Toda Poesia de Augusto dos Anjos

Toda Poesia de Augusto dos Anjos Augusto dos Anjos




Resenhas - Toda a Poesia de Augusto dos Anjos


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re.aforiori 24/06/2021

Augusto dos Anjos, um poeta absolutamente atual
Augusto dos Anjos é considerado nosso único poeta pré-modernista.

Augusto é um dos mais originais de todos nossos poetas, e, sem dúvida, o mais exótico.

Augusto usa muitas vezes de uma linguagem cientificista; logo em seu extenso poema que inicia o livro ?Monólogo de uma sombra?, me deparei com vocábulos de botânica, totalmente inusitados. Neste, como em outros poemas, cheguei a me perceber, debruçado na página, esmiuçando verso por verso, estrofe por estrofe, para depois reler o poema por completo e só assim me dar por satisfeito.

Entre tudo que li até hoje de poesia, confesso, que Augusto foi um dos poetas que me fez mais recorrer ao dicionário.

No entanto, a temática de Augusto é sempre, extremamente, pessimista (devido a sua enorme influência com a filosofia de Schopenhauer e a poesia de Baudelaire); melancólica, sendo, às vezes, telúrica ? outras, etérica; e fala muito frequentemente sobre a morte.

Apreciemos este interessante trecho do erudito estudo crítico de Gullar, no qual ele compara a morte para Augusto dos Anjos, com a morte para João Cabral:

?É curioso observar como estes dois ?poetas da morte? reagem literalmente diante do tema: o universo metafórico de Augusto se alimenta da podridão, dos vermes, da noite, do luto, do carvão, dos signos zodiacais, da superstição; o de João Cabral, da calcinação,
da aridez, do ossuário, da calviva ? a morte diurna. Os mortos de Augusto apodrecem e fedem; os de João secam, viram cal; Augusto fala de sua própria morte; João, da morte dos outros.?

E esta temática da morte, muito presente na obra de Augusto, fez-me lembrar de outro poeta que também muito abordou este tema em sua obra, o modernista Manuel Bandeira, que diz em um de seus versos mais famosos: ?Eu faço versos como quem morre.? Devido a tuberculose diagnosticada, aos 18 anos, Bandeira escrevia realmente como quem ia morrer a qualquer momento. E pelo fato de sofrer muitas perdas em sua vida, como a morte de seus país, em uma curta diferença de tempo, isto também influiu para que este tema estivesse imerso em sua obra.

Em contrapartida, além de Augusto dos
Anjos usar de um vocabulário muito rebuscado, o que mais apreciei em sua poesia, sobretudo, foi a forma, a estética ? utilizada não apenas em seus sonetos, quanto em seus poemas longos ? amiúde tecida de rimas muito ricas e esmeradas, e uma métrica rigorosamente estruturada, inspirada na poesia parnasiana e simbolista.

Seus poemas são muito bem ritmados; raramente se usa de rimas forçadas. Há um ritmo harmonioso e de pura sofisticação.

Augusto publicou apenas um livro em vida, entitulado ?Eu?; e este poeta que tanto falou sobre a morte, morreu precocemente aos 30 anos de idade, vitima de pneumonia.

Depois de sua morte, foram descobertos outros poemas de sua autoria, os quais, junto com os poemas contidos no livro ?Eu?, compõe esta obra.

Entretanto, hei de dizer que foi uma leitura árdua, em algumas partes, porém muito enriquecedora, edificante e prazeirosa, e que me trouxe um grande retorno vocábulo.

A obra de Augusto dos Anjos ? este poeta que foi incompreendido e ignorado pela crítica de sua época ?, mas muito elogiado e reconhecido, logo depois, pela crítica e pelos poetas modernistas (e sempre célebre entre o público leitor), se mostra absolutamente atual nos dias de hoje.

Contudo, só tenho de recomendar a leitura da obra desde nosso grande poeta. ??

