Você Tem Meia Hora

Você Tem Meia Hora Camila Nascimento




Resenhas - Você Tem Meia Hora


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Fernanda 02/08/2021

Resenha
Este livro, desde que eu vi a capa e li algumas informações sobre ele, tive a impressão que eu iria gostar. Imaginei um livro fininho, rápido e gostoso de ler.
Mas me enganei em todos os sentidos afinal, o livro não é fininho (é bem grossinho), não é rápido de ler (demorei alguns dias) e não é gostoso de ler (é maravilhoso), hehehe. Mas vamos à história...

O livro fala da vida da comissária de bordo Beatriz, ou Bia como ela é citada na maior parte do livro. Bia tem uma melhor, super, mega amiga, que também é comissária chamada Mariana.
No início do livro, a história de Bia e Mariana é contada, como elas se conheceram, como foi a vida delas até ambas se tornarem comissárias de bordo, é um relato breve e que eu adorei. Dei muitasss risadas com alguns fatos de Mariana.

Mariana é solteira e a filosofia de vida é quase como um "aproveitar a vida e ser felizzzzz!", já Bia é "casada", entre aspas porque não é aquele casadaaaaa no papel, Bia mora com o namorado Arthur. Porém essa parte do morar junto com o namorado não passa além de 2 capítulos. Arthur dá um "belo chute" no traseiro de Bia na noite de reveión!!!! E é aqui que o livro começa propriamente dito.

Bia está a beira dos trinta anos e o desejo de casar de verdade com o grande amor da sua vida está dia a dia sumindo. Para ajudar na depressão pós chute do agora ex namorado, Bia entra em férias (essas férias ele iniciou quando chegou em casa e viu que estava agora sozinha). Bela data para entrar em férias...afinal esse período sem a correria de estar sempre viajando só fez Bia chegar no fundo do poço. Sua amiga Mariana acha tudo um exagero, mas sabe consolar a amiga de forma verdadeira, estando sempre próxima, sempre ligando.

Até que Mariana descobre que a empresa onde elas trabalham ia se expandir e agora uma vaga em Londres é disputada pelas comissárias. Mariana incomoda Bia para ela se candidatar, na verdade Mariana candidata a amiga que não quer a vaga. Mariana tem certeza que uma nova cidade, em outro país com novos desafios é tudo o que Bia precisa para dar um UP na vida. O relato da história até aqui é uma mistura de momentos depressivos de Bia, momentos cômicos, momentos amizade verdadeira, momentos de reflexão.

Continando...apesar da torcida contrária de Bia, ela consegue a vaga. E em Londres acontecem muitaaaasss aventuras, muitos mais momentos cômicos, muitos momentos de trabalho de Bia, e momentos de Bia com saudades do Brasil e principalmente de sua amiga Mariana.

O final é surpreendente, acontece algo que em momento algum durante minha leitura me passa pela mente que poderia acontecer. Bia enfrenta um grande desafio, passar por alguns obstáculos nem sempre é fácil. Mas o final do final é emocionante após esse fato aí.

O livro fez eu dar muitassss risadas, intercaladas de pensamentos meus como "haaa isso eu concordo" "humm passei por isso também" "passei por algo parecido" "que nojooo deleeee!! fiquei revoltada por Bia agora" "aii que lindooo" (com sorriso no rosto), "aiii que emocionante.." (acompanhado de sniff sniifff snifff) e por fim "sem comentáriosss..." (chorando mesmoo).

Este foi um dos melhores livros que li. E minha vontade era nem passar adiante (afinal era de booktour), mas claroo que nuncaaaaaaaaa farei uma coisa dessas né gente...é só o desejo de querer ter meu exemplar em casa. Aliás, este livro é daqueles que dá vontade de nemm colocar na estante e sim na cabeceira da cama e todas as manhãs ler um pedacinho. Minha vontade é continuar sabendo todos os dias como está a vida da personagem, é ler sempre sobre a Bia e relembrar a amizade com Mariana. E com certeza este livro é prioridade de compra, preciso dessa história linda sempre perto de mim... Simplesmente..AMEI !

Bom, acho que nem preciso comentar mais nada, deu para ver que amei o livro, que quero comprar ele assim que eu puder e que quando isso acontecer, ninguém na minha casa vai o encontrar na estante e sim na cabeceira da minha cama, para todas as manhãs ou noites eu ler um pedacinho desta linda história...

Super parabéns a autora, arrasou nessa história..

site: https://trilhas-culturais.blogspot.com/2016/05/resenha-voce-tem-meia-hora.html
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Aione 29/07/2011

