Jane Eyre

Jane Eyre Charlotte Brontë




Resenhas - Jane Eyre


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Vanessa 03/08/2010

Mesmo tecendo críticas a minha amada Jane Austen, sem dúvida, com este romance, Charlotte Bronthe, conquistou-me definitivamente, pois, através de Jane Eyre pude sentir o que posso chamar de um verdadeiro deleite literário. A narrativa da sofrida e determinada preceptora, me fisgou logo nas primeiras páginas, simplesmente não conseguia largar o livro!


Já conhecia a história através de uma série produzida pela BBC. Não gosto de assistir produções cinematográficas ou televisivas antes da leitura do livro, porque além de contaminar os personagens com a interpretação e imagem dos atores, provoca em mim, certo desinteresse, por não poder mais degustar a cada página, a delícia da surpresa. No entanto, com Jane Eyre não posso dizer que tive prejuízos de tal natureza. Foram 622 páginas de puro encantamento, tive por alguns dias diante dos meus olhos, uma personagem com a qual partilhei cada momento de desamparo, solidão, euforia e felicidade, as sensações de Jane pude sentir também como minhas.


Contendo alguns elementos autobiográficos (a semelhança entre criadora e criação é indiscutível), Charlotte insere ainda seu posicionamento contrário a instituição que era o casamento no século XIX. Feminista, a autora defende a busca de uma independência financeira, e não a estabilização da mulher através de um bom casamento, e é este o eixo da crítica de Bronte à Austen, infelizmente Bronte não percebeu qual era o tempero indispensável à receita literária de Austen, a ironia.


De vertente realista, salpicada com mistério, críticas a sociedade e ainda, o atraente elemento gótico, esta é uma obra revolucionária no contexto literário e social do seu tempo. Jane Eyre é um clássico, um livro que recomendo, e que só lamento por ser tão difícil de encontrar. Sendo assim, poucos terão o privilégio de conhecer intimamente uma personagem tão viva e sinceramente humana que me pareceu de carne e osso, uma heroína longe da perfeição, detentora de qualidades, mas que é sublimemente encantadora em seus defeitos. Sem sangue azul ou beleza que lhe aprouvesse, Jane cativa-nos, deixando o leitor de certa forma tão apaixonado quanto o seu amado Rochester.
Amandha Silva 05/08/2010minha estante
Ai, quero ler... Sua paixão pelo livro cativa qualquer um que leia essa resenha.
Já está na minha lista de futuras leituras e aquisições.
Se a série da BBC é maravilhosa, o livro sem duvida ultrapassa a perfeição.


Jess 07/09/2011minha estante
Depois dessa resenha, vou correndo procurar onde tem esse livro para vender, rs. Assisti o filme e a série da BBC e me encantei pela força e história da Jane. Se é como diz, o livro deve ser ainda melhor *-*


Rose 02/04/2012minha estante
Você me convenceu com sua maravilhosa resenha, não me resta mais dúvidas referente ao livro, vou add a minha lista!


Flávia Rocha 01/11/2013minha estante
Gostei muito da resenha. Vi o filme, quero agora ler o livro.


Lilla 13/02/2014minha estante
Acabo de assistir ao filme,que é maravilhoso, e agora com a sua resenha tenho certeza que preciso ler Jane Eyre.
PS: Adorei sua defesa à Jane Austen.


Larissa Castro 08/06/2014minha estante
Não entendi essa crítica a Austen. Até onde eu sei, não há referência para ela no livro de Brontë, nem de forma indireta.


Mirian 21/01/2015minha estante
Nunca tinha ouvido falar sobre esse livro...Que bom ter lido a sua sinopse, estava a procura de um romance igual ao que você descreveu!!! Estou ansiosa para ler!!!


gau 02/04/2016minha estante
Melhor livro que li nos últimos tempos!!! Devorei, porque não tinha como não devorar e muita peninha por acabar de ler e ficar longe da trama e dos personagens...


Diandra 09/05/2016minha estante
Também não entendi essa crítica a Austen, vc pode me passar suas fontes? Fiquei interessada.


Lorena gurgel 15 14/05/2020minha estante
a tradução da martin claret é boa???? to em duvida se compro essa ediçao ou a da zahar


Luana.Oliveira 17/06/2020minha estante
Amei sua resenha, amo Austen também, amei ler Brontte. Quer ser minha amiga? rs
Simplesmente disse tudo que eu senti também ao ler essa história extraordinária ?


Nasa 21/08/2020minha estante
A independência de Jane nos motiva. Eu adoro o modo que ela lindo com o "patrão" e futuro amado. Excelente resenha.


king.nico 27/06/2021minha estante
O livro no geral é bom, mas por ser um romance ele é bem lento


Lennon 10/02/2022minha estante
Que resenha maravilhosa!


Lury0 10/07/2022minha estante
Nossa, fiquei apaixonada pela sua resenha! Poderia ser a sinopse do livro, sinceramente. Descrição incrível e a menção a Austen (pela qual também sou apaixonada) me deixou mais fascinada ainda pela sua resenha.


Bela Leitura 04/01/2023minha estante
Se ela não foi capaz de captar a ironia da jane austen já me deixou com um pé atrás.


Coelho 11/09/2023minha estante
Estou na metade do livro, realmente é muito cativante, e apesar de o romance, o sentimento, ser mais bem desenvolvido que os livros de Austen, na minha opinião, ambas as escritoras tem uma crítica impar da sociedade. Depois de ler a sua resenha, fui procurar a crítica à Jane e realmente é uma coisa bem ácida kkkkk mas acredito que também se tratava de um ego ferido e um pouco de inveja, pois o editor queria que ela escrevesse da mesma forma que a Jane Austen, o que era impossível pelo próprio estilo de cada uma.


Zhouang 31/12/2023minha estante
Também, não gosto de assitir filmes antes do livro. Na verdade tenho certo bloqueio. Não consigui ler "Orgulho e Preconceito" e nem "Frankstein"




leiturandressa 04/02/2024

Primeiro favorito de 2024
Fui muito feliz lendo esse livro, de verdade. Por mais que eu tenha demorado, isso não foi um problema, porque estou num momento que estou priorizando qualidade do que quantidade.

Romance de formação é um gênero que me pega forte, se é escrito por uma Brontë é melhor ainda. A jornada da Jane é incrível de ler, me apeguei demais a ela. Sem contar que ela é SUPER à frente do tempo dela, juro que essa autora é uma viajante do tempo dos anos 2000 que foi pra o século 19 pra escrever esse livro.

E o casal é simplesmente uma FOFURA, o amor que o Sr. Rochester tem pela Jane é absurdo de gigantesco.

E outra!!!! O livro tem uns 3 plot twists que eu fiquei passadíssima. Foi ótimo ler ele sem ter recebido nenhum spoiler. Chorei demais quando tava acabando e terminei ele já com vontade de reler.

Charlotte sua ícone, arrasou demais na construção de personagens, você foi perfeita.

Recomendo muito, mas acredito que quem não é acostumado a ler clássicos demore um pouco pra gostar por ser um tanto grandinho.

Virou um dos favoritos da vida também.

Enfim, foi perfeito. Já estou com saudades.
Eliane406 13/02/2024minha estante
Uma leitura incrível! Jane Eyre é obstinada.


Eliane406 13/02/2024minha estante
As irmãs Brintë nasceram para brilhar.