E, para finalizar, eis um trecho, que é apenas o início, do já citado poema
?Monólogo de uma Sombra? (poderia escolher muitos outros; inclusive poemas, até mesmo, mais belos ? que constam no meu histórico de leitura; mas este eu o reli tantas vezes, que não poderia mencionar outro; e recomendo que se procure lê-lo, na integra, para se ter o feeling do que quis dizer...)

Segue, enfim:

"Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!

A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
A saúde das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!

Pairando acima dos mundanos tetos,
Não conheço o acidente da Senectus
? Esta universitária sanguessuga
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!
(...)?


??
Carolina.Gomes 25/06/2021minha estante
??????




KDaisies 14/01/2024

Um compilado dos poemas mais desgraçados que você lerá!
Eu sou suspeito para falar de Augusto dos Anjos. A primeira vez que li um poema dele ( O morcego) foi por puro acaso, quando achei um livro sem capa, jogado no lixo NO MEIO DA RUA. Eu imediatamente me apaixonei. A poética melancólica, dando indícios do naturalismo, traz elementos químicos e físicos para nos conectar com nossa organicidade ao mesmo tempo que fala de nossos sentimentos mais profundos, imateriais, abstratos e oníricos! A presença da morte, constante em sua poética, pode ser sentida, adorada, reverenciada, mas nunca temida. É um alivio do terror da existencia e o expressionismo que pode aproximá-lo de um movimento pré-moderno, também o aproxima do simbolismo (sem considerar que sua métrica é indubitavelmente perfeita, o que o aproxima dos parnasianos, mas apena por esse aspecto).
Nada na poesia dele é superficial. Eu indico esse livro para todas aquelas pessoas que, como eu, são apaixonadas por poesia e mais ainda pela melancolia.
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Léo 25/09/2023

Augusto dos Anjos em sua breve vida conseguiu ser um poeta que falava com o etéreo de forma muito bonita e muito natural, todos os seus poemas do eu e seus textos no fim da vida, mostram o quanto esse pequeno e, por vezes, esquecido poeta, foi um escritor que sempre nos convida a reflexões profundas.
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Vanessa.Coimbra 20/02/2020

Muito bom
São poemas não muito fácies por causa do seu vocabulário científico porém são muitos bons entre meus preferidos estão Psicóloga de um vencido são poemas que merecem ser relidos várias vezes.
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Miguel 20/12/2023

"Escarra nessa boca que te beija"
Sou fascinado pela poesia de Augusto dos Anjos desde os tempos da escola. O tom mórbido de seus versos somado com as referências científicas cativavam (e cativam) minha atenção. Infelizmente não é o tipo de poesia que você pode chegar recitando pra qualquer um... Ao menos que você queria ver uma careta haha
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Joao 12/03/2023


Augusto dos Anjos é tão cultuado que acho que poucas pessoas o compreendem realmente. Esquecem da sensibilidade, da solidão em suas palavras. Conforme você o lê você passa a retirar aos poucos o verniz velho que é colocado sobre ele e você descobre uma pessoa que colocou no papel seus sentimentos.
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Mr.Sandman 15/09/2023

Poesia aos Vencidos
A poesia de Augusto dos Anjos é assustadora. Te oferece um encanto e um fascínio por temas mórbidos e escatológicos. As poesias são quase como declarações ao divino de uma tristeza absoluta das coisas. De um fatalismo na morte e na decadência. Tudo para Augusto dos Anjos parece fadado a morrer em tristeza, sendo exterminado pelos vermes, observando tudo virar pó numa noite onipresente. Para além desses temas, as poesias cultivam uma estrutura rígida. São organizadas sempre com uma sonoridade muito característica e muito bem construída e quase sempre com uma escolha de vocabulário bastante preciosista. Em certos momentos, tenho a sensação de ler um texto acadêmico de uma área que nada tenho a ver. Isso me trouxe um distanciamento em inúmeras ocasiões. Por mais que a riqueza dos textos venha em grande medida por virtude desse vocabulário rebuscado, é esse mesmo vocabulário rebuscado que se repete na grande maioria dos textos que sufoca o significado pretendido. A sensação da morte que habita tudo parece que se recolhe para o saber de poucos.
Por mais que eu considere um problema, não é o suficiente para tirar qualquer mérito do autor em sua excelência de produzir fascínio. Muitas vezes a dor existencial bate na porta e Augusto dos Anjos sabe dar face aos sentimentos que essa angústia traz. Ele dá fluidez aos percalços sombrios da alma e uma certa beleza à decomposição das esperanças. A leitura pode te trazer essa elucidação...mas também gerará novas angústias. Angústias humanas, eternas e etéreas, que sempre irão acompanhar as jornadas dos seres humanos. Os vencidos. Vencidos pela falta de verdade. Vencidos pela falta de amor. Vencidos pelo fim natural de todas as coisas. Augusto vai criar a psicologia desses Vencidos e dar monólogos às sombras. Oremos ao Deus-Verme para que sua ciência seja exata.
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Yussif 16/05/2012