Beatriz Felizardo é comissária de bordo e vive há três anos com o “namorido” Arthur, por quem é perdidamente apaixonada. Leva uma vida totalmente fora do normal, entre viagens e o Rio de Janeiro, mas é feliz assim. Ainda, sua melhor amiga - praticamente irmã -, Mariana, também é comissária de bordo e, já não bastassem todas as experiências de vida compartilhadas, compartilham, também, algumas viagens a trabalho.
Entretanto, na noite do dia 31 de dezembro, dia tão aguardado por Bia, uma vez que significaria “férias de 20 dias com Arthur”, além do começo de um novo ano, esse resolve terminar o namoro sem maiores explicações, que vão embora junto com seus pertences, deixando Bia na mais completa solidão. Beatriz não consegue se conformar, não consegue entender como um relacionamento podia ser tão perfeito para ela e tão errado para Arthur. Confusa e arrasada, Bia entra em uma crise de depressão, que nem Mariana consegue atenuar, apesar das várias tentativas em animar a amiga.
Mas amiga que é amiga não desiste, e aos poucos, Mari começa a apresentar a Bia uma proposta: a companhia aérea em que ambas trabalham aparentemente estenderá seus vôos para a Europa e Oriente Médio, e o recrutamento para esses serviços será interno. Inicialmente, Bia não dá a mínima para a possibilidade. Mas quando esta deixa os ares do “e se” e se torna concreta, será que uma mudança radical seria tão ruim assim? E será mesmo possível conseguir a vaga tão disputada?
Quando menos espera, Bia já está desembarcando em Londres, dividindo o apartamento com o amigo de colegial, Ollie, conhecendo Pá, e, principalmente, o vizinho australiano Dyllan – e que vizinho!
O começo desse livro foi um pouco difícil para mim, não conseguia engrenar muito na leitura. Mas nada a ver diretamente com o livro, era um momento delicado que, ao invés de o livro ajudar a me distrair, me lembrava ainda mais do fato. Mas passada essa parte, não consegui desgrudar da história. Fui lendo no trem, para São Paulo, e foi uma daquelas viagens que eu mal via as estações passarem e, quando dei por mim, já havia chegado. Continuei lendo no metrô e, de repente, aconteceu uma reviravolta tão grande, na proporção do meu choque, e não pude continuar lendo, porque chegara ao estágio – ossos do ofício. Foram angustiantes as horas que precisei esperar até voltar a ler, e só parei quando acabou.
Se você espera de “Você tem meia hora” um chick-lit que simplesmente narrará a história de uma mulher que levou um fora, passou por uma depressão, procura uma mudança, arranja outra pessoa, percebe o quanto amadureceu e fim, foi divertido, enganou-se por completo.
É claro que, como todo bom chick-lit, “Você tem meia hora” narra as desilusões e o amadurecimento de uma mulher, no caso, aos 30 anos. E, claro, com uma deliciosa dose de humor, que me tirou muitas risadas durante a leitura. Mas o livro aborda questões muito mais profundas, e diria que o verdadeiro amadurecimento de Bia se dá de um jeito que eu jamais esperaria ao começar a ler o livro. De verdade, foi realmente um choque.
Mas a Bia do começo é tão diferente da Bia do final. A Bia do começo, e de até boa metade do livro, é uma Bia insegura, desconfiada mesmo quando a segurança está ao seu lado, acenando, com uma placa de neón e luzes ao redor. É uma Bia sofrida, marcada por perdas: a da mãe, morta em um acidente de carro quando Beatriz tinha apenas 11 anos, a do pai, Jonas, que, apesar de vivo, Bia não consegue se relacionar devido à história de vida de ambos, e, por fim de Arthur. Quando se dá seu amadurecimento, ela não só percebe seu valor como também entende que certos fatos são inevitáveis e compreende a necessidade de seguir em frente, mesmo quando a dor continua a existir.
A relação de Bia e Jonas é marcada pela tragédia da morte de Beatriz, a mãe. Jonas, apaixonado desde os 18 anos pela garota que viria a ser sua esposa e mãe de sua filha, não conseguiu se livrar da culpa, inexistente, do acidente e encontrou refúgio no álcool, o que apenas serviu para se afastar da vida da filha. Desse afastamento, ocorreu uma aproximação ainda maior de Beatriz com Mariana, com a qual Bia inclusive morou um tempo durante a adolescência. Jonas esteve ausente durante todo o crescimento de Beatriz e a lacuna criada por essa ausência foi grande demais para que pudesse existir um verdadeiro relacionamento de pai e filha quando Bia virou adulta. E achei maravilhosa a maneira de como esse relacionamento é desenvolvido no livro, não pude deixar de pensar que quando um ciclo se encerra é para que outro se inicie. Não posso dar detalhes sem dar grandes spoilers, mas quem ler vai entender.
Adorei as personagens do livro. Mariana é cheia de vida, não se abala nem quando Bia está em seus piores dias: ela continua sempre tentando, sem se ofender com as atitudes da amiga. Ollie é gay e engraçadíssimo, e amei a maneira de como Camila construiu suas falas. Um exemplo é o jeito de como ele se refere, muitas vezes, a Bia: “malôca”. Eu ria sozinha ouvindo o sotaque gay na minha mente, e há várias outras palavras escritas dessa maneira.
Uma amiga minha disse, recentemente, que adoraria ir para a Austrália por causa dos australianos, e Dyllan faz jus a esse desejo. Não só deslumbrantemente lindo, é o tipo de homem que toda mulher pediu aos céus.
Camila Nascimento escreveu um chick-lit daqueles que te faz rir, chorar, suspirar e não desejar nem por um segundo parar de ler. Achei a história muito bem escrita, muito bem construída e, ressalto, com ótimas passagens de humor. Não exatamente situações engraçadas, que também acontecem, mas a própria narrativa de Bia. Encontrei alguns errinhos de português durante a leitura, mas foram muito poucos e que provavelmente passaram batido durante a edição.
Eu amei o livro, ainda mais pelo fato de ser nacional. É mais uma prova de como nossa literatura vem crescendo e mostrando que se equipara, sim, à leitura estrangeira e, muitas vezes, a supera. Agradeço novamente a Camila por ter me dado a oportunidade de participar do Book Tour do livro e a honra de ter sido a primeira a recebê-lo. Quem se interessar, não deixe de entrar em contato com a Camila, é uma leitura que com certeza vale a pena!
Por fim, queria colocar aqui a dedicatória do livro, porque tem tudo a ver com a história:

"Uma mulher pode ter namorado, marido, filhos ou amantes, mas jamais sobrevive sem uma melhor amiga."


E quem pode discordar?


Resenha disponível no link:
http://minha-vida-literaria.blogspot.com/2011/07/resenha-voce-tem-meia-hora.html#more
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Lili 06/08/2011

Simplesmente adorei o livro! A Camila escreve muitíssimo bem, e conseguiu criar uma história contemporânea, mostrando todas as faces de uma mulher: suas aspirações, seus desejos e as várias contradições que existem dentro das mulheres.

No começo tive vontade de esganar o Arthur, o miserável que tornou a vida de Bia um inferno, abandonado-a sem explicações. Aí tive vontade de esganar a Bia por ficar se lamentando e sofrendo tanto por causa desse miserável que pelo visto não merecia seu amor. Mas, Bia tinha uma grande amiga, a Mariana, que ajudou no que podia e através dela é que Bia acaba conseguindo a vaga para trabalhar em Londres. Detalhe: Bia é comissária de bordo e precisava ter inglês fluente e vários tipos de treinamento para vôos longos. E aí é que a vida de Bia tem uma verdadeira reviravolta.

Camila concebeu personagens maravilhosos, muito bem construídos: além da Bia, nossa protagonista, tem a Mariana, o Olli, amigo gay de Bia que já morava em Londres e o australiano Dyllan, que vai ser crucial na vida de Bia. Não posso contar mais senão vou acabar dando spoiler, rsrs.

E uma coisa que não posso contar, mas vou deixar no ar, é que vocês só irão entender o título do livro no finalzinho! Lendo o livro, toda hora eu me perguntava porque ele tinha esse título: Você tem meia hora. Aí, no final é que acabei entendendo. Então vou deixar este suspense para vocês!

