Sobre a Revolução

Sobre a Revolução Hannah Arendt




Resenhas - Sobre a Revolução


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RafaelW 25/03/2012

DemoOligarcoCracia
Será que H. Arendt já sabia que no Brasil surgiriam a bancada ruralista, a bancada evangélica, entre outras bancadas e partidos do nosso Congresso, quando ela escreveu isso:
"Seja como for, nem o povo em geral nem os cientistas políticos em particular deixam muitas dúvidas de que os partidos, devido a seu monopólio das indicações, não podem ser vistos como órgãos populares, sendo, muito pelo contrário, instrumentos muito eficientes para restringir e controlar o poder do povo. É fato que o governo representativo se tornou um governo oligárquico, mas no sentido clássico de um governo de poucos para poucos; o que hoje chamamos de democracia é uma forma de governo em que poucos governam no interesse, pelo menos supostamente para a maioria. Esse governo é democrático no sentido em que o bem-estar popular e a felicidade privadas são os seus objetivos, mas pode ser chamado de oligárquico no sentido em que a felicidade pública e a liberdade pública voltar a ser privilégios de uma minoria." Hannah Arendt. "Sobre a Revolução". 1963. Pag. 337
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Suzana Mendonça 03/07/2022

Aspectos das Revoluções
Hannah Arendt, em suas brilhantes análises, volta sua atenção às revoluções, comentando sobre alguns eventos passados e sobre vias mais efetivas para verdadeiramente alcançar o objetivo da transformação social.
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Erudito Principiante 17/02/2023

Revoluções por minuto
Apesar do título sugerir um estudo pormenorizado da revolução enquanto movimento histórico-político, a obra da filósofa política alemã Hannah Arendt faz um estudo comparativo entre duas importantíssimas revoluções ocorridas na segunda metade do século XVIII: a Revolução Francesa, iniciada em 1789, e a Revolução Americana iniciada em 1765, cujo ápice foi em 1776 com a Declaração de Independência dos Estados Unidos.

Com um farto material bibliográfico e muita erudição a autora defende a tese de que a Revolução Francesa, apesar de ter sido um fracasso na prática, ganhou uma notoriedade imensamente maior do que a Revolução Americana, que foi bem sucedida no seu propósito, mas é relegada a uma importância secundária dentro da historiografia.

Dito isto, ela irá dissertar sobre os principais aspectos dos dois movimentos apresentando em suas referências autores como Alexis de Tocqueville, John Adams, Edmund Burke, Rousseau, Montesquieu e vários outros para sustentar sua tese.

Um dos aspectos que ela apresenta é a hipótese de que as condições sociais relativamente igualitárias na América do Norte seria um dos impulsionadores das revoluções européias, inclusive a Francesa, pois a sociedade americana havia mostrado que a miséria não é natural e poderia não existir na humanidade, como se acreditava até então. E essa condição dos miseráveis franceses foi crucial para a mudança de rumo da Revolução na França.

O livro é excelente e vai acrescentar muito àqueles que querem se aprofundar no assunto da revolução, porém é necessário um conhecimento prévio sobre os dois movimentos revolucionários que ela aborda. Eu senti falta de leituras sobre o tema, o que me causou certa dificuldade de entendimento.

Uma observação negativa que tenho a fazer sobre a edição é a falta de traduções de trechos em outros idiomas como francês, alemão e até mesmo em grego. Não entendi bem porque a editora traduziu algumas citações e outras não?
Brito 21/02/2023minha estante
????




Gabriel 16/06/2023

Sobre a revolução
"Sobre a revolução" é uma obra de Hannah Arendt que trata da revolução enquanto fenômeno político e seus impactos e reflexões derivadas.
A altura começa a desenvolver o plano teórico de argumentação ao recorrer à origem da palavra revolução e uma investigação dos primeiros usos do termo com os sentidos atuais. Logi depois, define a revolução como um episódio irresistível que muda o rumo da história.
Arendt concentra suas análises nos efeitos das revoluções francesa e estadunidense. Isto posto, analisa suas semelhanças e diferenças, bem como as características de suas finalidades e a atuação de seus dirigentes no tempo. A altura ainda faz uma menção à constituição, que, segundo ela, só seria eficaz enquanto produto do povo.
Uma leitura excelente e ótima para quem gosta de ciência política ou filosofia política.
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