Flavia de Luce e O Teatro das Marionetes

Flavia de Luce e O Teatro das Marionetes Alan Bradley




Resenhas - Flavia de Luce e O Teatro das Marionetes


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Wagner Fernandes 14/11/2022

A pequena cientista investigadora
A primeira impressão que tive ao ver a capa dos livros de "FLAVIA DE LUCE" foi a de imaginar que eram aventuras de temática juvenil. Flavia parece a Wednesday da Família Addams, vestida assim toda de preto. Talvez, pensei, sejam histórias de assombração.
Mas não. O enredo trata de questões do mundo adulto investigadas por uma menina de 11 anos. Assassinatos, em especial, e mortes inexplicáveis. No primeiro livro Flavia correu sério risco de vida ao investigar um crime terrível. Agora, mais uma vez ela vai se embrenhando numa trama sinistra que certamente irá colocá-la em maus lençóis de novo.
Ainda não consegui comparar Flavia de Luce com outro tipo de história. "O lar da srta. Peregrine" foge muito do tema e tem elementos sobrenaturais. "A Bússola de Ouro", " O Mapa de Vidro" e "Os Defensores" são igualmente diferentes.
Flavia apresenta uma realidade crua e sem apelar para o sobrenatural ou o fantástico. A história dos dois primeiros livros ocorrem em 1950. Sua família mora numa velha mansão Vitoriana herdada de um tio falecido. O pai é um oficial inglês aposentado e viúvo que passa por problemas financeiros, a mãe dela, alpinista, morreu durante uma escalada no Tibete quando Flavia tinha 1 ano, as irmãs mais velhas a aborrecem continuamente. Flavia não é uma criança comum: ela adora estudar sobre venenos e química. Herdou um laboratório de um tio excêntrico morto anos atrás. Um ambiente onde ela se tranca e estuda com afinco livros e experimenta composições químicas. Mas ela não se isola. Roda pela cidade em sua bicicleta "Gladys", interage com os moradores em seu pequeno povoado, ajuda o reverendo na igreja, frequenta a biblioteca, se intromete nas investigações da polícia, acompanha visitantes num tour pelo vilarejo e conhece a vida de muitos habitantes locais. Flavia é muito inteligente e esperta, observadora e nada ingênua. Tem um pouco de "O jovem Sherlock Holmes" com "Nancy Drew". Em algumas cenas você fica sem fôlego e roe as unhas temendo pelo destino dela. E nada termina como imaginamos.
O resultado é genial.
Ótima trama.
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Luce.Clara 30/07/2021

Boa continuação.
Como no primeiro, a escrita ainda é muito boa e muito inteligente. Porém, nesse segundo senti que demorou muito pra Flavinha descobrir as coisas e colocar a mão na massa. E muitas das vezes ela descobriu só falando com os outros, muito diferente do primeiro. Ainda assim essas coisas não tornaram o livro ruim, a história também foi muito legal. Espero muito ver mais do estado mental da Flavinha nos futuros livros porque fica óbvio que o comportamento de suas irmãs, a distância do pai e falta da mãe lhe afetam.
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Núbia Esther 27/02/2012

“Como era excitante pensar que, muito depois de o mundo ter terminado, tudo o que restasse de nossos corpos seria transformado em uma deslumbrante nevasca de poeira de diamante, soprada rumo à eternidade sob a luz vermelha de um sol moribundo.”

O que mais me surpreendeu na protagonista criada por Bradley foi seu pensamento afiado e sua grande paixão pela química. Flávia de Luce como quem não quer nada mostrou que seu poder de dedução não deixa nada a dever aos outros grandes detetetives e que com um punhado de intrepidez e falta de limites é impossível não descobrir as mentes por trás dos crimes. Já estava com saudades da pequena detetive-cientista e no segundo volume da série, Bradley mostra que sua heroína veio para ficar e nos deixa com ansiedade esperando por suas próximas aventuras.

Rupert Porson é um exímio fabricante e apresentador de marionetes, de muito sucesso em toda Inglaterra. Por aquelas coincidências do destino (será mesmo?) ele acaba indo parar em Bishop’s Lacey na companhia de sua assistente Nialla e uma van quebrada em frente ao pátio paroquial. Com o carro quebrado impedindo o prosseguimento da viagem, o vigário sugere que Rupert faça duas apresentações no Salão Paroquial e a Flávia coube o papel de cicerone da dupla. É assim que a garota começa a elaborar suas suposições, primeiro sobre o relacionamento de Rupert e Nialla, depois sobre o lado profissional de Rupert que acabou indo parar em Bishop’s Lacey porque brigou com seu produtor da BBC e acaba descobrindo uma intricada rede de relacionamentos envolvendo o artista.

Em Flávia de Luce e o Teatro de Marionetes, Bradley demora um pouco mais para entregar qual o mistério da vez, diferentemente da primeira aventura de Flávia o assassinato não ocorre logo nos primeiros capítulos e só depois nos são dadas as pistas. Neste segundo volume, as pistas são fornecidas desde o primeiro capítulo, o caso fez-se caso antes mesmo de existir e Flávia precisa retroceder nos eventos para decifrar a história por trás dessa nova tragédia.