Livro recomendadíssimo pessoal! Quem adora romance, vai amar este livro. Ele é recheado de romance e muito bom humor. As tiradas de Bia e Olli me mataram de rir. Realmente recomendo que vocês leiam Você tem meia hora e depois venham me contar o que acharam.

E se vocês quiserem ler mais resenhas acessem: http://leiturasdeeliane.blogspot.com
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Cynthia França 22/12/2011

O livro do ano
Na capa de Você Tem Meia Hora deveria vir a advertência: não leia se não tiver coração forte.
Bem, dito o fundamental, aqui estou eu sem saber por onde começar a resenhar esse livro. Porque, embora possa parecer o maior dos clichês, ele é indescritível. Assim que terminei de ler, dei-me conta da minha missão impossível, já que tudo o que eu disser vai ficar muito aquém do que a autora merece ouvir.
Camila Nascimento construiu uma obra prima do gênero chick lit. Digo, com a maior tranquilidade, que é o melhor chick lit que já li. Gosto do gênero e já me dediquei à leitura de vários, mas este é um livro único. Camila dá à personagem principal, Bia, uma voz muito particular que encanta, cativa e impressiona o leitor. É impossível não se identificar com ela e seus conflitos. Bia, assim como todos os personagens, é muito bem construída, e, às vezes, é difícil acreditar que não é real, que não é sua amiga, que não é você mesma, que não está ali na esquina... Uma mulher de carne e osso, encanta justamente por ser de carne e osso. Ama, sofre, tem pensamentos sombrios, reflete, supera. Camila desconstrói para reconstruir. E, em meio a tudo isso, foge do lugar comum, desconstrói as coisas óbvias, e isso é maravilhoso.
Os conflitos da personagem (cumpre esclarecer que é uma narrativa em primeira pessoa) são genuínos, verdadeiros, e foram intensamente compartilhados por mim.
Outro ponto que merece destaque é a habilidade da autora em surpreender. Na maior parte da história, não dá para sacar o desfecho, e isso é delicioso.
O título do livro foi um mistério para mim até o seu final, quando tudo faz sentido. Ficou muito claro para mim como cada dia da vida é precioso quando a autora fala "a vida vale muito mais a pena quando a gente se toca que ela não dura muito".
Apaixonante, envolvente, emocionante, intenso, verdadeiro são adjetivos que posso usar para definir Você Tem Meia Hora, mas não são suficientes.
O livro nos remete a questões existenciais, que não se limitam à mulher, embora seja um livro voltado para o público feminino. Ele nos faz acreditar no verdadeiro amor, na verdadeira amizade, e nos remete a algo muito importante: a luta faz parte da vida, e é na luta que nos tornamos pessoas melhores.
Camila não tem reservas e não tem medo. Isso ficou claro na sua escrita, limpa e, por vezes, visceral. Ela descasca o amor e a amizade de forma surpreendentemente real e sem hipocrisia.
Enfim, esse livro passa a integrar minha lista de favoritos. Não tenho a menor dúvida de que Camila tem potencial para se consagrar como uma grande escritora, e eu já sou sua fã. Espero que tenha novas obras para nos brindar em breve.
Foi, sem sombra de dúvida, o melhor livro que li em 2011. Quero fazer a releitura com calma, e estou certa de que irá para a cabeceira.
Portanto, se me perguntarem se é recomendado, a minha resposta será única: Recomendado não, obrigatório.
cotonho72 23/12/2011minha estante
Boa noite Cynthia,

O livro parece ser muito bom, gostei muito da sua resenha e fiquei muito curioso...abçs.

http://devoradordeletras.blogspot.com/





Sergio Carmach 14/02/2012

A sinopse do livro deixa a impressão de que Você Tem Meia Hora faz o estilo chick-lit, uma literatura tipicamente feminina (tipo “mulherzinha”, conforme diriam alguns rs). É... Não tem como negar... O livro realmente transita pelo universo feminino. Algumas situações vão proporcionar tanto conforto aos homens quanto um passeio no shopping, uma ida à praia lotada num domingo de sol escaldante ou uma proposta repentina de viagem para um “lugar diferente”. Resumindo, o livro, a princípio, não pode ser classificado como unissex (o personagem Olli adoraria esse termo rs). Basta ver que, no Skoob, 96% das pessoas que leram Você Tem Meia Hora são mulheres. Mas será mesmo que o livro só tem atrativos para o público feminino? Humm... Vejamos...

Você Tem Meia Hora é narrado em primeira pessoa pela protagonista, Bia, que vai expondo aos poucos suas alegrias e, principalmente, suas angústias (no início, essa característica me remetia constantemente a Sex And The City e à narradora dos episódios, Carrie). Vemos a dor da personagem por não se relacionar bem com o pai, por ter sofrido perdas de pessoas queridas desde a infância... Mas o foco principal do livro está no baque emocional provocado em Bia por Arthur, que abandonou a companheira sem motivo aparente. Talvez a maioria das mulheres comece a leitura enxergando-o como um canalha safado, mas eu, sinceramente, fiquei em dúvida se ele teve ou não razões para fazer o que fez, já que a vida conjugal do casal não foi bem esmiuçada. Na verdade, o leitor tem apenas a ótica da Bia para tirar suas conclusões. E essa característica do texto pode acabar tornando a leitura bastante interessante para os homens, pois eles têm a oportunidade de imaginar os motivos de Arthur e confrontar a visão da protagonista. Eu particularmente fui criando algumas teses. E fiquei bastante curioso em saber como o caráter de Arthur seria retratado no final da história.

O livro não traz uma divisão expressa, mas eu diria que a história se divide em 3 partes. A primeira se passa no Rio (aliás, a Bia foi minha vizinha rs, já que fui criado e morei a maior parte de minha vida em Botafogo), onde a protagonista “curte” sua depressão pós-separação. A segunda parte se passa em Londres, cidade em que Bia, comissária de bordo, conseguiu uma vaga de emprego após Mariana, grande amiga de infância, ter insistido para que ela se candidatasse. É nessa fase que Bia procura “reinventar-se” e descobre que Arthur não é o único homem do mundo. A terceira parte envolve uma tragédia inesperada, que deixa Bia completamente abalada. Para mim, o melhor do livro está justamente aí. Além de dinâmico e cheio de ação, esse trecho passa uma mensagem muito bonita, que, aliás, poderia resumir a mensagem do livro: o amadurecimento – que às vezes só vem depois de se enfrentar perdas afetivas, decepções amorosas e outras situações de dor – faz com que as coisas sejam enxergadas mais próximas da realidade, o que é o primeiro passo para se alcançar a felicidade.

