Um mundo sem pobreza

Um mundo sem pobreza Muhammad Yunus




Resenhas - Um mundo sem pobreza


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Lucas Oliveira 21/05/2021

Um mundo sem pobreza
Título provocativo, me fez pensar em muitas coisas. É um livro que estimula a reflexão e questionamento do status quo, do social, da economia e da política. Mas é também um livro prático que conta como gerar transformação social.

Mesmo que não concorde com as ideias, diante de resultados cessam-se as críticas. Após mais de 30 anos de trabalho, Yunus e o Banco Grameen foram reconhecidos com o prêmio Nobel da Paz em 2006, e aqui ele conta como foi essa trajetória.

Recomendo.

site: https://www.youtube.com/watch?v=8vM0UrxMfFE
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Moitta 04/03/2012

A empresa social
Yunus explica que a pobreza não é inerente ao ser humano, e acontece por causa de uma falha conceitual. Ao ver as empresas com o único objetivo de maximizar o lucro, esquecemos de toda a complexidade do ser humanos, a social, política, ambiental..

Para resolver tal problema, ele sugere a criação de 'empresas sociais'. Elas funcionam como as outras no sentido de concorrer no livre mercado, buscar os melhores profissionais de cada área, fazer propagandas e etc. A diferença é que esta não gera dividendos para os investidores, e portanto não deve gerar lucro. E também deve gerar um produto ou serviço que beneficie os pobres, ou ajude de alguma forma o mundo a se livrar da pobreza. Outra opção são empresas que visam o lucro, porem que são da posse de pobres, assim o lucro serve para tirar essas pessoas da pobreza.

Já no começo é válido lembrar que existem diversas definições de pobre. Aqui são usadas pessoas que vivem com menos de 1 ou 2 dollares por dia.

O Grammen Bank é um exemplo de empresa social, uma vez que por meio dos seu financiamentos ajuda a tirar muitos da pobreza e porque apesar de obter lucro, o mesmo se reverte para os pobres, que são os detentores das ações do banco.
Outro exemplo foi a joint venture Grammen Danonne. A Danone concordou em produzir um yogurte enriquecido em nutrientes que ajudaria as crianças de Bangladesh a se alimentar melhor. O principal é que o preço é muito baixo, a ponto delas poderem pagar, e todo o modo de produção deferenciado, preocupado com o social e não o lucro .
As fábricas são as menores possiveis, localizadas em regiões pobres, usando a mão de obra local para tudo. O leite vem dos pobres, muito dos quais conseguiram sua primeira vaca com emprestimos do Grammen. A distribuição feita por mulheres locais, elas próprias parte do público alvo.

Outro exemplo foi com a Adidas, o desafio proposto por Yunus foi eles criarem um tenis a 1 dollar para as crianças pobres. Ter zero crianças descalças, o que é também uma questão de saúde pública.

É evidente que precisamos superar a pobreza, deixá-la nos museus. É curioso que com o Grammen Bank ele tenha recebido o premio Nobel da paz, e não da economia, e no livro ele mostra como a pobreza está na base de diversos outros problemas, como a violencia. A experiencia com o Grammen mostra que não é necessário "dar o peixe e ensinar a pescar". Pois isso parte da premissa que os pobres são pobres por preguiça ou falta de conhecimento, que assim que eu, rico e inteligente, der um treinamento e um emprego quem quiser se tornará "alguém". Essa forma de pensar fecha os olhos pra não ver uma falha no sistema, que Yunus viu e mostrou os beneficios da correção, que ele vem tentando mostras a todos até hoje. Mais correto seria "dar crédito e apoio, e observar a criatividade e dignidade florecer".
A experiencia com o Grammen tem uma taxa de retorno de 98%. Os pobres pagam. E porque? Yunus diz que eles não tem outra opção. Quando percebem que podem melhorar sua vida e de sua familia, que estão lhe dando um voto de confiança ao dizer "tome este dinheiro, eu não lhe digo o que fazer com ele, vc saberá melhor, mas deverá pagar, e com juros, e poderá pegar mais se desejar", ai sim a coisa muda.
O sistema falhou ao julgá-los "indignos de crédito". Isso o microcrédito mudou.

