Estação Jugular

Estação Jugular Allan Pitz




Resenhas - Estação Jugular


18 encontrados | exibindo 16 a 18
1 | 2


RUDY 05/07/2011

Resenha e minha opinião.
RESENHA: O técnico de informática Franz se encontra perdido e só sabe que precisa fugir. De quê? Ele não tem muita certeza. Acaba entrando todo esbaforido em um ônibus e quer saber do motorista qual o destino final.
O motorista, uma figura enigmática e de poucas palavras, diz apenas que vai para o ponto final, sem detalhar onde é esse ponto.
A viagem é um tanto conturbada. Passam por diversas estações sem nomes, apenas numeradas, como uma evolução de estágios a serem galgados. Algumas estações são paradisíacas (e enganadoras), enquanto outras, temerosas e assustadoras.
Franz fica cansado da viagem e pede um comprimido ao motorista para aliviar a dor de cabeça. O motorista dispõe de alguns comprimidos para Franz que ‘apaga’. Ao acordar recorda os acontecimentos que o levaram a pegar o ônibus para aquela viagem e as coisas começam a se esclarecer em sua mente. Passa a refletir sobre suas atitudes e se prepara para chegar ao destino final.

MINHA OPINIÃO: Sabedora da versatilidade do Allan, embarquei na ‘estação jugular’ sem expectativas, quis apenas deslizar pela estrada e curtir a viagem...
Imaginei que seria uma viagem curta, já que poucas eram as páginas do livro, claro que me enganei...
Fiquei confusa ao iniciar. Sem o real entendimento da história e do objetivo do livro, tive dificuldade na assimilação de determinados trechos iniciais. Isso me incomodou, mas percebi que o erro era meu, não na forma como o escritor descrevia os acontecimentos.
Parei e recomecei a leitura vagarosamente e aí, a viagem foi tranqüilidade e reflexão.
O Allan se utiliza de metáforas e simbologia para construir os diálogos e o enredo do livro; mistura realidade com abstração e extrapola sua criatividade, nos conduzindo a uma viagem interior, em busca dos recônditos esquecidos e alertando para nossas atitudes. Elas são nossos condutores e responsáveis pela passagem nas estações até a chegada ao ponto final.
Surpreendente ! Esse é o adjetivo principal do livro. Vale muito a pena ler.
Michelle 01/04/2023minha estante
vou recomendar o livro




danilo_barbosa 22/06/2011

Comece a sua jornada...
Comece a mais deliciosa jornada pela mente humana nas mãos do genial Allan Pitz.
Quando eu pensei que ele não poderia me surpreender e me transportar nas mais loucas viagens pelos tortuosos e deliciosos caminhos da mente humana, como ele fez em A morte do cozinheiro, ele me joga mais uma vez na loucura ânsia de ler em Estação Jugular (Multifoco, 98 páginas).
Tudo começa quando Frans, um técnico de computadores, acorda em um laboratório muito sinistro. Sem saber como foi parar ali, ele foge em desabalada carreira, indo parar em um ponto de ônibus.

Aproveitando que tem um veículo prestes a sair, ele entra sem rumo, deixando que o destino o leve para algum lugar seguro. Este é apenas o desfecho inicial para uma das melhores viagens pela vida que já passei.

Apesar do livro ser curto, ele tem a dose certa de cada coisa, como o autor é ótimo em fazer. Todos os fatos aparentemente simples adquirem um novo significado nas mãos hábeis e linguagem madura de Pitz. Nos diálogos ferinos e filosóficos entre o único passageiro do ônibus e seu misterioso motorista, eles decompõe os sentimentos humanos e nossas atitudes em meio a metáforas inteligentes e que nos fazem pensar e analisar nossas próprias vidas.

O autor sabe como tocar na ferida, expondo sem dó nossos desejos, anseios e nossa eterna busca vazia e sem sentido pela vida, sem saber como viver. Passando por diversos lugares, uns extremamente reais, seguindo de outros tragicamente fantásticos, cada frase é como uma pincelada mágica diante do quadro do infinito.

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/mQ4jkz
comentários(0)comente



naniedias 14/06/2011

Estação Jugular, de Allan Pitz
Franz é um fugitivo. Técnico de informática, ele se encontra perdido e só sabe que precisa fugir. De quê? Ele não tem muita certeza.
Entra esbaforido no ônibos, querendo saber do motorista o destino final. Mas a enigmática figura apenas diz que irá até o ponto final. Onde isso fica exatamente, ele faz questão de não detalhar.
"- Aliás, você nem sabe qual é a sua estação!
- É... Não sei mesmo."
Nessa estrada única, Franz e o motorista embarcam numa viagem surreal e, ao mesmo tempo, super realista, que levará o leitor a descobrir um pouco mais de si mesmo.
"Uma estrada infinita para a loucura e as cores vivas de Van Gogh, escolhido desde o início por esconder na loucura toda a beleza de suas obras, de seus sentimentos, seus sentidos, sua genialidade."

O que eu achei do livro:
Eu já me tornei uma fã incondicional de Allan Pitz - este mestre na arte de escrever. E é com muita alegria que afirmo: Estação Jugular é mais uma obra magistral de Pitz.
Utilizando-se de alegorias e metáforas, Pitz nos leva para uma viagem inebriante, que nos fará conhecer um pouco mais de nós mesmos e da humanidade como um todo. A linguagem de Pitz novamente é poética, deliciosa ! Sorver as páginas desse livro é um alimento para a alma - Pitz escreve muito bem e sabe como escolher as palavras. O livro tem um ritmo bem veloz até a metade, quando nos deparamos com uma descoberta totalmente inesperada. A partir desse ponto, a leitura se torna um pouco menos dinâmica e muito mais reflexiva. É um livro que nos faz pensar do início ao fim! Apesar de suas poucas páginas - o livro tem apenas 95 páginas - essa não é uma leitura que possa ser feita muito rapidamente, porque é necessário pensar, refletir, se encontrar.
Não perca essa obra singular, que vai de Van Gogh, à favela e aos portões do paraíso!

Nota: 9
Dificuldade de Leitura: 8

Leia mais resenhas em http://naniedias.blogspot.com
comentários(0)comente



18 encontrados | exibindo 16 a 18
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR