Em Defesa da Comida

Em Defesa da Comida Michael Pollan




Resenhas - Em Defesa da Comida


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Gabi Machi 27/04/2020

O livro me chamou a atenção por ser um tema que eu amo e estudo há mais de 10 anos: alimentação. E o começo do livro cumpre o que promete: defende a comida e a alimentação tradicional como formas de manter uma dieta e estilo de vida saudáveis. Eu concordo plenamente com esse preceito básico do livro... com o passar dos anos, estamos nos alimentando cada vez pior, mesmo com tanta informação disponível, e estamos nos acercando cada vez mais do estilo de vida americano, baseado na comida rápida, barata e com baixo valor nutritivo.

No entanto, eu, como cientista dos alimentos, me incomodei com a forma como o autor descreve todos aqueles que ele chama de "cientistas da nutrição". Realmente grande parte das descobertas científicas são financiadas por grande empresas alimentícias e tem que ser vista com um olhar crítico, porém criticar os estudos e métodos científicos existententes sem propor algo novo não é construtivo.

Na última parte do livro, seus conselhos se baseiam em "senso comum", mas ele também cita alguns estudos que são do seu interesse e comprovam sua teoria. Levar em consideração apenas os estudos que estão de acordo com o seu ponto de vista não é senso comum, é usar a informação ao seu favor... e isso contradiz sua fala de que toda a ciência da nutrição não traz benefícios para a saúde em geral.

O livro é válido para refletir sobre a forma que nos alimentamos e nos relacionamos com a comida. Não concordo com muitas partes escritas, mas acredito que vale a pena a reflexão que o livro propõe. Como todo e qualquer estudo sobre a alimentação, este livro não deve ser tomado como uma bíblia ou um guia definitivo de como comer bem.

Minha recomendação? Leia, mas com um olhar crítico
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pirla 22/05/2011

1ª parte - A ERA DO NUTRICIONISMO
Na introdução do livro, Pollan faz uma revisão sobre o histórico da alimentação. Mostra principalmente as mudanças que ocorreram no modo de se alimentar e na qualidade desta alimentação ao longo dos anos.

Parte 1 - A Era do Nutricionismo

O autor, nesta primeira parte do livro, conta mais detalhadamente sobre muitas mudanças que ocorreram e continuam a ocorrer em relação à comida. Fala um pouco sobre a descoberta dos nutrientes e o surgimento do Nutricionismo. De alguns anos para cá, os cientistas introduziram os conceitos de poliinsatuados, saturados, antioxidantes, vitaminas, fitoquímicos, probióticos, proteínas, carboidratos, dentre outros. Foi entao que o começaram a fazer parte do espaço cultural previamente ocupado pela comida, como um todo.

O termo “nutricionismo” (nutrição + reducionismo) surgiu após o boom dos alimentos modificados. Buscava-se (e até hoje isso acontece) escolher um nutriente favorito, e conferir-lhe características determinantes de saúde ou insalubridade ao invés de fazer uma análise do alimento íntegro.
Este ritual acaba por promover modas e fobias alimentares. Acontece uma guerra entre nutrientes.

No mercado, o nutricionismo vem atuando como um promotor do sucesso de vendas dos alimentos “imitações”, aqueles que tentam ser alimentos comuns acrescidos de nutrientes “saudáveis”, ou reduzidos em gorduras, açúcares, calorias. É ele que fornece justificativas para os alimentos processados deixando implícito que alimentos modificados pela ciência podem ser mais saudáveis do que os originais. Um exemplo claro e clássico é a margarina, sintética e que chegou no mercado como um substituto saudável da manteiga.

A tentativa de adicionar às embalagens e propagandas o termo “imitação” aos alimentos que sofrem esses processos científicos foi reprimida; a lei foi eliminada pelas indústrias, e certamente, isso seria uma confissão de adulteração e inferioridade que não interessava aos grandes industriais.
Já tivemos a época da exaltação da proteína, das fibras, das gorduras, e sabemos que isso se reverte ao longo dos tempos.

Um outro ponto-chave discutido nesta primeira parte do livro foi a transferencia da autoridade sobre o cardápio nacional. Antes, a tradição e o hábito ditavam a mãe como promotora da alimentação saudável dentro do lar. Hoje em dia, esse papel ficou com a ciência, que consegue até mesmo manipular o modo de se alimentar e o que pensamos sobre a alimentação.

