Resenhas - O Romance de Tristão e Isolda

Madu 14/04/2024

Uma boa introdução a literatura clássica
Eu não tenho o costume de ler obras clássicas, porém Tristão e Isolda me surpreendeu! A leitura é envolvente, mesmo que difícil e eu me peguei torcendo varias vezes pelos protagonistas!

Luzrk1910 13/04/2024

Até onde você iria pelo amor?
Comecei esse livro com expectativa de ser um ótimo romance, mesmo com seu final trágico, porém conforme ia lendo mais confuso a história ia ficando, sinceramente, tinha tudo para ser bom, mas é cansativo.
A cada escolha do Tristão, com mais raiva eu ficava dele, ele podia fazer tantas coisas, ou simplesmente tentar seguir o combinado, mas não conseguia, e a Isolda, com toda certeza foi alguém que não fui com a cara, ela sempre tirava conclusões precipitadas, não pensando e vivia apenas pelo Tristão Entendo que é a proposta do livro, o romance, o amor entre os dois, mas, honestamente não foi tudo isso que eu pensava que seria, acho que não curti mais pela linguagem usada, que é mais complicada de entender, e não consegui me conectar aos personagens, achando a maioria chatos e irritantes, e com toda certeza nenhum deles parecia pensar direito no que faziam.
Pra mim, colocar outra personagem chamada Isolda foi o limite, achei desnecessário, apenas no final para o enredo, que ela fez algo de fato, acho que não precisava dela, só estava ali para sofrer e "substituir" a Loura, causar drama e confusão entre os amantes, esses que sem ela já estavam para acontecer.
No fim, não foi a melhor leitura, mas pelo tamanho e ser um clássico, é interessante, essa versão é realmente complicada de entender, sinto que foi isso que não me fez gostar muito, além dos personagens.

Idalina23 30/03/2024

O romance conta a história do cavaleiro Tristão e da rainha Isolda, que, por terem bebido acidentalmente uma poção mágica, o lovendrinc, se apaixonam perdidamente um pelo outro. Conta também do marido de Isolda e tio de Tristão, o rei Marco, e daqueles que o atiçam a desmascarar os amantes e obter vingança. A sequência dos episódios, em linhas gerais, parte da traição, passa pela denúncia e o castigo, e termina com a remissão dos apaixonados. Quando termina, começa de novo.


Dentro da literatura medieval, que se organiza em grandes conjuntos, segundo o tema ou a geografia ? ciclo arturiano (sobre o rei Arthur), matéria de Roma, matéria de França etc. ?, a lenda de Tristão e Isolda chega a constituir um ciclo à parte, tantas são as versões conhecidas e as derivações da história. Em seu excelente texto introdutório, Jacyntho Brandão lembra o caráter ?transformacional? do gênero romance ao longo da história, e afirma que o romance medieval era um campo literário novo e aberto a novidades temáticas e formais, cujos protagonistas são cavaleiros movidos por interesses próprios, que buscam renome e posição.

Tenebra 28/02/2024

"Unidos sempre e caminhando ao lado" (Inf. Canto V)
Só o fato do livro citar o Canto V do Inferno de Dante já me faz compreender sobre o que é essa estória. Bem, é óbvio que a estória em si não cita Divina Comédia já que né... Preciso nem explicar.
Enfim, no canto V do Inferno dantesco fala sobre um casal que foi condenado ao inferno da luxúria por suas paixões (Francesca e Paolo), Dante fica tão triste por sentir pena do casal que desmaia.

Quando iniciei esse livro logo me lembrei que se trata de uma estória Medieval em terras Cristãs cantado por um bardo, então isso significa que foi feito para ser recitado ou cantado em grandes salões para entreter. Com esse pensamento, muitas coisas no livro que não faziam sentido pra mim deixaram de ter anacronismo em uma mente atual. Ademais é preciso lembrar que as estórias medievais são repletas de alegorias (não só as medievais, a Divina Comédia por exemplo do séc XIII não mais medieval é em seu ínfimo uma grande alegoria).

Mas porque entendi tudo quando li no livro a citação do Canto V? Pois Tristão e Isolda em uma estória cristã demonstra como nem mesmo sobre o pesar dos pecados e dos arrependimentos, os dois amantes se lançam, assim como Francesca e Paolo no Círculo da luxúria, mesmo sofrendo a penitência mesmo vendo suas vidas após a morte, ainda sim se lamentam, mas por estar no inferno e não por serem ou fazerem o que fizeram.

