Memórias do Subsolo

Memórias do Subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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julia5908 22/04/2024

"o sofrimento é a causa única da consciência"
"o que é melhor, uma felicidade rasteira ou sofrimentos sublimes?"

acho que nunca na minha vida li um livro que retrata a vida de alguém tão miserável e infeliz como dostoievski fez nesse livro. o homem na mais pura infelicidade e agonia cono nunca vi. demorei pra terminar porque queria absorver de fato muitas partes que achei importantes e, se pudesse, iria querer ler de novo como fosse a primeira vez
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Thulip 22/04/2024

Covardia
"Deixai-nos sozinhos, sem um livro imediatamente ficaremos confusos, vamos perder-nos; não saberemos a quem aderir, a quem nos ater, o que amare o que odiar, o que respeitar e o que desprezar. Para nós é pesado ser gente, gente com corpo e sangue autênticos, próprios; temos vergonha disso, consideramos tal fato um opróbrio e procuramos ser uns homens gerais que nunca existiram"

Eu adorei, a história é muito boa mas maçante e cansativa ao mesmo tempo, é uma experiência, o ato de se afogar diversas vezes pela covardia humana faz nos perceber que somos tão covardes quanto.
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vitAria80 22/04/2024

O mano era complexado, ainda bem que não existia terapia naquela época e o dostoiévski desconheceu os bens da psicologia, graças a isso temos relíquias como essa.
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RomArio45 21/04/2024

O que é o subsolo?
A pergunta que me acompanhou desde o princípio da leitura deste livro foi: "O que é o subsolo"? Sabemos que o narrador fala dele, das memórias dele. Sabemos que não se trata de um espaço físico. Mas, então, o que seria? Uma condição? Um estado de espírito? O que seria o subsolo do Dostoiévski? Darei minha opinião limpa de resenhas e conversas profundas sobre o assunto:

Ele começa o livro falando que é um homem "mau, desagradável e doente" e começa a falar de sua relação com profissionais da saúde, um pouco da filosofia de vida, aspectos de vingança e etc... Na parte dois, nos deparamos com algumas memórias da vida dele, memória não boas necessariamente, que envolvia vingança, inveja e até mesmo opressão da parte deles. Temos duas realidades no texto: os fatos e os devaneios e complexos de grandeza do narrador, do homem do subsolo. Eu creio que o subsolo é esse lugar de onde ele consegue enxergar a vida passando diante de seus olhos, uma realidade que lhe irrita profundamente, porque ele é diferente dos seus devaneios, é pobre, praticamente não tem amigos e tem uma personalidade repulsiva.
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Claudia164 20/04/2024

Consciência demais também é doença
Uma obra com tanta dualidade e tantas reflexões sobre todos os complexos humanos que até hoje eu fico refletindo sobre esse livro
Faz com que todos se identifiquem porque dostoiévski faz uma análise e apresenta seus pensamentos d uma maneira que não há nada igual, ele representa a decadência do estado mais definitivo e visceral de humilhação e de degradação mergulhando os personagens nessa lama ( personagens sempre são conceitos muito fortes dos conflitos da época mas igualmente pessoas)
Obra filosófica, psicológica e além e tudo humana e pessoal, é um mergulho caótico dentro da mente humana do personagem (hipocrita)

Não tenho nem palavras pra esse livro? :?)

?Esse prazer vem justamente da sua própria humilhação, vem de perceber que você desceu ao último degrau, de que isso é detestável, mas não pode ser diferente, de que não há saída e de que você nunca vai ser uma pessoa diferente, de que, mesmo que ainda está esse tempo e fé para se transformar em outra coisa, com certeza, você mesmo não ia querer se transformar, porém, se quisesse, ainda assim não faria porque no fundo, talvez não exista nada em que se transformar.?

?O ser humano jamais abriria a mão do sofrimento verdadeiro, ou seja, da destruição e do caos.?

?Afinal, toda questão humana, o que parece, se resume, na verdade apenas em que ser humano precisa provar para si mesma, todo instante, que ele é um ser humano e não um pedal de órgãos.?

?Aniquilem meus desejos, extirpem meus ideais, mostrem-me algo melhor e, então, eu seguirei os passos dos senhores.?

