Peregrino

Peregrino Marcos Monjardim




Resenhas - Peregrino


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Mania de Ler 19/07/2011

Peregrino
As terras geladas da Huega enfrentam seu pior inverno. O clã Baharan que vive as margens do rio Huega-Igur, tem que lidar com o frio exacerbante e com a possibilidade de um ataque inimigo a qualquer momento.
Os demais clãs da região que sempre invejaram a posição privilegiada dos baharans, decidiram se unir para destruí-los e se apoderarem de suas riquezas.
Será a iminência desse ataque que mudará o curso da história.

Enoque e Thiers são dois jovens baharans e cada um deles defende uma maneira de lidar com a situação.
Thiers acredita que é possível alcançar a vitória sem arriscar a todos em uma luta direta. Apenas utilizando boas estratégias, o conhecido terreno e o frio intenso a seu favor.
Já Enoque tenta convencer a todos que a única solução para o problema é um ataque imediato, corpo a corpo, afinal são guerreiros praticamente invencíveis.
Após longo debate Thiers convence a todos que sua estratégia é a melhor. E quando o clã sai vitorioso do embate, o ódio de Enoque extravasa como comportas abertas.

Por mais que ame seu clã o desejo de destruir Thiers é ainda maior, e Enoque será capaz de uma traição sem precedentes na história do clã.
Destruído e derrotado, Enoque recebe a pior de todas as punições: o exílio, e promete vingança.
Entretanto um sonho, fará com que Thiers também abandone sua terra em busca de um lugar que ele não sabe qual é e muitos menos onde fica. Para guiá-lo existe apenas a confiança de estar fazendo o que é certo e a fé no falcão peregrino, a ave mágica que guia a alma dos guerreiros aos deuses.

O destino de Thiers e Enoque estava entrelaçado e o reencontro mesmo após muitos anos terem passado e mesmo após ambos cruzarem o continente de norte a sul era inevitável. Será esse reencontro que mudará para sempre o destino de tudo e de todos em seu caminho.
Um lutará por amor e pela justiça. O outro movido apenas pelo ódio e pelo desejo de vingança. E o resultado de tudo isso será algo surpreendente.

Um livro mágico, encantador, especial.
Marcos consegue ser detalhista sem se tornar cansativo, e a riqueza de detalhes é tanta que é possível sentir o vento gelado da Huega e o calor escaldante de deserto de Aynol.
Os personagens são todos bem construídos e possuem personalidades marcantes. Até mesmo aqueles que passam brevemente pela história ficam marcados em nossos corações.
Confesso que gostaria de escrever muitos outros detalhes sobre a história, porém seria impossível fazer isso sem soltar spoilers, e um dos melhores pontos do livro é ir desvendando pouco a pouco os mistérios criados por Marcos e se surpreender com cada um deles.

São diversos os povos envolvidos nessa história e cada um deles possui culturas, crenças e objetivos diferentes.
As lutas são de tirar o fôlego. Com todos os tipos de armas antigas que você possa imaginar: arco e flecha, bastões, espadas, facas, cimitarras.
Guerreiros destemidos que não fogem a luta mesmo quando a derrota é a única certeza.
E mulheres excepcionais. Com personalidades únicas e que irão determinar o destino de muitos personagens. Algumas são totalmente e incrivelmente boas e justas, enquanto outras são detestáveis e totalmente más.

Fico feliz em poder dizer que essa obra é fruto da mente de um escritor brasileiro.
Recomendo e convido todos vocês a descobrirem esse encanto e desvendarem esses mistérios nas asas de um Peregrino.