Joranny.Gomes 13/02/2024minha estante
Também ando priorizando qualidade em vez de quantidade. ??


leiturandressa 13/02/2024minha estante
@Eliane406 tenho mt admiração por todas elas!!


leiturandressa 13/02/2024minha estante
@Joranny a vida do leitor muda quando isso acontece, é a melhor coisa


zxsaturno 13/02/2024minha estante
Aaaaa, eu quero tanto ler esse!!


leiturandressa 13/02/2024minha estante
@zxsaturno lê amg!! quero mt ver sua opinião


Yanne0 13/02/2024minha estante
Adorei a resenha, amg ??? coloquei Jane eyre na minha meta pra esse ano e agora vou adiantar a leitura dele o qnto antes ? a parte dos 3 plot twist me pegou demais, pq tbm vou ler sem ter recebido nenhum spoiler kkkkkkk


leiturandressa 13/02/2024minha estante
@Yanne20 amg lê urgente!!!! é uma obra prima e os plots são mt legais, o bom mesmo é ler sem nenhum spoiler


Laissa 14/02/2024minha estante
tenho tanta expectativa pra esse livro sinto q vai ser aquele clássico q vou amar


leiturandressa 14/02/2024minha estante
@Laissa eu tbm tinha essa expectativa e ela se cumpriu, espero que com vc seja o mesmo


Kate N. 14/02/2024minha estante
Tô lendo esse nesse exato momento e tô achando que vou favoritar também?????


leiturandressa 14/02/2024minha estante
@Kate vai sim!! impossível não favoritar




Nati 11/07/2018

"I am no bird; and no net ensnares me: I am a free human being with an independent will."
Eu peguei esse livro com expectativa de um romance de época estilo "Orgulho & Preconceito", pra me derreter com um romance gostosinho. Porém, por incrível que pareça, o romance aqui foi o aspecto mais decepcionante do livro - primeiro, não é nem de longe o principal da história. A história e o crescimento da personagem-título são muito mais importantes e empolgantes do que o plot amoroso. Segundo, se você vai, como eu, esperando um apaixonante Mr. Darcy, você vai se frustrar horrores com Mr. Rochester (novamente, como eu). Ele é arrogante, extremante temperamental e extremamente machista (característica comum a todos os outros homens absolutamente detestáveis dessa história. Sério, não teve um que se salvasse). Ele trata absurdamente mal a própria filha, despreza Mrs. Fairfax - que se preocupa e cuida dele - e, apesar de clamar amar Jane por ser 'diferente', ter personalidade própria, no momento em que ela não faz o que ele quer, ele dá chiliquinho. Fora tudo o que ele apronta com a Jane. Na minha opnião, Jane Eyre merece MUITO melhor do que Mr. Rochester. Sim, entendo que, pela época, o retrato masculino é bem fiel, porém nem por isso deixa de ser detestável.

Também não gosto de como o assunto de saúde mental é abordado nesse livro, e como a personagem é tratada - como se ela merecesse tudo o que acontece com ela, e que o marido é um 'pobre coitado' por ter de aguentar esse 'fardo'. Já Jane é o motivo de ter adorado esse livro - pra época, uma protagonista feminina que é independente, não aceita de cabeça baixa o que ela não acha correto, questiona o que lhe é imposto e ousa querer algo mais do que sua 'condição' permite, é bem inovador. A determinação da personagem, a forma como ela evolui na história, apesar do sofrimento e provações, é muito bom de acompanhar. No início, tive um pouco de dificuldade - a leitura era meio arrastada, não pela linguagem em si, que é bem fluída pra um clássico, mas pela lentidão dos acontecimentos. Aos poucos, fui pegando o ritmo da história e os acontecimentos principais foram se desenrolando, então a leitura também ficou mais fácil.

No fim, é um livro com defeitos, não era nada do que eu estava esperando, mas foi um livro que valeu super a pena - não pelos motivos que eu pensei inicialmente, mas ainda bem, por que foi uma grata surpresa. Não sei se é uma leitura que eu repetiria, mas gostei de ter conhecido essa história e agora posso passar para as adaptações ("My Plain Jane", os vários filmes e séries) sem problemas.
Rick Finch 12/07/2018minha estante
Eu acho que você está acostumada com o convencional, e não entendeu exatamente o Senhor Rochester. Ele é intrinsecamente amargo, mas não machista, se fosse, pode ter certeza, Eyre não teria ficado com ele. Além de que ele não consegue ser completamente benevolente, é um homem em busca de redenção. Você deve estar acostumada com o galã perfeito de época, o que é convencional e até... bom, para alguns. Porém Brontë era muito erudita para acreditar no homem perfeito.


Nati 13/07/2018minha estante
Ele busca redenção por que? Por que ele se casou com uma mulher mentalmente doente e depois a trancafiou e fingiu que nada estava acontecendo? Por que ele trata a própria filha com descaso e desprezo? Por que ele quer que tudo seja feito à vontade dele, apesar de ele clamar que uma das razões de ele amar a Jane é por que ela é independente e teimosa? Por que ele mentiu e a enganou? Se não forem esses os motivos para a 'redenção' dele, ele não tem nada por que se redimir. Eu entendo que, para a época, um romance como Jane Eyre foi bastante revolucionário, mas que ia sim cair em algum momento no estereótipo de época, ou jamais seria publicado. Mr. Rochester em momento nenhum teve mudança de caráter ou evolução de personagem - ele só ficou cego e doente e passou a dar valor à Jane. O obstáculo, que era a esposa dele, foi convenientemente removida de cena, e aí tivemos o 'felizes para sempre'. Não é um romance inspirado, apesar da personagem-título ser foda e bem à frente. Pelo menos Mr. Darcy admitiu as cagadas que fez e teve uma evolução ao longo da história.


Rick Finch 13/07/2018minha estante
Fico triste por não ter entendido o personagem. Ele não é um homem bom nem politicamente correto como os personagens nos quais você está acostumada com Jane Austen. Ele não tem filha, apenas adotou a filha da sua amante com outro homem, e isto mostra como você não prestou atenção na leitura. Ele não ama a garota, assim como não ama a Senhora Fairfax ou qualquer outra pessoa, porém, ele, ao fim, deu educação e moradia pra órfã Adele, além de que despediu a Senhora Fairfax dando-lhe uma poupança mensal, onde ela não precisava trabalhar. Ele trancafiou a mulher com problemas mentais, pra ela não ser morta em um manicômio, jogada e esquecida, porque loucos naquela época "morriam", ele a trancafiou pela própria segurança e dos outros moradores de Thonrfield Hall. Hoje em dia não seria certo, concordo, mas você não pode avaliar o livro como se fosse contemporâneo. Você sabe que não é, mas mesmo assim avalia a medicina como se fosse a de hoje, por favor né! Ele ama a Jane, ele ama ser constatado por ela, ele não fica emburrado quando ela o confronta, má se diverte! Você não viu isso? Então, mais uma vez, não deu a devida atenção. Isso que dar esperar um romance monótono de um clássico como este -pois, verdadeiros clássicos , não se resumem a romance.


Rick Finch 13/07/2018minha estante
*contestado


Rick Finch 13/07/2018minha estante
*mas


Nati 16/07/2018minha estante
Eu não espero um personagem politicamente correto ou certinho, mas um personagem complexo e que vá se revelando mais do que o que aparenta. Isso não aconteceu com Rochester em momento nenhum, ele foi sempre o mesmo. E sim, ele fala que Adèle é filha dele quando conta a 'história triste' de como ele 'se perdeu' na devassidão. E uma coisa é você não amar, mas pelo menos tratar com algum respeito, e não da forma que ele trata as duas - ele CONSTANTEMENTE destrata Fairfax, a chama de tola e irritante com Jane, e trata uma criança que só quer um mínimo de atenção da parte dele com aspereza e grosseria. O que ele faz pelas duas é mais por senso de obrigação do que por se importar de verdade. Da mesma forma que com a esposa - sim, eu sei que na época os 'loucos' eram tratados de forma horrenda e tudo o mais, e não quero julgar nada por parâmetros modernos, mas o que eu falo é a forma como ele culpa a mulher pela loucura dela, como a despreza e sente nojo dela por que acha que ela o prende e empaca sua vida. Eu entendo que ele foi 'enganado' e casou com ela sem saber de tudo, ok. Mas aí ele vai lá e tenta fazer a mesma coisa com Jane.

