O Vampiro Lestat

O Vampiro Lestat Anne Rice




Resenhas - O Vampiro Lestat


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Yasmayfair 02/11/2010

Li o livro tentando deletar aquele ridículo Stuart Townsend tentando ser Lestat em A Rainha dos Condenados. E o li com alguma curiosidade pelo fato de ter aquele chamariz de Lestat, depois de sua, como ele mesmo diz, "Ressurreição", ser o líder de uma banda de rock. Em A Rainha dos Condenados, o filme, fica claro a falta de cuidado que tiveram ao mesclar grande parte de O Vampiro Lestat com A Rainha dos Condenados livro. Portanto, pra quem já assistiu esse horrível filme, aconselho que suma com ele do seu hd mental pra poder ler o livro.

Bem, pra mim não foi difícil, de forma alguma, já que nunca gostei do filme e pra mim, Lestat mesmo, só o Tom Cruise. Logo, lendo o livro, foi ele quem imaginei sendo o vampiro-título, ou imaginava um rapaz bonito com os mesmos traços físicos descritos no livro, só pra variar um pouco.

O início do livro retrata a vida de Lestat como filho de nobres donos de terras no interior da Fraça pré-revolucionária do século XVIII, numa família pobre apesar dos títulos, preconceituosa e sem afeto. O jovem Lestat, com 21 anos, era encantado com artes, música, teatro e tudo o que fosse belo, tanto é que mais de uma vez tentou fugir de casa para seguir com o sonho de ser ator, mas sem sucesso. Seu único apoio era sua mãe, e tudo parecia perdido até aparecer Nicolas. Exímio violinista, morador do vilarejo próximo à sua casa, se tornam amigos e compartilham seus sonhos de sair de Auvergne e ir para Paris. Então combinam uma fuga que é bem sucedida. Chegando a Paris com uma mão na frente e a outra atrás, aliás, Lestat e Nicolas começam a tentar a vida com as artes, se tornando, respectivamente, ator e violinista de um pequeno teatro popular. Porém Lestat não sabia que era observado, e em uma noite, por um velho estranho que o espreitava continuamente, acaba sendo transformado em vampiro. Herda então a fortuna do velho e fica incumbido de procurar suas origens vampíricas. A partir daí o livro vai ficando, logicamente, mais movimentado, dada a adaptação de Lestat à nova "vida" e a convivência complicada com seus amigos que ainda são humanos.

Então a história começa a ficar mais interessante, Lestat vai contando sobre sua trajetória até a data onde está já com a banda e você não consegue parar de ler! Queria contar alguns fatos aqui pra aguçar o interesse do possível leitor, mas é melhor não dar spoilers... Só digo que até o final é tanta informação e coisa acontecendo que mesmo em duas páginas você pode perder coisas valiosas.

A relação de Lestat com sua mãe é fofa, e ao mesmo tempo, curiosa. Armand (o Antonio Banderas de Entrevista com O Vampiro, a quem interesse) aparece aqui. Não tenho muita paciência com ele, mas Marius, seu mestre, encontra Lestat mais tarde e aí se segue a parte mais legal de todo o livro: Marius contando a criação de ele próprio como vampiro e a importante missão da qual ele se encarregou, onde se responsabiliza, indiretamente, pela existência de absolutamente todos os vampiros na face da Terra. Anne Rice faz uma ligação interessante entre os povos antigos, como os celtas e os egípcios, para explicar, com clareza, riqueza de detalhes e coerência o mito vampírico: como ele começou, quem foram os primeiros vampiros, como eles se espalharam, e relaciona ainda os antigos deuses que eram venerados como sendo, na verdade, vampiros. E é onde você pensa: "cuma?!", mas depois vê que faz total sentido dada a ligação de crenças com a figura do vampiro, que ela fez.

E à medida que o livro passa, você fica ansiosa para que chegue logo a parte do show de Lestat com sua banda, onde ele, quebrando uma das "leis" vampíricas, desafia publicamente outros vampiros aparecerem, e te espanta o que acontece e quem realmente aparece.

Destaco também determinadas partes onde o livro me deu MEDO, de verdade. Não medinho "oh ele é um vampiro", mas aquele medão que sobe pela espinha, te faz imaginar a cena e te dá um belo nó na garganta, como por exemplo, quase todas as partes relacionadas à Akasha e a Enkil e aos movimentos (físicos, mesmo) deles.