Apesar das descobertas da ciência observamos um paradoxo. Antes, os índices de obesidade e doenças crônicas eram muito inferiores aos de hoje. E hoje, que temos a ciencia nos ditando o saudável e o prejudicial, esses índices são a cada dia, maiores. A alimentação está se voltando para a ciência, e está se perdendo o motivo social e emocional de uma refeição.A identidade cultural está se dissolvendo, as pessoas estão desenvolvendo uma ortorexia nervosa – preocupação exagerada com a alimentação saudável, e incapacidade de usufruir do prazer da alimentação sem culpa ou neurose.

De nada adianta a ciência descobrir funções de nutrientes isolados, como está fazendo até hoje. O importante é saber como esses nutrientes interagem quando em conjunto com outros, como parte de um todo, complexo, que é o alimento ou a combinação deles. Além disso, hábitos de vida, ambiente e características individuais fisiológicas/emocionais também influenciam na resposta do organismo à comida. Ninguém come um nutriente; comemos alimentos. E defendê-los foi o intuito de Pollan neste livro.
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Fabi 25/06/2021

Em defesa da comida
Eu adorei o documentário COOKED do Michael Pollan na Netflix e foi por esse que o conheci.
Apesar do livro ter algumas informações datadas e olharmos com cuidado quando ele duramente critica alguns avanços na área alimenticia, eu me identifico muito e acho interessante o movimento do "comer comida de verdade" - especialmente para nós, brasileiros, que quando olhamos para nossa cultura, encontramos muitas frutas, verduras, legumes e grãos, frescos, sendo consumidos sem rótulos "low carb" "dieteticos" etc...
O livro reforça a importancia ambiental de diminuir o consumo de carne, além dos impactos da nossa própria saúde e fazer escolhas melhores. Não necessariamente viver de dietas da moda, mas comer bem, saborear o que se come e em menores quantidade.

Como ele diz logo na primeira página: Coma comida. Não em excesso. Principalmente vegetais.
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10/02/2021

Em defesa da comida
Uma ótima crítica ao capitalismo: mesmo sem falar com essas palavras, o livro inteiro nos mostra como esse sistema é voltado apenas para gerar lucro independete dos meios. Michael Pollan apresenta de forma simples e clara as consequências que estamos enfrentando por conta da vulgarização da comida e do ato de comer, passando pelas doenças de saúde e traçando a relação da indústria do nutricionismo e do incentivo ao consumo dos alimentos ultraprocessados com a indústria farmacêutica. Nos lembra da importância de comer comida e não coisas comestíveis: "...Um alimento é mais que a soma de seus nutrientes..."
Kalinefeijó 11/02/2021minha estante
QUE LINDO VO CHORAR


12/02/2021minha estante
Aaaaaa você vai AMAR esse livro amigaa!!




Keilizie.Santaroza 05/03/2024

O livro não é ruim, mas parece que o autor está caçando briga e a qualquer momento vai sair no braço inclusive com o leitor hahaha

O assunto também fica um pouco massivo e repetitivo, mas dá pra levar a leitura até o final.
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Patricia 06/05/2022

Nos últimos tempos transformamos a comida em vilão, sendo que não é (por isso o autor vem em defesa da comida). A comida de verdade é necessária, é saudável e é combustível pro corpo.

A primeira frase desse livro é: ?Coma comida. Não em excesso. Principalmente vegetais.?.
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Juliano Bertoldo 16/05/2016

Uma visão clara do que comemos e os seus benefícios ou não....
O livro se seguido após a leitura do Dilema do Onívoro oferece ao leitor um conjunto de reflexões sobre o que consumimos diariamente. Na verdade após a leitura das duas obras, certamente nosso paladar irá melhorar. Recomendo a todos!!!
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Kammler 24/02/2022

Coma Comida (de verdade)
Michael Pollan foi cirúrgico nesse livro. Resgata o fundamento da alimentação saudável: comer comida.

É uma excelente obra, que eu não necessariamente recomendaria para pessoas 100% leigas no assunto, mas que recomendaria para pessoas que possuem um interesse em repassar conhecimentos relacionados ao tema.

