Beatriz Gosmin 26/07/2011Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.blogspot.comSeria muito exagerado começar esta resenha falando que o livro é incrível? Que ele se tornou um dos meus favoritos? Sim. O livro realmente me surpreendeu.
Annie O’Sullivan, é uma corretora de imóveis tecnicamente bem-sucedida que possuí um namorado muito atencioso e uma melhor amiga que trabalha no mesmo ramo que ela. Desde pequena Annie sabia que sua mãe sempre preferiu sua irmã mais velha, claro, ela era a favorita por se destacar em várias coisas, ao contrário de Annie. E a coisa ficou ainda pior quando o pai e a irmã de Annie morreram em um acidente de carro quando ela ainda era criança.
Depois de adulta, Annie, em um dia supostamente normal, ao se arrumar para ir embora depois de mais um dia de trabalho, se depara com um homem louro - com olhos azuis e muito sorridente – dizendo que tem interesse na casa. Na hora Annie ficou muito feliz, afinal, era seu dia de sorte: ele parecia que realmente gostara da casa e mostrava um grande interesse em ficar com ela. Mas o que ela não previra, era que nos próximos minutos ela seria jogada numa Van, sendo vítima de um sequestro.
Levada a um chalé desconhecido, Annie muito assustada, era obrigada a cumprir diversas regras: dentre elas, ir ao banheiro apenas no horário estipulado, e caso essa regra fosse quebrada, ele a fazia beber a água do vaso sanitário. Ela tinha que fazer a comida, cuidar dos afazeres, e toda noite era obrigada a passar por um ritual de banho em uma banheira, para depois ser estrupada pelo Maníaco – era assim que ela o chamava.
Eu costumava me perguntar: Por que eu? Por que, entre todas as mulheres que podia ter sequestrado, ele foi escolher uma corretora de imóveis, uma mulher que trabalha? Eu não era exatamente a esposa ideal para um homem das montanhas. Não que eu desejasse a alguém o que tinha acontecido comigo, mas não teria sido melhor para o Maníaco uma pessoa mais frágil? Alguém que não causasse tanto problema? Mas percebi que ele sabia o que estava fazendo. O tempo todo.
A história é contada em uma narrativa da Annie para sua terapeuta e dividida em sessões, e querendo ou não você começa a sentir tudo o que ela passa. É muito triste, ainda mais sabendo que isso acontece de verdade, que tem muitas pessoas se sentindo como ela (é incrível ver o quanto isso muda a mente e o comportamento de uma pessoa).
Pude perceber que o Maníaco era perfeccionista e fissurado em tempo. Tudo era no tempo dele e exatamente do jeito dele. Às vezes ele parecia gentil, até fazia coisas boas. Mais daí, do nada ele explodia em um ataque de fúria. Senti muita pena da Annie, mas também do Maníaco.
A história é realmente muito boa, e mesmo quando achei que tinha amenizado e até acabado, a autora conseguir dar uma reviravolta muito grande. Não gostei muito do desfecho – esperava mais -, mas mesmo assim o livro se tornou um dos meus favoritos.
Acho que porque eu nunca havia lido algo deste tipo, eu adorei, uma vez que ele me fez ficar grudada nas páginas sem querer parar de ler.
Indico para todos que gostam de um bom mistério e de histórias que te envolvem do começo ao fim!