LiteraryHuntress 16/08/2020
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"A vida é muito curta para ser gasta nutrindo animosidade ou registrando erros."
Jane é uma menina jovem e curiosa como todas as crianças de sua idade, ainda mais vivendo em torno de mentiras que sua tia alega serem a sua vida e ser atormentada por parentes que deveriam amá-la. Com isso, a pequena se vê entregue a permanecer escondida dentro do próprio mundo até ser enviada a um internato para garotas que, no futuro, seria a sua salvação, liberdade e, de certa forma, sua independência.
Alguns anos depois, Jane se torna uma das professoras do internato onde aprendeu e se dedicou, mas, cansada de viver na mesmice, coloca um anúncio no jornal local para aulas particulares pronta para deixar a vida pacata e, antes que perceba, “Thornfield” se torna o seu novo lar, junto a uma pequena garotinha francesa, Adele e a governanta da casa, Sra. Fairfax.
Mas, como tudo na vida de Jane não poderia ser tranquilo, Sr.Rochester entra em sua vida pronto para criar em sua mente e seu coração novas perspectivas, ilusões, desilusões e amor.
Jane Eyre foi uma leitura extremamente necessária; não sei explicar aonde ou quando a autora me amarrou à história - se foi no primeiro capítulo ou na primeira frase do livro - mas não queria mais largá-la.
Sendo uma obra considerada “semi autobiográfica”, as palavras e reflexões me faziam penetrar a fundo na obra.
O cristianismo é constantemente abordado no livro. Na verdade, é apresentado em níveis e perfis diferentes a cada personagem. Jane, assim como a própria Charlotte Brönte, era uma mulher avançada para a sua época falava de diversos assuntos, especialmente religioso, dando muita atenção à espiritualidade.
O romance do livro me arrebatou muito, aprendi demais com o casal sobre o amor e as suas diferenças, como o orgulho pode destruir algo especial e, principalmente, como tudo é mutável; que é possível mudar sim e se tornar alguém melhor pelo outro.
Este livro foi o terceiro clássico que li em 2020 e, com toda certeza, se tornou um dos queridinhos, mas o que mais me deixou extasiada foi que, mesmo sendo escrito em 1847, é uma obra atemporal que, até hoje, traz ensinamentos a sua maneira.
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