Bekah Abreu 28/01/2017Mortos apenas de nome, mas presos em WeirdsvilleSabe aquele livro fraco e feito para grupo que você não se encaixa, mas você gosta? “Quase Mortos” foi esse livro para mim. Quando peguei o livro numa troca de skoob, pensei algo sobrenatural e juvenil, mas assustador, cheio de mistérios. Só que o livro é para aquele grupo mais novinho, que tem curiosidade sobre fantasmas.
Mesmo assim a dinâmica da autora me conquistou, ela consegue passar um certo temor no livro e um arrepio na espinha. Em pouco tempo acabei lendo tudo.
O livro tem cinco principais, a estrela da classe, a galinha bullying da escola, a gótica, o nerd e a excluída. O que esse grupo tem em comum? Nada, mas estarão juntos para solucionar um mistério.
O livro passa uma sensação que não apenas a casa de Emily, mas todo o ‘Weirdsville’ tem algo esquisito no ar. Algo maligno e isso é constantemente lembrado no livro. Não pude deixar de lembrar de ‘Silent Hill’.
Achei legal o tema ‘Bullying’ e ‘violência juvenil’ muito bem retratado e os garotos da gangue me deram bem mais medo dos fantasmas.
Acho que uma das coisas que não me convenceram e me fizeram pensar que a autora achava os leitores meio tapados, foi o mistério central. Gente, no primeiro momento eu ja saquei quem era o tal fantasma. É tão na cara que chega doer.
Não há, exatamente, cenas de ação. Tem momentos de tensão na estória em que você fica esperando qualquer coisa, desde uma topada nos asfalto, há uma invasão zumbi.
Esse livro tem romance bem de leve, coisa que vai agradar aqueles que estão cansados daquela coisa sebosa e forçada. A autora conseguiu fugir desse clichê (digamos ‘amém’!).
O livro deixa espaço para uma continuação, mas concluindo o primeiro livro, sem deixar o leitor roendo os dedos para saber isso ou aquilo.
Sugiro esse livro para passar o tempo, pois não é um ‘Dostoievski’ da vida, então você vai relaxar e se divertir um pouco.