A guardiã da minha irmã

A guardiã da minha irmã Jodi Picoult




Resenhas - A Guardiã da Minha Irmã


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Amalyn 20/09/2012

Esse livro é muito lindo! Muito delicado, muito suave.. Consegue apresentar diversos conflitos e fazê-los se resolverem de uma forma tranquila... Quase sempre :)

Sobre a família:

Kate, só posso dizer que sinto muito pena dela durante o livro... Mal consigo imaginar como viver daquela maneira :(

O Jesse é um dos meus favoritos... Sempre em terceiro plano, faz um monte de besteiras pra tentar chamar a atenção, mas na verdade é muito sensível e tem uma relação muito legal com Anna e muito fofa com Kate...

A mãe, que se perde entre querer curar uma filha doente e "abusar" do corpo da filha saudável... Que situação! Claro que numa família todos estão dispostos a fazer o melhor um pelo outro, mas chega uma hora que não dá mais pra saber o que é certo e o que é errado..

O pai que é um fofo! Adoro ele, apesar de ele não se impor muito, quando é preciso que ele faça algo, ele fez..

E Anna... só consigo pensar na Abigail Breslin... hehe decisão muito séria que essa garotinha teve que sustentar, mas foi muito corajosa...

Como eu já tinha visto o filme, tinha uma noção do que estava acontecendo, talvez eu pensasse diferente se não tivesse assistido..

Enfim, amei o livro, e nas páginas finais eu fiquei sem acreditar no que aconteceu! Não lembrava se tinha acontecido no filme também, sei que levei O susto!

Excelente livro!
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Libezart 23/04/2018

Uma leitura tão intensa que nem sei direito o que dizer, eu sempre gostei muito do filme "uma prova de amor" que foi inspirado nesse livro, mas depois de ler percebi que o filme não chega nem aos pés do livro, é o tipo de leitura que dá pra rir e chorar, e com um final que deu um nó na minha cabeça. Maravilhoso!
"Há estrelas no céu que parecem mais brilhantes que as outras e, quando você olha no telescópio, descobre que na verdade são estrelas gêmeas. As duas orbitam ao redor uma da outra, as vezes levando quase cem anos para completar o trajeto. Criam uma força gravitacional tão grande que não sobra espaço pra mais nada. Você pode ver uma estrela azul, por exemplo, e só depois se dá conta de que ela tem uma anã branca como companheira - a primeira brilha tanto que, quando você nota a segunda, já é tarde demais."
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Jéssica 15/10/2013minha estante
Eu amei o filme, também li o livro depois de assisti-lo, mas adorei o livro igualmente. O livro inteiro fala da dificuldade que é deixar alguém que se ama partir, narra a intensidade com que se agarra à última esperança, mas - principalmente - fala que nós não controlamos as circunstâncias. A família Fitzgerald foi virada de cabeça para baixo ao descobrir a doença de Kate (fato incontrolável) e o livro termina com algo incontrolável também, que mudou a vida de todos.




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Crissie 01/09/2016

Poucos livros mexeram tanto comigo como esse. Ver a luta de uma mãe para salvar a vida de uma filha, mas ao mesmo tempo ver a vida de outra filha sendo "prejudicada" me fez refletir até que ponto podemos ir para salvar a vida de alguém que amamos. A verdade é que a vida de Kate é muito importante, mas Ana também possui uma vida e ela não pediu para ajudar a irmã, ela não pode escolher. Amar a irmã, não quer dizer que Ana precisa abrir mão da sua própria vida.
Nunca tinha lido nada como esse livro e por isso super recomendo. Deixe-se envolver com essa história e se prepare para um final tão surpreendente quanto o dia de amanhã.
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Vicky 17/07/2014

Uma das obras mais emocionantes do mundo!

Eu sei que até agora só tenho dado cinco ou quatro estrelas para os livros resenhados mas eu tenho duas grandes explicações para isso: a) tenho um ótimo gosto literário b) estou cogitando como fazer uma resenha dos livros que eu não curti. Acontece que não é dessa vez que vou dar um dois ou um porque quem fizer isso com A Guardiã da Minha Irmã, pelamor, né? Esse livro é indetestável, gente, não tem como não se apaixonar com essa obra tão linda, tão maravilhosa, que Picoult nos deu. Dá para começar dizendo que a sinopse já acende o fogo de um bom leitor, certo?