Rupert Porson encontrou seu fim durante sua última apresentação de marionetes em Bishop’s Lacey e é claro que Flávia estava presente e por mais que o inspetor Hewitt (aquele de quem Flávia usurpou o papel de investigador desde a aventura anterior) tente deixá-la de fora, quem conhece a garota sabe que isso é impossível. A pequena detetive segue surpreendendo, mostrando ao inspetor Hewitt até como ele deve fazer o seu trabalho ao abrir-lhe os olhos fazendo-o perceber que a morte de Rupert não foi um acidente e sim um assassinato! Preparem-se para muitas aventuras em companhia de Flávia, algumas observações ácidas e reviravoltas surpreendentes.

Bradley nos presenteia com uma Flávia mais sensível, que sente muita falta da mãe e pena na mão das irmãs mais velhas, mais ácidas e cruéis em suas implicâncias. Mas, se as irmãs sabem como magoá-la, ela também não fica atrás na elaboração de suas vinganças. Todas envolvendo química é claro. Assim como no primeiro livro, o autor também recheia sua história de referências históricas e literárias, tornando o acompanhar das investigações de Flávia uma aventura repleta de informações. Se você gosta de histórias de detetives, curte séries e não tem nada contra literatura infanto- juvenil, não deixe de acompanhar as aventuras de Flávia.

[Blablabla Aleatório] - http://feanari.wordpress.com/2012/02/27/flavia-de-luce-e-o-teatro-de-marionetes-alan-bradley/
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Quemlefazfilme 20/06/2011

Flávia de Luce e o Teatro das Marionetes por www.quemlefazseufilme.com.br
Flávia de Luce e o Teatro das Marionetes
Título Original: The Weed Strings The Hangman´s Bag
Alan Bradley
Editora Benvirá

"Fiquei lá parada por um momento, me inclinando um pouco para frente para ver se as lágrimas que caíam de seus olhos estavam reagindo com a superfície porosa da lápide. Lágrimas, eu sabia, eram compostas basicamente de água, cloreto de sódio, manganês e potássio, enquanto a pedra calcária era feita principalmente de calcita, que era solúvel em cloreto de sódio, mas apenas a altas temperaturas. Portanto, a não ser que a temperatura no pátio da igreja de São Tancredo subisse de repente em várias centenas de graus, parecia improvável que alguma coisa quimicamente interessante fosse acontecer ali.
Me virei e fui andando."

Flávia Sabina de Luce não era uma garota chegada a bonecas e uma vida pacata. Apaixonada por elementos químicos, dentre eles especialmente as poções venenosas, essa pequena grande garota vai ao êxtase em seu laboratório particular, herança do Tio Tarquin de Luce.
Vivendo em Buckshaw e logo após ter resolvido o mistério da torta, Flávia de Luce agora entre muitas experiências onde suas irmãs Felinha e Dafi eram essencialmente suas cobaias prediletas, se encanta com a recém chegada compania de teatro de marionetes chamada Marionetes Porson.
Rupert Porson e sua ajudante Nialla, chegam a cidade quase que sorrateiramente. Eles conseguem abrigo e planejam um show de marionetes.
Tudo parecia absolutamente normal até que Flávia, que era uma detetive nata, suspeita de algo no ar.

Rupert escondia um segredo. A cidade escondia um segredo.

A morte de uma criança nos campos da família Ingleby ainda era um caso difícil de acreditar. A pobre mãe perdera a sanidade pela falta do pequeno filho. O pai, parecia esconder a tristeza lá no fundo dedicando-se a plantação de um estranho cânhamo.
Quando mais uma morte acontece deixando a cidade de Bishop Lacey em alerta, era hora de exercitar os dons de detetive. E como para Flávia de Luce e sua inseparável bicicleta chamada carinhosamente de Gladys, nenhum mistério ficava sem solução, ela estava envolvida até os cabelos.

Flávia de Luce e o Teatro das Marionetes é o segundo volume da série The Buckshaw Chronicles. Escrita por Alan Bradley, essa série nos apresenta uma menina de 11 anos que vive na Inglaterra em 1950 e que além de detetive nata é apaixonada por química.
A escrita do autor é ricamente detalhada, citando poetas e grandes autores ingleses, dentre eles, as irmãs Bronte. Embora a capa sugira algo bem infantil, a trama requer um pouco mais de atenção. Ideal para adolescentes, crianças à frente de seu tempo e adultos a fim de encontrar uma boa leitura.

O livro em uma palavra: encantador

Como quem lê faz seu filme, eu já estava com saudades da Flavinha. Sim, somos íntimas rsrs Afinal, uma menina que lida com a rejeição das irmãs através da química, merece o meu respeito.
É hilário o modo como Flávia desconta as maldades das irmãs. Inteligência, perspicácia e uma dose de audácia. Sim, essa é a Flávia de Luce em mais uma aventura acompanhada de sua fiel companheira Gladys e sentindo muita falta de sua falecida mãe Harriet.
Sempre à frente das investigações policiais, ela ao longo dos seus 11 anos de idade não se amedronta com a dificuldade e nem desanima com a longa teia de intrigas. Coloca a cabeça para funcionar e com seu jeitinho meigo e inocente, nada passa despercebido.

Leia , leia, leia !

Tem mistérios e ótimas lições de química !

Conheça a série The Buckshaw Chronicles
1º - Flávia de Luce e o Mistério da Torta
2º- Flávia de Luce e o Teatro de Marionetes
3º - A Red Herring Without Mustard ( previsto para 2011 nos EUA)
4º - Seeds of Antiquity (sem previsão de lançamento )
5º - Death In Câmera 6º - The Nasty Light of Day
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