Augusto dos Anjos foi um poeta brasileiro pré-modernista que viveu de 1884 a 1914. Sua obra “Eu e Outras Poesias”, foi publicada dois anos antes de sua morte.

Suas poesias trazem marcantes sentimentos de pessimismo e desânimo, além de inclinação para a morte. Com relação à estrutura, pode-se dizer que suas poesias apresentam rigor na forma e rico conteúdo metafórico.

Morreu ainda jovem (em 1914) devido a uma enfermidade pulmonar, deixando para trás suas carreiras de promotor público (formou-se em Direito em 1906) e de professor, além de sua única e marcante obra.
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Marcos Pinto 25/04/2016

Maravilhoso!
Meu primeiro encontro com Augusto dos Anjos aconteceu no ensino médio; foi amor à primeira vista. De forma instantânea, encantei-me pela forma diferenciada e original que Augusto trazia para os seus versos. Depois de desbravar os românticos, os parnasianos e simbolistas, ler trechos do livro Eu foi como uma brisa de novidade. Então, ao ter a oportunidade de conferir toda a obra do autor, prefaciada por Gullar outro escritor que eu amo , mergulhei fundo. Felizmente, saí revigorado; essa, sem dúvidas, está entre as melhores leituras que fiz até agora em 2016.

A escrita de Augusto dos Anjos é esmagadora e apaixonante. Sim, a leitura é densa, complexa, profunda, mas totalmente prazerosa. O autor possui um jeito único, até por isso é considerado um dos poetas brasileiros mais originais. Encontramos na obra uma melancolia profunda, versos reais e dolorosos, uma métrica invejável e sentimentos exacerbados. Ademais, o fato de o autor ter sido um acadêmico traz para sua escrita um elemento novo: a cientificidade. Seus textos possuem elementos científicos, termos filosóficos e culturais. Isso faz com que seus versos exijam mais do leitor; porém, é nos desafios que somos verdadeiramente agraciados.

Contudo, vale ressaltar, a escrita de Augusto dos Anjos não deve ser confundida com a dos parnasianos, por exemplo, e nem com a dos simbolistas. Apesar de usar palavras mais incomuns e prezar pela métrica em alguns de seus textos, o autor passa longe do ideal de tais escolas literária. Em primeiro lugar a escrita do autor, apesar de ainda rebuscada, é muito mais próxima do leitor do que as dos parnasianos. Os temas tratados e a forma quase sepulcral da escrita também diferem totalmente das supracitadas escolas. Assim sendo, Augusto aproxima-se muito mais do modernismo do que das escolas anteriores. Isso, sem dúvidas, deixará seu texto mais aprazível para quem lê.

Quanto à edição da obra propriamente dita, tenho apenas elogios. Além de trazer a poesia completa do autor, ainda conta com um prefácio crítico perfeito. Para quem nunca leu nada de Augusto, ou até mesmo para quem já leu e quer se aprofundar, o texto ali contido é excelente. Temos uma visão da vida de dos Anjos e dos elementos que podem ter influenciado a sua escrita. Gullar também faz um estudo da obra, apresentado as principais características e mostrando o motivo do autor ser tão adorado. Ademais, a parte física está maravilhosa: temos folhas de papel pólen, uma fonte em bom tamanho e espaçamento adequado. A revisão e o trabalho com texto estão no nível José Olympio de qualidade: altíssimo.

