Dresden

Dresden Frederick Taylor




Resenhas - Dresden


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JB 07/01/2012

Um livro abrangente sobre a polêmica ação de guerra em Dresden
O bombardeio de Dresden já em 1945 é extremamente polêmico não apenas por ter acontecido no final da guerra mas ter destruído de forma avassaladora essa histórica cidade alemã, a "Florença do Elba".
Frederick Taylor percorre a história não apenas do bombardeio mas da cidade de Dresden, o papel desempenhado por essa cidade quando da emergência do nazismo e da guerra , do bombardeio alemão à Inglaterra e sua influência no pensamento de bombardeamento estratégico, a relação com o avanço soviético, o desdém das autoridades nazistas nas providências para minimizar os impactos de um bombardeio, a execução das tarefas e as consequências, inclusive com a emergência da Guerra Fria.
Uma análise competente plasmada em um texto de leitura envolvente e agradável, faz desse livro uma recomendação entusiástica a todos os que se interessam pela 2a. Guerra Mundial.
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Sergio 28/04/2021

Livro definitivo sobre esse capítulo da guerra
O bombardeio de Dresden sempre provocou polêmica. Militarmente defensável ou crime de guerra?
O autor investiga os fatos daquele 13 de fevereiro de 1945 e nos apresenta uma descrição detalhada do que ocorreu naquele dia.
E mais: nos traça uma visão histórica da cidade através dos tempos. Livro imperdível para quem se interessa pela História da 2ª Guerra Mundial.
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Daniel432 20/05/2018

Será uma tarefa difícil resenhar este livro sem dar spoiler. Pensando bem ... a minha conclusão da leitura de um livro de história não deveria ser considerado spoiler, se fosse romance ou aventura, tudo bem.

Desde o início o autor deixa claro sua intenção (mais um motivo para não considerar que há spoiler nesta resenha) de demonstrar que havia motivos mais que justificáveis para a tardia ação de bombardeio de Dresden.

Em seguida, em alguns capítulos, ele apresenta a história da cidade desde seus primórdios destacando que houve outros ataques que destruíram a cidade.

Depois ele se concentra em descrever a cidade com suas edificações centenárias e também suas indústrias que no tempo de guerra foram adaptadas para fornecer material para as forças armadas (isso também aconteceu na Inglaterra e EUA) e sua importância como centro de transporte de tropas alemãs para o front russo.

Desta parte em diante, o autor utiliza-se de diversos personagens que sobreviveram ao inferno de Dresden para narrar a vida antes, durante e depois dos ataques, demonstrando inclusive que Dresden não foi preparada para bombardeios aéreos, não havia bunkers resistentes em quantidade suficiente para sua população.

Na parte final, descreve a ansiedade e perigos enfrentados por britânicos e americanos durante o bombardeio e também inclui entre suas justificativas (vide acima) um pedido formal de bombardeio da cidade por parte dos russos durante a Conferência de Ialta.

O mais interessante de tudo é que apesar de citar grande quantidade de documentos relacionados à campanha aérea, o autor não apresenta um documento sequer (ordens de deslocamento de tropas, preparativos para alimentar grande quantidade de tropas, ordens de destinação de trens que saíam ou passavam por Dresden com tropas) que corrobore sua opinião de que Dresden seria um importante entroncamento ferroviário e tampouco cita a morte de numerosos soldados alemães (o que são citados são da guarnição local e das equipes de combate a incêndios).

Por isso, para mim, o bombardeio de Dresden continua sendo uma simples e horrível vingança britânica, mas recomendo a leitura do livro para que cheguem a suas conclusões.