E, pra quem como eu, gostou muito de Louis, em Entrevista com O Vampiro, é agradável a expectativa sobre ele aparecer ou não. E, falando em Entrevista, que é o primeiro da série Crônicas Vampirescas e antecede O Vampiro Lestat, devo dizer que não é tão bom quanto o segundo. Em Entrevista, que é contado pelo ponto de vista de Louis, você apenas enxerga o Lestat cruel, festeiro e sádico, sem saber quase nada dele ou seus motivos. Já em O Vampiro Lestat, os porquês de absolutamente TUDO em Entrevista ficam claros: seu silêncio quando Louis e Claudia o perguntavam de onde vieram os vampiros, seu temperamento, de onde ele conhece Armand e muita coisa mesmo. Lestat vai, visivelmente mudando, mas sem deixar de ser o mesmo, e ao final do livro, o que temos é um Lestat cruel, sádico, mas desafiador, questionador, e pasmem, sensível, como era no começo da história, característica inexistente dele quando é citado em Entrevista.
E isso tudo sem falar em toda a questão filosófica que Anne Rice sempre aborda em seus livros. Sim, porque ser vampiro não é só "tô com fome, vou matar alguém", ou como atualmente Edward Cullen diria: "tô com fome, vou chamar meus irmãozinhos para matarmos ursinhos". Tem a questão dos assassinatos e da profunda crise existencial até você saber de onde veio, o medo de encarar a eternidade e por aí vai. Ser vampiro, ao contrário do que pensam, ainda mais atualmente, não é fácil, colega. Anne Rice está aí pra mostrar isso, e Monsieur Le Rockstar está aí, mais ainda, pra tentar fazer da sua existência cheia de dúvidas, aventuras e glamour, a mais fácil possível - ao menos pra ele.

Notas:
•Anne Rice CAPRICHOU no Lestat. Por culpa desse livro, agora não tenho um, mas três imortais preferidos: Lestat, Louis e Marius.
•QUE FINAL FOI ESSE HEIN TIA RICE? Abalou aqui, deu aquele medão de novo e aquela vontade louca de correr pra estante e começar A Rainha dos Condenados. Mas ele vai ter que aguardar pra ser lido, pus na frente dele dois cuja leitura não posso e nem quero mais adiar.
•Imaginem um filme bem escrito e fiel a esse livro, que maravilha não ia ficar?! Que jogassem A Rainha dos Condenados no lixo e começassem tudo de novo! Mas epa, o Antonio Banderas de Armand eu até posso aceitar que troquem, porque fisicamente ele não ficou parecido com o Armand descrito no livro, mas Brad Pitt TERIA que ser Louis novamente e Tom Cruise TERIA que ser Lestat de novo, também. Se daria certo, agora que estão mais velhos? Talvez sim, nada que uma maquiagem não resolva, mas se não desse, só procurar atores parecidos com Brad e Tom fisicamente e pronto! :)
•Quem é Edward Cullen e cia glitterizada perto de Lestat...? É bom que Stephenie Meyer continue sem ler os livros da Anne Rice, caso contrário vai certamente entrar em depressão e tentar o suicídio (o que seria um benefício pro mundo, aliás), tamanho é o abismo literário que as separa.
Ingrid Santos 08/03/2012minha estante
Concordo!!Eu nem quero ver o filme da Rainha dos Condenados pq [com exceção de Armand] eu tenho em minha cabeça um Louis - Brad Pitt e Lestat - Tom Cruise!

Também prefiro O Vampiro Lestat até agora!mas ao contrario que você não consegui aguardar [mesmo nem tendo o livro e tendo 44354435 na frente dele!!]

Excelente resenha ;D


Sam 06/01/2013minha estante
Boa sua resenha... Bastante detalhista gosto disso! Desperta até a curiosidade daqueles que ainda não leram o livro. E também concordo que a atuação do Tom Cruise seja melhor que a do Stuart Towsand. :)


Juliana Pires 19/01/2013minha estante
Adoro suas resenhas, tão detalhistas, dá vontade de correr para o livro agora. Eu ainda não li a série, esse ano eu começo, por que desde criança eu sou fascinada pelas vampiros da Ane, e se eu li Crepusculo, as Crônicas Vampirescas é obrigação.


Raquel 06/04/2013minha estante
Jun, eu já estava curiosa para ler "O vampiro Lestat", pq apesar de eu não ter gostado muito de "Entrevista com o vampiro", eu quis saber como continuava a história. Depois de ler sua resenha, irei lê-lo com certeza! Amei sua resenha, está de parabéns!