A ideia da empresa social é usar toda essa energia e dinheiro aplicada hoje na filantropia, ou parte, em empresas autosuficientes, mas sem gerar dividendos. A empresa irá devolver todo o dinheiro que for nela investido, mas não mais. E deve gerar uma melhoria social, por qualquer meio.
No futuro, Yunus prevê um mercado de ações diferenciado para as empresas sociais, assim como formas de fiscalização e medição de resultados.
Uma das grandes diferenças é que o sucesso da empresa não é medido em forma de lucro, e sim de impacto social. Assim, para ser bem sucedida deve provar que "tirou x pessoas da malnutrição" ou "melhorou a qualidade de vida dos pobres por..".

As ideias são muitas, e mais ainda surgirão quando se perceber que esta é uma forma de atitude social consistente, não é caridade, ela gera um produto competitivo, apenas não está focada no lucro. Todos os empregados recebem bons salários, competitivos, e o produto deve ser o melhor possivel. A empresa está focada em fazer o bem.

O livro conta muito dos empreendimentos Grammen, como a empresa de telefonia, de tecidos, hospital dos olhos e etc. Esse hospital tem outra forma de funcionar interessante. Os serviços são de alta qualidade e com preços diferenciados. Os mais ricos pagam mais e os mais pobres pagam menos. Assim, o lucro gerado pelo pagamento do mais rico permite o desconto do mais pobre.

Um livro visionário. Recomendo.
Meira 16/10/2013minha estante
OS EXEMPLOS DO LIVRO SÃO EXCELENTES: NA VERDADE TEM QUE SE PREOCUPAR EM PRIMEIRO LUGAR É COM OS SERES HUMANOS ELES SIM GERAM LUCROS E NAO OS LUCROS GERAM SERES HUMANOS.SE AS PESSOAS TIVEREM HOPORTUNIDADES DE DESENVOLVEREM TRABALHOS QUE SUSTENTAM SUAS NECESSIDADES TEREMOS UMA SOCIEDADE MAIS EQUILIBRADA SAUDAVEL DESENVOLVIDA SATISFEITA E MOTIVADA A PRODUSIR BENS DE CONSUMO OU QUEM SABE EXPORTAR SE COVIER...




LidiCalado 05/01/2021

Um livro para mudar sua ótica sobre a caridade e o socialismo, Yanus é tão incrível que falta palavras para descrever a perfeição desse livro!
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Pablo Santos 21/04/2011

Médio
Mais fraco que o livro anterior - Banqueiro dos Pobres.

Neste livro são repetidas muitas histórias do anterior. Algumas poucas novas, como a do recebimento do premio Nobel da Paz.

De novo também, para os idealistas: neste livro ele cunha o termo e as características de um "negócio social", criando uma série de visões e expectativas para o tema.
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Mila 15/01/2012

"Um mundo sem pobreza" (o conceito dentro do livro) é uma obra de gênio.

Sobre o livro, posso dizer que me encantou.

Infelizmente, comprei o traduzido pela facilidade e preço. Não posso dizer que a tradução é ruim, deu o recado muito bem. Mas, tenho uma resistência contra livros traduzidos. Não vi nada gritante nessa versão para Português do livro do Prof. Yunus, mas é muito fácil perceber frases com construções não utilizadas no nosso idioma. Isso, já de início, me desagrada. Questão de gosto. Mas, tudo bem, o livro é interessante o suficiente para me fazer ultrapassar este problema e me encantar com a beleza das idéias desse grande homem.

Prof. Muhammad Yunus - também autor do livro "O Banqueiro dos Pobres" - foi, juntamente com o Banco Grameen (de sua criação), o ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006. O leitor deve estar se perguntando como um "banqueiro" ganhou um prêmio Nobel da Paz em vez do da Economia ou similar.... pois é, na verdade, tudo o que o prof. Yunus faz tem o objetivo maior de alcançar a paz mundial. Ele luta há anos contra a pobreza que avassala seu país natal, Bangladesh. E acredita que, quanto menos pobreza, menos guerras, menos inveja, menos revolta... mais paz.