Anna Fitzgerald tem treze anos, mas todas as suas experiências a tornam madura o bastante para ser considerada adulta. Embora seja uma adolescente que frequente a escola normalmente, é quase impossível se referir a Anna sem meter o nome de Kate no meio. A Kate já é outra história. Ela tem dezesseis anos e ao contrário da irmã, não frequenta a escola há um bom tempo, pois simplesmente não dá para se levar os estudos estando quase sempre infurnada numa cama de hospital. O problema não poderia ser pior: aos dois anos, Kate foi diagnosticada com leucemia promielocítica aguda, um tipo raro e muito agressivo de leucemia. Ela é diariamente castigada pela doença e agora, mais do que nunca vai precisar da irmã caçula. Mesmo depois da medula óssea, dos linfócitos, das bolsas de sangue e todo o mais fornecidos por Anna para a irmã, no momento Kate está com falência renal e precisa de um rim. Adivinha de onde viria esse rim? De Anna, claro. Mas a garota não quer mais ser usada dessa forma, então contrata o advogado Campbell Alexander e entra na justiça com um pedido de emancipação médica, para que seus pas, Sara e Brian deixem de usá-la como fonte de vida para Kate. Acontece que uma família que já tem uma filha com câncer, um filho problemático que se mete com drogas, bebidas e cigarro não precisa e nem quer um tribunal na agenda de compromissos. Mas a decisão é de Anna. E ela não quer voltar atrás.

Esse meu resumo, creio eu, causa um arrepio no leitor, porque, sim, é todo esse drama. Jodi Picoult escreveu um livro humano, com pessoas que erram, têm dúvidas e sofrem com a situação na qual foram postas. Eu gostei dessa simplicidade, desse humanismo. A história não deixa vácuos, mas deixa perguntas. Por quê? O que a autora tinha na cabeça? Pelo amor de Deus, isso precisa acontecer? e coisas do gênero. É necessário muito estômago e muita força para segurar as lágrimas porque Picoult NÃO TEM DÓ de brincar com os sentimentos do leitor.

Quanto a humanidade dos personagens, é necessário apontar que talvez, se você for ler o livro, alguns personagens vão te tirar do sério com a cegueira. Sara, por exemplo. A mãe dos garotos é totalmente desprovida de argumentos que justifique suas ações, porque afinal, Anna sempre dissera que não queria fazer mais aquelas coisas. Seu amor por Kate e seu medo de perdê-la são tão grandes que ela esquece que tem um filhon causando problemas mundo afora e uma filha que não aguenta mais a vida que lhe foi imposta. Já Brian, o pai, é um caso diferente. Ele compreende a atitude de Anna e não joga na cara dela as consequências que surgiriam para Kate, embora sofra com a possiblidade de perder a doadora mais fiel da filha doente. Ele é bombeiro e um grande adimirador de estrelas e chega até a citar que o nome de verdade da caçula é Andrômeda e Anna é o apelido.

Jesse é o problemático da família. Desde pequeno foi de causar confusões e agora é de usar drogas, fumar, beber tudo quanto é álcool e causar incêndios. Campbell é o advogado com personalidade muito forte e prórpia com um caso inacabado com a curadora ad liten chamada para o caso de Anna, Julia Romano. Os dois tiveram um relacionamento na adolescência e por obra do destino se encontraram agora, envolvidos no caso da protagonista.

