Guerra

Guerra Sebastian Junger




Resenhas - Guerra


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Igor_Resenha 26/12/2023

Reflexivo e necessário !!!
Acredito que seja um livro COMPLEMENTAR para aqueles que gostam de ler sobre guerra. O livro vai usar o cotidiano de um pelotão de combatentes americanos lotado em uma das regiões mais remotas e mais perigosas do Afeganistão (Korengal) como pano de fundo para as reflexões do autor/jornalista sobre a guerra. Particularmente já li muitos livros de guerra e sou apaixonado pelo tema, aqui estão reunidas muitas das reflexões e conclusões que eu mesmo cheguei com minhas leituras. É o livro que falta na estante de todo leitor que se interessa pelo tema. Diversos temas serão abordados de forma profunda e brilhante como, por exemplo, o que significa combater, morrer e amar em uma situação de guerra....o que passa na cabeça do soldado quando todo dia a vida parece incerta e não há qualquer contato com o que anos antes era sua realidade. Será que os jovens soldados morrem pela pátria? Pela vitória? Pelo sentimento de heroísmo/bravura? Ou apenas para proteger seus irmão de arma?! Leia o livro!!! Ele pode ser uma obra curta, mas a mensagem é poderosa !!
Deixo aqui um trecho como degustação: "É um pensamento tolo e constrangedor, mas que vale a pena admitir francamente. Homens sãos e bons com frequência têm sido atraídos pelo combate, e qualquer pessoa interessada na ideia da paz mundial deveria saber o que eles procuram. Não é necessariamente matar - isso não poderia estar mais claro na minha cabeça -, mas o outro lado da equação: proteger."
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Camila 16/09/2022

Não me agradou muito
Eu comprei esse livro há anos em uma Bienal do Livro que eu fui e eu até tinha começado a ler, mas abandonei e consegui terminar este ano. Não é uma leitura fácil porque a grande maioria dos termos bélicos que o autor usa, eu simplesmente não entendi.

Esse livro é escrito por um jornalista que acompanhou soldados americanos por pouco mais de um ano durante a campanha militar no Afeganistão. Achei uma confusão de nomes, nunca sabia quem era quem e quem foi que morreu. A narrativa por muitas vezes se concentra em falar de armamentos ou explicar táticas de guerra e isso ou era confuso ou meio chato.

Um ponto positivo do livro é como o autor explica certos comportamentos humanos, como o medo, através da psicologia ou de estudos que foram realizados durante outras guerras. De qualquer forma, não gostei muito desse livro não. Mas pelo menos consegui terminar de ler e ele não ficou totalmente abandonado na estante.
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Rbraga 28/09/2020

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@retratodaleitora 30/01/2016

Denso, provocante, incrível
"A guerra é muitas coisas ao mesmo tempo, mas é inútil querer fingir que não é excitante. É insanamente exitante. A maquinaria da guerra, o barulho que ela faz, a urgência de seu uso e as consequências de quase tudo que lhe diz respeito são as coisas mais exitantes que alguém que participa de uma guerra conhecerá na vida."



Sinopse: Durante quinze meses Sebastian Junger acompanhou um pelotão de infantaria do Exército dos Estados Unidos baseado numa remota área do Leste do Afeganistão. A intenção era ao mesmo tempo simples e ambiciosa: transmitir a experiência dos que lutam em um campo de batalha, contar como se sente quem participa de uma guerra. O autor dirigiu com Tim Hethertington o documentário Restrepo, vencedor do Grand Jury Prize no festival de Sundance, além de indicado ao Oscar 2011 na categoria documentário. Guerra descreve, com sagacidade e emoção, uma experiência de vida que há milênios tem sido um ritual destinado aos jovens e fortes: algo que poucos de nós, no conforto de nossas rotinas, realmente compreendemos, e que continua sendo uma prova definitiva de caráter.

