Como curar um fanático

Como curar um fanático Amós Oz




Resenhas - Contra o Fanatismo


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Wes 30/05/2021

Esperava ser um livro que poderia ser usado para estudar o conflito israelo-palestino em seus aspectos históricos, geográficos, sociais e etc. Mas me deparei com um livro nada mais que introdutório. Isso não quer dizer que não gostei, muito pelo contrário. Me sinto mais preparado para estudar esse longo conflito, uma vez que, com a ajuda do Amós Oz, descobri como evitar ser um fanático. É um livro que pode ser tanto introdutório, quanto usado apenas para você ler uma opinião sobre o assunto, caso já tenha um entendimento concernente à questão.
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Jardim de histórias 27/08/2022

O mundo necessita de amor, respeito e paz ?? ??
Um discurso sutil e, ao mesmo tempo visceral. Um soco no estômago do fanatismo. Uma dialética sem (preâmbulos) narrada com total conhecimento de causa. Amós-oz., transita confortavelmente em contextos filosóficos, abordando influências Comunistas, Fundamentalistas, capitalistas, no contexto fanático. Enfim, uma leitura para abrir nossa mente.

Quando li essa obra fantástica, pude transitar superficialmente na visão de quem esteve bem de perto dos conflitos históricos envolvendo Israel e Palestina. 
É evidente que tal fato histórico, embora contextualmente explique muitas coisas, jamais explicará a estupidez humana e suas consequências. Paz!
Mais livros, mais respeito e menos armas!
Jardim de histórias 10/10/2023minha estante
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AndrAa58 02/12/2023

Ponto de vista de um judeu israelense pacifista
Amós Oz emprega uma abordagem única ao entrelaçar suas experiências pessoais com reflexões profundas sobre o fenômeno do fanatismo. Sua perspectiva como judeu israelense proporciona uma visão que eu nunca havia imaginado. Quando criança, ele foi um fanático do lado judeu no conflito Israel/Palestina, o que, segundo ele, o capacita a abordar o fanatismo com uma compreensão íntima de suas origens, motivações e, mais importante, oferece insights sobre como lidar com essa mentalidade radical.

Pequeno spoiler à frente: Uma das "curas" propostas por Oz envolve a literatura, e entre os antídotos estão o humor, o ceticismo e a argumentatividade.

Oz explora as raízes do fervor extremista, não apenas em contextos políticos e religiosos, mas também em níveis pessoais e sociais.

"O fanatismo é mais antigo que o Islã ou qualquer outra religião, sistema político, ideologia ou crença no mundo. O fanatismo é, infelizmente, uma parte onipresente da natureza humana."

"A essência do fanatismo reside no desejo de forçar outras pessoas a mudar."

"Acredito que a síndrome de nossa época é a luta universal entre fanáticos, todos os tipos de fanáticos, e o resto de nós. Entre aqueles que creem que seus fins justificam os meios, todos os meios, e o resto de nós que julga que a vida humana é um fim em si mesma."

Ao se curar do extremismo de sua infância, Oz avança para a militância pacifista, tornando-se politicamente ativo na busca pela paz. Ele acredita que a única forma possível é através do compromisso e da concessão de ambos os lados, referindo-se ao conflito como uma "disputa imobiliária".

"Não existe alternativa a uma solução de dois estados, Israel e a vizinha Palestina."

Alguns argumentos e posições do autor chamaram minha atenção:

- Tanto judeus quanto palestinos são vítimas da Europa. Os judeus foram perseguidos e expulsos, sem contar o Holocausto. Os palestinos tiveram sua terra conquistada, dividida e tomada. Na perspectiva do autor, nenhum dos dois povos tem outro lugar, e não há solução possível que não lide com a questão dos refugiados palestinos e a criação de dois estados.

- Não há como ser contaminado (o autor vê o fanatismo como um vírus com alta capacidade de transmissão) com o extremismo se mantivermos o senso de humor, conseguirmos ser críticos e céticos, inclusive com nossas próprias ideias e crenças; e sermos capazes de argumentar (o que pressupõe a capacidade de ouvir argumentos e ideias contrárias).

- Não há solução simples para problemas complexos. Se, um dia, acreditarmos que uma ideologia, doutrina, religião tem o jeito certo para corrigir problemas complexos, é A SOLUÇÃO... Cuidado, você pode estar a um passo de ser contaminado. Se ainda acreditar que você, sua ideia ou crença é a CERTA e todas as outras estão erradas, e se recusar a ouvir qualquer ideia contrária, você foi contaminado. Se ainda por cima dedicar toda a sua energia para impor o que pensa aos outros, não importando o que tenha que fazer para conseguir seu objetivo, infelizmente, você já é um extremista fanático.
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Gi Santos 27/10/2023

Uma leitura agradável
Acabei lendo sem querer bem no meio desse conflito entre Israel e a palestina. É uma leitura fácil e esclarece algumas coisas que nós que estamos de fora não entendemos. O livro é Curtinho então a leitura é rápida.
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Michel 12/03/2021