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Lady 15/03/2012

É muito difícil resumir a história de Peregrino, pois ela envolve muitas histórias menores, muitos e muitos anos de acontecimentos narrados, e vários personagens importantes. Eu gastaria metade desta resenha só falando do enredo do livro, e ainda faltaria informação. A história, que começa bem antes de Thiers decidir deixar a Huega, toma rumos inesperados e se transforma com tantos altos e baixos e transformações tão intensas que para mim é impossível resumir tudo de uma maneira aceitável e compreensível. O que não falta em Peregrino é história pra contar; e boas histórias, como todo bom livro de fantasia deve ser.
Dentre os pontos fortes do livro, além da grande jornada narrada, cito os personagens. Pra mim, nenhuma história se faz sem personagens interessantes, e isso Peregrino tem de sobra. São tantos que nem sei se lembro de todos os nomes, e todos com personalidades tão únicas, distintas e demarcadas que eles se tornam muito reais. É impossível ler sem tomar partido de uns ou outros personagens e sem se apegar a vários deles. Jonas, o amigo fanfarrão de Thiers, é meu favorito! Um alívio cômico, sem perder a intensidade emocional. Além disso, gostei do detalhamento fornecido sobre elementos de cenários e de objetos utilizados em alguns lugares, além do aprofundamento nos costumes e crenças de cada "aldeia" descrita. E, pra minha alegria, grandes e épicas batalhas, todas muito bem narradas e descritas!
Tem seus pontos fracos, claro. Começo pela revisão completamente inexistente da Editora. Sério, tem cada erro de digitação que não sei como permitiram que o livro fosse impresso desse jeito. Coisas que atrapalham MUITO a leitura, e é de um descuido anormal por parte da editora. Fail total.
Senti falta também de algumas coisinhas também. Por exemplo, quando Thiers se envolve com Marcelle (que virá a ser sua esposa), a coisa toda acontece muito rápida aos nossos olhos, simplesmente porque não temos nenhuma informação de como o relacionamento deles foi se construindo. Numa hora eles se conhecem, na outra estão juntos pra vida toda. São cortes muito bruscos de um pedaço da história muito necessário pra dar mais verdade à relação, que pra mim pareceu quase falsa. Esse problema de cortar nacos de tempo não se dá só aí, e esse pra mim foi o maior erro do autor Marcos Monjardim. Não o pular-o-tempo em si, mas não dar ao leitor uma referência de quanto tempo se passou. Até agora não sei em quantos anos a história se passa, porque essa informação simplesmente não existe. Dificultou bastante pra acompanhar alguns acontecimentos.
Enfim, é um bom livro, recomendado a quem curte literatura fantástica e quer descobrir um novo mundo, com novas aventuras e um novo talento brasileiro :)
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Suhet 23/10/2012

Peregrino

Marcos possui uma escrita própria e trás um intrigante épico que nos leva a viajar, voar junto ao peregrino pelas aventuras de sua história.

Peregrino conta a história de
Thiers, um guerreiro das gélidas terras da Huega. Ele percebe que chegou a hora de partir, que há algo no mundo lá fora a sua espera.

Nessa jornada em busca de algo que ele mesmo desconhece, o destino cuidará de entrelaçar seu caminho com sombras de seu passado.

Alguns assuntos inacabados irão ressurgir. Ódios irão despertar.

A luta pelo governo das terras do grande continente começará; paralelo com a luta de dois inimigos mortais.


Os lugares criados pelo autor durante a história são espetaculares. Faz nos sentir em cenários maravilhosos como os do livro de O Senhor dos Anéis.

Marcos criou um novo mundo. Nele despertou novos povos e culturas como os Narnys, Brantianos, Turahnianos entre outros.

Não importa em que ponto a história esteja, há sempre algo a observar. Algo que emoldura a história sem exceder o limite da descrição e não trazendo aquela velha canseira trazida nos excessos.

Há um povo em especial, os Chamados Narnys, eles me despertaram um interesse em especial. Há uma graça em sua forma de vida, algo que se assemelha minimamente aos Elfos de Tolkien. Lógico que não com toda aquela magia e imortalidade, mas com a mesma essência.

Imaginem povos vivendo em casas construídas nas árvores. Um povo separado dos demais e, uma única mulhe, que fará inconscientemente o destino do mundo mudar.

Um único sonho e a trajetória do destino de muitos começarão a se cruzar.

Não pense que na história há só alegria.

Turah é um forte construído em meio ao deserto de Aynol e é através da bela sultana Kari di Helka que Marcos mostra como um povo pode ser cruel e sem amor.

A sultana se mostrou um personagem tão forte para mim, que é como se ela quisesse tomar a história para si.

