Memórias do subsolo

Memórias do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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Rafael Nazar 21/05/2024

O rancor e a dor.
Que livro incrível! Me lembrou um dos meus filmes favoritos, Taxi Driver, do Martin Scorcese. Dostoiévski é definitivamente o maior escritor que já existiu.
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whatsmaryreading 20/05/2024

Um livro pesado, mas interessante.
Ler essa obra-prima de Dostoiévski, foi como descer a um abismo psicológico, onde as contradições da alma humana se expõem em toda sua crueza.

O protagonista sem nome, atormentado por inveja, raiva e medo, nos guia por sua tortuosa jornada interior. Sua narrativa, carregada de ironia e sarcasmo, revela a profunda infelicidade que o consome, fruto de experiências negativas e de uma visão pessimista da natureza humana.

Um dos aspectos mais impactantes reside na dor que a obra provoca ao nos confrontar com características presentes em nós mesmos, muitas vezes reprimidas ou negadas. Através da figura do "homem do subsolo", Dostoiévski nos convida a um exercício de autoanálise profunda e dolorosa, onde somos obrigados a encarar nossas próprias contradições, hipocrisias e lados sombrios.

Ele nos expõe sentimentos que frequentemente tentamos esconder, como inveja, raiva, medo e autodestruição. A obsessão do protagonista com a felicidade alheia e sua incapacidade de se conectar com os outros refletem comportamentos que, em menor ou maior escala, podemos reconhecer em nós mesmos.

É como se estivéssemos diante de um espelho que nos revela a nossa própria hipocrisia, a distância entre o que dizemos ser e o que realmente somos.

É interessante notar como a expressão "fundo do poço", que costumamos usar no dia a dia, ganha uma nova dimensão ao lermos "Memórias do Subsolo". O "subsolo" psicológico do protagonista, marcado por sofrimento e ressentimento, é um verdadeiro poço de escuridão, do qual ele parece incapaz de escapar.

A linguagem de Dostoiévski, embora complexa em alguns momentos, é cativante e envolvente. Sua capacidade de criar personagens memoráveis e de explorar a psique humana torna a leitura de "Memórias do Subsolo" uma experiência inesquecível, mesmo que dolorosa em alguns momentos.
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Day 20/05/2024

Coisa de doido, ta?
Meu deus, oque foi isso?
Memórias do subsolo é um livro controverso, questionável, até, mas gosto de muitos temas abordados por ele.

Gosto de observar o cômico conflito entre a razão e vontade, a racionalidade da ciência e o querer burro e ingrato da essência humana.
Oque se torna ainda mais divertido pelo ponto de vista sarcástico e pessimista do autor, que muitas vezes utiliza na narrativa a mais pura chacota, evidenciando o quão ridícula considera toda essa situação.

Gosto também de como o autor nos abre os olhos para a limitação vinda com o estabelecimento da moralidade.
Como os interesses por trás da ressignificação desses conceitos de: certo ou errado, favorável ou desfavorável, moral ou imoral, estão além do que imaginamos e podemos perceber a olho nu e podem agir, sem que percebamos, como um veiculo de alienação.
Entre outros muitos significados a serem interpretados, desbravados e estudados através desse livro.

Mas minha nota, 3 estrelas se deve mesmo ao mérito do autor de ter conseguido dar voz ao protagonista mais odiável que eu já vi, ou melhor, li.
Nossa senhora, se esse era o objetivo, Dostoiévski está de parabéns, conseguiu. Mesmo entendendo a intenção por trás de tudo aquilo, não consegui me pegar não torcendo para que o livro acabasse logo.
Sinceramente, a segunda parte é uma humilhação sem fim, chega a ser doloroso de se ler.