Nih campos 21/05/2013minha estante
Ótima resenha!!!bJOS


Carolina 13/06/2013minha estante
Concordo plenamente! O Lestat que colocaram pra a gente engolir em "A Rainha dos Condenados" é uma falta de respeito ao Lestat por Tom Cruise! E uma coisa que eu acho bacana demais nos dois livros, o primeiro e o segundo, é como você observou, a visão que Louis tem de Lestat é de um Lestat egoísta, mesquinho, que não liga pra as questões que ele se importa, que não está interessado em descobri-las e que não passa de um assassino que mata para saciar a sede dele. Mas quando você vai ver o lado de O Vampiro Lestat você ri da cara de Louis (apesar dele ser meu vampiro preferido e de eu amor ele mais que tudo) pela interpretação totalmente equivocada que ele dá para Lestat. Ele já sabe de todas as questões que Louis se pergunta porque ele já fez todas elas. Nosso querido Lestat é muito, mas muuuuuuuuuuuuuuuito mais além do que Louis mostra que ele seja, e como é!

Parabéns pela resenha, adorei! ;**


Edmilson 19/06/2014minha estante
Parabéns pela resenha, definitivamente, O vampiro Lestat da um banho nesses vampirinhos.


Kathy 03/07/2014minha estante
Hahahahaha disse tudo!! O Lestat do filme "A Rainha dos Condenados" não tem nada a ver com o Lestat do livro, nem com o Lestat do livro que "inspirou" o filme. Já o Lestat de Entrevista com o Vampiro (Ton Cruise), tem mais a ver com o Lestat deste livro. Enfim... Não curto a vampiragem, mas a Anne Rice é... Sem comentários. :D


Erika 17/02/2021minha estante
Amo o filme "entrevista com o vampiro. ". Sua resenha me fez querer ler o livro.


Iara 26/05/2021minha estante
Aquele filme é uma porcaria. Da medo qdo eles falaram que vão fazer um filme de algum livro...


Dressa 26/06/2021minha estante
A AMC vai produzir uma série de Entrevista em 2022, espero que seja boa e tenha sucesso para abordar toda As Crônicas Vampirescas, ainda mais que Anne vai ser produtora executiva.




anaclaraleitegomes 13/11/2021

Perfeito, mas com muita descrição chata
Não, meus amores.
O livro é ótimo, o Lestat é muito engraçado, mas a anne rice detalha dms, não vejo necessidade de detalhar até a cor da lua. #faleitoleve
Amei as interações do Louis e do Lestat no final, acho que o Lestat vai morrer pela boca.
Em breve, lerei a rainha dos condenados
Isso não é uma resenha, é apenas um comentário
ametista 16/11/2021minha estante
veio aí!!! a maior fã criticando a Anne rice vivi p isso ?


ametista 16/11/2021minha estante
"acho q o lestat vai morrer pela boca"????????


anaclaraleitegomes 16/11/2021minha estante
@ametista lestat fofoqueiro e caboeta




Marcello.Buzon 19/10/2021

Anne em sua melhor fase
É inegável que O Vampiro Lestat é o que há de melhor em leitura vampirica. Aqui a autora sabe exatamente onde quer chegar, tem um proposta clara e com seus personagens mais amadurecidos em sua construção.
Ver as coisas pelo ponto de vista de Lestat não só é muito diferente do apresentado por Louis em entrevista com Vampiro, como é mais coeso e mais charmoso.
Lestat é uma força da natureza e aqui vemos como ele se torna o famoso Príncipe Travesso que só melhora com as sequências. Mas Vampiro Lestat não é somente sobre o protagonista, outras personagens roubam a cena, como o impiedoso Armand, o charmoso Marius e claro o início da criação da mitologia vampirica idealizada por Rice com Akasha e Enkil.
Livro incrível, cheio de filosofia e contemplação. Conseguiu acender ainda mais a chama pra reler a Rainha dos condenados.
Babbarbs 22/10/2021minha estante
????????
Você leu o de Bran Stoker?


Marcello.Buzon 22/10/2021minha estante
Há mtos anos, estou pra reler. Mas amo tbm.


Babbarbs 22/10/2021minha estante
Vou ler esse aí!




Dy 11/03/2010

Ai, Lestat, Lestat. Estabeleceu todos os meus padrões de vampiro perfeito. Perfeito justamente por não ser perfeito. Cruel, ainda assim sensível. Questionador. Charmoso. Incontestável.

Neste episódio das Cronicas Vampirescas temos a história do ponto de vista de Lestat (o primeiro volume é o Entrevista com Vampiro - ponto de vista de Louis), e para quem quiser acreditar - como eu - na versão de Lestat dos fatos, o matador de lobos arrasa.

A história vai do passado ao presente, e traz agonia e prazer alternadamente. Embora a história de Lestat acabe na ultima página, do meu ponto de vista é obrigatório ler-se a sequência - Rainha dos Condenados.
spessoto 11/03/2010minha estante
Também prefiro a versão dos fatos por Lestat! Muito mais interessante :)


Annie 01/06/2010minha estante
sintetizou o Lestat em poucas palavras!


Camila Ramos 22/04/2012minha estante
Falou tudo ;D


Sam 06/01/2013minha estante
A versão em que a história é relatada pelo ponto de vista de Lestat é com certeza mais interessante!