Kari é linda, inteligente e mandona. Seu ego caminha metros a frente dela o que a torna muito mais charmosa e intrigante.

E do mesmo modo como Marcos me fez gostar dela, ele me fez odiá-la com a mesma intensidade.

Mas em meio à guerras, lutas por poder e acertos de assuntos inacabados entre dois inimigos mortais, o autor consegue equilibrar a leitura inserindo um personagem, que hoje vejo como essencial para a trama: Jonas.

Não consigo imaginar Peregrino sem ele.

É com esse personagem que Marcos dá um novo fôlego para a história, dosando em tempo certo seu humor.

É Jonas o responsável por aqueles sorrisos soslaio que vocês exibirão durante a leitura.

Já Enoque é o oposto de Jonas. É sagaz, sabe manejar a espada e conseguiu logo nos primeiros capítulos, fazer com que eu o odiasse.

É interessante, como você consegue admirar uma pessoa por sua inteligência e odiá-la por suas atitudes.

Em algumas partes Marcos deixa de relatar cenas importantes para a construção da história. Faltou mais guerra, mais luta, mais romance.

Partes da trama inexploradas, que se melhor trabalhadas melhorariam em muito a qualidade da obra.



Critérios de avaliação:

a) Arte da capa.

Acredito que Guilherme Perez fez um excelente trabalho com a capa de Peregrino.

Com poucos elementos o ilustrador conseguiu transmitir a essência da história. A imagem dos olhos do Falcão Peregrino unida à espada ao chão foi muito bem empregada.

E tudo isso junto com a cor forte do laranja no entardecer contrapondo-se com o preto da noite que se aproxima, faz o leitor se incitar muito mais para ler o livro.


b) Trama.

Durante a trama Marcos abriu muitos caminhos e conseguiu lidar bem com quase todos.

Peregrino perde pontos pela falta de exploração dos romances contidos na trama.

Algumas partes da história aconteceram muito rápidas, o que me deixou pouco insatisfeito.

As camadas da história foram bem aproveitadas, com coerência e um andamento de leitura bem rápido e contínuo.




c) Caracterização de personagens.

Peregrino possui personagens muito fortes. Não existe um personagem que você pode dizer que não faria falta na trama.

Cada um exercer seu papel no seu devido tempo e não perde sua importância com o andar da carruagem.


d) Qualidade do livro (papel, letra, erros e etc).

A diagramação de Peregrino é bem simples. Meu exemplar é de folhas brancas (o que eu não gosto, prefiro as folhas amareladas, por serem mais grossas e causarem menos cansaço nos olhos).

A encadernação feita pela Multifoco também deixa a desejar, pois em pouco tempo a película que protege o livro começa a sair.

Acredito que o peso mais forte está nos muitos erros gramaticais do livro, pois a editora Multifoco não realizou a revisão necessária.


e) Comparação com outras obras do gênero

Em comparação com outras obras do gênero, Peregrino consegue atingir patamares consideráveis.

Marcos certamente conseguiu colocar Peregrino entre os melhores títulos lançados em 2011 no mercado nacional
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Diego 05/10/2011

Peregrino - Marcos Monjardim
Nesta aventura fantástica pelo Grande Continente, Marcos Monjardim traz um novo universo de batalhas, guerras pelo poder, romance, busca por justiça e conflitos...nada escapa aos olhos do Peregrino.

O autor narra com maestria cenas rápidas e de tensão. Batalhas, ataques, descrições...tudo muito visual e bem construído. Consegue criar uma imersão tão grande na história que a leitura flui perfeitamente bem. Nos sentimos dentro de um filme e, em alguns momentos, até mesmo dentro de um jogo de RPG.

Em Peregrino, conhecemos Thiers e Enoque, dois companheiros do clã dos baharans. Os caminhos traçados por eles formam e transformam a história do livro. Conhecemos a Huega, os narnys e tantos outros povos. Somos apresentados às suas culturas, seus problemas, conflitos e ambições. Tudo isso sem perder o bom humor: o brantiano Jonas carrega o alívio cômico do livro.

