o tempo passado a mulher morreu, deixando tudo o que tinha para ele. Este homem era Gilliat.

Gilliat cresceu sendo tão julgado quanto sua mãe. Também imaginavam que ele era um feiticeiro, pois ele conseguiu pescar peixe em época e em lugares onde outros pescadores não conseguiam, entre outros motivos. E na parte de sua vida contada no livro, é o momento em que ele se apaixona por uma moça que não está ao seu alcance. Assim sendo, ele faria qualquer coisa para poder tê-la como sua esposa, e esta oportunidade enfim aparece.

A escrita do Victor Hugo é excepcional, porém à mim ela não agrada. Muitos são extremamente apaixonados pela riqueza de detalhes, e devaneios que ele percorre, contudo, eu não gosto. E nesse livro eu senti muito isso, algo que em Miseráveis também existia, mas não em tanto grau. O protagonista mal aparece até metade do livro, o início todo gira em torno de outros.

Após este ponto da escrita, digo que outro ponto que não me agradou de forma alguma foi o final. Ao terminar eu falei “Sério que li tudo isso apenas para terminar assim?”. Fiquei completamente incrédula com o fim.

Entretanto, não estou dizendo que este seja um livro ruim, ele contém pontos de críticas à sociedade bem relevantes. Eu li este livro em grupo, e devo dizer que dos dez que estão lendo, apenas eu e mais um não gostamos do livro em si. Então não levem que só porque o livro não funciona comigo ele não irá funcionar com você. Se você já leu algo do Victor Hugo e ama a escrita dele, ou já leu outro autor que fica tendo seus devaneios e não se importa com isso, com certeza irá adorar este livro. E mesmo o final eu vi muitas pessoas que amaram.

Minha conclusão é basicamente, se achas que vai gostar, só leia. Mas se és como eu, e não gosta de tanta enrolação, passe longe.

site: https://www.instagram.com/p/BdSeRqjAJZv/
Thaianne 01/07/2019minha estante
Nem cheguei ao final, e o título da sua resenha já me contempla hahaha... Eu até gostei da maior parte dos devaneios dele em "Os Miseráveis" (talvez porque no final eu sentia uma conexão, mínima que fosse, com o resto da trama), mas aqui estou me sentindo arrastando como um barco à deriva com vento contrário kk


Natália | @tracandolivros 01/07/2019minha estante
Exatamente, mas isso é porque tu ainda não chegou no final então, porque o final da ainda mais essa sensação te ter se perdido tudo, eu fiquei muito triste e decepcionada com esse livro.


EstantedaLili 30/10/2020minha estante
Sou como você é confesso que após um tempo passei a pular as descrições excessivas. Mas é uma boa história afinal.




Têco 25/02/2009

Fantástico, impressionante, melhor obra de Hugo.
Têco 01/08/2010minha estante
Excepcional, incrível, deslumbrante ou absolutamente sem palavras, impressionante, um "absurdo" de obra-prima. Talvez a melhor da literatura mundial de todos os tempos!


Têco 01/08/2010minha estante
O final é deslumbrante e o revelar de toda a obra (a vontade superior da alma maior e "espírito santo" "descompromissada" ou apenas tímida - força x timidez), na minha opinião! Chega até a ser absurdo, mas de uma beleza incomensurável. Lembra o jovem personagem dos Os Miseráveis que "não conseguia chegar" na jovem moça no parque, no período em que estava Jean escondido na capela.




Daniel Fessler 24/01/2018

O sonho é o aquário da noite
Meu livro favorito em todos os tempos. Não há uma linha sobrando, faltando ou fora de lugar. Victor Hugo domina as palavras de uma maneira que nunca vi igual. Creio que a tradução de Machado de Assis, outro gigante, só torna a experiência ainda mais impressionante.
O livro tem passagens que me comovem só de lembrá-las e que jamais sairão da minha memória, não apenas por seu significado, mas pela maneira como o autor as escreveu. A cena final do livro está gravada na minha mente de maneira quase cinematográfica.

Paro por aqui. Sinceramente, não vale a pena fazer uma sinopse da trama: isso já foi feito em diversas resenhas, de maneira muito mais competente do que eu seria capaz. Minha resenha, na verdade, é quase um agradecimento público ao maior dos escritores franceses, por ter, sem nenhum exagero, causado um impacto definitivo na minha vida.
schmidt 26/02/2018minha estante
"Os Trabalhadores do Mar" tambem é meu livro preferido, voce disse tudo no seu 1o paragrafo. Parabens pelo poder de sintese.