Ao terminar a leitura, percebi que ela me encantou de maneira inesperada. Os personagens principais (Bia, a protagonista; Mariana, a amiga; Olli, o amigo gay que mora em Londres; Jonas, o pai) carregam dramas pessoais que dão peso e consistência à história. Pois é! Você Tem Meia Hora, apesar de ser um chick-lit, nem de longe traz uma trama vazia. E dá para notar que a autora precisou pesquisar para escrever o livro, que, além de bem narrado, traz um texto cheio de sentimento, humor e antenado com o mundo contemporâneo. É... Por tudo o que eu disse, vê-se que Você Tem Meia Hora até pode ser lido por homens (desde que não sejam preconceituosos). Já entre as mulheres, o sucesso está mesmo garantido!

Não deixe de ler o final (only for men) em
http://sergiocarmach.blogspot.com/2012/02/resenha-voce-tem-meia-hora.html
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Cat 21/02/2012

Quem disse que personagem deprimido não te faz rir?
Sabe aquelas situações em que você deve sair da sua zona de conforto. Bem, é o que ando fazendo com os livros.
O tipo de literatura que amo é a fantástica. Então quando decidi ler o livro "Você Tem Meia Hora" da autora Camila Nascimento Silva eu sai na contra-mão feito uma motorista bêbada e com a carteira apreendida.

O livro da Camila poderia ser classificado como Chick-lit, embora algumas situações apresentadas na história já tenham acontecido com um amigo meu. Quando ele usou do elixir da beleza (Cerveja, batida, vodca) e catou a primeira que viu e deu um trato na mulher num canto escuro da boate. E depois que a bebedeira passou, ele viu o canhão que ele pegou.
Enfim, eu diria que o livro pode ser lido tanto por mulheres quanto por homens.

Já era o tempo em que os homens eram taxados como insensíveis e só curtem literatura erótica barata e filmes do Jean Claude Van Damme. Sou mulher, mas não consigo sair em defesa daquelas mulheres que taxam homens como trogloditas, ou pior, brinquedinhos sexuais. Com as belas frases "Homens são todos iguais" "Ah! Eu faço o mesmo que eles, uso e depois jogo fora"
Eu não gostaria de ser jogada fora, logo, não faria o mesmo. Todos nós somos humanos e não um pedaço de carne exposto no freezer de um açougue.

Bem, agora que já expus minha filosofia de barraquinha de pastel da esquina, vamos a resenha.

"Você Tem Meia Hora" conta a história de Bia, uma aeromoça que leva o pé na bunda do noivo de três anos, na véspera de ano novo. Após a separação Bia entra num estado profundo de depressão, com direito a bebedeiras, sujeira no apartamento, choro compulsivo e sexo com estranhos em boates.
Então sua melhor amiga, Mariana sai em seu socorro, com a ideia de que Bia precisa se candidatar a uma vaga de emprego em Londres.
Não precisa nem dizer que Bia reluta, já que ela tem a esperança que seu noivo - Arthur - vai aparecer e tudo vai voltar a ser como antes.
Após muita insistência de Mariana, Bia topa e acaba conseguindo a vaga. Ela se muda para Londres e vai viver com seu amigo Olli e de quebra ao lado de um vizinho gostosão - Dyllan. Pelo jeito que ele é descrito, eu imaginei o ator Jared Padalecki (Bem, eu acho o cara gostoso). Pra quem não conhece o ator, ele interpreta o Sam da Série de Tv Sobrenatural.
Bia e Dyllan se envolvem e começam um relacionamento quente, mas cheio de neuras por parte de Bia, que fica o tempo todo com o pé atrás, esperando o momento em que vai levar outro pé na bunda.

Agora vamos aos personagens:

Bia - Devo confessar que no começo não gostei muito dela. Afinal, eu não suporto mulheres que ficam sofrendo por causa do marido, noivo ou namorado. Acabou, acabou, levanta a cabeça e parte pra outra. Mas no final ela ganhou alguns pontos.

Mariana - Ela é a amiga do peito, pronta para dar aquela levantada na moral, mesmo que ela tenha evaporado. Eu me vi um pouco nela. Também tenho uma amiga de infância igual a Bia. Todas as vezes que ela levava um pé na bunda, eu aparecia e fazia igual a modelista do desenho "Os Incríveis", pegava um jornal, batia na cara da minha amiga e dizia "Para com isso mulher!" É! Eu sou um poço de delicadeza.

Olli - O cara é uma figura. Dei altas gargalhadas com ele.

Dyllan (O gostosão) - Ele assim como a Bia não me cativou no começo. mas conforme a história ia passando deu para ver que ele não era só gostosura, também tinha senso de humor, simpatia e luta pelo que quer.

Arthur - Ao contrário do que deveria, não o odiei. Ele terminou com a Bia, pois o pavor da responsabilidade caiu como uma avalanche. E atire a primeira pedra quem nunca teve um frio na barriga quando viu seu relacionamento ficar sério ou cair na mesmice. Só achei que ele foi muito besta em aparecer depois de tanto tempo e querer perdão.

Outro assunto que a autora aborda na história, é o pavor de entrar na casa dos trinta.
Eu tenho 31 e pra mim 30 é só um número. Não fiquei neurótica, sei lá não consigo entender a neurose dos 30 anos, que não só acomete as mulheres, mas os homens também.

"Você Tem Meia Hora" não é o meu tipo de literatura favorito, mas eu devorei as páginas com o mesmo entusiasmo que devoro os livros mágicos e cheios de mistério.

http://catalinaterrassa.blogspot.com/2012/02/resenha-voce-tem-meia-hora-camila.html
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Jéssica Malta 08/09/2011

Resenha postada originalmente em: http://www.bookaholicworld.com/2011/08/resenha-voce-tem-meia-hora-camila.html
Como uma grande fã de chick lit, fico muito feliz quando leio bons livros desse gênero, ainda mais quando se trata de um escrito por uma brasileira. Minha simpatia pelo livro foi imediata, assim que vi a capa pense "ain, que capa fofa...quero ler!", depois fiquei intrigada com o que esse título - "Você Tem Meia Hora" - poderia significar. E agora, posso dizer que tive uma leitura bastante prazerosa.