De qualquer forma, essas foram as minhas impressões e opiniões sobre o livro e o personagem. A forma como eu senti durante a leitura. O meu entendimento foi diferente, mas esse é o propósito da leitura, então tudo certo. Me decepcionei muito com esse aspecto do livro por que me foi 'vendido' como tendo um casal maravilhoso, como um romance maravilhoso (e é alardeado aos quatro cantos do mundo que o principal do livro é romance, o que não é verdade) e tal, e eu não achei o mesmo.


Rick Finch 16/07/2018minha estante
Tudo bem, só penso que você não entendeu o propósito do romance nem a complexidade dos personagens. E, sim senhorita, você estava esperando o príncipe encantado, na se decepcionou quando ele não veio.


Nati 16/07/2018minha estante
Aham, tá bom, por que você é entendidão da literatura e se não achou o mesmo que você é por que não entendeu nada. Bem certinho *eye roll*
E se eu estivesse esperando o 'príncipe encantado', eu iria ler um conto infantil, e não um romance clássico. E se você acha que algum dos protagonistas masculinos de Jane Austen é perfeitinho, VOCÊ que não está entendendo bem.


Rick Finch 16/07/2018minha estante
Bem, você é contraditória, isto é um fato. Pelo menos a resenha acima é o que fala agora, contradizem. Comparou duas obras, esperando achar o homem perfeito da Austen, não me surpreende que se decepcionou


Nati 16/07/2018minha estante
Novamente, se você acha que os protagonistas masculinos da Austen são perfeitinhos e lineares, quem mostra que não entendeu NADA foi você. E outra, CLARO que eu ia comparar, por que foi a referência que me deram
("Se você gostou de...vai gostar de...") e que me fizeram pegar o livro. Porém, não falei em momento NENHUM que o livro é ruim ou que detestei e abandonei por não corresponder à essa expectativa, muito pelo contrário, me surpreendi e adorei o que a história realmente foca e tem de mais positivo, que é a personagem-título. Que, pra mim, é o objetivo da autora - mostrar essa mulher independente e teimosa, que passa por inúmeras dificuldades por conta de uma sociedade que diminui as mulheres (por isso que praticamente todos os homens que a Jane encontra são desprezíveis) e como ela cresce em meio a tudo isso, como ela evolui e entende que ela pode e merece mais. Mr. Rochester foi a mácula na história que pra mim nem precisava de um romance, e muito menos com um personagem desses, que era apenas o 'menos pior' dos personagens masculinos. Ele não é complexo, já que ele em momento nenhum evolui dentro da narrativa, ou mostra outro lado, ou tem algum tipo de camada - ele é só babaca mesmo.


Rick Finch 17/07/2018minha estante
E você continua a pensar que Jane Austen se submeteria a um homem monstruoso é machista


Rick Finch 17/07/2018minha estante
E você continua a pensar que Jane Eyre se submeteria a um homem machistae monstruoso, como, não sei porquê, em meio a sua interpretação deturpada, viu o Sr. Rochester




Giulipédia 25/10/2020

Você sabe amar, ou apenas ser amado?
O livro conta a história da jovem Jane Eyre, uma órfã de família, adotada pela família do tio materno, os Reed. Seu tio no leito de morte fez a esposa prometer que não abandonaria a pobre criança a própria sorte e com isso a menina Eyre teve seu destino selado. Foi criada em seus primeiros dez anos em um lar extremamente hostil, onde por mais que se esforçasse e tentasse ser boa, era constantemente repreendida e castigada. Sua tia, Sra. Reed, sempre deixou muito bem claro a que lugar a menina Jane pertencia e não era no seio da família. Devido a criação brutal ela era constantemente deixada sozinha e acabou se abrigando em meio aos livros, graças a estes, Jane conseguiu desenvolver um intelecto crítico e por isso sabia que recebia um tratamento extremamente injusto por parte da família. Tempos depois foi enviada para um internato, Lowood, onde sofreu muitas privações físicas devido as condições insalubres do lugar em seus primeiros anos como interna, mas longe de se encontrar em um lugar hostil de companhias, Jane se fortaleceu e se desenvolveu, agora encontra-se pronta para desbravar o mundo e buscar sua independência, e o primeiro lugar onde vai ser empregada é em Thornfield, como governanta e professora da pequena Àdele.

Antes de mais nada, para mim, Jane Eyre é um livro de sobrevivência. Sobreviver a uma vida de constantes maus tratos, incompreensão, falta de afeto, carinho, amor e principalmente viver sempre sob o cobertor da injustiça! A vida de Jane desde o início é uma batalha, uma guerra tanto externa, quanto interna. Externa é bem óbvio, mas por que interna? Bom, se você vive em um lugar onde constantemente é julgado como errado, apesar de tentar se comportar da melhor maneira possível, uma hora você acaba duvidando de si mesmo, não é? E por isso que notamos um contraste enorme no desenvolvimento da própria Jane quando vai para a escola, seu intelecto se desenvolve, seus comportamentos são moderados e suas ideias são esclarecidas, porque apesar de se encontrar em um ambiente insalubre, agora mais do que nunca, ela encontra compreensão e aceitação e com isso consegue se desenvolver como ser humano independente.

E aqui eu já queria trazer outro ponto que me fez refletir muito. Lendo o livro reparei muito em como pessoas medíocre se acham as melhores, pessoas vazias se acham o exemplo de bondade, nunca estão erradas, sempre julgam, nunca são julgadas. Nesse livro temos uma visão bem privilegiada do "cidadão de bem" e o que acontece com esse tipo de gente quando realmente se depara com uma pessoa de caráter. Por que tentavam tanto diminuir a pobre Jane? Por que ela era acusada tão injustamente, por mais que se esforçasse em tentar alcançar o padrão de menina obediente e dócil? Pela minha própria reflexão, pessoas como a Jane são odiadas apenas por ser aquilo que são naturalmente, por mostrar para essas pessoas medíocres tudo aquilo que elas não são e não tem, um bom coração, compaixão, empatia e acima de tudo a capacidade de amar. Porque na verdade é isso não é? Todos queremos ser amados, mas quem é realmente capaz de amar? Por que eu penso que se sou capaz de amar, também sou capaz de saber quem é digno do meu amor, e sei que não é qualquer um. Penso que amor não é passar pano pra tudo que uma pessoa faz, amor é correção também, é olhar os defeitos e mostrar o certo e o errado, esse livro mostra muito o que o "amor" desenfreado sem limites apodrece uma pessoa, tornando-a arrogante, mesquinha e egoísta, há dois grandes exemplos aqui, desafio aqueles que leram e os que vão ler a descobrir quais personagens estou citando! rs

Mas uma coisa muito presente junto a tudo isso é a presença brutal do relacionamento abusivo que se encontra presente em muitas cenas. A busca constante em satisfazer o outro lado, se doando para o outro, se negando pequenos prazeres em prol do agrado do outro, e nesse meio, perdendo sua própria essência. Foi doloroso ler isso, muitas cenas me levaram as lágrimas, a indignação e principalmente a tristeza, pois apesar da história ter séculos de diferença vemos que essas situações ainda são muito presentes no nosso tempo atual, vemos o porque de Jane Eyre ser considerado um romance atemporal.

Mas longe de se desesperar, é tempo de se espelhar em Jane, de se escolher, ser capaz de primeiramente amar e não ser amado, porque como havia dito antes, pessoas que sabem amar sabem quem será digna do amor delas. Nossa jovem inglesa nos prova isso, quando luta pela sua independência, por fazer aquilo que almeja que traz paz para seu coração, apesar de todos os julgamentos alheios, Jane segue sua consciência, pois esta se encontrar limpa e tranquila, e é o seu maior guia, ela não aceita menos do que acha que merece, não se deixa ser podada ou diminuída por ninguém e acho que essa é a maior lição que esse livro nos traz!