Kathy 03/07/2014minha estante
Lestat é o cara. Mas eu adoro o Lois. Adoro os dois. :D




Marlon Teske 18/02/2011

Vive la Vida Loca
Há alguns anos tentei ler o Vampiro Lestat e acabei deixando-o de lado em detrimento de outros livros, e no fim acabei abandonando de maneira forçada devido ao vencimento da biblioteca. O tempo passou e agora lembrei de procurar este livro para recomeçar a leitura do ponto onde parei. E foi bom assim, não recomendo em absoluto ler O Vampiro Lestat antes de Entrevista Com o Vampiro. Por que boa parte da mítica da história gira em torno do primeiro.

A história de Lestat é dividida pela autora - Anne Rice - em vários livros menores que contam a história de Lestat do fim de sua vida mortal até a atualidade quando ele desperta após os eventos vistos em Entrevista. Aliás, as passagens relativas ao tempo atual da história (a década de oitenta, para ser mais exato) são, de longe, as mais enfadonhas e repletas de clichês punks. Talvez como um retrato da própria década de 80, é verdade, mas ainda assim, não fazem jus aos relatos de época dos séculos XVIII e XIX, e alguns ainda mais antigos, relativos a mítica do vampiro desenvolvido pela autora que fala "Daqueles-Que-Devem-Ser-Conservados"

A visão romântica, rebuscada e altruísta da "vida após a morte" de Lestat contrasta muito com o derrotismo e o espírito depressivo de Louis, o protagonista do Entrevista. Também são explicadas, de certa forma, uma série de fatores que separam àqueles predestinados a serem realmente imortais dos vampiros comuns que enlouquecem e morrem poucas décadas (ou, no máximo, um ou dois séculos) após serem criados.

É uma história rica e repleta de passagens memoráveis, mas, na minha opinião, que se perde ao chegar ao tempo atual. Até compreendo a vontade de jogar tudo pro alto de Lestat, mas o processo que o transforma numa espécie de pop-star financiado pela fortuna inesgotável que possui juntamente com a banda de hard-rock de fundo de quintal que o fez despertar para o século XX é bem esquisita, para dizer o mínimo.

Ao fim, essa necessidade de revelar ao mundo que ele é um vampiro (dito em caixa alta várias vezes no capítulo em questão) rendeu uma cena que me lembra muito os filmes do Shrek, onde praticamente todos os personagens principais aparecem juntos num grande palco dançando e cantando. Claro que o livro não termina aqui, há ainda uma boa surpresa para os momentos finais. Mas...

Enfim, um complemento muito bom para o Entrevista, sem o mesmo ar de mistério do primeiro, mas ainda assim uma boa leitura.

Lido em Fevereiro de 2011
Sam 06/01/2013minha estante
Gostei de sua resenha!


Carol 18/05/2016minha estante
Concordo com a sua resenha.
Eu gostei muito do livro, inclusive mais do que o "Entrevista", mas não gostei da parte do astro de Rock. Acho que não ficou bem explicada essa necessidade dele de se mostrar de repente. Ele fica décadas escondendo tudo de Louis, até arriscando o relacionamento deles por nunca mostrar quem realmente era e o que sabia e num belo dia acorda e decide contar ao mundo e ainda ser astro de rock, que ao meu ver, não combina nada com o seu ar aristocrata. Sim, ele gostava de teatro e de aparecer, mas existe uma diferença entre teatro e show de rock e Lestat não entra na minha cabeça como astro de rock, não me parece sua postura.
Achei muito bem escrita a vibração do show (eu, que adoro shows de rock, me senti em um), só não me pareceu encaixar no resto da história.
Quanto ao resto do livro, achei incrível a coragem de ir à raiz da história dos vampiros e adorei a maneira com que faz pensar e refletir sobre a eternidade e a vida. A questão filosófica foi o que mais gostei no livro.
Enfim, gostei muito, mas não consegui encaixar o século XX de Lestat.
Gostei muito de sua resenha.