"Você Tem Meia Hora" é sobre uma comissária de bordo - Beatriz - que achava que tinha uma vida praticamente perfeita: um trabalho que amava, uma amiga fiel e um namorado com quem dividia um bom apartamento e pretendia se casar. Mas.. Quando menos se espera a vida resolve nos "pregar peças" e tudo acaba mudando. Seu quase-marido, Arthur, resolve terminar a relação dos dois e Bia acaba "entrando em uma grande fossa".

No entanto, a mesma vida que nos tira algumas coisas nos dá outras, e Bia ganha a oportunidade de recomeçar a vida em outra cidade, país - Londres, Inglaterra. Ok, ela não está nem um pouco afim de mudar de cidade, de vida, de rotina... Mas com a ajuda de Mariana - sua melhor amiga - resolve ao menos tentar.

No início tive minhas dúvidas se gostaria da personagem Bia, porque achava que ela estava se lamentando demais ao invés de seguir em frente. Mas quando parei para pensar, percebi que é assim mesmo que a grande maioria de nós, mulheres, reage a uma separação. Afinal, são minutos, horas, dias, anos gastos com uma pessoa que talvez nem sequer merecia (acredite, não é nada legal pensar por esse ângulo..Você pensa," poxa, eu podia ter feito isso ou aquilo"..."ou namorado outro ao invés desse"). Depois que passou essa primeira impressão, A-D-O-R-E-I Bia. Ela é frágil, divertida, sensível, determinada...Realmente alguém que você gostaria de ter como amiga. Em alguns momentos, a vontade que ela tinha de voar /se tornar aeromoça quando era mais nova me lembrou a Donna do filme "Voando Alto".

Falando em amigos, vale destacar Mariana. A responsável por ajudar nossa protagonista a enfrentar as mais variadas situações. Adoro a amizade das duas e isso fez com que eu lembrasse das minhas amigas que sempre me ajudam também. É claro que eu também não posso deixar de citar Olli, o amigo-gay mais divertido de todos os tempos! Ele é responsável por boa parte dos diálogos divertidos presente no livro.

Outros personagens que acho que devem ser pelo menos mencionados são Arthur e Dyllan. Dois caras diferentes que mexem com a vida de uma mesma mulher. Eu realmente tenho minhas dúvidas sobre Arthur, acho que ele é mais confuso do que "idiota", mas eu prefiro que vocês tirem suas próprias conclusões (e eu sou suspeita pra falar porque tomo as dores dos personagens, haha). Já Dyllan é tão meigo, lindo, sonho-de-consumo-de-todas-nós (mais um que entra para minhas paixões literárias), bronzeado e australiano... Como e quando eles entram na vida de Bia? Qual o papel deles nessa história?

De fácil leitura, "Você Tem Meia Hora" tem todos os ingredientes de um bom chick lit: romance, amizade, diversão. A autora soube adaptar alguns fatos da nossa realidade a esse enredo e isso permitiu que eu me sentisse parte da história (mesmo que como ouvinte/observador). E tenho que dizer, parte do final foi bem surpreendente e me fez chorar. Sem contar que o epílogo, ao meu ver, deixou um gancho para uma possível continuação - o que eu sinceramente espero que aconteça.

Não sei se só eu faço isso, mas tenho mania de sempre pensar nas mensagens que os livros nos passam ou tentam nos passar e para mim, as grandes lições que pude tirar do livro foram: algumas pessoas merecem uma segunda chance; aproveite as oportunidades que a vida lhe dá ou nunca saberá o que elas lhe reservam; sempre é possível recomeçar; e a MAIOR DE TODAS elas - aproveite bem e o máximo que puder a vida e as pessoas que te cercam. E ainda tem gente que diz que ler não serve para nada, né?

Acredito que quem gosta de livros do gênero não se arrependerá ao embarcar nessa leitura. Leiam e sejam felizes! Ah, e não deixe de me contar o que acharam do livro :)
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Linny 16/11/2011

Um livro incrível
Em Você Tem Meia Hora conhecemos a história de Bia uma mulher sonhadora e sensível que trabalha como aeromoça e que ama a sua profissão.
Na noite de reveillon após voltar de viagem ela é surpreendida pelo seu "namorido" Arthur que a abandona sem nenhum motivo aparente, dando a desculpa que a ama mas que não dá mais para ficarem juntos. Desesperada e inconformada com a separação, ela passa por uma fase difícil de aceitação e acaba passando dias isolada em seu apartamento à merce de bebidas alcoólicas para amenizar o seu sofrimento.
Sem expectativa de uma retorno amoroso com Arthur e já sentindo viver um futuro como "Titia", Bia não sabe mais como mudar a sua situação, mas é nesse momento que a sua melhor amiga Mariana lhe mostra uma maneira de reverter o jogo; a agência de aviação Jet-Air onde trabalha está se ampliando e prestes a se tornar internacional, criando uma nova sede em Londres e com isso várias oportunidades de ingressarem tanto em voos nacionais como internacionais. Mesmo Bia achando que não tem a menor chance de ser aceita e por descobrir que o seu ex já está namorando novamente, ela acaba concordando concorrer a uma vaga para ser comissária de voos internacionais e participa do processo seletivo. Sendo uma completa surpresa ela é aprovada e consegue a vaga mais concorrida. Então Bia entra em contato com Olli um amigo antigo que é brasileiro, gay assumido, maquiador e que mora em Londres, para saber em qual é o melhor bairro para se morar lá. Com tudo acertado ela embarca para a Inglaterra.
Em Londres Bia percebe quantas são as novidades e costumes que terá que aprender na cidade, e com o envolvimento de seu amigo de apartamento Olli sua vida parece estar mais alegre e entrando nos eixos novamente. Porém ao conhecer um vizinho de apê chamado Dyllan; um Australiano extremamente gentil e sensual, Bia se vê em apuros e tenta desesperadamente não se deixar envolver por ele. Mas todo esforço vai em vão porque acaba não resistindo ao charme e com os acontecimentos cada vez mais favorecendo para um relação, Bia se entrega à paixão e com isso acaba criando outro circulo de amizades e se acostumando com tudo do novo país.
Estava tudo às mil maravilhas, mas pouco tempo depois Bia recebe uma noticia terrível que à faz voltar as pressas para o Brasil. Esse triste acontecimento mudará o seu jeito de ver a vida e a pensar em seus valores, será como se fosse uma segunda chance principalmente para se reaproximar de pessoas que fazem parte da sua vida como o seu pai Jonas com quem tem uma relação isolada de afeição e também a aprender a dar mais valor para si mesma.
Esse livro é maravilhoso, tem uma tipo de história que deixa o leitor tão envolvido com os acontecimentos que é difícil parar de ler. Ao lê-lo você se sente completamente envolvido com os dramas da vida de Bia e se vê torcendo, sorrindo com os momentos felizes que ela passa, como também sofre e se diverte muitas vezes.
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Gabrielle Pereira 11/03/2018