Homem de aparência doce, tranquila, é um verdadeiro leão na luta a que se propôe. Doutor em Economia, Docente da Universidade de Daca, Prof. Yunus começou sua caminhada contra a pobreza após se dar conta das dificuldades financeiras dos povos que moravam nas proximidades da universidade onde lecionava. Decepcionado com o sistema capitalista - segundo ele, cheio de teorias bonitas mas ineficazes contra a pobreza - pesquisou a fundo a vida dos aldeãos das aldeias próximas. Descobriu que muitos deles eram terrivelmente explorados por agiotas. Ajudado por alguns de seus alunos, fez uma lista dos empréstimos que os aldeãos pegavam para comprar matéria-prima para fabricação de artefatos de vime, e emprestou, do próprio bolso, àquelas 42 pessoas o total de US$ 27 (!!). Os pobres tomadores daquele pequeno empréstimo devolveram o dinheiro conforme acordado. Assim, prof. Yunus se deu conta de que poderia fazer a diferença. Difundia-se aí o conceito do microcrédito. Foi por sua coragem e determinação que surgiu o Banco Grameen, organização mundialmente famosa que já auxiliou milhões de pessoas pobres na luta para sair da pobreza.

Após esse empreendimento de sucesso, e não satisfeito com o que já havia alcançado, Prof. Yunus lançou outros projetos de tanta importância quanto o primeiro, vários inclusive seguindo o conceito criado por ele de empresa social. A Fundação Grameen, é detentora de outras inúmeros empreendimentos nas mais diversas áreas.

Em 2007, após um período de estudo e construção, a Fundação Grameen, juntamente com a multinacional francesa Danone, lançou a joint venture Grameen Danone. Uma empresa social com o objetivo de fornecer iogurtes altamente nutritivos a preços bem baixos para as crianças desnutridas de Bangladesh.
A descrição do projeto, desde o primeiro encontro com o presidente da Danone Sr. Franck Riboud até o lançamento da fábrica de iogurtes, é empolgante. Achei tudo tão fantástico que teria continuado lendo sobre a criação da empresa horas a fio.

Outro projeto interessante é da Fundação Green Children, que já abriu em Bangladesh, um hospital de olhos com preços diferenciados para os pobres. O projeto é ambicioso e pretende virar uma cadeia de hospitais. Esse projeto foi desenvolvido com os músicos Milla Sunde e Tom Bevan, da banda The Green Children.
Este grande homem nos pede que pensemos sobre nossas vidas, sobre o motivo de nossa existência e lamenta "estamos tão ocupados com o nosso trabalho diário, vivendo nossa vida, que esquecemos de olhar pela janela e descobrir onde estamos nesse exato momento da nossa jornada". Como incentivo ao raciocínio ele diz "quando soubermos onde queremos ir, chegar lá será muito mais fácil" .

Prof. Yunus fala muito sobre a educação e a função da escola. Hoje em dia estamos todos sendo preparados para seguir o método capitalista, o dinheiro acima de tudo. Estudamos anos a fio seguindo as mesmas teorias econômicas, administrativas e sociais. Estamos sendo ensinados a pensar "dentro da caixa". Nossas idéias não são livres, não somos nem de longe empreendedores no pensamento. Prof. Yunus, em nenhum momento menciona religião, filosofia ou coisa do gênero, mas seus atos e pensamentos são prova concreta de que ele é seguidor da melhor dentre todas as religiões: a religião do AMOR.

Ele também nos adverte quanto às limitações impostas pela sociedade. É realmente um perigo nos acostumarmos ao pessimismo e ficarmos "dentro da caixa" acreditando que o que queremos é impossível, ou pior, acreditando que queremos o que os outros querem, robotizando nossas vidas.