Guerra é um livro de não-ficção onde o autor vai narrar sua experiência acompanhando um pelotão de infantaria guerreando no Afeganistão. Com muita propriedade, Sebastian nos narra o dia a dia dos soldados em meio ao risco iminente de morte; não só a deles próprios, mas de seus colegas. Ali, no fogo cruzado, são como uma grande família de homens dispostos a sacrificar a vida para salvar a de seus companheiros. Eles lutam juntos, sobrevivem juntos e permanecem unidos.
Sebastian não narra apenas dias "comuns" da vida deles ali. Como permanece com o pelotão durante muitos meses, presencia momentos de guerra; tensão, mortes e muita, muita dor. Além do tédio.
Sim, tédio.
Quando não estão matando ou sobrevivendo - ou esperando um ataque do outro lado - os soldados vivem o terror do tédio. O autor mesmo admite que, às vezes, o tédio era pior até que alguns tiroteios. Na verdade, quando já há muito não tinha combate, os soldados ansiavam - sim, eles ansiavam - por tiroteios. Para fazer o que foram fazer...
Segue um trecho sobre isso:

"O tédio é tão implacável que os homens desejam abertamente um ataque. Certa manhã, no calor de enlouquecer, o tenente Gillespie anda de um lado para o outro murmurando: "Por favor, Deus, traga-nos um tiroteio."

O autor dá um panorama bem legal sobre a guerra em si. Como funciona; por quê existe; as questões humanitárias, politicas e socioeconômicas... E, também, sobre o lado psicológico de tudo isso. Os soldados, como qualquer pessoa, sofrem com as perdas de seus amigos, com os ataques, com a saudade, com o dever... E isso só para começar! Resumindo: uma hora isso vai explodir.
O que acontece quando voltam para casa depois de meses acordando com barulho de bombas; lidando com o luto? Com os riscos? Tudo isso é explorado nesse livro. E as partes que envolvem mais psicologia e biologia foram, para mim, as mais intensas e interessantes.


"Quando dizem que sentem falta da guerra, não é que sintam falta de levar tiros - teriam que ser mentalmente perturbados para isso; sentem falta de estar num mundo em que tudo é importante e nada é certo. Sentem falta de estar num mundo em que as relações humanas dependem totalmente de sabermos se podemos confiar nossa vida à outra pessoa."


O livro se torna cem por cento mais forte quando nos damos conta de que tudo isso, TUDO, realmente aconteceu, e foi documentado. Esses homens que aprendemos a gostar/admirar - e precisamos nos despedir de alguns no decorrer do livro - realmente existiram. Eles viveram todo o trauma. É insano e ao mesmo tempo é incrível acompanhar a trajetória desses homens. Da vida em casa, antes da guerra, até o terror contínuo de uma batalha; e, depois, a continuidade desse terror quando voltam aos seus lares. Eles foram transformados durante a luta por algo que alguns deles nem sabiam o significado.

O livro é dividido em três partes: Medo, Matança e, por fim, Amor.
A primeira parte foi, para mim, a mais desafiadora de todo o livro. Por não ser muito entendida do assunto, fiquei perdida com alguns termos, nomenclaturas e etc. Porém, no decorrer, acabei acostumando com a forma que o autor escolheu para apresentar os fatos.
Ah! Em alguns momentos o humor no livro é tão forte que dei altas gargalhadas. Sim, tem humor. Nada explicito ou pedante. É o mais puro humor. Aquele que fazemos sem perceber. Frases e momentos improváveis e vergonhosos existem até na guerra, sim senhor.

"A disposição de morrer por outra pessoa é uma forma de amor que nem a religião é capaz de inspirar, e viver tal experiência modifica-nos profundamente. O que os sociólogos do Exército, com suas pranchetas, suas perguntas, suas infindáveis meta-análises, custaram a entender foi que coragem era amor. Na guerra, uma não existe sem o outro, e, em certo sentido, eram apenas maneiras diferentes de dizer a mesma coisa."


Essa foi uma leitura pesada, exigente, mas muito bem-vinda. O tipo de leitura que vai demorar até sair da memória; e talvez nunca saia de fato. Sebastian Junger foi corajoso, e agradeço por isso; por esse relato incrível.

A edição do livro está maravilhosa. A tradução, perfeita. Posso não ser especialista no assunto, mas sou entendida o suficiente para perceber quão belo foi o trabalho do tradutor, Berilo Vargas (revisão técnica por Joubert Brízida).

Leitura mais que indicada a todos (que tenham estômago forte e gostem do tema, pelo menos um pouco)!.

site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2016/01/resenha-guerra-de-sebastian-junger.html
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Lorran 06/09/2013

Guerra
Durante quinze meses, Sebastian Junger acompanhou um pelotão de infantaria do Exército dos Estados Unidos baseado no Vale do Korengal, uma remota área do leste do Afeganistão. A intenção era ao mesmo tempo simples e ambiciosa: transmitir a experiência dos que lutam em um campo de batalha, contar como se sente quem participa de uma guerra.