A narrativa é corrida por pontos de vista. Temos, a cada momento, a visão de um dos personagens, somos informados sobre as outras faces da história no decorrer da trama. Em alguns aspectos, lembra o estilo que George R. R. Martin utiliza em A Guerra dos Tronos e, particularmente, acho interessante a construção dessa forma, cai bem no estilo do livro.

Suspenses são criados e revelações são feitas no decorrer dos capítulos, causando uma interessante sensação no leitor, que fica na expectativa, fazendo suas apostas e tentando seguir a linha de raciocínio do autor.

Apesar de ter gostado muito da construção dos personagens, senti que alguns deles poderiam ser melhor explorados. Nada que atrapalhe a narrativa, apenas algo pessoal.

A história é muito bem construída, várias tramas são criadas paralelamente, o que significa que, a todo momento, o leitor está entretido e curioso a respeito de diversos fatos. A resolução de uma ponta não leva à estagnação do livro, mas desencadeia novos rumos e possibilidades para a narrativa.
O principal, se não o único, ponto negativo do livro está na revisão. Vários erros de digitação são encontrados nessa edição. Já conversei com o autor sobre isso e o erro não se repetirá nas próximas. Realmente ouve uma grave falha por parte da editora, que já foi comunicada.

Lançado este ano, Peregrino é um livro que já tem posição de destaque em minha estante, sendo uma de minhas apostas nacionais nessa nova "explosão" de autores e livros que estão surgindo. Leitura mais que recomendada!


LiUmLivro.com
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Jau 25/08/2012

Apresento-vos: Peregrino
Peregrino se passa em um mundo próprio, cheio de reis, lordes, bandidos, florestas, prados e desertos. A historia começa nas terras geladas da Huega, onde nos são apresentados os personagens principais e a briga de jovens que passa a ser o inicio de TUDO. Os dois saem de sua casa, a Aldeia dos Baharans, para correr atrás de seus destinos. E os caminhos e escolhas que fazem moldam toda a historia. Thiers e Enoque são antônimos em tudo. Thiers é sempre equilibrado, racional e impulsionado por seus sentimentos. Enoque é orgulhoso, impulsivo e obstinado. Mas ambos são muito habilidosos.

Bem, não sei como dizer as coisas sem contar a historia.
Acontece que Thiers tem um sonho mostrando casas na arvore, e acaba por procurar o lugar do sonho. No meio da viagem conhece Jonas, um rapaz enviado por sua aldeia para procurar um guerreiro. E a amizade dos dois está formada. Uma das coisas legais é que a amizade deles permanece durante toda a trama, eles se tratam como irmãos. Já a algum tempo não tinha lido algo assim, essa coisa do amor fraternal puro, sem traições...

Jonas é o palhaço do livro, mas a diversão não é só por conta dele. A sua presença nas cenas, até quando ele é só mencionado sempre traz algo de mais leve e engraçado.
Thiers é sempre um líder e alguém cheio de bom senso e amigos leais. Enoque também é um líder incrível cheio de estratégias, mas a sua vida é movida mais por sua vontade.

O romance em Peregrino não é bem desenvolvido, mas isso não é algo ruim para mim. Afinal a historia é mais épica, fala da honra, do heroísmo e de como os sentimentos das pessoas podem mudar o mundo. O amor romântico é um entre tantos outros sentimentos narrados que acabam moldando essa historia. Além dele tem a amizade, o orgulho, a vingança, o medo, a imparcialidade... O que não faltam são situações onde todos esses sentimentos são impressos.

O livro tem alguns problemas , como várias resenhas já disseram parece que faltou um editor. Mas isso o Marcos já está resolvendo. =D
Acho que a falta de editor é a razão de alguns erros básicos de digitação (o que é algo normal, esse meu texto está cheio deles) e a falta de consistência em alguns períodos. Outras duas coisas que me incomodaram: Uma é que o Marcos procura sempre nos imergir na cena e imprimir os sentimentos dos personagens. Acho isso ótimo, mas na minha opinião haviam personagens que não tinham importância o bastante pra que eu soubesse oque ele estava sentindo. A outra é que ele tem o costume de fechar os capítulos, de forma que quando um capitulo terminava eu sentia como se tudo estivesse acabado, e acabei relaxando um pouco na leitura, demorei um pouco mais do que o normal para terminar o livro. Ou talvez a culpa tenha sido minha mesmo que não largava da internet pra nada.... >.<

