Escravas de Eros

Escravas de Eros Taty Ades




Resenhas - Escravas de Eros


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Bill 10/10/2013

Autora revoltada
Uma amiga que tenho leu esse livro, mas queria uma opinião sobre seu conteúdo, então resolvi lê-lo também.

Ao contrário do que o título talvez nos faça imaginar, esse não é um livro erótico, mas um livro de uma psicóloga que, através de contos diversos, pretendeu apresentar a solução para um problema que atinge uma grande quantidade de mulheres no Brasil, que é a chamada Co-dependência. Existe, de fato, um problema muito sério que atinge muitas mulheres, um problema fácil de observar, inclusive: sabemos que a maior parte das mulheres prefere um cafajeste para se relacionar e outra grande parte gosta de homens fragilizados e dependentes.

A autora, que é psicóloga, classifica esses casos simplesmente como “homens problemáticos”.

Em relacionamentos com “homens problemáticos”, em via de regra, não há um compartilhamento no ato de amar, normalmente só as mulheres procuram demonstrar amor, pois, como sabemos, o cafajeste só usa a mulher como um objeto, não a ama; já o homem frágil e depende suga o emocional da mulher como um vampiro, mas também não a ama, pois quem ama sempre tem algo a dar também.

A autora diz que as mulheres que se sujeitam a esse tipo de homem, o homem problemático, na verdade, são viciadas nesses relacionamentos, pois são mulheres mal resolvidas e sem perspectiva que procuram a sua autoafirmação na tentativa de mudar e “concertar” esses homens. Na verdade, bem lá no fundo, ela até prefere que ele continue do modo como está, apenas para que ela continue cuidando dele, por isso, ela se sujeita a humilhações diversas, espancamentos, traições e etc. sem reclamar, pois acredita que o sujeito não faz isso por mal, pois apenas está com problemas e ela é a única pessoa que pode ajudá-lo.

Como a autora bem coloca, é óbvio que são essas mulheres que precisam de ajuda.

Até aí, concordo plenamente com a autora, mas então a coisa muda de rumo e aquilo que poderia ser um livro de apoio psicológico muito útil passa a ser um desabafo da autora contra o mundo e a simples divulgação de seu modo pessoal de entender as pessoas. Como uma pessoa revoltada, ela passa a generalizar tudo, ou seja, ela usa esses exemplos patológicos específicos para dizer que toda forma de amor é doentia, por exemplo. Ela chega ao ponto de dizer que quando uma pessoa simplesmente se importa com outra e quer o bem dessa outra pessoa, então já está doente. Pra ela, uma pessoa insensível, indiferente e egoísta é que é saudável. Em um de seus contos no livro, ela coloca um médico sugerindo à suas pacientes que desenvolvam o egoísmo, que sejam egoístas a ponto de não lingarem para mais ninguém no mundo.

Então eu pergunto, será que madre Thereza de Calcutá era doente, então? Jesus Cristo quando disse que deveríamos amar ao próximo também era doente? Um pai ou uma mãe que ama seu filho e o protege também está doente, pois o certo seria largá-lo no mundo como se fosse um bicho?

Egoísmo significa pensar exclusivamente em si e ser completamente indiferente aos sentimentos e dor alheios. É uma forma de viver que nos impede de compreender outras pessoas, pois anula por completo a capacidade de empatia que naturalmente desenvolvemos.

Gandhi disse: “Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.”

Uma pessoa egoísta conseguiria entender a profundidade disso?

Haveria instituições de caridade, clínicas para drogados ou instituições religiosas (evangélicas, católicas ou espíritas) para combater a fome e dependência química se todos fossem egoístas?

A autora identificou um problema reconhecidamente patológico, mas quis aplicar a suposta cura para esse fato específico para TODAS as outras pessoas. Seria o mesmo que usar remédio de gripe também para curar câncer, catapora, osso fraturado e ainda usar como vitamina.

Eu falo suposta cura, pois não creio que o egoísmo pode ser cura pra algo, na verdade, é mais provável que seja a fonte de tais males: se a mulher está viciada na vida problemática de seu parceiro a ponto de querer que ela NÃO se cure, então ela está sendo egoísta, pois está pensando em si e não nele. Isso é óbvio.

A verdadeira expressão do amor é a capacidade de ser altruísta e solidário, isso só pode acarretar o bem e nunca o mal.

É isso.
agatah 13/02/2015minha estante
Muito bom, principalmente para quem ama de forma exagerada e não sabe como sair da situação.
gostei tanto quanto mulheres que amam demais, esse conta casos reais e a gente se vê nas situações caóticas dessas mulheres que namoram homens doentes e perigosos.
recomendo!


Bill 31/10/2016minha estante
O livro é sexista. Pegou um assunto importante, que é o apego que muitas mulheres têm em relação a homens problemáticos, para expor (de forma bem subjetiva) sua visão do relacionamento entre homem e mulher. Segundo ela, a mulher ideal é vulgar, egoísta e não se relaciona afetivamente com homem algum.




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