Será que sou um fanático?
A obra nos convida a refletir sobre como pensa um fanático.
A certeza de ter a razão, ter ideias concretas e fixas é um convite a intolerância e a violência.
É um assunto complexo, e para se curar, antes de tudo, o fanático tem de se ver como um. E a partir daí buscar algumas soluções simples propostas no livro.
É uma obra feita para se abrir a mente e tentar ver as coisas pelos olhos do nosso antagonista.
Talvez também sejamos fanáticos, ou ao menos um pouco.
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Lucas Tadeu 24/07/2020

Rápido e interessante
Amós discorre sobre as guerras entre Israel e Palestina expondo características da humanidade, como um todo.
Ressalta a importância da empatia, da imaginação, da literatura e do senso de humor.
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Pablo Paz 10/10/2021

Sobre Fanatismos
Se me perguntassem qual o melhor livro de não-ficção que li em 2020, indicaria essa obra de Amós Oz. Eis um trecho: "Meu trabalho consiste em me pôr no lugar de outras pessoas. Ou mesmo estar em suas peles. A força que me impele é a curiosidade. Eu fui uma criança curiosa. Quase toda criança é curiosa. Mas pouca gente continua a ser curiosa em sua idade adulta e em sua velhice. Agora, todos sabemos que a curiosidade é condição necessária, até mesmo a primeira das condições, para todo trabalho intelectual ou científico. Mas quero acrescentar que em minha opinião a curiosidade também é uma virtude moral. Uma pessoa interessada é uma pessoa um pouco melhor, um progenitor melhor, um parceiro, vizinho e colega melhor do que uma pessoa não curiosa. Um amante melhor também. Permitam-me sugerir que a curiosidade, juntamente com o humor, são dois antídotos de primeira linha ao fanatismo. Fanáticos não têm senso de humor, e raramente são curiosos. Porque o humor corrói as bases do fanatismo, e a curiosidade agride o fanatismo ao trazer à baila o risco da aventura, questionando, e às vezes até descobrindo que suas próprias respostas estão erradas." (pp. 12-20). Os breves ensaios de COMO CURAR UM FANÁTICO é um diagnóstico de nosso tempo, uma análise menos de um intelectual do que de um sábio assaz consciente da condição humana, especialmente da de infligir dor ao Outro. A leitura valeu o meu tempo.
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liaramoss 17/04/2023

Um israelense tentando entender os dois lados da guerra
Quando peguei esse livro pra ler, pensei que seria só mais um israelense tentando defender com unhas e dentes o lado de israel no conflito palestina x Israel, mas acontece que é um querido senhor que busca encontrar um ponto e encontro entre ambas as partes.

ele reflete como cada lado não consegue entender o outro, quais questões levaram até o acontecimento dessa guerra (não descritivamente, ele dá só um parecer), e embora ele analise a parte geografia-religiosa da coisa, ele também faz muito presente a parte humana, relatando como afetou os civis.

enfim, é são ensaios bem interessantes, não muito profundos acho que alguns pontos ele repete demais, mas é bom para debater
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Mauricio Gonçalves 02/07/2021

Bom, mas com muitas falhas
O livro é bom quanto às definições de fanatismo. Traz pensamentos simples e divertidos sobre a natureza dos fanáticos e suas crenças/ideologias, fazendo o leitor relacionar rapidamente com pessoas do seu círculo social.
O autor também busca a solução para o conflito Israel-Palestina de maneira muito coerente e realista, sabendo que vai ser ruim para os dois lados, mas que pode ser um passo em direção à paz.
Compramos esse livro, eu e minha esposa, devido ao cenário político de extremos que vivemos atualmente; nem sabíamos que tratava do conflito mencionado. Por isso o título pareceu um pouco superestimado/sensacionalista.
O que não me agradou no livro foram algumas questões. A primeira: um lado um pouco hipócrita do autor, quando ele afirma que todos os humanos tem um gene mau e que o povo Israelense ou Palestino não deve ser generalizado como invasor ou terrorista, mas ao mesmo tempo ele generaliza a Europa, culpando-a pelas condições atuais dos dois povos, por serem oprimidos por eles no curso da História. Faz o leitor entender que todos os europeus, sem exceção, tem culpa, uma visão muito "dívida histórica" que contradiz com o que ele mesmo prega.
O segundo incômodo vem, acredito, que do responsável pela compilação de palestras/ensaios/entrevistas presentes no livro. Existe muita repetição de argumentos, fazendo o autor parecer raso em bagagem argumentativa, como se tivesse decorado 15 frases prontas e as soltasse ao longo dos discursos. Pra quem não tem um conhecimento abrangente sobre o autor, suas obras e ideias, como é o meu caso, fica essa impressão negativa.
Por último, achei que, por mais que tentasse, o autor não consegue ser tão imparcial quanto alega, sempre amenizando as criticas ou melhorando os elogios quando fala de Israel em relação à Palestina.
Katia Rodrigues 02/07/2021minha estante
Ótima resenha! Estava em dúvida se iria ler ou não, mas agora resolvi dar uma chance a ele.




