O Zero e o Infinito

O Zero e o Infinito Arthur Koestler




Resenhas - O Zero e o Infinito


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Marion 13/06/2023

Atrás das grades
O livro lembra muito das torturas e interrogatórios que existem no arquipélago gulag. O personagem passa todo o tempo atrás das grades e pouca coisa acontece. Baseados em fatos reais que mostram a crueldade do comunismo russo.
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Livrística 29/03/2023

Raso e mal escrito
Eu achei este livro tão ruim que, assim que terminei a leitura, tentei pesquisar mais sobre o autor e encontrar algo que justificasse uma escrita tão pobre e ideias tão superficiais ou, até mesmo, algo que me mostrasse que eu fiz uma leitura equivocada do texto...Infelizmente, não encontrei muita coisa além das informações biográficas que já vinham na orelha do livro e... publicações do finado Olavo de Carvalho no Twitter e no Facebook chamando Arthur Koestler de gênio e dizendo que lia e relia suas obras com prazer! Rs
Isso pra mim foi suficiente para corroborar minha opinião...
Este livro só irá agradar quem acredita na falsa dicotomia "nós x eu" , que sempre é associada à ideia de comunismo/socialismo ou pra quem acha que a experiência socialista significa viver num panfleto das testemunhas de Jeová rs... Se você que está lendo esta resenha sabe que o debate é muito mais complexo, nem perca seu tempo!
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Wanderley 17/01/2023

O choque entre o fanatismo dogmático e a liberdade de escolha
Nos dias conturbados de hoje, com supostas certezas assombradas por velhos fantasmas, as distopias literárias ficam particularmente atraentes. É o caso de “O Zero e o Infinito”, escrito pelo húngaro Arthur Koestler e publicado em 1941.

A obra alude, inequivocamente, e como denúncia, ao Partido Comunista na então poderosa União Soviética, com o personagem “Nº 1” fazendo o papel de Josef Stalin. Conta a derrocada de Nicolas Salmanovich Rubashov, um figurão na hierarquia partidária, herói revolucionário caído em desgraça após externar dúvidas sobre os rumos do “governo popular”. Preso, Rubashov passa a refletir sobre o papel das escolhas individuais diante de movimentos que consideram a História uma fatalidade ideologicamente inevitável.

A certa altura, Rubashov conclui: “O Partido rejeitava o livre arbítrio do indivíduo — mas ao mesmo tempo cobrava dele disposição para se autossacrificar. Rejeitava a capacidade de escolher entre duas alternativas — e ao mesmo tempo exigia que escolhesse constantemente a correta. Rejeitava seu poder de distinguir entre o bem e o mal — e ao mesmo tempo falava pateticamente em culpa e traição. (…) Em algum ponto havia um erro de cálculo; a equação não fechava”.

O título original do livro é “Sonnenfinsternis”, que de acordo com o Google Tradutor, significa “Eclipse Solar”. Na edição inglesa é “Darkness at Noon”, ou “Escuridão ao Meio-dia”. Mas confesso que foi o título da edição em português que chamou minha atenção. Há tempos eu flertava com “O Zero e o Infinito”.

Terminada a leitura, no meu entender, o zero identifica o fanatismo esquemático das doutrinas totalitárias, e o infinito é a sua antítese, a imprevisibilidade dos acontecimentos.

Koestler, vale lembrar, escreveu quando uma multidão de intelectuais via na experiência soviética o futuro e a redenção da humanidade, o que não aconteceu, pois a realidade não é esquemática como desejam os burocratas. Despertar de ilusões desse tipo é sempre doloroso, como Rubashov (Koestler) bem explicou::

“A última verdade é, penultimamente, sempre uma falsidade. Aquele que no final é considerado certo terá antes parecido errado e nocivo. Mas quem será considerado certo? Isso se saberá mais tarde. Nesse meio tempo, se verá forçado a agir à crédito e a vender a alma ao diabo, na esperança da absolvição da história”.

Arthur Koestler mostra que acima das ideologias sempre estará a capacidade individual de distinguir entre o certo e o errado. E que abrir mão dessa capacidade em nome de uma ideologia é, em si mesma, a prova disso.

site: https://wanfil.medium.com/o-zero-e-o-infinito-o-choque-entre-o-fanatismo-dogm%C3%A1tico-e-a-liberdade-de-escolha-16e482cf4f35
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Carlos531 26/11/2022

O zero e o infinito
Obra de Arthur Koestler que retrata um regime totalitário socialista que dizem inspirou George Orwell no livro 1984. Descreve os horrores que se passou durante o expurgo stalinista na Rússia onde milhares de pessoas foram assassinadas ou presas em campos de concentração por estar em oposição a Stalim, que no livro não é citado nominalmente mas como o número 01, onde a liberdade de pensamento e o individualismo é anulada brutalmente em prol do coletivismo. Esse Coletivismo ou socialismo, ou ainda comunismo que levou vários países ao fracasso econômico e social, como no caso da extinta União Soviética, Cuba, Coreia do Norte e também vários países da América do Sul que caminham rapidamente para esse mesmo destino. Boa leitura para o momento que estamos vivenciando aqui no Brasil e um alerta aos jovens para o que está por vir, antes que seja tarde demais.
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Diego 24/08/2022

Opressão
Este livro mostra uma visão interna da realidade de uma organização econômico-social que se propôs fortemente durante um período de nossa história e que até hoje alguns pensam em ressuscitar.
A absorção do indivíduo pelo ideal é bem retratada e apenas ao final é que o personagem principal, após atingir uma situação sem retorno, começa a questionar.
É diferente (não trata de distopia pois retrata algo que aconteceu), mas se trata de obra da mesma prateleira de ?1984?.
Roberta 28/08/2022minha estante
Bom saber.