Prof. Yunus é um exemplo vivo de persistência e confiança em si, em suas idéias. Acima de tudo, confiança em suas intenções.
Sabiamente, ele não apoia programas assistencialistas como os que temos no Brasil, Bolsa Família, Bolsa Escola, bolsa geladeira, bolsa cerveja, bolsa chambinho, bolsa coca-cola, bolsa turismo, bolsa bichinho de estimação, bolsa não sei mais o quê, bolsa tal e tal..... diz que aceita que o Estado dê dinheiro aos mais pobres, mas somente para que sirva de ponte para que os pobres alcancem a independência financeira. Prof. Yunus defende o estímulo ao empreendedorismo inato no ser humano e é para isso que levanta a bandeira da concessão do microcrédito à população de baixa renda, pequenos empréstimos a juros baixos e sem garantia de pagamento por parte do tomador. Incrivelmente a taxa de pagamento dos empréstimos que concede aos pobre de Bangladesh é de aproximadamente 98%. Nem um banco comercial com todas as precauções consegue este feito.

Prof. Yunus esteve no Brasil em 2008 para participar de um evento sobre gestão dirigido a executivos. Nessa ocasião se encontrou com o então presidente Sr. Lula.
Eu realmente gostaria de ver o Brasil seguindo os conceitos pregados pelo Prof. Yunus. Dar aos pobres não é suficiente. Ele mesmo diz que o dinheiro doado só faz bem uma vez e acaba. Mas uma fundação como o Grameen, ou como uma empresa social, está sempre renovando o dinheiro, extendendo o benefício a outras pessoas.

Não preciso nem falar o quanto eu gostei de ter lido "Um Mundo Sem Pobreza", não é?
Meira 16/10/2013minha estante
POBRE ATÉ O NOME É ASSUSTADOR: FALA-SE DE MUITAS POBREZAS,ESPIRITUAL,DE ATITUDE DE COMPANHERISMO,DE IDEIAS BOAS. SÃO ENÚMERAS.POREM ESSA QUE O LIVRO SEM POBREZA FALA É POBREZA ECONOMICA.QUE DESENCADEIA MUITOS OUTROS PONTOS DA VIDA HUMANA,EU PARTICULARMENTE ACHO A IDEIA DO AUTOR DE DAR UM ENPURRAOZINHOS AOS QUE ESTÃO DE PÉ ATENTOS AS HOPORTUNIDADES.QUE NAO SE TORNE VAIDEDES MAIS UM ENPREENDIMENTO PARA SE GOZAR DA VAIDADE,PRIMEIRO SE TRABALHA FAZ DINHEIRO PARA SE VIVER O QUE DESEJOU COM A CONQUISTA. SE CONQUISTOU COM LUCIDEZ E MERECIMENTO É MAIS DE QUE JUSTO DESFRUTAR DE SUAS CONQUISTAS E A IDEIA DO AUTOR DO LIVRO É FACILITAR COM AMOR E NAO SE APROVEITANDO DA DIFICULDADE DE QUEM NAO TEM COMO COMEÇAR.


Meira 19/10/2013minha estante
ira 16/10/2013minha estante
POBRE ATÉ O NOME É ASSUSTADOR: FALA-SE DE MUITAS POBREZAS,ESPIRITUAL,DE ATITUDE DE COMPANHERISMO,DE IDEIAS BOAS. SÃO ENÚMERAS.POREM ESSA QUE O LIVRO SEM POBREZA FALA É POBREZA ECONOMICA.QUE DESENCADEIA MUITOS OUTROS PONTOS DA VIDA HUMANA,EU PARTICULARMENTE ACHO A IDEIA DO AUTOR DE DAR UM ENPURRAOZINHOS AOS QUE ESTÃO DE PÉ ATENTOS AS HOPORTUNIDADES.QUE NAO SE TORNE VAIDEDES MAIS UM ENPREENDIMENTO PARA SE GOZAR DA VAIDADE,PRIMEIRO SE TRABALHA FAZ DINHEIRO PARA SE VIVER O QUE DESEJOU COM A CONQUISTA. SE CONQUISTOU COM LUCIDEZ E MERECIMENTO É MAIS DE QUE JUSTO DESFRUTAR DE SUAS CONQUISTAS E A IDEIA DO AUTOR DO LIVRO É FACILITAR COM AMOR E NAO SE APROVEITANDO DA DIFICULDADE DE QUEM NAO TEM COMO COMEÇAR.




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