?
?Quem sabe o sofrimento é vantajoso para ele quanto o bem-estar.?

?Então, eu sou único, e eles sao todos.?
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Matheus656 20/04/2024

Dualidade de sentimentos
Antes de tudo, começarei falando sobre a escrita, que demanda bastante atenção e interpretação em varios momentos, é uma escrita viciante, mas de certa maneira complexa?
Em varios momentos do livro senti raiva do personagem, mas em varios outros senti pena? é uma dualidade insana de forma de pensar e agir, em varios momentos pensei comigo mesmo: ? qual o sentido de fazer isso? ?
De certa maneira me surpreendeu bastante, a ética e moral apresentada no livro é surreal de brilhante, e de novo, merece atenção redobrada em varios capítulos ( Provavelmente vou ler denovo )

É leve, surpreendente, ?belo e sublime?

? Frases que achei interessantes;

? Como eu a odiava e como ela me atraía naquele momento ! ?

? O que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado? ?

?(?) porque, embora sua mente funcione, o coração está escurecido pela depravação e, sem um coração puro, não haverá consciência plena e correta. ?

?O ser humano adora criar e abrir caminhos, isso nem se discute. Mas por que ele também adora, até as raias da paixão, a destruição e o caos? ?
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Giovanna1242 20/04/2024

Acho que o ponto alto do livro é a dualidade da personalidade do personagem principal. Ao mesmo tempo que achei ele insuportável, também tive pena em alguns momentos. Além de tudo, ele próprio alimenta essa dualidade alternando entre sentimentos de extrema vaidade e superioridade e um autodesprezo gigantesco.
Parece ser uma leitura simples mas não é, acabei gostando mais do que pensei que gostaria!
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Lucas 19/04/2024

Um dos meus livros preferidos
O homem do subsolo mostra os paradoxos de um homem dos extremos. Extrema vaidade intercalada com extremo autodesprezo, como dois lados obrigatoriamente presentes, como se um trouxesse junto o outro. Por mais paradoxal que seja, a autoidealização exacerbada leva a constantes choques com a realidade.

Além disso, se autointitula ?livresco?, como se suas atitudes fossem oriundas de uma idealização do que se achava necessário ao momento em questão, para algum fim de exibição, ou dramatização? livresco.

Um dos pontos altos é o questionamento: ?Desde quando o homem sabe o que é bom pra si??, como um contra-argumento ao raciocínio de que existe um benefício maior que é atingível se todos fizessem ?o bem?. O questionamento é justamente sobre qual é esse ?benefício maior?? Existe um objetivo máximo ao qual devemos todos buscar unanimemente? Ou o homem deseja apenas ser livre? Livre inclusive para fazer ?más escolhas??

Esse é um dos livros com a melhor abertura que já vi. ?Eu sou um homem doente. Um homem mau. Acho que sofro do fígado?.

Me questiono se ele é de fato um homem mau, ou alguém que cometeu alguns erros e em sua escatologia, levou ao extremo seu autodesprezo. Independentemente disso, me parece que as barreiras impostas por si mesmo o impedem de ser feliz.

Muitas leituras. O homem do subsolo é um homem triste.
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Mariana 19/04/2024

Bom
É um livro bom, mas não acho que tenha sido algo extraordinário, mas eu gostei bastante da leitura.
Li com calma, pois esse livro é para apreciar cada palavra dele, nao será a primeira leitura.
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Bia.y 18/04/2024

A leitura é complexa e demanda mais atenção do que aparenta. Se ler rápido ou com pressa, há o risco de permitir que algo escape.

A complexidade do personagem saí da curva do convencional, um dossiê de dilemas morais e questionamentos existenciais. Eu resumiria como conflituoso, tortuoso e repleto de significados ocultos, com um bom humor ácido para ajudar. Novamente, até que ponto desse livro existia dentro de Dostoiévski? Quanto de um personagem há em cada escritor?

Descrever o subsolo como ele fez requer, no mínimo, um pouco de experiência.