Acompanhado do jornalista fotográfico Tim Hetherington morto em abril num ataque de morteiro realizado pelas tropas de Muamar Kadafi, na Líbia , Sebastian reuniu, entre 2007 e 2008, o material que deu origem ao documentário Restrepo, e ao livro Guerra.

Mas apesar do conteúdo biográfico da obra, o texto é mais corrido do que se esperada para um livro do gênero. Sebastian recria diálogos a partir dos vídeos e de entrevistas realizadas, dando fluência ao texto. As cenas são recriadas, e não simplesmente contadas. O que nos faz sentir mais próximos dos acontecimentos.

O grande diferencial de Guerra não reside no fato de o livro falar sobre guerra, mas sim por retratar os efeitos da guerra nos soldados, os motivos que levam jovens a se voluntariar, e principalmente os motivos que os fazem querer voltar. Junger recorre à biologia, à psicologia e à história militar para explicar as decisões que eles tomam sob pressão, e explicar as provações e as provocações que vivenciam.

"Os civis se recusam a admitir que a coisa mais traumática que existe com relação ao combate é ter que desistir dele. A guerra é tão obviamente ruim e errada que a ideia de que pode haver algo de bom nela é quase indecorosa."

Vale ressaltar que Guerra não tem por objetivo contestar a legitimidade dos confrontos no Afeganistão ou qualquer outro confronto já vivido. O principal objetivo é explorar os relacionamentos, traumas e sentimentos desses homens que lutam por ideais alheios; mostrar as situações de guerra, o amor e companheirismo que cada soldado tem pelo outro e o sentimento de saber poder confiar a vida à outra pessoa.

Guerras sempre aconteceram, acontecem, e não deixarão de acontecer. Talvez por isso mesmo, é difícil pararmos para pensar nos reais motivos das rixas; ignoramos que por trás de toda essa briga ideológica, existem homens morrendo e vivendo por isso.

"É fácil passarmos o ano inteiro aqui sem jamais nos perguntar se isso precisava mesmo acontecer. E nos surpreendemos a pensar que nada poderia convencer tanta gente a trabalhar tão arduamente assim em algo que não fosse necessário certo?"
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Afonso74 15/09/2011

A vida de soldados americanos no Vale do Korengal - Afeganistão
Para começar, o título "Guerra" e a capa da edição nacional são pretensiosos em sua simplicidade. Um título como "Linha de Frente" ou "Combatentes Modernos" seria mais apropriado pois o foco da obra é uma companhia de soldados, lotada em uma região muito específica de uma guerra absolutamente diferente das tradicionais.

No entanto, Sebastien Junger, que passou 15 meses junto a companhia Battle na região de conflitos mais intensos do Afeganistão, se mostra um cronista de olhar muito aguçado para retratar a rotina de um grupo de homens em todas os seus aspectos. Admitindo que percorreu uma linha tênue entre se envolver emocionalmente com os soldados e a descrição objetiva do que presenciou, o autor dedica páginas a informar como as tarefas eram distribuídas, como dormiam, comiam, se lavavam e como era a relação com os habitantes locais.

Com a exceção de um ou dois casos, a condução da narrativa não se empenha em montar perfis mais completos dos soldados com quem conviveu, e essa objetividade faz com que os, digamos, dramas pessoais de cada um deles não se sobressaiam em relação às do grupo.

Inclusive, é nessa aparente superficialidade no tratamento do Indivíduo que o autor capta de forma mais precisa o real sentido daqueles homens estarem correndo risco de morrer em condições de conforto mínimas e combatendo por uma causa pouco compreensível. Em tempos individualistas como os nossos, conhecer a história de soldados que colocam o grupo (no caso a companhia Battle) em primeiro lugar em todos os aspectos, é um privilégio.

E independentemente da concordância ou não sobre as razões da dita Guerra ao Terror, a percepção de muitos de que a guerra atual é praticamente jogada como um videogame pelos americanos cai por água após a leitura dessas páginas.

E outro ponto forte do livro de Junger é que os melhores capítulos são os últimos, nos quais o autor descreve batalhas sangrentas ao mesmo tempo em que menciona teorias clássicas sobre o comportamento de combatentes no front de guerra. Raras vezes me deparei com tamanh quantidade de informação entremeada com sequências de ação de tirar o fôlego como no fim desse "Guerra".
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