Essa história aborda tantos assuntos que me dariam facilmente umas vinte resenhas, mas já me demorei demais, para aqueles que me acompanharam até aqui, os convido a ler e conhecer a história de Jane Eyre, tirem suas próprias conclusões, reflitam sobre o que Charlotte Brontë quis passar quando, tão corajosamente, escreveu essa obra grandiosa e revolucionária, recomendo a leitura a todos, mais uma vez a literatura educando e salvando vidas!
guidix3 25/10/2020minha estante
Meu casal ?? Não sei se você sabe, mas tem uma adaptação da BBC que é a melhor na minha opinião. ??


Bart 26/10/2020minha estante
????? ficamos felizes em ter nossa musa das resenhas de volta!!
??????????????


Giulipédia 26/10/2020minha estante
Ingrax3 eu vou começar a te pedir o nome desses filmes, vc conhece TD, não esqueci aquele da Emma q vc me indicou p ver!! ???


Giulipédia 26/10/2020minha estante
Bart, oq eu faria sem seus comentários?!?!?Mt obgda pelo apoio meu amigo!! Pretendo melhorar ainda mais, fazer jus a esses elogios maravilhosos!???? Eternamente grata!!???


Bart 26/10/2020minha estante
Tradução ??????
Mha lista de livros vai crescer!!
?????


guidix3 26/10/2020minha estante
kkkkkkkkkkkk eu até esqueci que te indiquei a Emma da bbc.


Bit 26/10/2020minha estante
Tu tá citando St. John acredito e o Sr. Rochester. O Sr. Rochester é aquele que se deixou levar pelo amor desenfreado sem limites e se tornou amargo e ressentido. O St. John é o que não é capaz de amar.


Bit 26/10/2020minha estante
Na vdd eu n tenho certeza... O st. John ele ama aquela mulher, ele é capaz de amar, só n se permite isso. Talvez seja um medíocre, vazio por dentro sempre julgando os outros sem nunca ser julgado.


Giulipédia 26/10/2020minha estante
Bit, amei seus comentários!!?????? Agora vamos lá, não nego os sentimentos q St. John tem, mas ele ama ou é apaixonado? Pq tem diferença aí, amor, no meu ver (e me corrija se eu estiver errada!) é cuidar e se permitir ser cuidado, vc vê isso nele? E qnt a Sr. Rochester? Se quiser me chamar por msg, vou adorar debater isso c vc!! ????


Bit 26/10/2020minha estante
Obrigada((: Sim faz sentido esse argumento para mim... St.John é um apaixonado


Lígia 07/11/2020minha estante
Ai me coração ? hahaha




Fabio.Nunes 25/03/2024

E o final flopou
Jane Eyre - Charlotte Brontë
Editora: Zahar, 2018

Abandonem toda a esperança, vós que esperais uma resenha minimamente adequada a esse livro!

Jane Eyre me trouxe tantos sentimentos conflitantes, me fragmentou de um jeito tão pujante, que conseguiu afetar meu humor durante os dias em que o li, principalmente quando o terminei. Poucas vezes tive reações tão fortes a personagens fictícios e a um final de livro. Nunca fiquei tão confuso ao resenhar uma leitura. Explico.

Até o capítulo 36 (o antepenúltimo) sou capaz de dar 5 estrelas, aplaudir de pé e fazer coro a todas as vozes que elogiam de forma apaixonada essa obra.
Após isso, Charlotte decide escolher um final que para mim, foi, no mínimo, assustador, e me causou uma imensa decepção.

Este é um romance vitoriano com fortes traços góticos, publicado em 1847, que nos apresenta a autobiografia de Jane Eyre, desde sua infância: uma mulher sem atrativos físicos, órfã, pobre, mas extraordinária, absolutamente extraordinária! Um ser desde sempre incapaz de aceitar os grilhões que os homens ou a sociedade tentam impôr às mulheres, que anseia pelo mundo que se abre diante de si.

?Milhões estão condenados a um destino mais pacto do que o meu, e milhões se revoltam em silêncio contra ele. Ninguém sabe quantas rebeliões, para além das rebeliões políticas, fermentam nas massas de vida que as pessoas enterram."

Senti de imediato uma identificação com esse ser transgressor, que se liberta por meio de sua capacidade de raciocínio. Cá comigo eu gritava ?isso! vai garota!?.

"Meu olhar percorreu a paisagem e repousou nos picos azuis à distância. Eram eles que eu ansiava transpor; tudo o que ficava aquém de seu círculo de rocha e urze me parecia uma prisão, um exílio."

Não vou aqui enunciar os acontecimentos do livro, ainda que eu entenda que os spoilers neste caso não diminuiriam a grandiosidade dessa obra (até o capítulo 36!). Vou deixar apenas algumas observações.

Charlotte Brontë escreve de forma primorosa, e cria uma personagem feminina tão tridimensional que somos capazes de tocá-la. Brinca com as peculiaridades e conflitos que são parte da personalidade humana. Desde o início já sabemos estar diante de uma escritora extraordinária.
Os elementos góticos e sombrios que permeiam a obra tampouco são colocados ali à toa, funcionando muitas vezes como presságios, não apenas como elementos psicológicos e caracterizações de cenários.
Mas a temática principal da obra é o feminino. Por meio de Jane, Charlotte critica a sociedade dominada pelos homens, que aprisiona as mulheres em funções meramente operacionais, de simples suporte doméstico, sem jamais vê-las com igualdade. Estamos falando do período vitoriano puritanista, onde a religião tem papel fundamental na moral dos indivíduos.

"Das mulheres se espera que sejam muito calmas, de modo geral. Mas as mulheres sentem como os homens. Necessitam exercício para suas faculdades e espaço para os seus esforços, assim como seus irmãos; sofrem com uma restrição rígida demais, com uma estagnação absoluta demais, exatamente como sofreriam os homens. E é uma estreiteza de visão por parte de seus companheiros mais privilegiados dizer que elas deveriam se confinar a preparar pudim e tricotar meias, a tocar piano e bordar bolsas. Insensato condená-las ou rir delas se buscam fazer mais ou aprender mais do que o costume determinou necessário ao seu sexo."

Além disso, conhecemos a selvagem e louca Bertha Mason, uma espécie de antagonista, reflexo metafórico, e par gótico psicológico de Jane Eyre.

Mas o que mais salta aos olhos na obra são os dois momentos em que Jane se vê diante do abuso masculino.
O primeiro abusador, Sr. Rochester (infelizmente o homem que ela ama):

"Jane, precisa ser razoável, ou eu vou mesmo me descontrolar outra vez.
(?)
- Jane eu não sou um homem de temperamento dócil, você se esquece disso: não tolero muita coisa, não sou frio e equilibrado. Se tem pena de mim e de você mesma, ponha o dedo no meu pulso e veja como ele lateja...tome cuidado!?
(...)
?Um mero caniço ela parece, na minha mão! (E ele me sacudiu com a força do seu braço.) Poderia dobrá-la com indicador e o polegar, mas de que adiantaria se a dobrasse, se a arrancasse do chão, se a esmagasse? Considere esse olhar: considere o ser resoluto, selvagem e livre que está por trás dele, desafiando-me com mais do que coragem... Com um grave triunfo. O que quer que eu faça com sua gaiola, não consigo atingi-la... Essa bela criatura!"

O segundo, Sr. St. John (uma das mais odiosas personagens masculinas da literatura para mim):

"Aproveite esse tempo para considerar minha oferta, e não se esqueça de que se a recusar não é a mim que nega, mas a Deus. Por meu intermédio, Ele descortina uma nobre carreira para você, a qual só pode assumir como minha esposa. Recuse-se, e estará se limitando para sempre a um caminho de facilidade egoísta e obscuridade infrutífera. Será incluída entre aqueles que negaram a fé, e que são piores que os infiéis."

Tudo isso nossa protagonista sofre ? e nós com ela, mas se liberta de seus abusadores para, por si mesma, tomar uma decisão sombria e absurda no final, da qual não falarei para evitar spoilers.
Talvez minha decepção seja fruto de puro anacronismo, não nego, mas é duro ler uma obra tão extraordinária, tão libertária para as mulheres, e ver sua protagonista tomar uma decisão que tantas mulheres abusadas tomam hoje em dia.
Regis 25/03/2024minha estante
Li Jane Eyre há uns anos, mas me lembro bem de ter tido o mesmo pensamento, Fábio, o final teria sido mais condizente se a heroína optasse por uma terceira via. As opções disponíveis eram inadequadas para a grandeza da personagem. Parabéns pela ótima resenha, Fábio! ???