Picoult dividiu o livro para seis narradores (Anna, Sara, Brian, Jesse, Campbell e Julia) e talvez esta seja a coisa mais legal no livro. É incrível como a autora soube encarnar cada personagem em sua narração, como cada um tinha seu prórpio estilo, seus próprios pensamentos, coisa e tal. Kate ganha voz apenas com o epílogo, o que me faz lembrar do final. O mais triste de toda a minha caminhada literária. Parece que Picoult sabia o que o leitor esperava para o desfecho e destroçou tudo o que ele poderia imaginar com um final... cara, de tirar o fôlego. Chorei por horas a fio, porque aquilo nãe era para ter acontecido!!! Mas é uma leitura que vale muitíssimo a pena e que vai comover você sim, de qualquer forma. É isso. Esse é um livro que você precisa ler e depois ver que a vida é rápida. Passa num piscar.

site: http://omundosecretodavick.blogspot.com/
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Psychobooks 19/07/2011

Sempre acho difícil escrever sobre um livro que gostei muito, a resenha nunca parece demonstrar o quanto o livro é bom, caso eu não consiga passar isso em palavras, já vou avisar: esse livro é tocante, maravilhoso e você deveria ler.
Jodi escreve primorosamente bem, conseguiu tratar de um assunto polêmico de uma forma leve e por vezes divertida. A narrativa é alternada entre vários personagens, que são muito bem explorados.

Kate foi diagnosticada aos dois anos de idade com um tipo raro e agressivo de leucemia, seu irmão Jesse não é um doador compatível, o médico fala da possibilidade de ter um outro filho geneticamente compatível, Sara e Brian, acham uma ótima solução, poderiam aumentar a família e ainda salvar Kate. E foi assim que Anna foi concebida, ao nascer o sangue de seu cordão umbilical foi colhido para que suas células troncos pudessem salvar a irmã. E isso ajudou por um tempo, até que Kate caiu em remissão e Anna tornou-se uma doadora constante de sua irmã. Mas alguém perguntou se ela queria ser doadora?

Todos ficam chocados quando Anna procura um advogado, Campbell, para entrar com uma ação contra seus pais, emancipação legal por motivos médicos, o que significa que ela terá o poder de decidir sobre quais procedimentos médicos irá passar e se vai ser ou não a doadora do rim que sua irmã tanto precisa.

Leia mais: http://www.psychobooks.com.br/2011/07/resenha-guardia-da-minha-irma.html
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Adriana 16/09/2011

Caramba! Esse é o tipo de livro que faz você terminar chorando rios, de queixo caído e ficar pensando na história durante dias e dias. Uma obra para tocar no fundo do coração e da alma, para levantar diversos questionamentos em nossa mente e nos fazer refletir profundamente sobre o certo e o errado, sobre vida e morte.

Conheçam e se apaixonem pela trama de uma menina, uma garota de 13 anos, que nasceu e vive toda vida para salvar a irmã. Anna é uma menina saudável, mas que passou grande parte dos seus dias no hospital, já enfrentou diversas cirurgias e procedimentos e tem várias restrições por esses motivos. Tudo isso porque sua irmã Kate possui um tipo raro de leucemia e necessita de diversas doações para continuar vivendo. Anna foi concebida por inseminação, de forma a ser a doadora perfeita, totalmente compatível com a irmã, para doar o cordão umbilical. Mas as células-tronco não foram suficientes para curar Kate, e durante vários anos, outros procedimentos e cirurgias tiveram que ser feitos.

Agora, com 13 anos, Anna decidiu que não quer mais ser espetada, viver em hospitais e ser forçada a fazer coisas que certamente prejudicam sua saúde física e mental. Para isso, ela procura um advogado e entra com uma petição de emancipação médica, que lhe daria o direito de decidir sobre o que é feito com o próprio corpo.

Não julgue precipitadamente. Esqueça qualquer pré-conceito que você tenha sobre doação. Apenas pare e pense em uma criança que viveu sua vida inteira a sombra da irmã, sendo definida por ela e sem ser vista por seus pais. Uma criança cujos desejos, medos, esperanças estão relegados a segundo plano, nunca importam, porque ela tem uma irmã com leucemia. Pensem em uma família totalmente desestruturada, que há 16 anos luta contra a tristeza e contra o mal, um mal que se abateu de tal forma sobre eles que contaminou todos os integrantes.