Juliana1915 12/04/2021

Um livro de quase 500 páginas, mas que parece ter 1000
Esse livro...eu não sei nem como começar a descrever. Sim, a sensação que dá é que ele é muito maior do que o que é, mas por alguma razão isso não é ruim.
Esse livro é denso, perturbador, sofrido, sensual....eu poderia passar o resto dessa resenha dando vários outros adjetivos e ainda não o descreveria por completo.
O Lestat é um personagem simplesmente icônico, eu não lembro de outro personagem como ele na literatura, eu acho ele bem único.
Esse livro tem cenas de uma perturbação, e as vezes de uma nojeira, que deixa o Stephen King no chinelo.
Acontece tanta coisa, são tantas histórias, tantos personagens interessantes, que a impressão que dá é que o livro tem o dobro do tamanho que tem, mas é justificável, afinal ele está descrevendo SÉCULOS de existência. No começo me incomodou pq eu não reconheci o Lestat de Entrevista com Vampiro, mas como ele mesmo explica, ali era o ponto de vista do Louis e era compreensível que ele interpretasse vários acontecimentos de uma forma diferente.
A única crítica que eu posso fazer e o motivo de eu não ter dado 5 estrelas é a escrita demasiadamente descritiva da Anne Rice, que torna uma história já muito densa ainda mais difícil de avançar, de resto é simplesmente uma obra icônica, e eu acho injusto que não tenha o mesmo, ou até maior, reconhecimento que 'Entrevista com Vampiro'.
Maravilhoso!
Caio 12/04/2021minha estante
Resenha gostosa de ler. Parabéns


Juliana1915 13/04/2021minha estante
Ai, obrigada ???




Gilvan Gomes 06/03/2015

Surpreendente!
Anne Rice, mais uma vez caprichou. Nesse livro, ela mostra um Lestat diferente daquele que nos foi apresentado pelo vampiro Louis em Entrevista Com o Vampiro. Aqui, a verdadeira face de Lestat é mostrada: um jovem do interior da França no seculo XVIII, membro de uma família nobre, porém falida. Na organização familiar, a ele cabia somente o papel de caçador, provendo assim, o alimento para a casa, e defender as terras de seu pai, já que viviam tempos de muita insegurança. Más, mesmo como principal força de sustento familiar, Lestat sofria com a frieza de seu pai e com a pouca aproximação de seus irmãos, restando-lhe assim, apenas o amor incondicional de sua mãe.
Más ele é um jovem sonhador e apaixonado pela arte, pelo música e pelo teatro. Apesar de ser tão dedicado filho, ele é, severamente impedido por sua família, de ter acesso à todas essas coisas, de viver e realizar seus sonhos. É nesse cenário que Lestat conhece Nicolas, que o tira de sua letargia e desesperança, mudando sua vida por completo. É com Nicolas que ele vive um amor proibido, é com ele que Lestat passa muitas noites de bebedeira e "conversas". Dialogavam sobre o bem e o mal à luz de velas, e ao som do violino que Nicolas tocava. Cansados da falta de liberdade do interior e de suas famílias retrógradas, eles decidem fugir para Paris. É nessa cidade que Lestat é transformado em vampiro, pelo secular vampiro Magnus. Tal acontecimento o obrigado a afastar-se de Nicolas e a viver na solidão, fatos que o levam a passar por vários conflitos existenciais. Lestat, sofre com sua nova condição. Más, ao longo dos séculos, vivendo com a herança de magnus, que cometeu suicídio, ele, mesmo conseguindo manter sentimentos humanos dentro de si, aperfeiçoa a "arte" vampiresca, transformando-se num exímio predador e esbanjando crueldade, sadismo, transgressão e astúcia. Tudo isso, acredite, sem perder a sensibilidade. A história mostra, porque Lestat apresenta comportamentos típicos de um grande vampiro, ao mesmo tempo em que não perde a essência humana.
No decorrer de sua vida, Lestat, vai conhecendo melhor o obscuro mundo dos vampiros, mundo do qual faz parte, más pouco sabe à respeito. Ele relaciona-se com outros de sua espécie, relações nem sempre armoniosas; faz as suas primeiras crias: sua mãe Gabrielle e seu amado Nicolas. Gabrielle, torna-se um ser egoísta e arredio, logo afasta-se do filho para viver uma vida solitária; Nicolas, nunca aceita-se como vampiro, logo enlouquece e dá fim à própria vida. Lestat, segue em sua vida solitária, vez por outra, encontrando algum vampiro e buscando explicação sobre sua espécie; até que ele encontra-se com Marius, o mais antigo vampiro que se conhece, ele lhe conta a história dos primeiros vampiros, desde a origem no antigo Egito. Marius também lhe revela um segredo, conta-lhe sobre a existência de Akasha e Enkil (rainha e rei), os mais antigos entre todos os vampiros existentes, esses, de tão antigos, já estão tornando-se estátuas vivas. Marius, zela por eles, cuida para que aquelas lendas vivas, aquelas criaturas inanimadas não sejam perturbadas e não corram nenhum perigo. Ao som de violino que ele aprendeu tocar com Nicolas, Lestat consegue acordar a rainha Akasha por alguns instantes.
Nessa fase da história, Lestat mergulha num mundo de descobertas sobre sua espécie e sobre si próprio. Descobertas que despertam nele, sentimentos controversos como: alívio e satisfação por um lado, más também desapontamento e medo por outro.
A cada capítulo, o leitor vive com Lestat, situações de fortes emoções em aventuras inesquecíveis. Após deixar Marius, Lestat se vê sozinho outra vez e, resolve vir para o novo mundo, onde ele encontra Louis e o transforma em vampiro. O tempo passa e, já em nosso seculo, nosso vampiro decide ser cantor de rock numa banda chamada Noite de Satã. Para isso, ele usa sua voz sobrenatural, sua beleza e principalmente seus poderes. O sucesso é estrondoso com a venda de milhões de discos e shows super lotados.
Novamente ele consegue, mesmo à distancia, acordar a rainha Aksha com sua música, más dessa vez ela briga com Marius e seu marido Enkil, e sai à procura de Lestat para poder governar o mundo.
Esse livro, como todos de Anne Rice, nos trás uma discussão filosófica interessante e nos inunda com uma história carregada de força e marcas que ficarão em nossas mentes por muito tempo.
Diego 05/01/2017minha estante
Nem preciso mais ler o livro ?