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Tiago 25/03/2017

O PREÇO DA VITORIA
A maior parte da população de Dresden preferiu ignorar a alarme de ataque aéreo que soou exatamente as 21h51 de uma terça-feira, 13 de fevereiro de 1945. Foram tantos os alarmes falsos que os mais de 640 mil cidadãos estavam habituados a só buscar abrigo após o segundo alarme. A noite estava clara e uma brisa fria soprava por toda a cidade. A essa altura os motores dos 244 bombardeiros britânicos já podiam ser ouvidos em alguns bairros da periferia. Poucos minutos após as 22h os primeiros aviões surgiram e, em menos de cinco minutos, descarregaram 881 toneladas de bombas no centro histórico da cidade.
Em poucas horas a região central se converteu num mar de chamas e o calor chegou a ser sentido pela tripulação dos bombardeiros a 3 mil metros de altura. Aqueles que conseguiram escapar do inferno que tomou conta do centro histórico não podiam imaginar que o pior ainda estava por vir. Entre a meia noite e o meio dia de 14 de fevereiro a cidade sofreria mais dois ataques devastadores, cujos incêndios foram vistos a mais de oitenta quilômetros da cidade e provocaram a morte de quase 40 mil pessoas.
Sessenta e nove anos após o terrível bombardeio aliado a cidade de Dresden os questionamentos morais acerca do fato ainda rendem debates acalorados. Em “Dresden – terça feira 13 de fevereiro de 1945” o autor Frederick Taylor esmiúça um dos mais conturbados eventos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e se coloca diante de uma proposta, no mínimo, ousada: a de que o bombardeio foi um ataque militar legitimo contra alvos militares e não contra uma cidade indefesa. O caráter fortemente tendencioso da narrativa é um dos pontos fracos da obra, mas os inúmeros relatos impressionantes dos sobreviventes que enfrentaram temperaturas de até quinhentos graus e ventos com mais de oitenta quilômetros por hora, fazem valer a leitura das quase 600 paginas de um texto ágil e absolutamente chocante.
Taylor nos expõe um quadro vivo e sem atenuantes de uma das maiores arenas de sofrimento humano do século XX. Relatos de pessoas que morreram literalmente cozidas enquanto buscavam alivio para o calor dos incêndios dentro das fontes e reservatórios de água da cidade, ou da desesperada luta de sobrevivência – ironicamente um exemplo Darwinista tão amplamente defendido pelos nazistas - em meio a ruas cobertas por asfalto derretido e por corpos de vitimas asfixiados pela fumaça dos incêndios.
Ao amanhecer do dia 14 de fevereiro, “quarta-feira de cinzas”, Dresden já não era mais uma cidade. Reduzida a milhares de toneladas de escombros enegrecidos e deformados pelo calor a chamada “Florença do Elba” estava praticamente irreconhecível. Aqueles que conseguiram sobreviver ao cataclisma da noite anterior tiveram de enfrentar mais uma trágica ironia do destino: varias “grelhas” haviam sido montadas na região da praça do mercado central de Dresden para queimar os corpos retirados dos porões ainda quentes, mesmo após uma semana do bombardeiro. Ao final da leitura é impossível não se questionar sobre a real necessidade de um ataque com tamanha magnitude e violência. Faltava pouco mais de oitenta dias para o fim da segunda guerra mundial. Mas assim como Hiroshima, Dresden é o exemplo trágico de que e “melhor um fim com terror do que um terror sem fim”.

AUTOR: TIAGO RODRIGUES CARVALHO

site: http://cafe-musain.blogspot.com.br/2016/01/o-preco-da-vitoria.html
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Mister Lyndon 01/01/2018

O VERDADEIRO HOLOCAUSTO
Por três dias consecutivos (13, 14 e 15 de fevereiro de 1945) os “aliados” (termo estrategista para que os americanos dividam a conta de suas ações) bombardearam, dia e noite, a cidade de Dresden. Tal fato é considerado um verdadeiro crime de guerra, afinal a Alemanha já estava rendida e Dresden não era um centro militar ou industrial nem tão pouco abrigava indústrias bélicas e era desprovida de defesa aérea. Mas os americanos precisavam de um laboratório para testar suas criações: seus explosivos (bombas de fósforo, bombas de impacto, bombas retardatárias e bastões incendiários), o rendimento de seus caças durante os ataques rasantes e a autonomia de suas fortalezas voadoras, afinal, o material utilizado contra Hamburgo em julho de 1943 já estava obsoleto e comparado ao novo arsenal eram meras espoletas! Tudo precisava ser testado para que a eficiência contra o Japão, que estava por vir, fosse máxima. Na ocasião dos ataques um protótipo da bomba atômica já existia e penso que só não fez parte dos ataques porque as tropas russas estavam muito próximas da cidade e poderiam ser calcificadas durante o experimento. Afinal, os americanos – em nome do domínio tecnológico – fizeram ou não fizeram uma chacina? O número de mortos (aproximadamente 40 mil pessoas) responde a tudo. Quando se trata de Segunda Guerra Mundial a primeira coisa que nos vem à cabeça são os campos de concentração e suas fornalhas de assar prisioneiros, mas na realidade o verdadeiro holocausto foram os bombardeios aliados contra a Alemanha.
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