Mas a minha revolta maior foi o material do livro. Sim, isso mesmo, peguei essa doença na faculdade. Fico olhando material, diagramação, cores, disposição do texto, etc e tal. A primeira coisa que faço é olhar na ultima pagina do livro procurando o colofão. Fico pensando que poderia ter sido desse ou daquele jeito.... enfim.
Quando recebi o livro eu disse ao Marcos que ia dizer para ele o que tinha achado, e prometi que se eu gostasse faria algo para ele, se não, bem...

Não sei se consigo me expressar direito assim escrevendo, sou prolixo pra falar e pior ainda pra escrever. Sendo assim deixe que isso mostre se eu gostei ou não, veja qual a minha real impressão sobre Peregrino no booktrailer que fiz.
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Alineprates 24/02/2012

Peregrino conta a história de Thiers e Enoque, dois grandes guerreiros das Terras Geladas do norte, de Huega, ambos fazem parte do clã Baharan.


A aldeia dos Baharan possui uma posição privilegiada nas terras geladas de Huega, fornecendo comida durante os rigorosos invernos. O clã também possui valiosos guerreiros que lutam para manter a posição da aldeia e sobreviver aos invernos.

A trama gira em torna dos conflitos de Thiers e Enoque, cada um em busca do seu ideal.

Thiers é um grande estrategista, que sempre procura evitar conflitos, apesar de ser um grande guerreio. É uma pessoa justa e sempre busca fazer o melhor para todos.
Já Enoque é um guerreio impulsivo com sede de batalha. Uma pessoa orgulhosa, tomado pela inveja e a ganancia. Seu desejo por vingança o torna uma pessoa fria e até mesmo cruel.

Achei o Peregrino um leitura muito agradável, de narrativa fácil e ágil, apesar de suas 444.


Marcos Monjardim consegue contar uma aventura de forma fluída e bem divertida.
O enredo é cheio de ação e reviravoltas, deixando o leitor ansioso o tempo todo. A história também conta com personagens maravilhosos e cativantes. Além de diversos lugares muito bem descritos, narrados com tanta habilidade que você se sente transportado para lá.

Infelizmente existem alguns erros de concordância e ortografia. Acredito que faltou atenção da editora na hora da revisão, mas nada que atrapalhe na leitura. Apenas acho que as editoras deveriam valorizar mais os autores nacionais.

Fiquei com vontade conhecer um pouco mais sobre a infância Nathalie.

Enfim, O peregrino é um ótimo livro para quem curti romances medievais, cheio de batalhas épicas, intrigas e ação. Uma história de amor, amizade e esperança. É difícil falar muito do livro sem soltar Spoilers, mas recomendo a leitura dessa aventura fantástica.
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Joelma Alves 05/06/2012

Peregrino
Há 15 dias recebi o livro Peregrino, do autor Marcos Monjardim pelos Correios. Quem me enviou foi a Aninha, do Ofício dos Livros, a primeira participante do Book Tour Peregrino. Estava muito ansiosa para ler o livro, principalmente depois que li a entrevista que o Marcos deu para a fofa da Nanda, do Viagem Literária.

Vocês podem conferir a entrevista AQUI, mas vou dizer o que mais me chamou atenção nela: o Marcos conta que o nome de um dos protagonistas do livro, o guerreiro Thiers, foi uma homenagem a um amigo de infância que faleceu ainda criança. Achei isso tão fofo que já comecei a ler o livro amando o Thiers, e com certeza vou me lembrar da sua bravura e inteligência por muito tempo.

Peregrino conta a história de dois guerreiros das Terras Geladas do Norte, Huega, mas acima de tudo conta a história de todo o Grande Continente, que é afetado pela vida e atos desses guerreiros, chamados Thiers e Enoque. Os dois fazem parte do clã Baharan, que possui valorosos guerreiros que lutam para manter sua posição privilegiada nas terras geladas de Huega dos outros clãs, sempre prontos a lutar por um lugar melhor para resistir aos rigorosos invernos de Huega.