Gilvan Gomes 06/01/2017minha estante
Boa noite Diego.
Leia o livro! Apesar da minha resenha ter sido
extensa, no livro, ah muito mais para ser lido. Esse
é um livro que, com certeza, te trará muitas emoções
e grandes surpresas.
Essa história, já está entre as minhas favoritas.
Um abraço.




spoiler visualizar
Carolina 20/07/2013minha estante
Discordo de você, acho Lestat um dos personagens, se não o maior, envolvente e emocionante. Ele é impulsivo, apaixonante e intenso. Se não fosse ele na história com certeza não teria a menor graça. Os outros são incríveis sim, mas ao seu modo, Lestat supera todos eles. O livro mostra quem é o verdadeiro Lestat escondido pela narração de Louis. E o genial da Anne Rice é que ela consegue refletir diversos personagens nos livros dela, cada um com características e reflexões diferentes dos outros, ela é foda anormalmente!


Taltos 22/05/2015minha estante
Acho que a Anne não quis focar somente no Lestat, mas incrementar com a história de outros personagens a ideia central: Uma vida eterna num mundo sem Deus, com teorias em várias religiões e ideologias mas nenhuma delas capaz de esclarecer o motivo da existência de um vampiro. Armand e Marius questionavam-se sobre esses mistérios, assim como Louis e Claudia em Entrevista com o Vampiro... Assim, creio que o conflito existencial de cada um seja a ideia central, e não somente a história do Lestat.




Fran 06/10/2010

O que foi isso? Que final foi esse? Que doidera foi essa?

Só pelas últimas 150 páginas já vale a pena! Não que o resto não valha, mas as últimas 150 são de matar! De tirar o fôlego! De se apaixonar! E foram elas que garantiram as 5 estrelas.

Quando li Entrevista com o Vampiro, odiei e amei Lestat! Isso porque a gente o vê pelos olhos de Louis, que mostra o quão cruel e extravagante é Lestat, e essas características te fazem ir para sentimentos extremos.

Começando a ler O Vampiro Lestat, parecia que tínhamos um 3º personagem. Senti falta do Lestat de antigamente. Mas no fim ele voltou! E todas as minhas dúvidas foram esclarecidas. TODAS! Isso não é uma beleza?

Demorei pra ler, porque é um livro tão repleto de informação que lendo 10 páginas tu tens coisas pra digerir por um bom tempo.

E vamos combinar hein! Monsieur Rockstar é o máximo! Esse é o Lestat!

Apaixonei por vários, vários personagens! E adorei saber de tudo!
Sam 06/01/2013minha estante
É realmente incrível!


Carolina 20/07/2013minha estante
É incrível, a verdadeira face de Lestat é mostrada nesse livro! Que vai muito além do que Louis escreveu em Entrevista.




Valeria.Mattioli 18/01/2016

ESTOU APAIXONADA!!!
RESENHA DE LIVRO NÃO, VOU CONTAR A HISTÓRIA DA MINHA VIDA, haha...
Pensa em um livro que me deu trabalho... precisava completar as crônicas, achava TODOS para vender, menos esse bastardinho. Fiquei meses loucaaaa atrás desse livro (e detalhe: tinha que ser nessa capa), mandando email atrás de email pra tudo que é livraria, editora e afins, quando finalmente tive a ideia de ver aqui no Skoob quem estava trocando esse livro e por um milagre divino, um menino me mandou essa maravilha...

Gente, foi o melhor livro que li na vidaaaaa. E confesso que amei mais ainda por finalmente ter ele em mãos... Lestat é DEUS, meu vampiro favorito desde sempre. Sempre falo que livros muito bons não devem ser resenhados, pois nenhuma palavra vai ser suficiente para descrevê-lo...