Se eu fosse avaliar com base no início e meio, 5 estrelas seriam insuficientes. Porém, todavia, entretanto, deixo 3.5 estrelas devido ao final que me desmotivou. Embora eu saiba que Dostoiévski era um mestre em jogos de palavras e que as interpretações se tornem ambíguas, prefiro considerar que interpretei o final de forma errada. Extremamente errada.
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shellenmunique 18/04/2024

É um livro de se ler várias vezes.
Não é um livro de fácil leitura e confesso que só quando li um resumo por fora, fui entender melhor do que se tratava o personagem.

Apesar de não entregar uma leitura fluída, acredito que é um bom livro.
Ter acesso aos ?pensamentos intrusivos? do personagem foi divertido.
Me identifiquei em algumas coisas e isso me assustou kkkk mas também me fez mais próxima ao livro.

É um bom livro. Não indico a quem está iniciando no caminho dos livros.
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Lulu Villas 17/04/2024

Estranho e muito, muito doido
Depois de tudo, posso afirmar com mérito que não entendi bulhunfas desse livro. O narrador começa lacrador, desconstruindo todo o conceito de amor, determinação, conquista, civilização etc ? tirando conclusões do além e respondendo a perguntas que ele achou que alguém faria na esquizofrenia dele ? e termina enfim relembrando suas memórias do subsolo (ou seja, como ele foi do fundo do poço para um abismo ainda mais imoral).

No início, eu até conseguia me identificar com algumas situações descritas e compreender superficialmente o que o narrador queria dizer. Mas já nesse ponto eu não tinha sacado aonde ele queria chegar e de onde ele tinha tirado os montes de conclusões que ele fez, porque (essa é a única conclusão possível) Dostoiévski simplesmente estava muito louco quando escreveu isso. Sem contar que acredito que ele estava tão inconstante quanto o personagem dele, que muda de humor de cinco em cinco segundos e no final sempre parte para a violência irracional jogando a culpa da perdição dele na primeira pessoa que surgir na sua frente.

Enfim, não achei muito propósito e, tirando a relevância da obra para a vida literária do autor e análise do contexto russo na época, não sei por que esse livro é tão apreciado.
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Kworsb 15/04/2024

Memórias do subsolo
Eu me senti lendo um diário muito íntimo sem nenhum filtro de aparências, a consciência em seu estado nu e cru, foi como se eu estivesse nao na minha consciência mas na do protagonista e assim fizesse parte de cada pensamento. Subsolo, é a ilusão de autossuficiência, em que você tenta se justificar a si mesmo dos seus atos, já que a verdade te constrange, é possível talvez esconder a pequenez do seu ser dos outros, mas jamais de si mesmo, pensamentos por milissegundos, como se precisasse calcular cada palavra e esse cálculo saísse sempre com resultados incorretos. Livro muito profundo, um mergulho rápido e denso, ao que temos de mais sombrio dentro de nós, queremos nos identificar com grandes feitos,com heróis, com triunfos, mas este livro te faz refletir o quanto do ?subsolo? há em si. Obra convidativa a reflexão dos nuances da existência
humana.

?Meu Deus, o que me importam as leis da natureza e da aritmética, se, por um motivo qualquer, não me agradam essas leis nem esse ?dois e dois são quatro?? Claro, não vou ficar batendo a cabeça nesse muro se, de fato, eu não tiver força para derrubá-lo, mas também não vou me conformar com ele, só porque é um muro de pedra e eu não tive forças para derrubá-lo.?

?Para nós, é opressivo até ser gente ? gente com corpo e sangue próprios, de verdade; temos vergonha disso, consideramos isso uma humilhação e fazemos de tudo para nos tornarmos uns tais de seres humanos em geral, que nunca existiram. ?

?Final da história, senhores: é melhor não fazer nada! É melhor a inércia consciente! Portanto, viva o subsolo! Apesar de eu ter dito que invejo o homem normal até minha última gota de fel, ainda assim, nas condições em que eu o vejo, eu não quero ser ele.?
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Maara51 15/04/2024

?O fim dos fins, meus senhores: o melhor é não fazer nada! O melhor é a inércia consciente! Pois bem, viva o subsolo! Embora eu tenha dito realmente que invejo o homem normal até a derradeira gota da minha bílis, não quero ser ele.?
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