Flávia Menezes 25/03/2024minha estante
Uau! Que resenha espetacular, meu amigo! ??
Eu amei ler Jane Eyre, e sua resenha não só me lembrou como foi ler esse romance, mas também me mostrou um lado que na época eu não tinha a mesma maturidade de leitura de hoje, e acabei deixando escapar.
Fantástica e certeira a sua análise dessa preciosidade, e eu sinto que preciso reler, depois de ler sua resenha.
Parabéns! Adorei sua análise subjetiva e crítica desse grande clássico! ????????


Flávia Menezes 25/03/2024minha estante
O final flopou, mas se tivesse sido escrito pela Anne ou pela Emily não teria flopado não! ???
A Charlotte era a mais adepta da ?política da boa vizinhança?. ?????


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
Exato Regis, talvez seja puro anacronismo nosso imaginar que Charlotte poderia criar um final diferente, mas que fica aquela sensação de decepção, fica. Obrigado pelo elogio.


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
É mesmo Flávia? Rsrs. Não sabia disso. Apesar de não ter gostado de O morro dos ventos uivantes sei que preciso relê-lo. Não te espanta o quanto a gente amadurece quanto mais a gente lê? Obrigado pelo carinho de sempre minha querida.


Flávia Menezes 25/03/2024minha estante
Verdade, Fábio! ?
E eu também não gostei de ?O morro dos ventos uivantes?, e assim como você eu tenho vontade de reler. Como você disse, quanto mais lemos, mais amadurecemos. E eu ainda engatinho, mas com certeza estou mais madura do que anos atrás. E por isso que foi fantástico ler sua resenha desse clássico.
Sou fã das suas resenhas, Fábio! ?


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
O fã clube é mútuo! ???


Fabio 25/03/2024minha estante
Que belíssima resenha, Fabão, meu amigo!
Concordo contigo em todos os pontos, sobretudo os que te decepcionaram!
Parabéns, cara!!!


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
Obrigado Fabão. Bom saber que não fiquei sozinho nas minhas percepções.


Lari ... 25/03/2024minha estante
Estava ansiosa por sua resenha, Fabio!
Mais uma vez você foi excepcional.
Jane Eyre é uma das minhas personagens favoritas da literatura inglesa.
É uma leitura que desperta diversas sensações. Sua análise foi incrível em cada ponto!


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
Lari, muito obrigado! Jane quase foi o meu crush literário, se não tivesse tomado a decisão que tomou no final rsrs




zxsaturno 04/03/2024

Uma perfeição mais que encantadora.
?Quanto mais solitária, [...] mais respeitarei a mim mesma.? Identificação bem sucedida.

Uma maravilhosa descoberta chamada Jane Eyre. Um romance escrito por Charlotte Brontë, publicado em 16 de outubro de 1846.

Uma pobre órfã condenada a vagar por diferentes famílias e casas até encontrar seu próprio lar. Uma jornada emocionante.

Estou feliz por ter lido este livro, assim como fui feliz lendo. Senti tantas emoções diferentes que não consigo explicar, assim como estive encantada na maior parte do tempo. Leitura apaixonante.

Para mim, foi lindo ver a jornada da Jane. Inspiradora, uma menina forte, dona de si mesma. No fundo, apenas à procura da própria felicidade verdadeira.

?Não sou um anjo, nem o serei até o dia da minha morte; serei eu mesma.?

Os dialógos são bem escritos, os personagens são bem desenvolvidos e a escrita da autora é maravilhosa.

Recomendo muito mesmo! Dizem que clássicos são demorados, mas são os livros que eu leio mais rápido simplesmente por serem incríveis.

Com certeza virou um dos meus livros favoritos da vida, tanto que terminei ele já querendo ler novamente.

?É sabido que os preconceitos são mais difíceis de erradicar de um coração cuja terra jamais foi afofada ou adubada pela educação; ali eles crescem vigorosos como ervas daninhas entre as pedras.?

Charlotte Brontë, uma viajante do tempo assim como Jane Austen, certeza.
Fernanda311 04/03/2024minha estante
É mt bom msm, eu li faz dois dias, e simplesmente eu já classifiquei como o melhor clássico que eu li até agr, vc se conecta com os personagens e a história é literalmente cheia de coisas que vc não imaginaria


Wash2 04/03/2024minha estante
Bonita resenha. Já estava na minha lista e agora com mais vontade de ler.


mayasdo 05/03/2024minha estante
Faz muitos anos que eu li esse livro e é um dos meus favoritos, quero tanto reler ele ?


zxsaturno 05/03/2024minha estante
@Fernanda311, o livro é simplesmente fascinante! Muito lindo.


zxsaturno 05/03/2024minha estante
@wash, obrigadaa! Você não vai se arrepender, é muito bom!


zxsaturno 05/03/2024minha estante
@mayasdo, te entendo! Quero muito reler e nem faz tanto tempo que li.


Amidalin 05/03/2024minha estante
Depois dessa resenha, botei até na lista pra ler


zxsaturno 05/03/2024minha estante
@Amidalin, é fantástico, juro!!




Jessé 19/03/2021

Bem mais ou menos.
Achei que gostaria bem mais desse livro! Pelo tanto que falam, esperava algo excelente, mas não é o caso.

Achei as 300 primeiras páginas muito legais. Mas depois o livro começou a ficar cheio daquelas coincidências sem pé nem cabeça, que é difícil de engolir. Eu tenho um preconceito enorme com esses livros que pesam a mão, pra encaminhar tudo pra um final feliz pra todos os personagens do livro.

Algumas situações que levam a isso são tão forçadas que fui desanimando até chegar ao final.

Eu sinceramente esperava algo parecido com O morro dos ventos uivantes, mas esse livro não chega nem aos pés. Pra quem gosta de novelas cheias de dramalhão pode ser uma boa pedida.

PS: vi muitas pessoas falando de feminismo nesse livro, mas não consegui enxergar isso na personagem Jane. Pra mim ela é uma moralista puritana, que toma todas as suas decisões, segundo os seus princípios cristãos, e não com uma vontade de ser alguém independente e livre.

Sem falar que todo o discurso da Jane sobre independência, é totalmente contraditório e hipocrita, porque o final do livro vai totalmente contra ao que ela pregava.
Paula A. C. 19/03/2021minha estante
Temos que considerar a época em que o livro foi escrito e publicado. Vejo princípios de feminismo na Jane, assim como em outras heroínas clássicas, como Anne Shirley e Jo March. No entanto, em todos esses casos, as autoras precisaram fazer concessões para os livros fossem de fato publicados. O filme Adoráveis Mulheres mostrou bem esse conflito, vivido por tantas escritoras sufocadas em tempos não muito favoráveis à altivez feminina. Creio que, se Charlotte Brontë escrevesse esse livro hoje em dia, a protagonista seria muito mais ousada. Mas isso tudo é só uma reflexão sobre os limites impostos não só às autoras, mas às personagens femininas na época. Enfim, compreendo e respeito sua opinião. Só queria dialogar sobre o livro mesmo. rs


Paula A. C. 19/03/2021minha estante
Correção: concessões para que os livros fossem publicados*


Jessé 19/03/2021minha estante
Sim, eu entendo o contexto da época e as concessões feitas. Mas me parece estranho vc construir uma personagem cheia de ideais , e ao final do livro vc descartar tudo isso. Soa contraditório como eu falei.

E como disse: a personagem ao meu ver não era guiada por feminismo e sim por puritanismo a fé que ela professava. Na cena do casamento malfadado por exemplo, isso fica bem claro, já que a personagem inúmeras vezes fala que não pode ser a a amante de Rochester, porque isso iria contra os preceitos da cristandade. Quando o primo dela a pede em casamento, ela faz o mesmo discurso, e chega a dizer que ?se fosse da vontade de Deus? ela casaria com o primo.