A grande questão neste livro é: até que ponto você vai para salvar uma vida? É justo tentar de todas as formas, mesmo quando isso passa por cima do direito básico de um ser humano? A Guardiã da Minha Irmã não é uma leitura bonita, é um relato triste mas extremamente comovente da vida real, de uma situação que poderia acontecer com qualquer um! Vamos alternando a narrativa entre os vários protagonistas, conhecendo seus pontos de vista e suas histórias, intercalando a trama central.

Uma obra fantástica e surpreendente, com uma edição super bem revisada e de escrita impecável. Quero ler todos os livros da autora urgente!!! Mais do que recomendada, minha única ressalva é com relação à capa, da qual eu não gostei, mas que retrata bem o enredo.Cada página tinha um quote divino, uma lição de vida, mas como não poderia escrever o livro todo, selecionei três para colocar aqui.

“– Não vou mudar de ideia – garanto, rolando a latinha entre uma palma e outra – Acho que só estou dizendo que, mesmo se a gente ganhar, a gente perde.” Pg. 312

“(…) é um salto enorme da ameba para o macaco e daí para um ser humano pensante. O mais incrível de tudo isso é que, não importa em que você acredita, deu bastante trabalho ir de um ponto em que não havia nada até um ponto em que todos os neurônios certos se acendem para que a gente possa tomar decisões. E o mais incrível ainda é que, embora isso já seja natural, nós ainda consigamos errar tanto” Pg. 260

“Não é justo, mas Kate sabe disso. Não é preciso uma vida longa para saber que raramente conseguimos aquilo que merecemos.” Pg. 339

Resenha em: http://mundodaleitura.wordpress.com/2011/08/31/jodi-picoult-a-guardia-da-minha-irma/
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Natalie.Biancovill 02/04/2024

Esse livro me destruiu
Me destruiu de formas que eu nem imaginava que poderia ser destruída. Pra começar ele causou no mínimo 10 crises existenciais sobre um assunto que até agora não sei a resposta. E pra fechar o final eu não estava esperando nem um pouco, juro? de todos os finais que eu tinha imaginado, esse não tinha nem passado pela minha cabeça.

Recomendo muito!
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Quemlefazfilme 11/07/2011

A Guardiã da Minha Irmã por www.quemlefazseufilme.com.br
A Guardiã da Minha Irmã
Título Original : My Sister´s Keeper
Jodi Picoult
Verus Editora

"- E o que fez vocês procurarem um geneticista ?
- Limitações de tempo - eu digo com fraqueza. - Não podíamos ter um filho atrás do outro até que um deles fosse compatível com a Kate. O médico examinou diversos embriões para ver se algum deles seria um doador ideal para ela. De quatro embriões, tivemos a sorte de achar um compatível, e ele foi implantado através de fertilização in vitro.
Nadya lê suas anotações.
- Vocês receberam cartas de pessoas indignadas, não foi ?
Brian assente.
- As pessoas acham que estamos fazendo um bebê sob medida.
- E não estão ? "

Jesse e Kate são os filhos mais velhos de Brian e Sara. A família estava perfeita e feliz. Um menino e uma menina lindos e saudáveis.
Tudo ia bem até que Kate foi diagnosticada com um tipo muito raro de câncer. A doença, o tratamento, a luta pela sobrevivência de Kate de uma forma geral, viram a razão de viver desses pais. Sem perceber eles acabam negligenciando a si mesmos, o filho mais velho e a bebezinha que chega não para completar a família, mas para salvar a vida de Kate.

Brian era um bombeiro apaixonado por astronomia. Ele registrou sua filha caçula com o nome de Andrômeda. Uma princesa oferecida em sacrifício que foi salva por Perseu.
Um final feliz o fez escolher esse nome como um presságio do futuro. E assim, Andrômeda ficou mais conhecida como Anna, a bebê que já nasceu com uma enorme responsabilidade : salvar a vida da sua irmã mais velha.

Anna sente falta de uma história para contar. Os colegas de escola tem várias histórias sobre o nascimento. Um namoro que evoluiu, um pai que queria muito um menino, uma mãe que não queria passar pela vida sem a experiência da maternidade, enfim, histórias que para Anna se resumiam a Kate e um álbum fotográfico que pulava etapas.