O que torna o livro somente 4.5 e não 5 estrelas são esses dois fatos: uma linguagem de certa forma densa demais para o público geral, e alguns conselhos que não me parecem tão aplicáveis à contemporaneidade - nem todos tem acesso aos alimentos ?de verdade?, e sinto que negligência um pouco algumas realidades.

Uma boa leitura, principalmente para estudantes da área da saúde e nutricionistas.
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Mari 27/01/2022

Reflexão importante.
No geral, eu gostei muito da reflexão sobre o nutricionismo, sobre a mídia em cima dos alimentos e a tentativa das grandes empresas de conservar mais os alimentos na prateleira, para ter maior lucro em grandes quantidades e como isso está levando a população em geral a ter uma alimentação nada saudável. O que me irritou um pouco na leitura e sou da opinião: É fácil criticar quando não é o seu trabalho! A crítica do autor sobre as pesquisas científicas, eu já trabalhei nesta área durante a faculdade e pós-graduação e eu sei como é difícil para obter os resultados. Não é uma área fácil, mas cada vez mais os pesquisadores estão aprimorando seus trabalhos. Gostei muito das dicas finais do livro e no geral gostei muito do conteúdo e informações prestadas. Indico para quem quer se convencer ou convencer alguém a reduzir alimentos processados ou para quem nunca refletiu sobre o assunto.
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Tony 21/04/2020

Comida
Mais parece um artigo de jornal, as vezes com poucas referências...
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Irineu 18/08/2020

Incrível!
Iniciei a leitura sem grandes pretensões, o meu desejo era apenas conhecer mais sobre a comida e utilizar meus aprendizados de maneira prática. Com a leitura, acabei esbarrando com outras inúmeras descobertas.

Já ouvi amigos falarem sobrar as relações entre a comida, o ambiente, produtores, consumidores e cadeia alimentar, mas nada tão introdutório e abrangente quanto vi no livro. A obra se propõe a desmistificar o nutricionismo, ideologia ocidental que trata dos alimentos considerando apenas seu valor nutricional.

Em sua generalização, o nutricionismo assemelha alimentos naturais a falsos alimentos produzidos em laboratório. Dessa forma, uma pílula com x quantidade de vitamina c teria as mesmas propriedades de uma laranja colhida do pé com a mesma quantidade de vitaminas, desconsiderando todas as relações entre macro e micronutrientes presentes na fruta, muitas delas ainda não descobertas pela ciência.

A redescoberta dos fatores culturais e humanos ligados às dietas também fazem parte das surpresas do livro. Recomendo para todos que buscam remodelar a forma como veem e tratam o alimento. Espero que a leitura seja tão gostosa quanto foi pra mim.

Bom apetite!

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Renata 30/11/2020

Li esse livro de pulos em pulos esse ano. Comecei a leitura por volta de maio. Com o início da quarentena meu amor por comer foi se transformando em amor por comida através da minha politização em torno do tema. Entre os capítulos do livro, os períodos onde ficava semanas sem pegar nele, ouvia podcasts, vi séries e documentários, conheci iniciativas locais de cestas orgânicas, li mais sobre o MST e muito sobre crise climática.
Comer bem é uma questão política e econômica ampla. Tem a ver com direitos básicos e a nossa alimentação ruim e saúde pior é causada em parte pelas mesmas causas do aquecimento global. Este livro trata disso somente pontualmente.
Ele se dedica a falar sobre as transformações recentes no padrão alimentar ocidental e como ciência e indústria da alimentação lidam com isso. São interessantes os recortes que ele faz, os dados que ele põe em interlocução, textos e políticas públicas que ele recupera. O problema é que este também é o porém do livro: como ele se dedica a mostrar os defeitos nos métodos usados pelos nutricionistas, suas escolhas ruins de hipóteses e certos olhares viciados, eu comecei a me perguntar se ele também não estava fazendo seleções problemáticas em suas leituras e interlocuções. Principalmente em dados que ele correlaciona. É um livro de divulgação, afinal de contas, então posso estar querendo demais, mas acho que caberia ele ter dedicado mais tempo a discutir a metodologia que ele concorda e adota pra si também. (Isso também é uma pessoa que vive em tempos de negacionismo científico pensando em como criticar a ciência sociologicamente sem dar espaço para terraplanismo.)
Definitivamente é uma leitura que vale a pena. Assim como ele nos treina para olhar com ceticismo os rótulos e as grandes afirmações da indústria de ultraprocessados, acaba também nos treinando a ler ele com atenção. E é um livro honesto: cita relatórios, nomes e datas, podemos ir atrás de tudo que é citado. Este é mais honesto intelectualmente que um texto pode ser. Vale a pena como livro de entrada para pensar questões de alimentação e política assim como para começar a mudar os hábitos alimentares.
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Lodir 16/03/2011