Daniel Fessler 28/02/2018minha estante
Agradeço pelas palavras, Schmidt. Um abraço.




Albuquerque 06/07/2010

Victor Hugo!
O livro é muito bom, o personagem principal é o cara, a única coisa que não me agradou muito foi o final, mesmo, mas o desenrolar da história compensa muito! Victor Hugo é um "monstro"!
Têco 01/08/2010minha estante
O final é deslumbrante e o revelar de toda a obra (a vontade superior da alma maior e "espírito santo" "descompromissada" ou apenas tímida - força x timidez), na minha opinião! Chega até a ser absurdo, mas de uma beleza incomensurável. Lembra o jovem personagem dos Os Miseráveis que "não conseguia chegar" na jovem moça no parque, no período em que estava Jean escondido na capela.


Albuquerque 02/08/2010minha estante
Olha, Têco, por mais bonito e surreal que o final possa ser, eu esperava um fim melhor para o Gilliatt... o cara sofreu demais, enfrentou nada mais nada menos que o mar, sozinho, e realizou o impossível pela amada. Eu costumo ficar chateado quando o final ocorre como no "Trabalhadores do Mar". Fico frustrado, ainda mais quando gosto da personagem! Mas o livro é um primor assim mesmo. "Os Miseráveis" é outra obra prima!




Ricardo Rocha 02/01/2017

Os dois mais importantes temas no titulo e o mais importante tema dentro. Acrescentese a escrita mahscula e sensihvel de hugo e o resultado eh seu maior romance. Moby Dyc? Nao li. Eh sobre um peixe neh?
Ricardo Rocha 02/01/2017minha estante
Os muserahveis eh um livro? Pensei que era um filme. Tem cara de filme. Os trabalhadores do mar eh aquela obra que um escritor fracassado gostaria de ter escrito. Entao olharia para a sua ehpoca e diria: Pensando bem nao diria nada. O silencio eh mto mais eloquente. Selah.




Bruno 18/07/2015

Inconstante
Anos atrás tentei ler esse livro e, por algum motivo que não me recordava, desisti.

Pois bem, eis que resolvo dar uma nova chance ao mesmo, na dúvida de por que resolvi desistir de sua leitura. E me surpreendo com a qualidade do primeiro terço do livro. Ele tem um início extremamente prazeiroso. Apesar de tratar-se somente da personificação dos personagens - o grosso da história em si só começa a ser contado depois de mais de cem páginas de leitura - essa personificação é de uma ironia e humor deliciosos, nos quais é impossível não sorrir frente às situações em que o autor coloca seus personagens.

Infelizmente, o romance não segue essa linha de narrativa até o fim. Se o fizesse, sem dúvidas figuraria na lista de grandes títulos que tive o prazer de ler. Ao fim dessa 'introdução' e o começo 'pra valer' da história, o autor mostra-se um autêntico expoente da literatura romântica: Páginas e mais páginas, capítulos e mais capítulos de descrições vazias e metáforas que só postergam o desenrolar da história. Ideias que poderiam ser passadas em dois ou três parágrafos são arrastadas por cinco, oito, dez páginas.

Tudo isso poderia ser perdoado (em parte) se o desfecho da história fosse mais interessante. Infelizmente não o é. Apesar da virada promovida pelo autor, o modo como o fim da história se desenrola, principalmente para o nosso 'herói', é algo tão sem graça que deixa um sabor amargo ao fim da leitura.

Enfim. Uma obra que se inicia com um enorme potencial, que é desperdiçado do meio para o final. Caso você goste dessa escola literária, talvez a leitura valha a pena. Caso contrário, existem outras obras sobre o homem versus a natureza muito mais interessantes (e filosóficas) do que essa aqui. Hemingway ("O Velho e o Mar) é uma boa pedida.

Possui um início genial. E um final medíocre.
Anne 07/07/2016minha estante
Perfeito, descreveu exatamente o que penso




Jumpin J. Flash 19/08/2009

O melhor!
Sem dúvida, o livro mais interessante que já li. Trata-se de uma verdadeira jóia da literatura, uma obra espetacular! Enquanto eu viver vou lembrar de Gilliat em sua luta contra a natureza por amor a Deruchette. Isso sem falar nos demais personagens memoráveis, como o capitão Clubin, mess Lethierry e o próprio "devil boat", que tanto trabalho deu a Gilliat!
Jumpin J. Flash 20/10/2023minha estante
Uma boa versão dessa obra pode ser achada neste site:

https://clubedeautores.com.br/livro/os-trabalhadores-do-mar-3




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