The Lake

The Lake Banana Yoshimoto




Resenhas - The Lake


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Alexandre Kovacs / Mundo de K 24/11/2014

Banana Yoshimoto - The Lake
Editora Melville House - Lançamento: 2012 - Tradução de Michael Emmerich - Lançamento original no Japão: 2005.

Neste seu último romance traduzido para o inglês, Banana Yoshimoto volta a trabalhar com delicadeza temas como amor e morte ao utilizar uma história romântica pouco convencional, narrada do ponto de vista da jovem Chihiro que se muda para Tóquio de forma a superar os momentos difíceis da doença terminal que levou à morte da mãe e iniciar uma carreira como artista gráfica. A protagonista sente algum alívio pela possibilidade do anonimato em uma cidade grande e a chance de iniciar uma vida normal já que na sua infância os pais não puderam ter um casamento tradicional devido ao preconceito da sociedade local e da reação da conceituada família do pai contra a mãe que era proprietária de um bar em uma cidade do interior.

Chihiro estabelece contato casual com o estranho Nakajima que também perdeu a mãe recentemente e, além disso, esconde um passado misterioso, aparentemente marcado por um trauma psicológico em seu passado. Ambos se apoiam mutuamente para superar as próprias perdas e passam a morar juntos no apartamento de Chihiro como amigos. O cotidiano dos dois é pouco comum porque Nakajima não consegue se relacionar sexualmente e vive em um mundo paralelo, inacessível a ela.

A identificação principal do casal é a própria inadaptação à sociedade japonesa que os cerca mas, no entanto, à medida que o relacionamento se fortalece com base na confiança crescente e que Chihiro e Nakajima desenvolvem seus projetos profissionais, ela sendo contratada para pintar um mural que chama a atenção da mídia para impedir a demolição de uma escola e ele estudando o seu complicado doutorado, relacionado com pesquisa genética, nasce um forte vínculo entre eles, principalmente da parte de Chihiro.

Com base nesta relaçao de confiança, Nakajima convida Chihiro a uma viagem ao campo para visitar Mino e Chii, amigos que conviveram com ele no passado em um local paradisíaco às margens de um lago. Neste ponto, Banana Yoshimoto desenvolve outro tema predileto em seus romances, a ligação entre o mundo visível e invisível, o efeito místico em seus personagens e na sua história. A viagem explicará a origem do sofrimento de Nakajima e a possibilidade de um futuro para o estranho casal.
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moonrxver 31/07/2023

Literalmente esqueci que o skoob existia gente, perdão. mas, em relação a esse livro, honestamente não faço ideia do que dizer e nem do pensar. fui dormir muda, acordei calada. e talvez um dia eu encontre as palavras e actually escreva uma resenha que preste ou que seja minimamente coerente.
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Pandora 28/06/2018

Eu nunca tinha ouvido falar em Banana Yoshimoto; fiz um teste literário "que livro você vai adorar desde a primeira página?" e deu "O lago". Li a sinopse, fiquei curiosa e comprei. Paralelamente, o desafio mensal de um dos grupos de que participo era ler um romance romântico, gênero do qual prefiro manter distância. A possibilidade de ler um romance não convencional entre dois jovens um tanto deslocados socialmente e de uma cultura bem diversa da nossa, me animou bastante. E posso afirmar que sim, é um livro que adorei desde a primeira página.

Chihiro é uma artista especializada em murais que nasceu no interior do Japão, de pais que nunca se casaram, pois a família de seu pai, tradicional, não aceitava o fato de sua mãe ser dona de um ritzy club, por mais chique que fosse. Este fato deixou uma mágoa profunda em Chihiro, que tão logo perdeu a mãe foi para Tóquio, na ânsia de ser uma anônima na cidade grande e não a filha ilegítima - embora reconhecida - que todos olhavam com preconceito. Já Nakajima é um rapaz super estudioso que se prepara para um PhD na área de biotecnologia, também perdeu a mãe - a quem era extremamente apegado - e que guarda um trauma do passado do qual não consegue falar, o que prejudica seus contatos sociais e sua vida romântica e sexual.

A forma como os dois se conhecem é inusitada e interessante: como são dois solitários, passam bastante tempo à janela. Morando em prédios próximos, se vêem e acenam com a cabeça. A comunicação evolui para pequenas frases que eles leem nos lábios um do outro até que passam a se encontrar na rua e por fim, após algum tempo, Nakajima começa a frequentar a casa dela, até que passam a morar juntos como amigos.

O lago do título refere-se a um lugar afastado e bucólico onde Nakajima passou uma temporada com sua mãe e para onde ele retorna com Chihiro a fim de visitar um casal de irmãos que foi importante para ele no passado. Aqui entra uma atmosfera mais mística, já que a irmã é uma espécie de sensitiva. É uma parte um tanto estranha da narrativa, um contraste à vida urbana, racional e agitada de Tóquio, mas isto só deixa tudo mais peculiar.

Pode parecer que eu contei a história toda, mas não. Não é um livro de acontecimentos, é uma reflexão sobre relações humanas, inadequação, pertencimento, amor, amizade e morte. E sobre um casal tentando se acertar no meio disso tudo.
otxjunior 28/06/2018minha estante
tem link do teste? rs



otxjunior 30/06/2018minha estante
"Extremamente alto e incrivelmente perto", de Jonathan Safran Foer


Mariana.Boeira 12/12/2019minha estante
Acabei de fazer esse teste e tive o mesmo resultado, haha. Parei aqui na tua resenha justamente porque também nunca tinha ouvido falar da autora ou do livro e fiquei curiosa. Já quero ler!




renni 11/11/2022

kafka a beira mar se os personagens fossem gente normal
foi um livro sobre a injustiça que a vida é e a justiça que é poder viver. é trauma atrás de trauma mas as vezes aparecem pessoas na vida que se encaixam nesse buraco que estava aberto.

sou apaixonada pela escrita da Yoshimoto e como ela me faz sentir com tudo o que escreve. nesse livro eu não consegui me aproximar dos personagens como costumo conseguir. me relacionei com muita coisa que a Chihiro falou mas não consegui sentir o peso de toda a história. mesmo o passado do Nakajima sendo revelado todo ali simplesmente fiquei bem ??? ainda mais quando a Chihiro fez o paralelo com a arte dela kkkkk

achei que teria mais desse lance de espiritualidade já que toda aquela parada na casa do lago foi super interessante e legal mas acho que ficou por isso. mas tá bom né, ninguém acerta toda vez. Yoshimoto-san continua uma querida!
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Beatriz.Varela 08/01/2023

The Lake - Banana Yoshimoto
Chihiro nasceu de um relacionamento não convencional entre seus pais, que não eram casados nem moravam juntos, mas se amavam. Assim que tem uma oportunidade, se muda para Tóquio, onde está livre do julgamento que sofria em uma cidade pequena. Enquanto se recupera da morte de sua mãe, vai se aproximando de um jovem que costumava ver pela janela de seu apartamento, Nakajima. Ele aparenta ter sofrido um trauma muito grande em sua infância que influencia seu relacionamento com Chihiro, mas permanece um mistério até o fim do livro. É sobre duas pessoas aprendendo a lidar com seus traumas e ao mesmo tempo tentando não atrapalhar muito a jornada de seu parceiro. A Banana Yoshimoto tem esse jeito mágico de misturar sonho e realidade criando uma atmosfera que torna histórias simples em um livro fantástico.
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