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Pedraish 12/02/2021

Um livro marcante
Um livro polêmico para a época em que foi lançado e corajoso em sua mensagem, que baseado em experiências do próprio autor, demonstra sua desilusão com a URSS e com o Stalinismo.
O livro se passa durante o Grande Expurgo de opositores políticos que ocorreu 1936 e 1938 e acompanha um desses políticos, que embora seja chamado Rubashov, segundo George Orwell, "(...) poderia ser chamado de Trotsky, Bukharin, Rakovski ou alguma outra figura entre os velhos bolcheviques. " e acompanha sua prisão e interrogatório por crimes conspiratórias contra o partido.
A obra possui uma prosa incrível e um conteúdo melhor ainda e posso dizer com 100% de certeza que é um livro marcante para interessados nas políticas e ideologias apresentadas.
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Dan 07/12/2020

Obra prima da ciência política
Que trabalho fantástico desse escritor atormentado que tomou a arte como contestação de atemporalidade e fez a posteridade pensar no que realmente devemos uns aos outros.
Toda forma de tirania compra ou sequestra consciências em nome do totalitarismo.

Se a gente olhar pra Rubachov - personagem incrível; de cara vc tem a certeza de que tudo ali estava perdido.. sua dignidade é destruída e esmagada.
hj temos direito á liberdade individual e a participar da composição estrutural da ordem vigente...
Mas, e Rubachov? perde a FÉ naquilo pelo qual lutou boa parte de sua vida fundamentalmente por não enxergar "a terra prometida".. e num momento de elevado espírito em agonia ele faz alusão a Moisés, que lutou pra entrar na nova canaã, caminhar nela; mas.. que agora ta em cima do monte da transfiguração morto avistando sua eldorado.
É facil quando se tem essa garantia, mas Rubachov não teve! e o futuro se arrastou como disse George Orwell :

"uma bota pisoteando um rosto humano para sempre"
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MauricioKnevitz 13/05/2014

Este livro poderia facilmente valer como uma aula de história e consideraria sua leitura essencial para entender os Grandes Expurgos e a perseguição política no período stalinista da União Soviética, mas não é apenas isso que torna-o sensacional. A questão abordada no livro do conflito entre o indivíduo e o coletivo leva o leitor a pensar e até mesmo "encarnar" o personagem Rubashov durante a leitura, extremamente envolvente, rápida e direta. Totalmente sensacional.
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Serena 07/01/2011

“Trouxemos-vos a verdade e na nossa boca ela soava falso.
Trouxemos-vos a liberdade e nas nossas mãos ela se assemelhava a um chicote.
Trouxemos-vos a vida viva e onde nossa voz é ouvida as árvores murcham e há um farfalhar de folhas secas.
Trouxemos-vos a promessa do futuro mas nossa língua gaguejava e ladrava...”


“Devia-se pagar também por atos que tinham sido certos?
Haveria outra medida além da medida da razão?
Recairia porventura sobre o homem que tinha razão a mais pesada divida quando medido por esta outra dimensão?
Seria acaso sua dívida contada em dobro – por não saberem os outros o que faziam?”




Não sei nem o que dizer, há muito tempo um livro não mexia tanto comigo. li a última página hoje voltando do trabalho no onibus e mesmo sabendo que o final provavelmente seria aquele, queria muito acreditar que não, me deu um nó na garganta. É perfeito.
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cid 18/03/2010

O valor de uma vida
Rubachov diz " O partido nunca pode errar. Eu e o camarada podemos cometer um erro. O partido não. O partido, camarada , é mais do que eu e você e milhares de outros como nós. O partido é a corporificação da idéia revolucionária da história. Quem não tem fé absoluta na história não pertence as fileiras do partido". N.S. Rubachov ,velho bolchevique que ajudara a fazer a revolução é preso por atitudes contra-revolucionárias .O livro fala de seus últimos dias e lembranças, seu interrogatório , sua confissão e execução. Em quem Koestler pensava quando criou o personagem , certamente nos expurgos promovidos por Stalin , talvez em Nikolai Bukharin preso , julgado e executado.Koestler explica “Na equação social, o valor de uma vida é zero, na equação cósmica é infinito”. O zero e o infinito.
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Bell_016 07/10/2009

Merece 4 estrelas só por causa do último capítulo :"Ficção Gramatical"
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Geógrafo da Alma (Poeta) 31/05/2009

O livro para mim revelou muitas nuances, não apenas de um fanatismo político, por parte de seu protagonista. Mas todo o mal que pode representar a obdiência cega a qualquer regime ou idéia pré-estabelecida, visto que quando perdemos o nosso livre arbítrio, hoje podemos ser algozes e amanhã vitimas. Leitura muito interessante onde o leitor mergulha nas conjecturas e análises de Rubachov, personagem este que para mim ficará marcado.
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