O Salário do Medo

O Salário do Medo Georges Arnaud
Georges Arnaud




Resenhas - O Salário do Medo


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Marlon Teske 16/10/2010

Mistura Explosiva
Se tem um livro que eu terminei de ler e pensei "cara, esse autor não teve dó dos personagens" foi O Salário do Medo, escrito pelo francês que viveu por algum tempo na América Latina, Georges Arnaud. Não é uma história "totalmente" verídica, mas narra um pouco das realidades dos países produtores de petróleo aqui na América Latina, que ao invés de enriquecerem apenas se afundavam cada vez mais na pobreza.

O Vilarejo de Las Piedras, em algum lugar próximo da Guatemala, vivia em função de uma empresa americana de exploração de petróleo. Devido a um acidente causado pela mão de obra desqualificada, um dos poços pega fogo, matando vários dos indios que trabalhavam ali. A única forma de se apagar o incêndio no poço de petróleo seria jogando uma imensa quantidade de nitroglicerina nele, para fechar tudo de uma vez.

O detalhe é que as estradas de chão batido são péssimas, o equipamento precário, o transporte só pode ser feito por caminhões que serão toscamente adaptados para carregar - serra acima - 400 litros de nitroglicerina. O Salário: 2.000 dólares pela viagem. Alguém se candidata ao emprego?

Surpreendentemente, as condições de vida eram tão precárias no lugar que teve até teste de volante para o emprego. Chega a ser cômico de tão trágico quando os demais candidatos, empoleirados em cima do caminhão, batiam na lataria do motorista para que, nervoso, brecasse e perdesse a chance de faturar o dinheiro.

Quatro motoristas são escolhidos, viajando em duplas. Mario, Bimba, Luigi e Smerloff. Na hora de embarcarem, entretanto, Smerloff estranhamente não aparece (nunca mais, aliás), sendo substituido fortuitametne pelo próximo candidato na lista, um bandido velho chamado Jo. E dali pra frente é pé na estrada, "na ponta dos dedos".

Mais da metade da história se passa dentro da cabine do caminhão, mas ela é tão porreta de boa que você se sente na carona do veículo, com a nitroglicerina chacoalhando docemente em cima de sua cabeça. A tradução antiga possui uns maneirismos de época muito legais que tornam a experiência de ler o livro ainda mais divertida.

Recomendado!
Lido em Fevereiro/2008
Mário Jorge 03/08/2016minha estante
Muito bons os comentários, especialmente de Armageddon (nome que dá mais medo que o salário).
Mas o título do livro, mesmo em francês, não condiz, porque se recebe por viagem não é salário, que seria mensal.




Marcos 31/03/2021

Livro para ser lido com paciência
Com uma boa dose de suspense, o salário do medo nos trás momentos de tensão que infelizmente são prejudicados pela escrita demasiadamente rebuscada. Em certos momentos é preciso reler algumas vezes um trecho para entender as gírias que são muito antigas e que atrapalharam demais a leitura.
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Evy 13/03/2013

O Salário do Medo
Assim como muitos dos meus livros que foram herdados da coleção de meu avô ou de meu pai, esse é um livro com uma linguagem antiga. Acostumada com a linguagem fácil e moderna dos livros de hoje em dia, e com a ajuda da minha dislexia, encontrei um pouco de dificuldade para iniciar a leitura. Porém, depois de algumas paginas, você se acostuma e vai embora.

Adoro quando a leitura flui, na qual o autor sem floreios conta a estoria. Não existe enrolação com Georges Arnaud em O Salário do Medo.

O Livro conta a batalha de um pais esquecido pelo mundo e por Deus, onde para se sobreviver, ou se trabalha duro e morre tentando, ou passa-se a perna no outro. O nome do livro faz jus ao seu conteúdo, no qual para se ter um trabalho igual precisa ter muita sorte, muita coragem ou ser muito burro. Como li em uma resenha desse livro, o autor não teve dó dos seus personagens.