Ao meu ver, é inviável para uma estória cristã colocar que duas criaturas de Deus preferiram a morte por causa do amor um pelo outro, ao perdão e a presença divina, por isso o vinho encantado, além do mais sem o uso do artifício do vinho encantado esse amor se tornaria vil, desonroso e indigno para aqueles o qual essa estória fora "criada".

Paulo 19/02/2024

Cristianização do mundo celta
Não se sabe exatamente quando foi criada a lenda de Tristão e Isolda, provavelmente por volta do século 6 d.C., na região onde hoje se encontram o País de Gales, Escócia, Irlanda e Inglaterra.

Conta a história do cavaleiro Tristão: nobre, inteligente, guerreiro e leal, que serve ao rei Marcos e se apaixona, após beber acidentalmente a poção do amor, por Isolda, a loira.

Tristão luta contra gigantes e anões, que simbolizam, respectivamente, a natureza bruta e o inconsciente humano. Após derrotar o dragão, Tristão recebe como prêmio se casar com Isolda, mas ele havia prometido dar a moça em casamento a seu tio, o Rei Marcos. Ao matar o dragão, como São Jorge, o homem controla seus instintos e torna-se merecedor do céu.

Tristão e Isolda bebem uma poção do amor e se apaixonam loucamente. Embora casada com o Rei Marcos, Isolda encontra-se continuamente com Tristão em adultério.

Há muitos fatos e reviravoltas, tentativas de desmascarar Tristão e Isolda, aventuras e batalhas.

O Rei Marcos é uma personagem ambígua: ora toma atitudes desmedidas, como entregar Isolda para ser estuprada por leprosos, ora toma atitudes honrosas, como quando ele deixa de matar Tristão, que dormia profundamente.

A ambiguidade entre a matéria e o espírito é uma característica do homem depois da queda do paraíso. Porém, o amor traz a possibilidade de redenção da carne com o espírito. Embora o amor na Terra seja sempre imperfeito, ele consegue atingir sua plenitude no céu. Após a morte de Tristão, Isolda morre em seus braços por amor.

Como cavaleiro medieval, Tristão é capaz de sacrificar sua vida por amor. Seu romance com Isolda simboliza a passagem do mundo celta para o mundo cristão, no contexto da busca pelo Graal e da lenda do Rei Arthur, que retratam a cristianização da Europa.

Um clássico atemporal, que inspirou contos de fadas e obras como Romeu e Julieta.

Michela Wakami 02/02/2024

Bom
Tristão e Isolda vem da lenda celta do Século IX. Um relato que se passa durante o reinado do Rei Marcos, um escocês, de 780 a 785. Não existe uma fonte comum para esta narrativa, sua origem é difusa, não há consenso se veio de fatos reais, em certa medida, ou se é mesmo pura lenda.

Fonte: Século diário

Recentemente, li um livro do nosso saudoso escritor Ariano Suassuna: A história do amor de Fernando e Isaura.
Inspirado nessa lenda, que particularmente gostei mais do que dessa versão.

O autor Joseph Bédier se esforçou para ser o mais fiel possível a versão original, mesmo sabendo disso, achei que ele deixou a desejar, com alguns pontos confusos.

Mas no geral, gostei da leitura e achei que valeu a pena.

Futuramente, quero ler outras versões escrita por outros escritores.

Francisco545 26/12/2023

Indico
Cara, se vc for ver essa história de um ponto de vista ético, vai rolar cada coisa??
Em si, o livro é bom. Mas quando forem ler se perguntem:
O amor deles era verdadeiro ou tudo que eles sofreram foram por causa de uma farsa?
Talvez vc ache verdadeiro.
Talvez, para vc, tudo o que rolou não foi por intenção, mas por obrigação (fazendo o amor deles não ser tão verdadeiro assim por não surgir do intimo, mas do externo).

alkmim 14/11/2023

é bom
Comecei a ler esse livro por causa da escola e gostei da leitura, só que tem partes que sao bem arrastadas. Pra mim, que nunca leu uma escrita de época antiga, tá ok de entender, apesar de em alguns momentos eu nao entender absolutamente nada por causa da linguagem. o Final eu achei bem triste e sofrido.