Thiers e Enoque estão sempre em confito, e na busca dos dois por sua 'lenda pessoal' (pego emprestada essa expressão que conheci lendo os livros do Paulo Coelho e que se encaixa perfeitamente nessa história) estão sempre sendo acompanhados pelo Falcão Peregrino, que representa o Divino para todos do clã Baharan.

"- E quem é o peregrino?
- Por enquanto um homem, um pai, um amigo; um morto, e se depender de nós... uma lenda." pág 313

O que eu gostei bastante no livro foram as reviravoltas que a história sofre! Quando você acha que um conflito vai durar até o final do livro, ele se resolve e novas informações vão sendo adicionadas, novos personagens são inseridos sempre de forma lógica. Também há uma variedade de climas e relevos, o Grande Continente possui desertos, florestas, terras geladas, uma parte banhada pelo mar. Tudo isso faz com que o leitor consiga imergir nesse continente fantástico e vasto.

Falando em variedade, não posso deixar de citar os muitos povos que povoam o Grande Continente, temos os Narnys, guerreiros da Floresta da Desesperança, os Guerreiros de Vizu, que vivem no Deserto de Aynol, os Turahnianos, os Brantianos e ainda muitos outros.

Peregrino também tem em seu curriculum batalhas épicas entre esses povos, uns buscando apenas glória, poder e luxúria. Já outros tentam, através da batalha, reaver seu direito de serem livres e prósperos.

Thiers é o típico guerreiro altruísta, que sempre busca o melhor para os que estão ao seu redor. Além de grande estrategista, é uma pessoa amorosa para com os seus e muito honesto. Eu o considero o maior guerreiro já visto eu todo o Grande Continente.
Já Enoque, o grande vilão de Peregrino, também é um grande guerreiro, mas deixa que a inveja e a ganância contaminem todos seus pensamentos, transformando-o em uma pessoa amarga e extremamente má.

Citarei aqui alguns personagens que me marcaram bastante: Jonas, o brantiano falastrão e grande parceiro de Thiers, que me fez rir sozinha várias vezes durante a leitura de Peregrino. Nathalie, uma guerreira hábil e justa. E a Sultana Kari di Helka, uma mulher poderosa e sem escrúpulos.

Como nós, leitores brasileiros, sabemos, não é fácil publicar um livro por essas terras. O Marcos conseguiu um grande feito em ser publicado, mas a Editora acabou não dando a devida importância a revisão do texto de Peregrino, o resultado foram alguns erros de digitação/grafia/concordância. Mas como leitora digo que isso não prejudicou a leitura do livro. Apenas é um ponto a ser corrigido para novas edições.

"Obrigado, papai. Às vezes me pergunto como consegui chegar a idade adultasem me jogar dentro do fosso da aldeia. - Jonas comentou com escárnio, mas certo humor que levou a todos a romperem em gargalhadas. Definitivamente, ninguém o levava a sério." pág 108

Peregrino foi uma leitura muito agradável, consegui ler bem rápido. A história flui bem e sempre há um novo acontecimento que prende a atenção do leitor, com batalhas épicas, muitas reviravoltas, intrigas, jogos de poder, amor e amizade.
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M. Scheibler 30/01/2015

PEREGRINO é um misto de épico com fantástico. Mostra-nos toda a ganância e busca pelo poder que tanto marcaram nossa história, através de personagens fortes e de personalidade marcante, com destaque para o engraçado Jonas, o arrogante Enoque e a guerreira Nathalie. O respeito à honra e a memória dos ancestrais é bem disseminada.

O livro não poupa em detalhes na hora das batalhas, apresentando muitos braços, pernas e cabeças cortadas. Quem não tem estômago não pode se aventurar nessas páginas!!! O texto não mostra um período histórico específico, mas se situa aproximadamente pela Idade Média, pois se fala em arcos, flechas, aríetes, catapultas, inúmeros reinos, etc.

A obra peca no excesso de erros de ortografia, muitas delas, aparentemente, causadas por pressa na digitação e sem correção posterior, o que não tira a qualidade da trama.
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