Jean Bernard 10/09/2021

Uma reflexão importante sobre o problema Israel-Palestina.
O livro reúne artigos do escritor Amós Oz sobre os conflitos entre Israel e Palestina. Não trata o assunto com heróis e malvados, tenta olhar pelo lado realista e humano. Muito bom seu texto sobre os fanáticos. Não precisamos concordar com as soluções que sugere, mas refletir já seria de grande valia. Uma boa indicação.
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Bruna 07/01/2023

Primeiro livro que leio de Amós Oz, e já iniciarei outro, em tempo de fanatismo e fundamentalismo religioso que cercam nossas casas, crescem em nossas famílias e nossas vidas, causando desunião sistêmica, faz-se necessário debates que originem pensamentos claros e racionais.

"A diferença entre idealismo e fanatismo é a distância entre a dedicação e a obsessão. Para o fanático, mas não para o idealista, ?o fim justifica todos os meios?.

"O crescimento do fanatismo pode ter relação com o fato de que quanto mais complexas as questões se tornam, mais as pessoas anseiam por respostas simples. Fanatismo e fundamentalismo muitas vezes têm uma resposta com uma só sentença para todo o sofrimento humano. O fanático acredita que se alguma coisa for ruim, ela deve ser extinta, às vezes junto com seus vizinhos. O fanatismo é muito antigo. É muito mais velho que o islã, o cristianismo e o judaísmo. Mais velho do que todas as ideologias. Infelizmente, penso que, assim como a violência, o fanatismo também é um componente permanente da natureza humana, um ?gene ruim? que existe em quase todos nós. O fanatismo muitas vezes origina-se na vontade imperiosa de modificar os outros pelo próprio bem deles."
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V_______ 17/05/2023

Como curar um fanático
Amós Oz foi um dos mais importantes escritores israelense de seu tempo, atuou como ativista e foi co-fundador do Paz Agora, organização que visa uma solução pacífica para os conflitos em Israel.
Em Como curar um fanático temos reunidos ensaios, palestra e entrevista feitos por Amós Oz, que tratam em especial sobre a questão Israel-Palestina. O ensaio que dá nome ao livro é excelente, e diz de uma forma clara as características que possui um fanático, "o fanático está sempre certo e sabe o que é o certo para todos", em encontramos fanáticos em todos os âmbitos, inclusive no político, apesar de aqui em nosso país tupiniquim não sofrermos disso.
Enfim se tiverem a oportunidade de ler, leiam !
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Lis 12/05/2021

O título não condiz com o livro
Com base no título, achei q fosse enfocar na figura dos fanáticos: como são, o que querem, o que pensam, como lidar? Mas não, o livro é focado no conflito Israel x Palestina, tratando pontualmente sobre fanáticos e sem se aprofundar no tema.

De toda forma, Amós Oz traz muitas passagens interessantes, dá sua opinião e contribui pro cenário em busca de uma solução para o impasse.
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Sil 29/04/2020

Bem humorado
Apesar do tema ser complicado, o autor consegue explicar a situação de uma forma leve e bem humorada.
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Itin | @merasliteratices 10/06/2022

'Como Curar um Fanático' é um ensaio transcrito de uma sequência de palestras, que o intelectual israelense Amós Oz conferiu após atentados terroristas na França em 2015.

Nascido em Israel e tendo presenciado todo o conflito com a Palestina, o intelectual Amós Oz usa de sua experiência para versar a respeito do fanatismo. Acompanhando suas reflexões a respeito da natureza dos fanáticos, temos uma breve lição da história do Oriente Médio moderno, sobre a complexidade da relação dos Judeus com os árabes e de como a Europa foi decisiva na origem desse caos.

O livro é curtinho e não se aprofunda em seus temas, mas é direto nas ideias e expõe problemas que hoje assolam todo o mundo: a incapacidade dos seres humanos de enxergarem padrões e ver tudo preto no branco, a busca por narrativas maniqueístas, o egoísmo e a incapacidade de fazer concessões, entre outros. Esses problemas somados simplificam a situação que Oz chama do único grande conflito global: os fanáticos x o resto do mundo.

Ao sugerir "potenciais remédios" para cura do fanatismo, Oz discute sobre os direitos à terra daqueles que vivem em regiões de disputa e da necessidade de engolir o orgulho e fazer concessões, além de demonstrar a importância da literatura e das artes na formação de caráter.

No excelente 'Por Quem os Sinos Dobram", de Hemingway, temos uma visão da beleza da individualidade e do conceito do "indivíduo como uma ilha". Aqui Amós Oz reforça a importância do "cada um" mas sob o conceito do "indivíduo como península". Nas poucas páginas que compõe o ensaio, ele transita sobre como alguns problemas são simplesmente insolúveis e sobre a importância da empatia como uma única arma que temos contra o caos do mundo.
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