Coruja 17/01/2011Tenho uma confissão a fazer: não escolhi esse livro porque já conhecia a autora (até porque antes disso nunca tinha ouvido falar dela...) e nem por ter sido fisgada pela sinopse (que só vim a ler depois de já tê-lo colocado na agenda do Desafio Literário 2011). O verdadeiro motivo que me levou a escolher esse livro foi o seguinte: ele tem uma coruja na capa brasileira.
Felizmente, esse não foi um daqueles casos em que "quem vê capa não vê coração" (hum... acho que estou confundindo alguma coisa...) e eu gostei suficientemente do livro para querer ler o resto da trilogia (volto a repetir que sinto muitas saudades da época em que as histórias eram contadas em um único volume...).
A história de Magia ou Loucura gira em torno de Razão Cansino, uma garota de quinze anos que passou a vida inteira fugindo com a mãe da avó Esmeralda. De acordo com Sarafina, a mãe de Razão, Esmeralda acredita ser uma bruxa (má) e passou a infância de Sarafina atormentando-a, até que ela fugiu, engravidou de um aborígene (estamos na Austrália), teve Razão e continuou fugindo, especialmente depois que a bruxa má entrou com uma ação de tutela da neta.
Razão foi ensinada que a avó é meio louca, porque é óbvio que magia não existe. Mas aí, Sarafina enlouquece de verdade e tenta se matar, Razão é levada pelo serviço social para a avó enquanto a mãe é internada numa clínica em Sidney, ela descobre algumas coisas, conhece outras, passa pela porta dos fundos e, de repente, descobre que está em Nova York...
... e chega à conclusão de que magia existe - e isso, amiguinhos, é só a primeira metade do livro.
A questão é que... magia existe, magia é boa, magia é legal... mas quando você usa magia, você 'queima' energia e alguns anos de sua vida - o que explica porque as mulheres da família Cansino morrem muito jovens. E, se você simplesmente não usa a magia, então você enlouquece. E aí tenta se matar... ou matar os filhos (como a mãe de Tom e o pai de Jay-Tee).
Não vou dizer que o livro é ma-ra-vi-lho-so ou super original, porque isso não é bem verdade. Mas é uma história interessante, com algumas tintas bem sombrias (quero saber mais sobre o garoto que a Razão matou no passado...), com potencial para crescer.
Agora, uma coisa curiosa... os três livros que li para janeiro no Desafio foram centrados em personagens femininas bastante jovens, com alguns probleminhas familiares, e extremamente determinadas. Tanto Razão quanto Tiffany e Lila têm de, sozinhas, empreender uma jornada perigosa, que determina uma reviravolta em suas vidas.
É uma coincidência que isso tenha acontecido; não fiz essas escolhas propositalmente até porque, como já confessei, não escolhi todos os livros sabendo do que se tratava, mas sim por conhecer os autores ou por causa da capa (vergonha, Lulu, vergonha...). Mas é bem curiosa a forma como os livros se somaram.
Bem, é isso. Mês que vem, no Desafio Literário, teremos Biografias e Memórias. Já estou com os livros separados aqui para começar a ler. E tem... TOLKIEN!!! VIVA!!!
Ok, vou guardar minha empolgação agora para mês que vem...