Isso não me parece uma feminista, e sim uma beata.

Me soa estranho também, uma personagem que sempre fala de independência e liberdade, vislumbrar o casamento, como a única forma de felicidade.

Como disse, entendo as concessões, mas ao meu ver essas concessões parecem ser muitas. E muitas delas não me parecem impostas apenas por questões editorias.

Ao meu ver, as personagens de O morro dos ventos uivantes, são mais feministas e donas de si do a Jane.

Ao meu ver o público de hoje em dia está tentando pegar pontos isolados da história e querendo inserir em contextos de feminimo que sinceramente no meu ponto de vista não tem razão de ser.


Jessé 19/03/2021minha estante
Sobre dialogar sobre o livro, isso é ótimo e sempre bem vindo. Afinal esse é apenas meu ponto de vista, mas sei que ele não é uma unanimidade. É bom ouvir opniões diversas, e ver como cada pessoa reage a determinadas estórias.


Paula A. C. 19/03/2021minha estante
Pois é... Cada pessoa tem uma experiência diferente de leitura, por isso é bom dialogar. Muitos pontos da narrativa também me incomodaram, mas não a ponto de ultrapassar os positivos.

O moralismo cristão infelizmente é um ponto comum em muitas dessas narrativas clássicas, como a série Anne de Green Gables ou mesmo Mulherzinhas. Talvez isso tenha relação com o público-alvo desses livros na época, um público feminino jovem letrado, geralmente de famílias cristãs que pouco aprovariam leituras que se afastassem muito dessa lógica.

As irmãs Brontë, criadas num lar religioso, elas próprias inseridas nessa lógica, por vezes reproduzem o mesmo moralismo em suas obras. Jane Eyre, se não me engano, é um dos primeiros livros delas. Mas, mesmo com o puritanismo da protagonista, que é muito presente na obra, consegui sentir nela uma certa altivez, claro, dentro das possibilidades que eram oferecidas a uma mulher jovem e sem família na época. Senti também uma forte influência folhetinesca, por vezes pendendo para o drama. Não gostei do final, assim como também não gosto do fim de Mulherzinhas, mas entendo que, muitas vezes, as escritoras precisavam sacrificar suas heroínas, seja por demandas editoriais, seja por aspectos relacionados ao modo como as moças eram educadas, quase sempre em escolas religiosas.

Concordo que as concessões foram muitas e isso pode incomodar alguns leitores. Mas acho que boa parte desse incômodo pode ser relativizada quando contextualizados a obra.

Gosto muito de Morro dos Ventos Uivantes justamente pelo modo como a autora trabalha o aspecto gótico da narrativa sem pender pro dramalhão. É um livro mais denso, com certeza. Eu nem compararia com Jane Eyre porque me parece, tanto no estilo de escrita quanto na temática, algo bem diferente.

Enfim, obrigada pelo diálogo sobre o livro. É sempre bom trocar ideias com quem leu as mesmas obras que a gente, principalmente quando as opiniões são diversas. Assim os dois lados saem com novos olhares sobre a obra.


Jessé 19/03/2021minha estante
Esses pontos como mencionei me incomodam bastante. Mas como também mencionei, essas coincidências que aconteceram quase no final do livro, é muito difícil de engolir hahahahahahahaha

Mas acho que eu também tenho um certo problema com a escritora, porque já havia lido Shirley e também não me
Agradou.

Eu li Jane Eyre por se tratar de sua obra prima, e a partir desse livro, tentar ter uma nova impress da autora, mas não foi o caso.

Dito isso, não pretendo ler os dois outros romances dela.

Mas apenas pra deixar claro, o meu desgosto não é pela escrita da Charlotte. A escrita dela era muito requintada e elegante, e ela sabia empregar muito bem as palavras. O que me desagrada mesmo é forma como ela conduz as suas tramas.


Paula A. C. 19/03/2021minha estante
Claro! São tantas coisas que influenciam nossas experiências de leitura... Eu concordo com muitos dos pontos que te incomodaram, mas por algum motivo consegui relativizar na leitura e acabou sendo uma experiência agradável. Lembro de ter lido esse livro muito rápido. Mas é isso... talvez eu esteja muito acostumada a livros do gênero e essas concessões e coincidências já não me incomodem tanto. Gostei muito de dialogar sobre o livro. Obrigada!




Miria80 07/09/2018

Foram alguns meses para terminar de ler, mas finalmente consegui encerrar essa leitura que, como a maioria dos bons clássicos, fez-me ficar apegada aos personagens. Senti isso também quando li ''O morro dos ventos uivantes''; queria terminar o livro, mas não queria deixar de ''conviver'' com os personagens, por isso sempre demoro tanto para ler alguns livros.
Jane Eyre é um clássico escrito na Era Vitoriana, portanto é muito antigo e bastante descritivo, mas não é uma leitura cansativa, pelo contrário, a escritora consegue nos envolver em cada detalhe da história. A protagonista é a própria narradora e cada acontecimento é contado nos mínimos detalhes, de maneira que parecemos estar muito próximos dos personagens, como se realmente fossem pessoas reais.
Confesso que gostei demais da pessoa de Jane Eyre. É uma mulher autêntica, com vontades e interesses próprios, inteligentíssima, observadora, fiel aos seus valores e com certeza muito a frente de sua época, no sentido de ser independente. Não tenho dúvidas de que Charlotte colocou em Jane muito de sua personalidade e expressou na personagem alguns de seus sonhos e desejos. Quanto a Mr Rochester, de início me pareceu alguém muito egoísta, chato e grosseiro, mas em determinado momento acabei compreendendo melhor o seu caráter. St John também é uma pessoa chata e complicada, mas consegui me simpatizar com todos os que tiveram maior parte da história.
Para mim, o final foi meio surpreendente, porque imaginei que as coisas tomariam um rumo totalmente oposto ao que tomou, mas gostei muito do jeito que tudo terminou e achei muito lindo. Algo que amo muito na maioria dos livros dessa época e estilo, são os cenários. Adoro ler descrição de campos, prados etc. O livro todo é excelente, os personagens são marcantes e com certeza vale muito a pena ler!
Lu Oliveira 07/09/2018minha estante
Eu tbm quando li O Morro dos ventos uivantes gostei muito de passear por aquela paisagem de colinas e charnecas, rsrs.
Jane Eyre tenho vontade de ler por conta de outras personagens maravilhosas que o citam muito: A Tessa Gray das Peças Infernais e a querida Anne de Green Gables.


Lu Oliveira 07/09/2018minha estante
Muito bom resenha.


Lu Oliveira 07/09/2018minha estante
Muito boa a resenha.


@fabio_entre.livros 07/09/2018minha estante
Agora corra assistir a alguma das milhares de adaptações! Vi várias e, para mim, a melhor é uma adaptação antiga da BBC (que, como sempre, capricha ao transpor os clássicos ingleses para as telas)!


Lu Oliveira 07/09/2018minha estante
Valeu pela dica, Fábio


@fabio_entre.livros 07/09/2018minha estante
;)


Ziza 07/09/2018minha estante
Amo de paixão este romance ?




Ana Sá 28/07/2022

O raio desromantizador de Jane Eyre
[eu nunca consigo ser breve numa resenha, misericórdia!]

Quando leio algo das irmãs Brontë sempre me pego num dilema: eu só consigo falar de "irmãs Brontë", no plural, e penso o quanto isso pode ser injusto com as especificidades de autoria de cada uma delas... Penso: "eu preciso deixar a Charlotte ser a Charlotte, a Emily ser a Emily..." etc. Mas talvez o ponto seja que, além de eu não ter bagagem literária suficiente para falar do estilo de cada uma, o tal "as irmãs Brontë" virou sinônimo de um lugar de conforto para mim, quase que uma corrente literária à parte das demais. Elas se tornaram, afinal, a minha "literatura-conforto", uma referência para quando eu quero acertar na escolha. Pode ser um romance melhor, outro pior, mas quase sempre é uma narrativa aconchegante no sentido de me envolver facilmente, tanto pela forma quanto pelo conteúdo. E, sim, não vou negar: o fato de ter uma voz e um olhar femininos nesses clássicos é a cereja do bolo na minha opinião... E em Jane Eyre esta cereja é daquelas reluzentes!