Então nada de resenha pra esse.. apenas tirem um tempinho na vida e bora pra leitura!!!
VinAcius.Leite 11/02/2016minha estante
Valéria, como eu faço pra fazer isso que você fez? Eu estou na mesma situação que você! Já mandei email, procurei em sebos na minha cidade e até online e não achei esse livro! Por favor, me ajuda...




Felipe 15/09/2021

Denso e Reflexivo. Livro recheado de metafísica.
Denso e reflexivo. Não houvesse o elemento ficcional, seria um livro de filosofia.

[Do que se trata] O Vampiro Lestat é o segundo livro da série literária The Vampire Chronicles da célebre autora americana Anne Rice, publicado em 1985. Este livro é uma sequência de Entrevista com o Vampiro e antecede A Rainha dos Condenados.

[Enredo] Neste livro, Lestat, que estava em longo sono numa cova de cemitério, desperta de seu repouso e encontra um mundo (e as pessoas) completamente diferente. Ao constatar que Louis concedeu uma entrevista, Lestat resolve contar a sua própria história, desde quando era um mortal, na França pré-revolução, passando por suas experiências com outros vampiros ao redor da Europa. Além de revelar ao mundo sua natureza entrando para uma banda de rock.

[Minhas impressões] É um livro de filosofia, reflexão e malancolia. Pra mim estes são pontos positivos, embora eu não acredite que seja palatável para todo tipo de público.

Rice imprime uma escrita coesa e de fácil compreensão. A linguagem não é nada complicada.

A densidade da obra se dá pelos temas e reflexões que os vampiros fazem ao confrontarem entre si os seus paradigmas.

Um livro profundo e denso que pode punir o leitor aventureiro, mas que recompensa o leitor que tiver maturidade suficiente para compreender os dilemas existenciais que a Autora propõe.

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laragsoares 23/08/2022minha estante
Comentário perfeito




Rodrigo 02/08/2012

O melhor livro da autora na minha opinião.
Marcinho 02/01/2013minha estante
Sem sombra de dúvida Anne Rice caprichou nesse segundo livro. Também acho o melhor que ela fez!




Bruno 13/02/2011

Anne Rice - O Vampiro Lestat
O segundo livro das Crônicas Vampirescas, intitulado "O Vampiro Lestat" foi publicado em 1984 e a história começa exatamente nessa época, com o já conhecido Lestat criando coragem para sair de seu esconderijo e ver as mudanças na sociedade.

O Vampiro então decide escrever um livro sobre sua história e somos transportados à França pré-Revolução. Dezenas de citações histórias são feitas, como Mozart, Diderot e a enciclopédia, Voltaire e sutilmente o virtuoso Paganini.

Em Páris acontece boa parte da história e como Lestat se torna um vampiro, com características emocionais parecidas com as de Louis. Na verdade, em alguns trechos, parece que Anne pegou a personagem Louis, mudou o nome e algumas poucas características e criou o Lestat daquele livro. E, como já era de se esperar, a crise existencial permanece como um dos principais focos

Um dos melhores momentos do livro é sobre os Filhos das Trevas, que Rice usou sabiamente para, ao meu ver, criticar antigos dogmas sociais, culturais e religiosos, mostrando o atraso de um povo devido a crenças e mitos repassados por séculos.

Diferentemente do primeiro livro das Cronicas Vampirescas, O Vampiro Lestat flui muito melhor, apesar de alguns baixos na história que chegaram ao entediante, e tem várias peculiaridades, como a lenda dos primeiros vampiros, e dos Antigos, que mal precisam beber sangue para se sustentar.

Interessante é ver, resumidamente, a história da Entrevista com o Vampiro do ponto de vista do Lestat, e fica a dúvida de qual dos vampiros estava falando a verdade, e ainda temos um reencontro entre Lestat e Louis no final do livro, assim como a deixa para a sequência, A Rainha dos Condenados.
Nina 23/03/2018minha estante
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Mariana 21/01/2011

Anne Rice - O Vampiro Lestat
Não consegui ler outra coisa antes de começar a ler esse livro. Eu queria a continuação. Queria uma defesa de Lestat, antes de tudo. Não que eu achasse que ele tinha sido injustiçado, mas eu queria saber como ele havia se sentido com os segredos a mostra e etc. Isso bastou para eu mudar totalmente minha opinião sobre ele.

Eu detestava Lestat durante o "Entrevista com Vampiro", mas lendo o segundo volume, vi que ele é admirável. Como eu não tinha visto isso antes? Porque tudo aconteceu pela visão do Louis. Detalhe: Aposto que a minha visão sobre Armand vai mudar totalmente depois que eu ler "O Vampiro Armand" porque eu nunca gostei dele pela visão dos outros dois.