Adorei
Achei o começo cansativo e chato, depois de um tempo queria dar uns tapas na cara da Bia pra ela deixar de ser trouxa. Ri muito com algumas partes kkkkk, embora tenha ficado triste com outra mas o livro é ótimo, amei de verdade
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Vanessa Vieira 19/02/2018

Você tem Meia Hora - Camila Nascimento Silva
O livro Você tem Meia Hora, da carioca Camila Nascimento Silva, nos traz um chick-lit divertido e envolvente sobre amizade, amor e recomeços. Contando a história de uma aeromoça que termina com o namorado e decide recomeçar a sua vida em Londres, o enredo é norteado por momentos de descontração e conseguiu me propiciar uma excelente leitura.

Durante a noite de réveillon, a romântica e sensível Bia termina o seu namoro de três anos com Arthur, com quem morava junto há exatamente dois anos e pretendia se casar em breve. Sem muitas explicações, ele resolve romper com a aeromoça, que amarga uma terrível fossa. Prestes a completar trinta anos, Bia acredita que não irá conseguir se casar um dia, pois acha que nessa idade, tudo que teria que dar certo na vida de uma mulher já deveria ter dado.

Entretanto, Mariana, a sua melhor amiga, acredita que Bia está sendo dramática e prega que não tem nada que não possa ser superado por meio de uma mudança radical. Mari acredita piamente que reinventar-se é a solução para quase todos os problemas e aconselha Bia a concorrer a uma vaga de emprego para trabalhar como aeromoça em Londres, afirmando que essa chance dará um verdadeiro upgrade na vida da amiga. Porém, mesmo indo trabalhar no estrangeiro, Bia ainda leva na bagagem uma história mal resolvida, que pode impactar seriamente em sua mudança...

Você Tem Meia Hora se mostrou uma leitura encantadora e conseguiu me conquistar do início ao fim. Arrisco ainda em dizer que o romance de Camila Nascimento foi um dos melhores chick-lits que eu já li na vida, com um enredo recheado de romance, amor, amizade, descontração e até mesmo drama. Narrado em primeira pessoa por Bia, de uma forma bastante íntima e fluente, o livro fala sobre amizade e cumplicidade de um modo muito bonito e tocante e traz um imenso sentimento de nostalgia.

Beatriz foi do céu ao inferno com o Arthur e o rompimento dos dois a deixou completamente devastada. Ela amarga uma profunda depressão e é salva constantemente por Mariana, que faz de tudo para tirar a amiga de dentro de casa e mostrar pra ela que o mundo não gira ao redor de um único homem. A amizade entre elas foi um dos ápices do livro e a relação intensa que as duas amigas têm é incrivelmente emocionante e enriquecedora. Acompanhar Bia em Londres foi fantástico, principalmente quando ela toma posse de todo o seu potencial e vive a vida com plenitude, até que é presenteada pelo destino com o maravilhoso Dyllan. O romance dos dois acontece de uma forma bem natural e gostosa, repleta de cenas cômicas e com direito a muita pegação. Dyllan é romântico, sensível, gato e completa Bia como nunca antes.

"Até um pé na bunda te empurra para frente."

Mariana é uma amiga incrivelmente especial e a relação de amizade e afeto dela com Bia é emocionante e bastante tocante. Elas estão juntas em todos os momentos e compartilham uma cumplicidade muito bonita. É Mariana quem socorre Bia durante o término do namoro com Arthur e quem a incentiva a mudar de vida e buscar a sua felicidade sempre e constantemente. Confesso que me comovi bastante com algumas cenas entre as duas e achei a amizade deles belíssima e memorável.

Resumidamente, Você Tem Meia Hora se mostrou um livro maravilhoso, cômico, tocante e com uma mensagem muito bonita. Vale ressaltar também que o título da obra tem toda uma simbologia com a música "Vambora", de Adriana Calcanhoto e confesso que me emocionei bastante com esse ponto da história. Com personagens humanos, carismáticos e em constante processo de evolução, o romance de Camila Nascimento conseguiu ganhar o meu coração e se mostrou uma das minhas melhores leituras de 2018. A capa do livro é bem descolada e nos traz vários elementos que fazem parte da rotina de uma aeromoça e a diagramação, infelizmente, deixou muito a desejar. A revisão deixou passar muitos erros ortográficos e de digitação e isso, de certa forma, acabou atrapalhando um pouco a leitura. Sem mais delongas, recomendo, com certeza!

site: http://www.newsnessa.com/2018/02/resenha-voce-tem-meia-hora-camila.html?m=1
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Dani Fuller 18/08/2011

Para Rir, Chorar, e Surpreender
Eu jamais poderia imaginar o que me esperava nesta leitura... foi além do que um chick-lit pode causar.. e teve um impacto incrível em mim. Eu admiro demais alguém que consegue fazer isso com o leitor: surpreender, rir e chorar.

Narrada em primeira pessoa para justamente você poder fazer parte da vida da personagem...e impossível qualquer mulher que exista não se identificar com algumas atitudes da Bia.. Na verdade acredito que eu tenha menos que as demais rs. O sofrimento de um coração partido é algo que sempre teremos em comum, né? E na hora que Bia passa... desperta em você o passado, e histórias semelhantes.. causando uma tristeza, frustração e o ódio pelos homens renovados.

"Seria tão bom se a medicina inventasse uma cirurgia capaz de pinçar do cérebro toda a memória referente a ex-amores. Eu me submeteria feliz a uma lobotomia que apagasse da minha mente todo o passado envolvendo Arthur (...)"

A mensagem do livro é linda... e ela se encontra em muitas passagens. Algumas eu só pesquei no final...quando meu cérebro passou a revirar se existia algo que eu tinha deixado passar.. alguma mensagem/aviso do que poderia acontecer. É justamente pelo impacto que tive.. que serei breve sobre ele.

