Marcia Lopes 01/12/2012Sei lá entende?A narrativa desse livro realmente nos leva a acontecimentos que na verdade só existe na mente de Mifti, que filosofa sobre tudo, embora em contexto confuso as divagações são bem inteligentes. Mas fico confusa, inteligência de quem?
Nesse livro você não terá uma história, só simples relatos que não levam a nada e a lugar nenhum. A não ser na grande "merda" que é como ela enxerga a sociedade e na qual ela está mergulhada até o pescoço.
A autora copiou e colou várias citações de blogs e de músicas e pelo que li das referências no final do livro, até os diálogos que ela troca por e-mails com uma amiga são copiados de correspondências particulares e outras várias fontes e muito provavelmente existem outras, a Editora pede que se houver direitos autorais que ainda não foram reconhecidos que por gentileza entre em contato. (riso irônico)
Em uma entrevista quando perguntaram para a autora sobre o plágio ela disse que isso é autenticidade, ela não vê como cópia. Bem de qualquer forma não gostei do livro, me antipatizei com a escritora que na minha opinião é uma garota arrogante.
Eu li no Up Brasil a única resenha positiva que eu achei sobre Axolotle na qual a blogueira compara os textos do livro com Baudalaire e sou obrigada a concordar que lembra mesmo.
Talvez eu tenha me deixando levar pela antipatia ou pela minha falta de " intelectualidade" claro que levando muito em consideração a frase de Osho em "Intelectualidade não é inteligência" rs
Quanto a história o que eu consegui perceber que o sofrimento da Mifti é muito grande e que talvez por causa disso anestesia seu cérebro com grandes quantidades de drogas e através de seus relatos confusos, incoerentes e nada eloquentes percebe-se que ela tem uma inteligência acima da média e traumas de infância, talvez um estupro aos seis anos de idade e a morte de sua mãe bêbada, drogada que a ama, que a odeia. Tem um trecho que me senti quase próxima da personagem.
" Estou chorando no quarto de minha mãe, e duas caixas de porcelana com meus dentes de leite e alegações infundadas me são jogadas na cara. Ela diz que vai morrer. Ela disseca a minha fossa poplítea com uma lâmina avulsa de estilete. Ela corta meus tendões usando pouca força, ela corta tudo o que mais remotamente me pertence, ela ateia fogo às minhas feridas abertas com um acendedor elétrico de fogão que tem uma propaganda de filme de PVC impressa e uma trava de segurança para crianças. Ela diz que sou a melhor coisa que já lhe aconteceu, ELA DIZ QUE SOU A MELHOR COISA QUE JÁ LHE ACONTECEU" Pag 71
Tenso né? Confesso que me emocionei e pensei agora descubro qual é a dessa menina. Nada! O livro continua assim sem coerência com frases pseudo inteligentes até o final. E "pseudo" é o que ela mais usa em suas divagações.
Enfim está aqui um livro que não indico, se o acaso levar este às suas mãos leia ou não. De repente até eu faça um dia quem sabe uma segunda leitura e entenda essa brisa toda.
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