Anna doa saúde para Kate desde o cordão umbilical. Depois linfócitos, medula óssea, granulócitos, células-tronco periféricas . A lista cresce e sempre tem algo de Anna que Kate precise.
Os pais não hesitam, mas e Anna ? Alguém perguntou o que ela acha ? Alguém perguntou como ela se sente como doadora involuntária ?

O enredo te deixa literalmente boquiaberto. Um relato dramático de um família completamente desestruturada pela doença que teima em consumir um dos entes queridos.
Alternando a perspectiva dos envolvidos, somos apresentados aos relatos em primeira pessoa dos personagens. Até mesmo o advogado e a curadora tem suas perspectivas relatadas.
E tudo isso, deixa o leitor em completo nocaute. Ver a história de fora é uma coisa. Passar por ela e ver um filho ser completamente devastado pela doença, é outra completamente diferente. Não escolho nenhum lado porque todos tem suas razões e motivos nobres, mas acredito que Jodi Piccoult soube passar a mensagem do livro de forma brilhante.

O livro em uma palavra : devastador

*** Leia resenha completa em:
http://www.quemlefazseufilme.com.br/2011/07/guardia-da-minha-irma.html
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Jéssica Bonfá 17/12/2016

Não é uma resenha, é um desabafo..
Gente, que livro! Q u e l i v r o !!
Jodi tem O DOM!! Livro maravilhoso, surpreendente, sofrido!
Chorei horrores! E tô aqui escrevendo essas coisas sem nexo porque acabei de ler e ainda não assimilei que é só ficção, tô me sentindo na vida dos Fitzgerald!
Quer um livro maravilhoso e sofrido? Leia!
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CooltureNews 01/08/2011

Por: Junior Nascimento
Repetindo o que falaram e eu concordei na resenha de Quarto, sabe aquele tipo de livro que ao terminar a leitura você se vê como uma pessoa totalmente diferente, essas palavras se encaixam perfeitamente para o livro A Guardiã da Minha Irmã, ao terminar o livro me senti devastado emocionalmente, como se todo o drama vivenciando pela família Fitzgerald aconteceu comigo. E se preparem para muitas citações do livro nesta resenha, pois se fosse viável (e legal) eu o colocaria inteiro para vocês, definitivamente é um livro indispensável, mas ao começar a leitura não se esqueça de colocar ao seu lado uma caixa de lenços.

“Depois, ele coloca a chapa no painel de luz perto do quarto. As costelas de Kate parecem tão finas quanto palitos de fósforo, e há uma grande massa cinza quase no centro. Meus joelhos ficam bambos e agarro o braço de Brian sem perceber.
- É um tumor. O câncer entrou em metástase.
O médico coloca a mão no meu ombro.
- Sra. Fitzgerald, esse é o coração da Kate.”

Página 76.

Em A Guardiã da Minha Irmã, somos apresentados a um complexo drama familiar que teve inicio quando um tipo raro de leucemia atinge um membro da família, Kate, com 2 anos. Como ninguém da família é compatível, e no caso desta doença o doador teria que ser perfeitamente compatível, Sara e Brian (pais de Kate) resolvem ter um novo filho feito sob medida para que o sangue do cordão umbilical possa salvar sua filha. Até esse ponto, nada causa espanto na história, afinal todos já ouviram falar de casos parecidos. O problema é que esse tipo de leucemia que Kate tem é extremamente agressivo, e sempre teima em aparecer, e um tratamento utilizado anteriormente se torna sem efeito para ser utilizado uma segunda vez. Nesse ponto começa o drama de Anna, a menina projetada para ser a salvação de Kate, mas se transforma em um “banco de órgãos” para a irmã.

“ – Você já escolheu o nome?
Fico espantada ao me dar conta de que não escolhi. Embora eu esteja grávida de nove meses, embora tenha tido bastante tempo para sonhar, não parei para refletir sobre os detalhes dessa criança. Pensei nessa filha apenas em termos do que ela vai fazer pela filha que já tenho.”