Assim sendo, diante dos aspectos abordados no presente texto, resta-me indicar veementemente a obra. Leia! Augusto dos Anjos é essencial e deve estar na estante e nos corações de todos os leitores brasileiros.

Se você ficou curioso sobre a obra, deixo, abaixo, algumas poesias e trechos:

Psicologia de um vencido (p. 94)
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância ...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme esse operário das ruínas
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra.


Trecho do texto Idealismo (p. 123)
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
Alavanca desviada do seu fulcro

E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!


Trecho do texto Versos de Amor (p. 166)
Parece muito doce aquela cana.
Descasco-a, provo-a, chupo-a... ilusão treda!
O amor, poeta, é como a cana azeda,
A toda a boca que o não prova engana.

Quis saber que era o amor, por experiência,
E hoje que, enfim, conheço o seu conteúdo,
Pudera eu ter, eu que idolatro o estudo,
Todas as ciências menos esta ciência!


Versos Íntimos (p. 179)
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de sua última quimera.
Somente a Ingratidão esta pantera
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/04/resenha-toda-poesia-de-augusto-dos-anjos.html
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Simeia Silva 04/05/2016

Denso e bonito
Desde bem nova sempre gostei de ler livros de poesias, contos e crônicas. Mas nada tão melancólico e pra baixo como os textos de Augusto dos Anjos. Os textos dele pareceram para mim complexos e densos, beirando a melancolia, aos sentimentos que pulsavam em sua alma enquanto ele escrevia cada linha de cada poesia.

Os sentimentos descritos por ele em cada texto, são cheios de sentimentos bem marcantes que nos saltam aos olhos. Mágoa, rancor, pessimismo, tristeza, desânimo, a morte, estavam bem intrincados em cada poesia escrita por ele. Senti presente em alguns momentos ou vários deles, que a vivência e o cotidiano do autor estavam entrelaçados aos sentimentos descritos por ele.

Achei a escrita bem rebuscada comparando com outros livros no mesmo segmento e de escritas menos densas que já li. Mas mesmo assim gostei da experiência de ter em mãos uma edição completa de todo o trabalho do auto. Para vocês terem uma ideia, tem poesias nesse livro que foram escritas em 1907 cara, e as primeiras 58 poesias publicadas por ele também contidas nesse livro, foram conhecidas em 1912. Tipo, eu nem pensava em nascer ainda. É um exemplar que guardarei comigo, gostei bastante e com certeza em uma releitura o aproveitarei melhor.

Indico aos amantes da boa poesia, cheia de sentimentos conflituosos e intensos.

Quanto a diagramação eu só tenho a elogiar, a capa está simples mas bonita, as folhas são amareladas, letras em tamanho bom para leitura e sem nenhum erro ortográfico. Tudo lindo e impecável.


site: www.sentaaileitor.com.br
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ricardo_22 05/05/2016

Resenha para o blog Over Shock
Toda poesia, Augusto dos Anjos, 5ª edição, Rio de Janeiro-RJ: José Olympio, 2016, 320 páginas.

A leitura de uma obra poética é uma experiência rara em minha vida de leitor, e nem posso dizer que é por falta de interesse, mas de tantos poetas que poderiam ser escolhidos neste momento, Augusto dos Anjos não seria uma das primeiras opções. Na verdade, estaria bem longe disso, no entanto o lançamento de uma nova edição de Toda poesia de Augusto dos Anjos não poderia passar despercebido.

Já em sua 5ª edição, a obra possui poemas de “Eu” (1912), o único livro do autor publicado em vida, e também uma série de poemas não reunidos por ele em um único volume. Além disso, um estudo crítico escrito pelo poeta Ferreira Gullar serve como auxílio para o entendimento da obra, das escolas literárias das quais o autor participou e, querendo ou não, até o contexto histórico e social do início do século XX.