É um bom livro, mas é uma péssima obra introdutória.
Devia mesmo ter iniciado na literatura dostoievskiana através de ?Noites brancas?, como todos me recomendaram? ?
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Isa_04 19/05/2024

Com esse livro pude ver e sentir outra forma de escrita do autor, são seus traços, mas ao contrário de Noites Brancas, o primeiro que li, esse trouxe uma pegada diferente. Apesar de que os personagens de ambos os livros refletem profundamente o Eu interior de cada um.
Eu iniciei o livro, mas tive que parar e retornar porque achava que algo estava fora do lugar com a minha leitura, um tanto quanto complexa para o meu entendimento. Creio que é um livro que a cada releitura aparecerá um algo novo.
Os capítulos que envolvem sua primeira parte são como o despejar de pensamento e emoções do protagonista, preocupada eu fiquei porque em partes eu me identificava com ele. Cada capítulo transborda um algo, achismos talvez, mas que para os bons observadores sejam coisas que passam diante de nossos olhos mas que não queremos transparecer aos outros, nosso pensamentos e reflexões, que ficam apenas para nós. Como ele disse: ter consciência demais é uma doença. São capítulos bem reflexivos que se lidos calmamente, sem pressa, são de grande valia e ensinamento.
A segunda parte, decerto, envolve suas memórias, os seus pensamentos de quem ele era, de quem queria ser, do que desejou fazer e não fez, daquilo que fez, e que ao longo do tempo sombrearam a sua mente. Essa parte começou com seu realismo impregnado mas que ao fim parecia que teria um pouco do teor "romântico" entre dois, talvez, apaixonados, o que foi uma decepção para mim toda a atitude do protagonista.
Enfim, é um livro para quem realmente goste, apesar de quem goste, as vezes olhe para os personagens e pense "quão louco é esse povo". Não é um livro denso, mas como ele disse é um livro cheio de paradoxismos, que até tentar compreendê-los você pensa se realmente não é em você que está faltando mais reflexão.

"É preciso sair da inércia" - CP
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becaesousa 19/05/2024

Excelente
O livro é realmente muito bom, revelando todas as dobras a mente de um homem notavelmente perturbado. Somos divididos entre alguém que sente pena e deseja, ao mesmo tempo, ver o final dessa história!
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iorimarch 19/05/2024

?apesar dos pesares, estou firmemente convencido de que não só muita consciência como até qualquer consciência é uma doença?
simplesmente um dos melhores livros que já li?
não há palavras que descrevam minhas sensações durante essa leitura.
meu primeiro contato com Dostoiévski, e a partir desse mesmo, se tornou meu autor favorito?
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jumoreiraa 18/05/2024

Um livro extremamente cruel e nu aos olhos do leitor, um homem que se escondeu tanto dentro de si mesmo que não sabe mais como se portar diante dos outros, diante da sociedade.

Afogado em solidão, um complexo de superioridade e desgosto por si mesmo, ele navega a vida de forma completamente perdida e desvairada, implorando pra ser visto.

A pior (e melhor) parte deste livro, é ter que admitir para si mesmo o quanto se identifica com uma personagem tão cínica e cruel como esta, é passar páginas o odiando e logo em seguida se ver tomado por emoção por uma frase que ele diz.

Achei o começo do livro um pouco maçante, mas com o passar do tempo a narrativa te prende e ele se torna até simples de compreender, enfim, com certeza me impactou bastante.
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Ingr6d 18/05/2024

Memórias do subsolo
O início do livro é feito pra introduzir q o cara se odeia mt e situação atual e quando chegamos na parte do subsolo entendemos motivo dele ser DOENTE, ele é humilhado por todo mundo, se afasta de todo mundo e quebra vários ciclos pq simplesmente quer.
Me identifiquei com pensamentos específicos dele sobre as relações com as pessoas, mas jamais chegarei nesse nível de autodestruição (eu acho)
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PinkPaulaS 18/05/2024

Certamente, nao será a melhor leitura do ano.
Mais certo ainda é que a personagem central da história, o próprio narrador, é um sujeito repugnante.
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Maria.Luiza 17/05/2024

Duro, ignóbil, horripilante
Que livro profundo e complexo. Eu não sei o que sentir, mas principalmente nojo. Tá, eu entendi o discurso final, mas ele me embrulhou o estômago muitas e muitas vezes. Pesado. Difícil. Angustiante. Clássico.
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aymepersaud 16/05/2024

Como um livro escrito há 160 anos pode se relacionar comigo tão profundamente. Simplesmente um clássico e verdadeiro trabalho de gênio. Todos devem ler!!!!!!
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maria eduarda 14/05/2024

