Lima 27/07/2023
A princesinha, o jardim secreto e a autora.
" ? [...] Enxergava toda a verdade em nós duas. Sabia que você era uma mulher egoísta e desalmada, e que eu era uma tola fraca, e que éramos vulgares e mesquinhas a ponto de ficar de joelhos diante do dinheiro dela e depois tratá-la mal quando perdeu tudo o que tinha... embora ela continuasse a se comportar como uma princesinha, mesmo quando foi transformada em mendiga. Ela sempre se portou... sempre... como uma princesinha!"
Meu primeiro contato com Frances Hodgson Burnett foi, talvez, com sete anos, ao assistir a adaptação de "O jardim secreto" no matinê cultura, programa da TV Cultura. Eu me apaixonei pelo desenho e pela história, me fazendo devorar também o livro, alguns anos depois, achado na biblioteca municipal da minha cidade.
Eu já havia ouvido falar em "A Princesinha", mas, com o passar dos anos, nunca me senti atraído a começar a ler um livro infantil por acreditar não ser mais uma leitura agradável... Bom, eu estava muito muito muito enganado. Ao ver o livro na Amazon, pensei: Por quê não? Eu não estava ? e ainda não estou ? no meu melhor momento de leituras. Já havia iniciado dois livros e os abandonado pela metade. Começar "A Princesinha" foi mais um passatempo, sem qualquer esperança de concluir a leitura.
O que eu não contava é que o livro seria muito cativante. Ele já te fisga de primeira, desde a vida de Sara no internato, sendo uma criança extremamente privilegiada, até a mudança inesperada no seu destino, que a faz perder tudo o que tem. Impossível não se afeiçoar com a protagonista e não torcer pelo seu sucesso.
Enfim, só queria dizer que, mesmo 12 anos depois, Burnett conseguiu me prender em mais de suas narrativas.