O livro é maravilhoso. A cada vez que eu pegava para ler eu não conseguia parar, porque eu queria saber o que o maluco do Lestat, que adora pisar na bola, faria em seguida. E outra porque os capítulos são curtinhos e é fácil dizer: "Ah, só mais duas páginas..." Quando eu via era três da manhã e eu tinha de levantar as sete no outro dia.

Minha admiração pelo personagem Lestat se tornou imensa ao final do livro. Gosto do espírito livre dele, do ar eternamente de garoto, porque é super impulsivo. Gostei disso. Mas por outro lado, se eu pudesse escolher um personagem preferido nesse livro não seria Lestat e muito menos Armand. Eu ficaria entre Marius e Gabrielle. Sendo que Gabrielle ganharia disparado.

Ela é exatamente o que eu imaginava como vampiro. E imagino que seria se fossem de verdade. Gabrielle é a própria visão do etéreo, do aparentemente efêmero e do mistério. Parece que nada pode abalá-la e que nada no mundo é capaz de mudar a expressão de nada em seu rosto. Além disso é aventureira e não quer permanecer muito tempo no mesmo lugar. Contradizendo a eternidade do vampiro e a paciência de esperar, ela parece querer tudo para agora.

O livro é quase perfeito, eu diria. A narrativa é quase onisciente, talvez pelo poder do vampiro de saber o que se passa com o outro vampiro ou humano. E isso me deixa fascinada com a Anne. Os personagens são riquíssimos, tão ricos que a gente pode até confundir com pessoas reais. Com humanos reais. Não canso de dizer que os vampiros da Anne são muito humanos.

A única coisa que me deixa com o pé atrás e com "temor" de ler os livros dela e desistir no meio da leitura, é o fato do miolo do livro. Ele começa bem, termina bem. Mas o meio do livro é monótono, cheio de reflexões filosóficas sobre "De onde viemos?" já abordadas em "Entrevista com Vampiro", o que deixa o livro um tanto pesado demais. A propósito, essa questão é finalmente respondida nas últimas páginas do livro.
julia 01/02/2011minha estante
gostei de tua descrição de gabrielle.esta personagem me cativou.e marius tambem.




Zooiioo0 08/07/2021

Depois de alguns anos da publicação do livro "Entrevista Com o Vampiro" com participação de Louis, Lestat acorda em meados de 1983 e se vê injustiçado por seu amigo vampiro o ter descrito como um ser vil e egoísta. Em sua solidão e revolta, Lestat resolve publicar uma autobiografia contando sua história e a de todos os vampiros com o qual ele teve contato. No meio da publicação deste livro ele forma uma banda de rock com o intuito de se mostrar para os mortais e reunir os outros vampiros escondidos entre os humanos.

Anne Rice ao escrever esse livro criou personagens muito reais e com histórias densas. A narrativa do livro se dá em primeira pessoa e enquanto o protagonista conta sua história e suas motivações há diversas camadas de história e pulos temporais. O livro se inicia em Nova Orleans do século XX, indo para a França do século XVIII, depois para a era de Alexandre e indo até os primeiros reinos egípcios.
Um dos assuntos muito presente durante o desenrolar da história é a percepção da passagem do tempo quanto seres imortais, as mudanças culturais e religiosas, o conhecimento humano que é passado de gerações. Ao meu ver, Anne Rice conseguiu explorar essa temática com muita propriedade, apresentando pensamentos e costumes de cada época e trazendo reflexões de como isso impacta nos dias atuais.

Achei esse livro muito lento e bem denso para ler. Houve momentos em que eu tive vontade de pular páginas tamanha a monotonia em algumas cenas. Após a leitura eu concluí que isso era necessário para se transmitir a sensação do tempo interminável de um imortal. Tive essa sensação em muitas partes do livro.
Apesar da densidade da leitura, me prendi no universo criado por Anne e quero continuar a saga. Os personagens são incríveis e cada um tem uma parte muito importante na história.

Se você tiver tempo, recomendo a leitura. Obra cheia de reviravoltas inimagináveis e recheada de reflexões e críticas sociais.


“- Se você teme tanto assim o poder de Deus - eu disse -, então os ensinamentos da Igreja não lhe são conhecidos. Você deve saber que as formas da bondade mudam com o tempo, que existem santos em todas as épocas sob o céu. [...]
Nos tempos antigos havia mártires que apagavam as chamas que procuravam queimá-los, místicos que levitavam no ar enquanto ouviam a voz de Deus. Mas assim como o mundo mudou, também mudaram os santos. [...]
E assim também é com o mal, é óbvio. Ele muda de forma”. (Pág. 197).
Vanessa.Cristina 12/07/2021minha estante
Perfeito!




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