Eu percebia que Jane Eyre era um romance queridinho de muitas leitoras com quem tenho interações aqui no Skoob e agora eu imagino a razão... E digo "leitoras" mesmo, pois o público deste livro, e dos livros das irmãs Brontë no geral, continua a ser majoritariamente de mulheres (basta consultar os números aqui do Skoob). Eu arriscaria dizer que pode haver o preconceito de que se trata de obras "meio sem sal", de "historinhas de amor", pois, diferentemente do que vemos acontecer com outros clássicos, os enredos e as personagens dos livros da Brontë permanecem menos difundidos, ou então mal difundidos, já que muitas adaptações cinematográficos, por exemplo, deixam a desejar (digo isso com base no que li da crítica especializada e também na única experiência que tive com essas adaptações). É uma pena, pois o público masculino está perdendo a chance de conhecer grandes personagens da literatura mundial.

A "autobiografia" de Jane Eyre passa também pelo tema do amor, mas também neste ponto a protagonista se revela em toda a sua complexidade. O amor é aqui racionalizado, não se restringindo ao mundo dos afetos ou dos contos de fadas, pois a própria ideia da beleza do "príncipe encantado", por exemplo, é desconstruída. As implicações do casamento na vida social e intelectual de uma mulher povoam as reflexões de Jane de tal forma que é impossível não se impressionar com a atualidade de seus discursos. Assim, o amor surge como um aspecto entre tantos da vida de uma mulher sagaz, com os pés bem fincados no chão.

Outro tema explorado de forma crítica é, sem dúvidas, o papel social da educadora-preceptora no contexto da época, havendo aqui um ponto comum com o romance "Agnes Grey", de Anne Brontë. É como se as irmãs se juntassem para nos mostrar que professoras são desvalorizadas desde sempre, em todas as suas formas, valendo-se da ficção para denunciar algo que, segundo suas biografias, elas experimentaram na pele.

... Desromantização do amor... Desromantização do trabalho das educadoras... Charlotte Brontë vem para desestabilizar!

Antes de encerrar a resenha preciso fazer uma menção honrosa a minha personagem "secundária" favorita: Helen Burns. É com esta amiga de infância de Jane Eyre que surgem parte dos diálogos mais densos do romance, diálogos sobre erro e culpa, sobre o sentido da vida... Eu discordo pessoalmente de quase tudo que a Burns diz e pensa, pois a dose de religiosidade de seus pensamentos me incomoda, mas Charlotte Brontë sabe articular dissonâncias à narrativa de um modo muito instigante! Isso se repete com outras personagens, mas a cena final dessa amizade se fixa como um quadro na nossa memória, então a menção honrosa tinha que ir pra Helen Burns mesmo!

Não atribuí a nota máxima ao livro porque tive que passar um pano pra uma "coincidência" que estrutura o desfecho do romance... Achei que a Charlotte abusou de sua licença poética para conectar algumas personagens numa determinada altura da narrativa [não vou detalhar pra evitar spoiler!]. Enfim, o paninho que eu passei pra Charlotte custou uma estrelinha!
Joao 28/07/2022minha estante
Por favor, não tente ser breve em suas resenhas hahaha. Seus textos são muito legais ?


Ferferferfer 28/07/2022minha estante
Braba


Kênia 29/07/2022minha estante
Amiga, amo as Brontë também. Vc já leu ?A inquilina de Wildfell Hall?, da Anne?! Jane Austen vc não gosta (cuidado com a resposta porque vc pode estar me ferindo mortalmente). Vamos ler um dele juntas?! ?


Carolina.Gomes 29/07/2022minha estante
Um queridinho da minha vida ?


Ana Sá 31/07/2022minha estante
Kênia, quero!!!


Kênia 01/08/2022minha estante
Só vamos! Pode escolher, menos ?persuasão? que reli recentemente.




Janaina Edwiges 06/09/2021

"A vida me parece curta demais para ser gasta em alimentar animosidades, ou em registrar agravos"
Jane Eyre não é um livro que se encerra após a última página e que fechamos quando terminamos a leitura. É uma história que precisamos viver todos os dias! Charlotte Brontë foi uma mulher à frente do seu tempo e nos deixou esta obra magnifica, que nos inspira a ter confiança e respeito por nós mesmos, a superarmos as adversidades, a não perdermos nossa essência, a sermos independentes, fortes e firmes em nossas escolhas.

Jane Eyre é especialmente tocante para nós, mulheres, que constantemente precisamos reafirmar o nosso lugar na sociedade. É um sopro de alegria e de agradecimento, poder reproduzir as palavras de nossa heroína, que lá no século XIX clamava: “Das mulheres se espera que sejam muito calmas, de modo geral. Mas as mulheres sentem como os homens. Necessitam exercício para suas faculdades e espaço para os seus esforços, assim como seus irmãos; sofrem com uma restrição rígida demais, com uma estagnação absoluta demais, exatamente como sofreriam os homens. E é uma estreiteza de visão por parte de seus companheiros mais privilegiados dizer que elas deveriam se confinar a preparar pudim e tricotar meias, a tocar piano e bordar bolsas. É insensato condená-las ou rir delas se buscam fazer mais ou aprender mais do que o costume determinou necessário ao seu sexo".

Uma passagem que aborda o preconceito me marcou bastante, especialmente porque vivemos tempos bastante sombrios. Assim como Charlotte Brontë, acredito que o estudo, o conhecimento e o aprendizado constante, especialmente do que é diferente de nós, nos afasta dos preconceitos e nos faz ter mais empatia pelo próximo.

“Preconceitos, como se sabe, são mais difíceis de erradicar num coração cujo solo nunca foi revirado ou fertilizado pelos estudos: eles crescem ali, firmes como ervas daninhas em meio a pedras."
Fabricio268 06/09/2021minha estante
Excelente resenha!


Janaina Edwiges 06/09/2021minha estante
Obrigada, Fabrício! A história é realmente inesquecível!


Fabricio268 06/09/2021minha estante
Está na lista.


Janaina Edwiges 08/09/2021minha estante
Tenho certeza que você vai gostar!


Alê | @alexandrejjr 11/09/2021minha estante
Belas palavras, Janaína. Excelente resenha!


Janaina Edwiges 12/09/2021minha estante
Muito obrigada pelas palavras gentis, Alexandre!




