Manuela do Prado 20/11/2020Jospeh descobriu o Deus Ex-machina?O cenário no Condado é cada vez pior e o que Jonh Gregory teme finalmente acontece: a guerra chega em sua terra. Com o exercito inimigo assolando o país, matando famílias inteiras e destruindo lares, o Caça-feitiço não sai ileso- perde tudo e a única escolha que lhe resta é partir com Alice e Thomas.
Infelizmente a única opção de refúgio que resta ao nosso trio é a Ilha de Mona, contudo o ilhéus são bastante hostis com estrangeiros, suas leis contra feiticeiras e caça feitiços são cruéis e a gente vai percebendo que os personagens trocaram "o sujo pelo mal lavado", e é aí que todas as complicações realmente começam.
Todos os títulos até o momento foram bem sugestivos e com esse volume a coisa toda não é diferente; antes de partirem do Condado, John Gregory tem uma espécie de sonho premonitório onde Lizzie Ossuda (personagem muito abordada no primeiro volume da série) consegue escapar da cova onde estava enterrada e, em posse de sua liberdade, a feiticeira consegue reunir um poder tão maligno que suas forças poderiam devastar não somente o seu país- obviamente, tudo acontece. A grande missão aqui é por fim, de forma definitiva, as maldades de Lizzie (que também parte para Ilha de Mona).
O livro não dá respiro ao leitor- todos os capítulos contém eventos sucessivos de desespero que nos deixam de cabelo em pé, porém me incomodou demais o excesso de Deus Ex-Machina usado pelo autor, algo que nunca percebi de forma tão acentuada nos outros volumes da série. Embora seja um livro muito bom, de uma série muito gostosa de ler, uma história muito fácil de se envolver, este foi o único volume que me deixou desestimulada a continuar.
A impressão que tive foi a de que o autor arquitetou todo esse contexto de combate entre John Gregory e Lizzie para nos mostrar o quanto está cada vez mais tênue a linha entre luz e trevas, e também para trazer a tona o segredo do cântaro de Sangue entre Alice e Thomas. Ok, ok, justificável... mas sabe quando tudo é tão bom e a gente fica com a sensação de que faltou aquele toque de maestria do autor? Espero muito que isso seja retomado nos próximos volumes.
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