Mari Takaesu 04/10/2023

"O romance de Tristão e Isolda" é sobre um amor proibido, cuja origem acredita-se ser de mitos celtas, embora não haja registros escritos dessa época. No prefácio do livro, temos a explicação de como Joseph Bédier reviveu a lenda a partir de registros franceses do século XII. É uma parte muito interessante do livro, pois temos aí uma amostra do trabalho que o autor teve ao juntar partes da história, contada por diferentes autores e compilada em uma versão completa da história do casal.

Para quem gosta de romances medievais, Tristão e Isolda são os personagens clássicos deste tipo de história: ele, um exímio cavaleiro, gentil e corajoso; ela, uma belíssima princesa prometida a outro homem. Além das características dos personagens, temos também batalhas entre cavaleiros, guerras entre países, venenos, poções mágicas e até o Rei Arthur e seus cavaleiros estão presentes.

A história é contada de forma rápida, os eventos acontecem rapidamente, o autor não se detém muito na descrição de ambientes ou características dos personagens, o que para mim é um ponto positivo, pois não tenho muita paciência com excesso de descrição, principalmente na ambientação . Para mim, o ponto negativo do livro é que ao longo da história, ela vai se tornando enjoativa, com situações repetitivas que acabam cansando.

No geral, o livro vale muito a pena ser lido, devido a sua influência em outras histórias, pelos seus dilemas éticos e morais, pelo romance em sí e caso esteja procurando uma leitura curta e fácil de ler.

.
.
***Se não gosta de spoiler não leia a partir daqui. ***
.
.
.
.
.
- O que o Rei Marc não fez durante o livro inteiro, a Isolda das Brancas Mãos fez em um capítulo só. Eu não estava esperando por aquele final!
- Para quem já leu, deixe sua opinião nos comentários: será que se Tristão e Isolda não tivessem tomado o vinho enfeitiçado, eles teriam se apaixonado?? Um amor induzido pela magia é amor verdadeiro?

Laurinha.Blu3 16/08/2023

"O amor só lhe causará torturas"
Esse é um livro bem comum para a época. São dois amores incondicional e incontrolável, onde tem o mesmo fim trágico e onde Deus ajuda os amantes a ficarem juntos independente das adversidades, mesmo com as pessoas ao redor estando dispostas a não deixar acontecer, eles se mantém fiel ao amor.
Olha posso dizer que Tristão e Isolda seria um substituto melhor que Romeu e Julieta em questão de amor.

Joy 17/06/2023

Conto leve e cativante
Em meio à minha curiosidade sobre as narrativas de cavalaria, especialmente as ligadas ao rei Arthur, conheci Tristão e Isolda. Que história cheia de amor e dor! Um conto que recomendo muito.

Isabelle.Longo 02/05/2023

Tristão e Isolda
Foi uma leitura obrigatória da faculdade, mas eu li como se fosse uma leitura normal. Foi uma leitura bastante rápida e proveitosa! "Tristão e Isolda" correu para que "Romeu e Julieta" pudesse andar?

Gabriela 17/04/2023

Uma fanfic da idade média.
"Nosso amor é de tal estofo, que não podeis morrer sem mim, nem eu sem vós." o primeira livro com star crossed trope do mundo! ? nem parece que é leitura obrigatória da faculdade

Cris 27/03/2023

Uma tragédia de amor !
"Quereis ouvir, senhores, um belo conto de amor e morte? É de Tristão e Isolda, a rainha. Ouvi como em alegria plena e em grande aflição eles se amaram, depois morreram no mesmo dia, ele por ela, ela por ele."

Embriagados de amor e como culpa-lós? Mas aqui temos um questionamento, sem o vinho do amor Tristão e Isolda se amariam além da vida ?

EdilenaRisuenho 26/02/2023

Memória Afetiva
Tristão e Isolda foi um dos primeiro livros que tenho lembrança de ler, lá pelo idos dos meus 7 anos. Eu lembro bem de ir na estante de uma prima que havia formado em letras e pedia livros emprestados, porém ela tinha receio de me dar qualquer coisa, e hoje eu entendo que pra uma criança na primeira infância ler Dostoiévski não era lá muito adequado. De tanto insistir, ela me emprestou Tristao e Isolda, versão da Martin Claret e eu, no auge da inocência, não conseguia entender certas nuances do que é ser humano, mas conseguia entender a linguagem universal: o amor. Relendo, depois de 20 e tantos anos, senti o mesmo quentinho, e agora a saudade
daqueles dias.