Por que ninguém, além de mim, sente ser olhado com aversão?
Quando comprei memórias do subsolo ano passado e li a primeira parte do livro, acreditei que esse se tornaria facilmente um dos meus favoritos, gostei da escrita do autor e das reflexões acerca da vida, dos nossos comportamentos e desejos e como já comentei antes, sentia que doistoiévski seria minha clarice lispector, só que homem e russo.
logo após, abandonei a leitura.
recentemente, decidi lê-lo novamente com a pretensão de finalizar e a experiência nas primeiras 50 páginas foram de pura diversão e êxtase - com concordâncias e discordâncias nesse meio. rabisquei praticamente todas as páginas e o personagem acima de tudo me arrancava gargalhadas com o quanto ele é dramático, rabugento e hipócrita, como que até então de forma despretenciosa ele demonstrava ser melhor e mais inteligente que qualquer outra pessoa. me identifiquei com o homem do subsolo e acredito, como disse o wercton, que somos todos um pouco ele.
?embora tenha afirmado, no início, que a consciência, a meu ver, é a maior infelicidade para o homem, sei que ele a ama e não trocará por nenhuma outra satisfação?. se eu tivesse acabado o livro ali na primeira parte, teria ficado satisfeita com o que eu esperava e queria do livro. com o que eu esperava e queria, importante repetir.
e então me veio a propósito da neve molhada e há muito não me sentia tão desconfortável, agoniada e incomodada ao ler um livro. o personagem que eu havia criado apego e até me enxergado ali, se tornou extremamente babaca e repugnante e extremamente coitado, eu só queria a todo instante que acabasse logo. ver ele tão desesperado por atenção e ser rejeitado a todo instante estava me dando no nervos, ele sabia que era apartado e sabia que não gostavam dele e sua forma de reagir a isso era com seu ar de superioridade e a ânsia por pontuar o que ele via como defeito nos outros, como a pele com acne ou a falta de inteligência. me vi tentando e colocando o personagem em outra perspectiva, até numa de coitado pra poder manter o sentimento que eu construí na primeira parte, tentando anular a sua canalhice e toda sua forma de lidar e viver sua vida para querer gostar dele, por mais que eu entendesse o quão mesquinho se poderia ser e a busca constante por ser enxergado, talvez até mesmo por tédio e respeitar tudo isso, eu queria gostar dele e não tentar analisar tanto tudo o que viveu não faria com que eu alcançasse esse sentimento. o encontro com os amigos foi de um desconforto pra mim, meu deus! estava até cogitando dar menos estrelas porque não seria suficiente qualquer opinião ou reflexão que eu tivesse a respeito, a agonia que estava sentindo ao ler se sobressaía. e então me apareceu liza e o monólogo final de quando ela vai a casa dele trouxe de volta o que eu estava precisando pra me satisfazer com as expectativas, ainda que eu finalizei querendo mais e algo diferente. acho sempre interessantíssimo poder julgar e analisar outro ser humano e temos sempre esse ?dom? tão internalizado em nós - pois é sempre mais fácil dá o veredito e denominar qualquer outra pessoa que não nós mesmos - que confesso que a experiência com memórias do subsolo foi inconstante e desafiadora, o que me deixa zangada também.
?(?) e ela mesma sabe que é ruim, e o seu coração se congela e se atormenta, mas ela ama; é tudo por amor. e como é bom, depois de uma briga, fazer as pazes, ela mesma se culpar perante ele, ou perdoar! e ambos se sentirão tão bem, tão bem!
(?)
e se já houve amor, se se casaram por amor, por que há de este amor acabar?! não se pode mantê-lo? (?)
(?) é só amor e ser corajoso.?
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GabrielB33 14/05/2024

A melhor representação de um neurótico
Foi o personagem mais problemático que eu já vi, como diz no começo do livro "Sou um homem doente..."

Foi facilmente uma grande citação do ID de Freud, mesmo que o termo ainda não tivesse sido criado quando o livro foi lançado.

Dostoiévski é um autor que me surpreendeu e que me deu vontade de ler sobre suas outras obras.

É um livro que vale muito a pena a leitura e reflexão.
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