Tata 21/03/2024
E ele, por esta subversão
Me fere, ele
Com seu arsenal de simulações,
As máscaras altas e frias de sua amnésia.
Como cheguei aqui?
Criminosa indefinida,
Morro com variedade infinita ?
Enforcada, faminta, queimada, pendurada.
Eu o imagino
Impotente como um trovão distante,
Em cuja sombra provei minha ração fantasma.
Quem dera ele fosse embora ou morresse.
O que é, parece, uma impossibilidade.
Ser livre. O que fariam as trevas
Sem febres para devorar?
O que faria a luz
Sem olhos para apunhalar, o que ele
Faria, faria, faria sem mim.