Página 108

Anna teve que passar por vários procedimentos desnecessários para sua saúde e que, podemos dizer, a prejudicou. Mas esses procedimentos foram essenciais para manter sua irmã viva. por mais que isso possa parecer cruel com Anna, juro que não consigo criticar as atitudes tomadas por seus pais e isso me incomodava tanto na leitura do livro que me sentia extremamente mal e perdido. Enfim, Anna entra com um pedido de emancipação médica para poder ter o controle de seu próprio corpo. Esse é um livro onde não tem o “mocinho e o bandido”, quem quer que ganhe essa batalha estará perdendo.

“ – Qual você acha que é o melhor jeito de morrer?
- Não quero falar nisso.
- Por quê? Eu estou morrendo e você está morrendo.
Quando franzi as sobrancelhas, Kate insistiu.
- Está sim, – e então sorriu – eu só sou melhor do que você nisso.

Página 143.

Esse livro foi a base para um filme, no Brasil chamado “Uma Prova de Amor” com Cameron Diaz no papel de Sara, não sei dizer se o filme foi tão bem adaptado, o que é uma raridade hoje em dia, ou se a história é simplesmente ótima que pode ser contada em qualquer meio e ainda assim manter a qualidade. Esse é um caso raro onde uma adaptação de livro para o cinema não é medíocre.

Quem assistiu ao filme, não vai estranhar a forma com que a história é contada no livro, intercalando o presente com o passado, e cada capítulo sendo do ponto de vista de um personagem, ferramenta muito usada ultimamente.

Sabe aquela pessoa que está sempre ao seu lado, que nunca vai desistir de lutar por você, que é capaz de fazer tudo para te proteger e consegue se sentir culpada quando você faz algo errado e sofre as consequências? Sim, estou falando de nossas mães. Sara é uma mãe que não consegue aceitar o destino de sua filha e luta com tudo que estiver disponível para ganhar essa batalha. E você é capaz de culpa-la por isso?

Kate e Anna tem um irmão, Jesse, o garoto encrenca. Jessie é a ovelha negra da família, mora no apartamento em cima da garagem, bebe, fuma e pelo visto se droga. Mas isso não passa de uma película protetora que ele teve que vestir para sobreviver sendo o irmão de Kate e Anna, afinal ambas estão completamente envolvidas nesse drama familiar, e Jesse?

- Pai – eu disse – quando a gente vai?
Mas ele estava concentrado em juntar papel higiênico e enfia-lo debaixo do nariz de Kate.
- Pai? – repeti.
Ele olhou diretamente para mim, mas não respondeu. Seu olhar estava sem foco, me atravessando, como se eu fosse feito de fumaça.
Essa foi a primeira vez que achei que talvez fosse mesmo.

Página 257

O que achei mais incrível no livro é que os personagens secundários dessa trama tiveram seus passados bem relatados, como o advogado e a curadora ad litem de Anna. Com isso passamos a conhecer melhor eles e entender o porquê de determinadas decisões tomadas por eles.

Eu assisti ao filme a algum tempo atrás, e já esperava alguns acontecimentos do livro e na verdade me deliciei ao perceber que a adaptação foi muito bem feita. Mas o livro tem suas diferenças do filme, principalmente no final, eu demorei 3 dias para ler as últimas 10 páginas e me segurei para não colocar o livro no Freezer (Joey, Friends). Esse é mais um daqueles livros que quando termino a leitura, preciso de um tempo para começar a ler outro, preciso de tempo para controlar a represa que esse livro conseguiu abrir.

“Sou mãe, e o que tive que fazer como mãe nos últimos dezoitos anos é mais difícil do que qualquer coisa que já fiz em um tribunal. No começo da audiência, sr. Alexander, o senhor disse que nenhum de nós tem a obrigação de entrar em um prédio em chamas e resgatar alguém. Mas isso muda se você for mãe ou pai e a pessoa dentro do prédio for seu filho. Neste caso, não só todos compreenderiam se você entrasse para pegar seu filho… eles praticamente esperariam que você fizesse isso.”
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Melian 24/10/2011