Um dos pontos mais exaltados aqui é sobre a amizade (e sim isso me irrita um pouco), assim como em outros lugares... apontam como sendo uma das coisas mais importantes do mundo. Talvez seja, infelizmente existe uma pessoa que não pode usufrir de algo assim e tem que levar uma vida 'normal' todos os dias... é complicado, pesado, e aterrorizante mas também é possível 'superar' (ou não) as pedras da vida sem as amizades. Mas foi lindo ler a relação da Bia com a Mari, o crescimento de seu relacionamento com o pai, as novas amizades cativadas... (alguns flashbacks na verdade deixaram um pouco cansativa a leitura.. mas ainda bem que eram rápidos).

"Porque aos trinta o que era para ter dado certo, já tinha que ter dado. O que deu errado, não dá mais tempo de consertar e o que a gente quer que aconteça, talvez não vá mais acontecer."

As situações do mundo feminino são como aquelas tiradas pela nossa cabeça.. tudo que pensamos, falamos e ouvimos está lá..O questionamento da idade (Bia estava com 29 anos, ai já viu) foram uma das melhores passagens... me identifiquei demais! E sei que as outras leitores também vão passar por isso.

"(...) à beira dos trinta, convenhamos, eu precisaria de uma boa dose de sorte para conhecer um homem - solteiro, honesto, apresentável, heterossexual e com menos de setenta anos - que se interessasse em se casar, ter filhos e todas essas coisas que os homens fogem mais do que o diabo da cruz. Ou seja, só milagre mesmo."

Termino copiando um trecho que tem na própria sinopse e omiti lá para colocar aqui.. não há nada que eu diga que possa resumir mais o que o livro representa que ela:

Voltado para o público feminino, Você tem Meia Hora é um romance sobre recomeços, amor e amizade. Apostando numa narrativa leve e densa, dramática e bem humorada, provocante e recatada, envolvente e cheia de contradições. Exatamente como qualquer mulher.

E fui cativada pela Bia e sei você que também será..

ps: Tem como fazer o pedido de um Dyllan para mim, não?

http://www.danifuller.com/
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Andresa 05/12/2011

Recebi o livro "Você Tem Meia Hora" por meio do booktour realizado pela autora, que para nossa alegria é brasileira. E agora venho compartilhar com vocês mais uma super obra nacional!

O livro conta a estória de Bia uma aeromoça que era feliz e realizada, até o dia em que seu quase marido decide abandoná-la. Bia desenvolve uma profunda depressão por conta disso, não pensa em outra coisa além de beber, chorar e pensar no seu tão amado Arthur que a deixou sem mais nem menos. Claro que ela pensara em alguns motivos que levaram ele à tomar essa atitude, como o fato dela sempre estar viajando. Porém, ela acreditava que o amor dos dois era forte o suficiente para superar essa barreira no relacionamento... mas pelo visto ela estava enganada.

Mariana, sua melhor amiga e quase irmã, descobre que a empresa de aviação onde as duas trabalham está com planos de expandir para o exterior e decreta que Bia precisa se inscrever para a vaga já que possui todas as habilidades que os candidatos necessitam para preenche-lá. Após diversas reviravoltas a moça percebe que essa pode ser sua grande chance e parte em busca de uma nova vida na cidade mais ousada do mundo, Londres!

Me surpreendi muito com o livro, principalmente do meio para o fim. Ocorrem situações que eu nunca iria imaginar, o que fez com que a leitura fosse muito prazerosa. O enredo foi muito bem elaborado, o modo como a autora descreve as cenas também é super bacana e os personagens são originais. Apenas não gostei do início quando a personagem está em fase de desespero por ter sido abandonada, mas todo o resto é maravilhoso.

Impossível pensar em outra palavra para descrever "Você Tem Meia Hora" que não seja: surpreendente. Um livro divertido, diferente e que além de tudo trás consigo uma mensagem muito legal, que a própria Camila citou logo de início: "Uma mulher pode ter namorado, marido, filhos ou amantes, mas jamais sobrevive sem uma melhor amiga." E realmente, a cada página eu pude perceber o quanto uma amizade pode mudar uma vida e somento isso já valeu o livro inteiro.

Mais resenhas em: www.inbookshelf.com
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Renata1004 12/06/2020

...
A estória para passar tempo até vale, seria um chicklit bacana, mas em alguns aspectos não gostei pois generaliza pé na bunda e depressão, alcoolismo como algo "curável", e não são coisas tão simples assim
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Iris Figueiredo 27/09/2011

Mais resenhas em: www.literalmentefalando.com.br
O chick-lit de estreia da carioca Camila Nascimento Silva também é um dos livros de estreia do selo Subtitulo, blog literário que virou braço editorial da editora Oficina de Livros.
Bia é uma aeromoça que mora há um tempo com o namorado, Arthur, a quem ela já considera marido. Pode não haver papel assinado, mas o que conta é o sentimento! Mas Bia não reclamaria nem um pouco se eles se casassem com toda a cerimônia... Porém, ao voltar para casa no Ano Novo, doida para curtir suas férias com Arthur, ela recebe uma triste notícia: ele está indo embora, e depois de tanto tempo, ela está solteira mais uma vez.
Beatriz se afunda em depressão. Procurando ajudar, Mariana, sua melhor amiga desde a infância e companheira de profissão, insiste para que ela se candidate a vaga de emprego que a companhia aérea está abrindo em Londres. Depois de muito hesitar, Bia aceita a sugestão da amiga e se candidata para o emprego, pronta para viver uma temporada na Terra da Rainha, um novo amor e muitas noites londrinas.