Sam 27/11/2015

"Mantenho uma crença...ninguém nunca me ensinou... nela que me delicio e a ela que recorro, pois estende a esperança a todos e faz da eternidade um descanso.. um poderoso lar, não um terror ou um abismo...com essa crença consigo separar o criminoso do seu crime; Posso sinceramente perdoar o primeiro, enquanto abomino o segundo...A vingança nunca perturba meu coração, a degradação nunca me atinge profundamente, a injustiça nunca me deprime demais. Eu vivo em paz, a espera do fim
Jane Eyre é uma órfã enjeitada e criada por caridade, ou melhor, por obrigação, por uma família que não a vê como parte dela.. Mesmo tão maltratada sua mente floresce e torna Jane uma pessoa particularmente diferente. .A vida têm das suas para nos machucar, para nos "mostrar" quem é que manda...Um pouco mais velha, com 10 anos, Jane é enviada para um asilo/escola para meninas órfãs sem condições financeiras, nesse lúgubre lugar mesmo em meio á tantas provações e privações, como fome, fadiga e doenças, Jane entende pela primeira vez o significado da palavra "lar" e seu espírito por ora tão quebrantado aos poucos revela suas virtudes, as molda e permite que nossa menina acredite que pode SIM! ser amada, perdoada e perdoar tudo e todos pelos quais guarde algum tormento..
Jane a todo tempo mantêm seus leitores a par de seus desejos mais profundos e de tudo o que ocorre em seu derredor, e que vida!! Durante a aventura de viver Jane trata conhecimento com os mais variados espécimes de personalidade, ora excêntricas, ora déspotas, ora abnegados, ora dóceis ou cruéis... Seres humanos dotados das duas faces, Jane não procura subterfúgios que abrandem suas próprias fraquezas...Com o sofrer do aprender, choro lágrimas sentidas...mudo as páginas com soluços de criança, quero sentir a dor por ela, quero lavar seu coração de toda angústia, pegar na tua mão e falar de um novo amanhecer, da Esperança e de coisas ainda mais belas..
Sua vida marcada por tantos acontecimentos abre-nos a janela do amadurecer, nos mostra que ate os corações mais embrutecidos são capazes de sentir, de mudar, de sorrir..
Por fim torna-se resignada, sábia em sua ignorância, dedicada em seu crescimento..E a vida lhe sorri trazendo bálsamos de alegria, presenteando-a com corações afins..
Este livro fala sobre fé...Fé na vida, fé no por vir, fé na nossa própria capacidade de transpor as barreiras e de acreditar que é possível...Fé nas agruras que lapidam nosso ser e em tudo o mais que te leve mais alto...Esse livro/poesia toca meu coração, absorve meus sentidos e me sinto eternamente grata a minha nova amiga Charlotte por esse banquete que me fez refletir sobre minha caminhada, que me ajudou a sentir a ânsia assim como Jane, para que a vida que não seja estagnada pelo ócio sempre tão egoísta e assim quem sabe com essa entrada insidiosa em nossos corações esse rei interior nos grite: MUDE...SEJA DIFERENTE.
Sam 27/11/2015minha estante
Enfimmmm o skoob começa a me dar permissão!!!!!


Evy 27/11/2015minha estante
Kkkk. Skoob possuído.
Ótima resenha Sam, Jane Eyre é um livro simplesmente único ^^


Ivanete.Bampi 27/11/2015minha estante
Que tocante tua resenha, deste livro que tem um heroína fantástica. Adorei.


Silvana Barbosa 28/11/2015minha estante
Puxa... não sei porque ainda não li este livro . Preciso rever isto , graças a sua resenha , Sam .


Sam 30/11/2015minha estante
Oiii meninass....simmmmm esse livro é maravilhoso o melhor de 2015 pra mim!!! devo confessar Silll...demorei pra ler pq estava com medoo do final...tinha certeza que no fim a Charlotte ia matar todo mundo e me dar bolo com um final pelo menos meio feliz kkkk mas a diabinha me surpreendeu kkk e até o "coxo voltou a andar" kkkkkk mais ou menos isso.....se liguem nas entrelinhas...mas é isso impossível não ler...estou voltando pra onda dos clássicos e sendo "abençoada" pela primeira vez com fazer as escolhas certas nos títulos...bjimmm




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Beca Sasso 27/06/2020minha estante
Ela vira um monstro pelo patrão abusivo horrível. Meu deus, ela se mata. É terrível! De todas as formas possíveis! Jane sendo entregue a duas criaturas terríveis, uma sem amor e outra sem o mínimo de consciência de seus atos, já que acredita que a mulher era uma espécie de animal. Terrível!!


Beca Sasso 27/06/2020minha estante
Opa, pelo marido** abusivo!!


Itimalia 01/07/2020minha estante
Concordo, fiquei extremamente incomodada quando ele descreve a moça do porão. Por isso acho que seria melhor só uma história da Jane. O romance -se é que a gente pode chamar assim.


Itimalia 01/07/2020minha estante
... foi tão ridículo de ler. Mas ok né ?


Beca Sasso 02/07/2020minha estante
Muito triste... A mulher é tratada pior que um animal.




spoiler visualizar
Sani Melo 01/08/2022minha estante
Misericórdia, parece uma novela mexicana isso ai...


Emilia.Reis 01/08/2022minha estante
eu ameiiiii essa resenha, nem precisa ler o livro kkkkk já quero o vídeo narrado


Rayza.Figueiredo 01/08/2022minha estante
kkkkkkkk eu tava inspirada! kkkkk


Maikele.Jardim 02/08/2022minha estante
Melhor resenha que eu já li na vida ?


Rayza.Figueiredo 02/08/2022minha estante
o livro é muito boom! ?




Layla 26/04/2021

O livro mais incrível que já li
Esse foi meu primeiro livro da Charlotte Brontë e posso dizer que estou apaixonada não só pela autora, mas também pela obra.
Os temas abordados no livro são bem interessantes e atuais apesar do mesmo de ter sido escrito no século XIX.
Jane Eyre é a autobiografia de uma jovem forte, cativante e inspiradora que nos faz viver a história com ela e compartilhar de todos seus sentimentos. A história é incrível, a personagem e incrível e poder compartilhar de sua perspectiva foi realmente maravilhoso. Jane Eyre foi o primeiro romance não atual que li e se tornou um dos meus livros favoritos. Não vejo a hora de repetir a leitura.
Nem em um milhão de anos serei capaz de descrever quão maravilhosa é a história de Jane Eyre.
Gabi's 26/04/2021minha estante
Oii , só pela tua resenha já tive vontade de ler hahahah. Qual a classificação indicativa???


Layla 26/04/2021minha estante
Oi, fico muito feliz em ler isso!
É um livro tão sensacional que vale muito a pena ler.
Bom, segundo a internet, a classificação indicativa é de 14 anos.


Gabi's 26/04/2021minha estante
Ahh simmm , te agradeço!


Le 29/04/2021minha estante
Tô acabando o livro e sinto a mesma coisa S2


Layla 29/04/2021minha estante
Ai, esse livro é tudinho pra mim ?




Wendel 10/05/2022

Perfeição?
Um clássico que com toda a certeza irei fazer várias releituras. ?

Charlotte escreve uma verdadeira obra de arte. Jane Eyre é um livro que nos prende do início ao fim e nos deixa sem fôlego, nos emocionam e faz a gente se apaixonar pela protagonista.

Jane Eyre é uma mulher a frente do seu tempo, forte, inspiradora e que não se deixa abater por nada. Sofreu bastante durante a infância e aprendeu muito com isso. Agarrada na sua fé não se deixa abalar por nada e mantém a cabeça erguida sempre, mantendo-se firme diante as diversas situações passadas e sempre colocando a sua liberdade, independência e autonomia em primeiro lugar.

É uma história de superação e libertação.

O romance entre os personagens é conturbado no início, confesso que não gostei do par romântico dela no início, mas até o desfecho mudei a minha opinião.

O desfecho é simplesmente incrível, não tem como não se emocionar! Vermos toda a trajetória da Jane Eyre é de levar lágrimas aos olhos quando chegamos ao fim dela.

Os traços góticos e mistérios que tem uma parte essencial na história são construídos de forma sublime. A presença da religião aqui é forte e constante, perfeitamente equilibrada.

É um clássico que amei ler e que amarei recomendar para todos!?
Kleit1 10/05/2022minha estante
Isso aconteceu comigo em o morro dos ventos uivantes! As irmãs brontë >>>


Wendel 10/05/2022minha estante
Os meus sentimentos com "O Morro dos Ventos Uivantes" é complicado akakkak


Kleit1 10/05/2022minha estante
Tranquilo! Como um amante daquela obra, eu entendo muito bem os seus sentimentos complicado hashuahashua. Saiba que você não tá sozinho nessa, viu?! O morro dos ventos uivantes é um livro ímpar, você não gosta, ou gosta dele. Ou você ama, ou você odeia ele.


Vitória 03/04/2023minha estante
Você é perfeito!!!!! Isso sim é uma resenha bem elaborada que nos instiga a ler o livro


Wendel 03/04/2023minha estante
Aaaaaa obrigadoo????




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