Recomendo, porem com paciência. Este é o tipo de livro no qual você acha que não vai gostar, mas quando vê não consegue mais parar de ler.
Gabriel.Santos 22/03/2016minha estante
Qual é o gênero discursivo
?




Didi 22/08/2011

O enredo é simples. A história é simples - assemelha-se a um bom roteiro dum filme de ação com pitadas de drama, algo entre Quentin Tarantino e James Cameron. Mas o que chama a atenção de longe é a história: é a forma como esta é contada.

A forma que Georges Arnaud descreve o local e os personagens chegam a transmitir uma sensação mista de asco e desprendimento bastante realística. A precariedade do local, a desesperança da maioria dos personagens, a indiferença de uns e o ódio de outros: tudo bem descrito de forma mais direta que ele pode usar, sem se apegar a esse ou aquele detalhe em excesso, no ponto exato de empurrar o leitor pro cenário e vivê-lo um pouco também.

Faço minhas algumas palavras do Marlon Teske em sua rssenha: "cara, esse autor não teve dó dos personagens". Nenhuma dó até o último parágrafo.

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Rafael 18/05/2014

O Salário do Medo - Nitroglicerina pura
Pense assim: você vive em um local que não te oferece nenhuma perspectiva de renda, então um poço de petróleo explode.
Para apagar o fogo do poço, só há uma alternativa: explodir o poço novamente para consumir o oxigênio do ar.
E só há uma maneira de explodir o poço: utilizando nitroglicerina que está armazenada a quilômetros de distância do local, separador por montanhas, estradas esburacadas e lama (obs.: a história não se passa no Brasil).
Livro interessantíssimo sobre o valor que a vida tem em certos lugares e como o poder do dinheiro pode fazer as pessoas arriscarem a própria vida.
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Lis 21/04/2020

Sublime
Amei! Foi um nocaute este livro... Apesar de poucas páginas e sem muitos rodeios, tem um final surpreendente e consegue envolver o leitor na história.

Entendi que a mensagem do livro é: pessoas muito inconsequentes tendem a se afundar cada vez mais nos problemas que elas mesmas causaram, podendo culminar inclusive em crime. E mesmo quando surge uma ótima oportunidade de reverter o quadro, não adiantar, é inerente a elas continuar agindo inconsequentemente e criando mais problemas, mesmo sem necessidade para tal.
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Leticia 20/08/2017

Minha avó sempre falava do filme O Salário do Medo, que era o favorito dela. Mas a gente nunca achava pra alugar. Um belo dia encontrei esse livro na biblioteca pública da cidade e resolvi ler. Quando terminei fiquei chocada. Eu entreguei o livro pra minha avó, pedi pra ela ler e me falar se aquele final tinha acontecido mesmo. Tinha.
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Weverton 07/09/2017

Tenso...... muito tenso.
Comecei a ler o salário do medo quando era adolescente e estava de férias na casa de uma tia no interior. Interrompi a leitura, mas nunca esqueci do enredo. muitos anos depois, resolvi pesquisar na Internet (pelo enredo, pois houvera esquecido o título). Achei!!! Busquei nos sebos virtuais e comprei. Mal consegui esperar. Que delícia de leitura!!! Envolvente. É daqueles livros que não se consegue parar de ler enquanto não chega o fim. Dá vontade de ver o que tem na próxima página, na próxima curva, no próximo balanço do caminhão.... Excelente!!!
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San... 28/12/2015

Um livrinho curto, tenso, dificil. Mostra, de forma crua, o quão longe se está disposto a ir, num mundo de pobrezas e privações, para ganhar-se algum dinheiro afim de fugir desse local inóspito, de garantir um recomeço longe de uma realidade estéril. Mostra, ainda, o quanto se acaba pagando por tais tentativas. É bom.
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Fabio Pedreira 17/11/2018

Fala galera, hoje vamos falar de O salário do medo. Eu encontrei esse (e alguns outros) livros em uma coleção antiga que minha mãe tem e resolvi pegar para ler, pois chamou minha atenção. É um livro curtinho, porém, a tradução dele não é das melhores, com palavras um pouco antigas, fora do que estamos acostumados, isso pode acabar transformando uma leitura que seria rápida em algo mais lento. Mas do que se trata o livro? Bom, vamos para a sinopse.