Resenha - Blog Mell Books
O livro tem uma montagem diferente, ao invés de ser em terceira pessoa, como costumam ser, ou em primeira, pela visão do principal, o livro é contado pela visão de cada um, cada capitulo tem o nome do narrador, cada personagem conta da sua forma a visão do que está acontecendo, suas lembranças e o decorrer dos fatos.
Como vc´s viram na sinopse o livro Conta a história de Anna, uma garotinha que nasceu sob encomenda para salvar a irmã.
Sabemos e já vimos em novelas aki no Brasil que os pais realmente fazem isso e no caso na leucemia é bem indicado e é tambem bem efetivo, pois o cordão umbilical geralmente salva o leucêmico.
Mas no caso de Kate não foi assim, o tipo da leucemia dela entra em remissão e depois retorna as vezes com força total. Seus tratamentos são baseados em partes de Anna, sangue, medula, plaquetas e tudo o mais que ela puder dar. Depois de tudo Kate teve problemas renais e sua unica chance seria um transplante, mas esse transplante não seria seguro e nem cogitável se fosse de um doador sem compatibilidade maxima, e esse doador é Anna. Mais uma vez a garota é posta a prova e querem tirar-lhe um rim, como se ela já não tivesse doado o bastante para a irmã.
É assim que o livro começa, Anna decide processar seus pais, pois não deseja doar o rim a Kate, contrata Campbell para ser seu advogado, e a família de Kate por falta de opções tem Sara, a propria mãe das meninas como advogada da outra parte.
Anna é jovem ,tem somente 13 anos, como confrontar a mãe no tribunal? Como encara-la dentro de casa?
Campbell é ambicioso, e aceita o caso mesmo sabendo q Anna nunca poderia pagar seus honorários. Porém quando o juiz destaca uma curadora para o caso Campbell vê seu passado retornar, assim como Julia sente na pele tudo que tenta esquecer a 15 anos.
Falando agora de uma forma geral:
Por vezes odiei a mãe de Anna, quis enforca-la! Ficava nítida a preferencia dela por Kate! Não por ser doente, mas por outros motivos, se não fosse assim ela não teria deixado para lá a educação do seu filho mais velho Jesse o qual é um adolescente dificil, mas que pela negligencia dos pais se torna criminoso e cada dia que passa faz coisas mais absurdas, só para chamar a atenção.
O jeito como a história é abordada faz com que você fique do lado de Anna, a não ser que você realmente consiga se por nu lugar de sara e concordar com ela ( que não foi o meu caso) Brian é um pai atencioso, chefe dos bombeiros, tem pouco tempo com a familia e boa parte desse tempo ele passa no hospital com Kate, a impressão que tive é que ele é bom pai, e um bom homem, mas tudo isso é demais para ele.
Kate está internada e quase morrendo, é chegado o dia da audencia, e várias revelações são feitas.


O livro é tocante, uma história muito boa de ler, você se coloca no lugar dos personagens, e percebe que por trás de tudo a outros pensamentos e sentimentos, mas só sabe de tudo no final.
A leitura é agradavel e corre bem, afinal não é um livro pequeno.
Agora o mais importante, minha impressão sobre o final do livro:
o final pelo menos para mim foi totalmente inesperado!!!!
Nunca que eu esperava por aquilo!
Foi chocante!!
Nathy 07/11/2011minha estante
Para mim também foi chocante o final!


Pati 08/01/2012minha estante
Concordo bastante. Principalmente pq também houveram momentos que eu quis matar a Sara, parecia clara a preferencia dela pela Kate! Mas, pelo final, eu consegui entender ela melhor...
Gostei muito da sua resenha.




