Tathy 18/10/2011
Parece mas não é!
Para conferir a resenha completa com links ativos e imagens, acesso o blog Eu sou assim: www.tathy.com.br
Doce Ilusão é o primeiro livro da Melissa Hill que leio. Sempre desejei ler Preciso te contar uma coisa e nunca tive oportunidade. Quando vi a sinopse de Doce Ilusão aproveitei pra pedir o livro e assim conhecer a tão bem falada narrativa da Melissa :)
O livro começa em Outubro e conhecemos brevemente as três protagonistas descritas na sinopse: Rosie, Dara e Louise. Logo no início do livro, um acidente de trem acontece e antes que saibamos dos detalhes, como por exemplo, quem estava no trem, Melissa nos leva a um passado não tão distante: quatro meses antes na vida dessas “protagonistas”.
Rosie é uma senhorinha fofa que perdeu seu marido não faz tanto tempo e está aprendendo a viver sozinha. Tem dois filhos que não dão a mínima pra ela. Ela como grande parte das mães, só enxerga o melhor dos filhos e isso é um milagre, porque eu tenho vontade de os matar;
Dara é uma mulher bem-sucedida que optou por casar com alguém que não era apaixonada. Ok, ela o ama, mas não é aquela paixão avassaladora. Tudo por causa da pressão que sua mãe e suas amigas colocavam nela, já que ela já tinha passado dos 30 (eu quase te entendo, Dara). Essa decisão de se casar ainda pensando no grande amor da sua vida, lhe trará grandes consequências no futuro;
Louise é uma jovem que depois de perder os pais e sofrer um acidente, resolve mudar para Dublin e curtir a vida no melhor estilo possível. No fundo no fundo ela é caseira, mas morre de medo de perder as amigas e por isso não recusa um convite sequer pra uma balada, mesmo não tendo dinheiro nem pro cafézinho…
Em um momento ou outro, a vida de algumas delas e de outros personagens que se tornam importantes no livro se cruzam e isso é só um plus no livro.
Dias após terminar a leitura de Doce Ilusão, eu ainda estava me perguntando do que se tratava o livro. Claro, eu queria uma resposta simples e acho que a encontrei. Acredito que livro trata das consequências que algumas decisões em nossas vidas podem ter.
A narrativa da Melissa é muito cativante. Ela faz com que os personagens passem por situações tão tristes que tive raiva dela em vários momentos, por colocá-los em determinadas situações, mas ao mesmo tempo, senti raiva dos personagens por suas escolhas, que o colocaram ali.
Acho que um dos pontos mais interessantes da leitura é que, como acontece um acidente no começo, ficamos o tempo todo lendo com aquele medo de se apegar aos personagens porque de certa forma imaginamos que algo ruim aconteceu com eles no acidente, mesmo não sabendo se eles estavam lá ou não. É a minha mente lógica trabalhando. O que eu posso dizer é que: Minha mente lógica costuma ser bem esperta, mas mesmo assim eu me surpreendi! O acidente de trem traz consquência pra algumas vidas, isso é fato, mas nem de perto – nem de longe – é aquilo que imaginamos. A verdade é que o acidente faz com que muitos deles sejam levados ao fundo do poço, mas só de lá eles conseguem ver além.
Paixão e ódio pelos personagens mudando conforme a alternância do ponto de vista da narradora, indignação, raiva, angústia… De forma geral, os sentimentos que esta leitura me provocou são tão intensos que chegam a ser similares aos de Questões do Coração, mas estes foram provocados de uma forma mais lenta.
Quotes que amei:
O valor da ajuda estava em não esperar retribuição; era antes de tudo fazer outra pessoa feliz, não era?
Eddie se recostou na cadeira. “Dara, era assim que as coisas funcionavam naquele tempo. Não passávamos a metade de nossas vidas ponderando sobre cada decisão como parece que vocês fazem agora. Não estou dizendo que haja alguma coisa de errado comisso, entenda”, acrescentou ele, quando viu a expressão de sua filha. “Era como as coisas funcionavam, mas, para ser sincero, acho que tornava a vida muito mais simples.
Na verdada, Dara detestava que suas deficiências domésticas fossem expostas na frente de Gillian, que – a julgar pelo maravilhoso aroma que vinha de sua cozinha – era obviamente a gêmea perdida de Nigella Lawson.
Naquele momento, Louise se sentiu tão desamparada e tão completamente desesperada que real e verdadeiramente desejou morrer.
Noah não era o Homem Certo para ela – ele nunca fora o Homem Certo. Mas ela se apagara àquela ideia tola, imatura e supostamente romântica por tanto tempo que não conseguia enxergar para além dela.
http://tathy.com.br/2011/08/doce-ilusao-de-melissa-hill/