Um dos pontos que merecem ser ressaltados, conforme também aconteceu no estudo supracitado, é a forma concreta com que Augusto dos Anjos fala sobre os sentimentos e vai além ao relatar também acontecimentos do seu cotidiano. Suas palavras muitas vezes podem ser de difícil compreensão, porém carregam a profundidade de sua alma e o resultado são surpresas encontradas a cada novo verso, seja por sua qualidade literária ou pela qualidade humana.

Tudo isso revela detalhes do contexto literário, ou seja, o movimento em que a obra se encaixa, ainda que até hoje gere opiniões contrárias em relação a isso. Enquanto alguns classificam a obra como pré-modernista, outros destacam as características herdadas do simbolismo e do parnasianismo, em especial pelo provável resgate ao modelo poético clássico. A leitura da obra deixa claro que todas as possibilidades fazem total sentido.

E mesmo deixando os debates aos críticos, é inegável o fato de que o poeta paraibano quebrou paradigmas e contribuiu para uma revolução na obra poética dos brasileiros da época. Em compensação não se pode descartar o fato de ter sido necessário um longo tempo até que os críticos passassem a reconhecer o valor da curta, porém riquíssima trajetória de Augusto dos Anjos, marcada por, entre outras coisas, rimas ricas e inusitadas.

site: http://www.overshockblog.com.br/2016/05/resenha-382-toda-poesia-de-augusto-dos.html
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Rafa 07/05/2016

Toda poesia de Augusto dos Anjos
Tudo em um único livro, Augusto dos Anjos com suas poesias únicas e com uma entonação fria e direta, do qual muitos o consideram um dos grandes nomes da poesia nacional.

Conhecia um pouco sobre Augusto dos Anjos, mas isso foi no ensino médio. Com essa obra lançada pela editora José Olympio do qual faz parte do catálogo do Grupo Editorial Record, pude conhecer ainda mais esse grande poeta.

O livro dispensa comentários, logo no início, temos um estudo crítico feito pelo Ferreira Gullar, ou seja, um gênio da poesia falando de outro gênio da poesia. Augusto dos Anjos, possuí uma escrita bem complexa, exigindo uma atenção do leitor. São poesias marcantes e muita das vezes tendo aspectos ao pessimismo, desânimo e até mesmo com a morte.

A obra foi muito bem editada, gostei do tamanho da fonte e trazendo bons espaçamentos, páginas são brancas e de ótima qualidade. Tudo que você precisa saber sobre esse grande poeta que foi Augusto dos Anjos você encontra neste incrível livro que reúne todas suas poesias.


site: http://www.livreando.com.br/2016/05/resenha-toda-poesia-de-augusto-dos-anjos.html
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Fer Kaczynski 21/05/2016

Rica antologia
Nesta antologia com prefácio feito pelo Ferreira Gullar, uma análise crítica escrita em 1970, o Grupo Editorial Record mais uma vez nos surpreende e nos presenteia com esta bela edição para quem ama poesia guardar com muito carinho.

Eu particularmente aprecio muito ler poesias, procuro lê-las entre uma leitura densa e outra, para abrir minha mente e relaxar, durante a madrugada é um deleite.
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Adriana Scarpin 01/09/2017

Há muitos anos não relia Augusto dos Anjos, revisitando-o percebi que ele é meu segundo poeta brasileiro favorito (só perde para a Hilda Hilst, é claro) e o quanto ele influenciou na construção da minha personalidade e do meu humor peculiar. Um dos grandes, sem dúvida.
O plus dessa edição: um texto arrasador do Ferreira Gullar esmiuçando dos Anjos por 80 páginas.
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Biblioteca Álvaro Guerra 30/04/2018

A banalidade, o pessimismo, a morte, o escatológico, a ciência e o cotidiano são as principais matérias-primas para Augusto dos Anjos, autor paraibano que desafiou, de forma corajosa e independente da crítica, os formatos, as convenções e as temáticas tradicionalmente associadas à poesia de então. Contemporânea e ao mesmo tempo retrato de uma época, a obra de Augusto mantém-se questionadora e, portanto, necessária. A presente coletânea conta com organização e prefácio de Ferreira Gullar.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788503010948
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