Helder 12/09/2012

Um livro muito especial
Há tempos queria ler este livro. Tenho curtido a literatura que faz pensar. Não preciso de finais felizes; gosto de livros que me tragam divergências de pensamento e mostrem que a vida não é nada cor de rosa. Será que virei masoquista? Acho que não. O que me interessa não é o sofrer, mas sim o pensar e discutir. E este livro é um prato cheio.
A estória é extremamente envolvente, e tão bem escrito que é difícil acreditar que Jodi Picoult não tenha vivido aquela estória. O livro é narrado sob 6 pontos de vistas diferentes, e a autora consegue nos aproximar de todos eles. Conseguimos sentir todos os seus dilemas.
O livro já pega o leitor desde o inicio, onde conhecemos Anna, uma menina de 13 anos que decide contratar um advogado para processar seus pais. Ela requer sua emancipação médica, pois quer ser responsável por decidir o que fazer com seu próprio corpo.
Ela é irmã de Kate, que tem leucemia desde os 2 anos. Hoje, com a ajuda de Anna, ela conseguiu chegar aos 16 anos e é considerada um milagre genético. Quando a pequena Kate é diagnosticada com uma grave leucemia, a família faz diversos testes, mas descobre que nenhum membro é compatível para ser doador. É ai que surge uma nova opção: Ter um novo filho. E com um tratamento genético, Sara e Brian, os pais da pequena Kate, conseguem gerar uma criança compatível com a irmã.
A intenção era usar somente o sangue do cordão umbilical para ajudar Kate, porém sua leucemia sempre retorna, e assim começa a peregrinação de Anna, sempre junto à irmã, doando sangue, plaquetas e até a medula em procedimentos médicos nada fáceis para uma criança. Eu sofro vendo meu filho tomar vacina. Impossível não sentir a dor daquela família precisando submeter a criança aquilo para obter um bem maior.
Porém a doença de Kate é tão grave, que novos órgãos são atacados, e no momento ela precisa de um transplante de rim.
Sara, a mãe de Kate e Anna, acha óbvio que este rim venha de Anna. Mas é isso que Anna quer?
E vc? O que faria? Vale a pena fazer um filho sofrer, para diminuir o sofrimento do outro? E se fosse seu irmão, vc se submeteria a todos estes tratamentos?
Para completar a idéia incrível do livro, Sara, que estudara direito, decide ser sua própria advogada. E assim, temos um embate no tribunal entre Campbell , o advogado meio canalha contratado por Anna e sua mãe.
É impossível não ser tocado por esta estória e muito difícil escolher um lado. Temos ainda o ponto de vista de Brian, o pai, que prefere seu trabalho de bombeiro, a ter que apagar os incêndios de casa, Jesse, o filho mais velho que de tanto se sentir desnecessário começa a se perder, e os advogados Campbell e Julia, que tem que acertar contas do passado.
A cada pagina nos envolvemos mais com o drama desta família e é impossível não se emocionar em diversas partes, principalmente nas partes do tribunal ou nos flashbacks em que Sara tenta lembrar de momentos alegres na vida de Kate.
Além de drama, o livro é um verdadeiro suspense. Anna vai conseguir Não doar o rim para sua irmã? Mas e se sua irmã morrer, como ficará esta família? Anna é egoísta ou sensata? Quem tem razão nessa estória?
Eu sinceramente terminei sem esta resposta e espero nunca precisar fazer esta escolha. Mas tenho certeza que a discussão sobre este livro renderia um fórum, e não só uma resenha.
Porém, infelizmente não curti o final. Aliás, em minha opinião existem dois finais. O final 1, é quando descobrimos o motivo de Anna ter entrado com aquele processo, uma importante reviravolta na estória e um momento em que é impossível não se solidarizar com todos os envolvidos e seus motivos. O final 2, é o que vem depois, e esse, para mim quase estragou tudo, trazendo uma solução extremamente “simples” para algo que vinha caminhando de maneira tão complexa. Eu acho sinceramente que não ficaria chateado se o livro tivesse um final aberto, tipo “o leitor decide”, mas a autora preferiu resolver a questão de outra maneira, o que para mim tirou muito da força que o livro tinha alcançado.
Só por este final besta, fica com 4 estrelas.
Fiquei tão envolvido com a estória, que na sequência assisti ao filme. Este consegue ser ainda mais triste, mas tem um final muito mais honesto (Mesmo que tenha sido criado com medo de perder público).
Recomendo este livro a todos que queiram um livro que faça pensar. E desejo sinceramente a todos que nunca precisem escolher.
Ravete 28/06/2013minha estante
Eu achei o final do livro bem mais triste que o filme. Muito injusto, eu diria. :(


Eli Coelho 04/03/2017minha estante
Vendo o filme. Não encontrei o livro.




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