Lili Machado 16/09/2011Romance de estréia para mim, na leitura da obra de Harlan Coben – uma grata surpresa.Na hora da morte, a mãe de Will Klein revela que seu irmão mais velho, Ken, que está desaparecido há mais de 11 anos, desde quando fora acusado de estuprar e assassinar uma vizinha, Julie Miller, em Nova Jersey, está, na realidade, vivo. Will, que sempre considerou o irmão inocente, conta com a ajuda de seu amigo Squares, que agora trabalha em uma fundação de assistência a jovens carentes (a Covenant House – empresa verdadeira – www.covenanthouse.org), e é um famoso professor de ioga (o que lhe garante acesso a informações e celebridades), passa a tentar provar a inocência de Ken a todo custo. Não faz muito tempo que Squares era apenas mais um desgarrado simpatizante do nazismo, e seu apelido tem origem na tatuagem de 4 quadrados que leva na testa (antes, uma suástica nazista que ele tentou desfarçar).
Enquanto isso, a mulher de Will, Sheila, some de repente, apesar de parecer apaixonada por ele, e também se torna suspeita para o FBI, já que suas impressões digitais são encontradas numa cena de crime no novo México. Além disso, John Asselta, um psicopata criminoso (O Fantasma), antigo amigo de infância de Will e Ken, volta a rondar sua vida – com boa dose de violência.
“Não existem ateus nas trincheiras.” – segundo John Asselta, é uma mentira – “Na verdade, é exatamente o contrário. Quando estamos cara a cara com a morte, concluímos que não existe nenhum Deus. Não existe mais nada depois. Nenhum paraíso. Só o nada.”
Sinistra a situação involuntária do gigolô Louis Castman, preso em uma cama de hospital, num cubículo sem iluminação ou janelas, pela prostituta Tânia; condenado á eterna visão de fotografias dela, antes de ser desfigurada por ele, com uma navalha.
Thugs – membros de um culto de assassinos silencioso indianos, que aperfeiçoaram a arte secreta do estrangulamento
“Não importa o que ela tenha feito... o que você tenha feito... talvez nunca possam se libertar. Mas isso também não os condena.” – Harlan Coben.
Legal saber que o personagem de Squares gosta de ouvir “You´re so vain”, da Carly Simon, supostamente escrita para o ator Warren Beatty. – Bonnie&Clide, na década de 70 - vocês ainda não eram nascidos.
E, também: “Give me just a little more time”, dos Chairman of the Board – idem anos 70.
E, também, “Candle in the wind”, de Elton John – album duplo Goodbye yellow brick road.
Impressionante o que se aprende na internet, hoje em dia – acabo de aprender a trocar de identidade, de maneira segura e eficiente.
Enfim, a confirmação...
“E foi então que a verdade se revelou para mim.” – Will Klein
“Toda vez que alguém faz uma escolha, divide o mundo em universos alternativos.” – Harlan Coben
“Eu gosto de matar as pessoas dolorosamente. Escolhi o estrangulamento porque é uma forma horrível de morrer. A pessoa fica sufocada, lutando até seu último suspiro.” – John Asselta
“Você foi a pessoa que mais magoei e traí na vida.” – Ken Klein