Todos os dias descobertas da ciência da nutrição são anunciadas nas capas dos jornais, nas notícias dos telejornais e em programas especializados. Tornou-se comum no jornalismo a necessidade de divulgar novas propriedades dos alimentos e novos benéficos, que aparentemente antes eram inimagináveis para a comunidade em geral. Com tantas notícias sobre o que comer e o que não comer, é comum o cidadão comum se sentir perdido no meio de tanta informação, tanto na imprensa quanto nos supermercados.

O livro “Em Defesa da Comida”, que trata justamente disso, é divido em três partes. A primeira tem como intenção introduzir o leitor à história do nutricionismo, a ciência da nutrição. Nos primeiros capítulos, então, Pollan descreve como nasceu a vontade do homem em estudar os alimentos que come, desde os primórdios até os dias de hoje. É de longe a parte mais cansativa do livro, já que, na verdade, trata-se de história. Não deixa de ser, no entanto, interessante.

A segunda parte fala, de fato, sobre as pesquisas do autor e suas conclusões sobre a nutrição. O título do livro se refere ao manifesto de Pollan em defender a comida de verdade, aquela que é plantada, cultivada ou caçada, e não o que lota os supermercados, ou seja, comida industrializada. Para ele, esses alimentos se quer podem ser chamados de “comida”, já que, de tantos aditivos químicos, são apenas substancias comestíveis. Essa parte é a mais interessante, pois o escritor faz uma grande análise da evolução ao longo dos séculos e principalmente da última década da forma como o homem se alimenta. Ele traz grandes alertas que realmente nos faz pensar sobre diversos aspectos que se tornaram normais, mas duvidosos.

Entre as mais interessantes constatações do autor, por exemplo, está a alerta de que, por trás da ciência da nutrição, existe uma indústria que está muito interessada em ganhar dinheiro com ela. Há três personagens aí: os cientistas (que precisam fazer descobertas todo o tempo), a indústria da alimentação (que precisa criar produtos com novos benefícios) e os jornalistas (que precisam dar novas notícias sobre alimentação e saúde). Dessa forma, o livro leva o leitor a uma reflexão sobre o que anda lendo. Será que podemos confiar mesmo em todas as notícias sobre alimentos que lemos todos os dias? Ou será que elas são frutos de um mecanismo para ganhar dinheiro?

A última parte do livro se assemelha muito a outro livro do mesmo autor que já li, chamado “As Regras da Comida”. O objetivo dessa parte final é apenas emitir “dicas” sobre alimentação, com base em todas as informações do livro. São bem interessantes. O autor aconselha, por exemplo, a não consumir produtos com mais de cinco ingredientes ou que tenha algum deles com nome impronunciável, como costumamos ler nos rótulos. Ele também pede que o leitor fuja no supermercado de qualquer produto que sua avó não reconheceria como comida. Há várias outras “regras” sugeridas, todas muito interessantes e que fazem todo sentido.

“Em Defesa da Comida” está longe de ser um livro de dieta ou qualquer classificação parecida. É um excelente livro sobre nutrição, e mais especificamente sua história e as lições que podemos tirar dela. É uma obra que, ao terminá-la, deve fazer o leitor pensar de uma forma bem diferente sobre tudo que envolve o assunto alimentação e, se tudo der certo, adquirir novos hábitos.
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Mel 10/02/2013

Não como nada que sua avó não consudere comida! Essa é uma das frases que me marcaram...Porque é realmente isso na prática! O livro é intenso e questiona nossa alimentação com riqueza em pesquisas científicas. Nos faz rever nosso conceito sobre alimentação, e consegue!! E ainda nos dá dicas de como se alimentar da melhor maneira possível. Eu adorei!
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pricamila 25/11/2013

Novidade!
Esse livro mudou totalmente a minha vida ao mostrar a diferença entre coisas comestíveis e o que é comida realmente. Não como nada que não seja nutritivo. Essa é a chave da saúde.
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