“Num pobre país da América Central, quatro amigos dispõem-se a uma incrível aventura: transportar uma imensa carga de explosivos – destinada a extinguir um incêndio num poço de petróleo – por uma estrada de difícil acesso. Uma longa e louca viagem onde quatro homens vivem o medo sob as mais variadas formas. Um romance extraordinário. Um clássico do romance de ação e suspense.”

Essa sinopse foi que me chamou atenção e como ação e suspense são um dos meus gêneros favoritos, eu decidi arriscar. Em parte não me decepcionei, achei o começo um pouco arrastado, ele começa contando do acidente que futuramente irá acarretar na contratação de 4 homens para fazer o carregamento da carga de explosivos, a fim de apagar o incêndio. Essa parte é meio parada, sem contar que ele aproveita para introduzir alguns personagens e falar sobre algumas características da América Central (nesse caso, o pais é a Guatemala).

E, como eu disse, o fato de a linguagem ser um pouco mais rebuscada não ajuda. Mas assim que os motoristas são contratados a história ganha outro rumo, ficando muito mais empolgante e deixando a leitura mais tensa. Isso porque a carga não são de explosivos qualquer, mas de toneladas de nitroglicerina pura, ou seja, qualquer balanço mais forte ou qualquer tranco maior no caminhão vai tudo pelos ares.

Isso faz com que você fique apreensivo enquanto lê, sem saber o que vai acontecer, quando vai acontecer ou com quem, é um salto significativo, na minha opinião, na qualidade da leitura. Os personagens (cada um de nacionalidades bastante distintas), que até então brigavam entre si por qualquer vaga de emprego na companhia, agora não tem tanta certeza se foi uma boa terem conseguido o trabalho de motorista.

Outra coisa bem interessante na obra é poder perceber a influência que as grandes companhias de petróleo exercem sobre países de terceiro mundo, tanto na sua economia, sua estrutura, com as pessoas e principalmente como elas tratam e usam seus trabalhadores como se fossem nada. O final desse livro é uma coisa assim que você fica besta, e pior, percebe que ainda hoje continua do mesmo jeito em vários lugares. Algumas pessoas chegam a se vender para conseguir um emprego e por um mísero salário, com a esperança de que vão melhorar de vida, quando na verdade as empresas só fazem explorar. No caso desses trabalhadores do transporte, o salário é alto, mas até que ponto vale a pena viver em constante ameaça de morte... e não só pela carga, diga-se de passagem?

Mas é isso, o livro para mim valeu como 3 estrelas, com pontos fortes, uma narrativa da metade para o fim muito boa, mas que seu lado negativo não permitiu um nota maior, linguagem não muito boa ou um começo mais lento. Mas e você, teria dinheiro no mundo que te fizesse aceitar um emprego desse? Diga aí nos comentários.

Obs: Este livro tem uma adaptação para o cinema.
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Lívia | @livteraria 18/02/2022

??????
O livro conta sobre quatro amigos que trabalham fazendo bicos em um país pobre da América Central que recebem a oportunidade de transportar uma carga de explosivos para acabar com um incêndio em um poço de petróleo.
Eles passam por uma estrada de difícil acesso, onde encontram vários obstáculos para chegar até lá vivos e conseguir o dinheiro para deixar aquele país.

Essa edição tem uma escrita difícil de ler por ser um clássico. Com isso a leitura não fica tão fluida e tende a ser um pouco mais demorado, apesar de ser um livro curto.
A história é bem interessante, mas não me prendeu. Não sei se pelo jeito da escrita, ou por ser um livro corrido, sem capítulos (o que pra mim dificulta muito a leitura).
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