O livro tem personagens muito agradáveis, divertidos e retratos da nossa realidade. Não tem como não rir com Olli, completamente sem noção. Mas, ao tentar aproximar o modo de falar do personagem, a autora usa muitas gírias e escreve as palavras de forma diferente para ressaltar como o personagem fala. Algumas vezes isso é legal, mas em outras se torna excessivo e incomoda o leitor. A Bia é completamente doida e neurótica, o Arthur é sem noção demais, o Dyllan é uma graça e a Mariana é um amor de pessoa. Senti falta da autora explorar melhor a Fiona, que tinha potencial para ser uma pedra no sapato na vida da Bia e foi jogada para escanteio.
A escrita de Camila é recheada de cultura pop e referências ao dia-a-dia feminino - tanto brasileiro quanto londrino. A autora não abre mão de citações à lugares e marcas, tornando o livro mais próximo ao leitor. Adorei todas os comentários de Bia a respeito de onde ela passava ou o que fazia no Rio de Janeiro, pois eu conhecia a maioria dos lugares (de frequentar, passar em frente ou de ouvir falar). As citações aos locais londrinos também são legais, porque mesmo que não conheça pessoalmente, já ouviu falar algum dia ou viu os lugares por onde Bia passa em algum filme.
Mas, algumas vezes, esse "excesso" de referências atrapalha a leitura. Senti que em alguns trechos muita coisa poderia ser cortada, para tornar a leitura mais fluida. Existem algumas cenas dispensáveis, que não afetam o desfecho do livro e estão ali para enfeitar e florear. Além desse problema de edição, senti falta de uma revisão mais cuidadosa.
Adorei saber alguns detalhes sobre a aviação e, apesar de Camila não trabalhar como comissária de voo, deu para notar que ela fez uma pesquisa sobre a profissão. Além disso, a forma como Bia designa passageiros é hilária. Acho que o fato da autora ter nascido no Rio mas morar há um tempo em Londres também colaborou para trazer mais veracidade a história.
Apesar desses pequenos pontos negativos, o livro me surpreendeu no final. Ele vai além do que parece e dosa comédia com perda, amizade, amor e relacionamentos familiares. Acho que Camila tem potencial para se consagrar como autora brasileira do gênero! Adorei o livro e posso garantir que o selo Subtítulo acertou em cheio ao apostar nesse livro para ser um dos primeiros lançamentos deles. A capa é linda e passa o clima do livro de uma forma fofíssima. Espero ler em breve os outros dois lançamentos do Subtítulo e desejo uma caminhada de sucesso para essa galera, que saiu da internet para se tornar editora, abrindo portas para outras conquistas dessa blogosfera literária!
Daniele 03/05/2017minha estante
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Andressa 24/12/2011

Você Tem Meia Hora - Camila Nascimento Silva
Entre por essa porta agora

E diga que me adora,

Você tem meia hora

Para mudar a minha vida..

Beatriz é uma comissária de voo perto dos 30 anos, que é largada pelo namorado na véspera do ano novo. O que fazer agora? Como é bom que as mulheres tenham melhores amigas, para ajudar a superar as dificuldades. Agora, Mariana, a melhor amiga de Bia, quer que ela vá para Londres junto com a empresa.

Boa parte do início do livro é relatando a dor de Bia com a perda de Arthur. Após ser largada sem ao menos uma explicação, ela vê suas férias arruinadas e passa um mês inteiro pensando no que poderia ter acontecido se ele estivesse lá, querendo uma explicação, e mais que tudo: querendo ele de volta. A fase um tanto depressiva de Beatriz no início do livro é completamente compreensível. Que mulher em seu lugar não ficaria assim? Sem mais nem menos perder o namorado, com quem dividia a vida em um apartamento é completamente preocupante. Porém, mesmo sendo necessária a narração do sofrimento, não consegui me prender muito à história no começo do livro. Sempre pensando em Arthur, sempre bebendo para afogar as mágoas e não tentando dar a voltar por cima, deixou a minha leitura um pouco lenta no começo.

‘’Desejei que o chão rachasse e uma fenda me sugasse, sei lá, para Tanzânia! Um lugar bem longe, onde eu pudesse adormecer e acordar no próximo mês, quando, provavelmente, Arthur já estivesse de volta e a minha vida, de novo nos trilhos, mas infelizmente isso não aconteceu. ’’ Pág 22

Isso muda completamente assim que Mariana a convence a se inscrever para a vaga que surgiu em Londres. Quando Beatriz resolve se inscrever, passa na entrevista e finalmente muda para Londres, a história engrena de uma vez! Não queria parar de ler nem quando precisava. Bia se torna praticamente outra mulher, superando sua perda e se divertindo num lugar completamente diferente para ela e para nós, leitores. Acabamos conhecendo um pouquinho de Londres também, e pelo fato da autora morar lá e ser brasileira, consegue nos mostrar as diferenças principalmente climáticas e até um pouco de cultura e do preconceito que geralmente tem-se por pessoas estrangeiras. Até um pouco de moda é introduzida na história, e isso dá um toque ótima a ela!

Além de conhecer um pouco da nova cidade de Bia, conhecemos também como é a vida de uma comissária de vôo. Acho que a maioria das pessoas tem em mente que é ótima a profissão pelo fato de conhecerem muitos lugares e sempre estarem viajando. Eu, por exemplo, sempre pensei assim, mas pelo visto estava completamente errada. Tem um ritmo corrido, e por estarem praticamente a toda hora dentro de aviões, pode acabar até mesmo desgastando relações. Mesmo assim, até a protagonista deixa muito claro, que apesar disso, as aeromoças são como pessoas normais.

‘’Sim, porque por mais incrível que pareça, as aeromoças também tomam porres. Aliás, elas realmente existem fora dos aviões. ’’ Pág 10

Por fim, a personalidade de Bia não podia ser mais real. É uma mulher insegura, porém divertida. Que desconfia dos homens pelo trauma que passou, mas que vai até o fim pelas pessoas que ama. Não pude deixar de me identificar com ela, e acho que, pelo menos boa parte das mulheres é assim também.

O final da história foi o que mais me surpreendeu no livro. Parte dele era já esperada, mas um certo rumo que tomou foi inacreditável! Me vi chorando em uma parte, rindo em outra e tenho certo que certo desfecho não é o que o leitor espera em momento algum.

Camila conseguiu uma trama que misturou também muitas emoções. Bia é uma personagem muito divertida e engraçada, que com seus pensamentos malucos me fez rir muitas vezes. A história é levíssima e apesar de alguns pontos tristes, eu adorei. Mostra um exemplo de superação de uma mulher, algo que ela não imagina que possa conseguir, mas que é inevitável que todos sigam em frente um dia. Tem também muito romance, daqueles que se torce para que tudo dê certo no final e que é o sonho de qualquer mulher. E o principal: o valor da amizade, poder contar com aquela pessoa que você chama de melhor amiga para tudo e que sempre vai querer apenas o seu bem.

O livro é ótimo! E apesar do início um pouco lento, não altera minha avaliação dele, por compensar completamente em outras partes. O livro é recomendadíssimo!

''Quem dera que a vida fosse como nos filmes que a gente pressiona a tecla ''avançar'' e já fica sabendo o que acontece no final...Infelizmente - ou felizmente - na vida real é proibido ter certeza e os caminhos nunca se apresentam de forma bem definida tipo preto ou branco. As escolhas variam numa ilimitada gama de cinzas claros e escuros e é sempre arriscando que fazemos decisões, porque sofrer também faz parte do processo ou, conforme Eça de Queiros, a cada viver corresponde um sofrer.'' Pág 98
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