Resenhas - Antes Que Eu Vá

Bianca 04/08/2011

Uma lição...
E SE tudo o que você tivesse fosse um único dia. O que iria fazer? Quem iria beijar? Até onde se atreveria a ir para salvar a própria vida.

Como fazer uma resenha digna deste livro?
Antes que eu vá, de Lauren Oliver, entrou na lista dos livros que recomendo insistentemente. Até darei um lugar a ele ao lado de Um Dia, como meu preferido.
Sabe quando você termina uma leitura cheio de questionamentos e ao mesmo tempo cheio de respostas? Isso foi apenas o início do que senti.
Lauren Oliver escreveu com maestria e trouxe para a literatura uma obra intensa, repleta de verdade e sentimento.
Antes que eu vá traz muito de sua carga emocional em seu título e sinopse, principalmente para quem já leu.
Não há como não julgar Sam e suas amigas. Elas são egoístas, sim.
Mas antes que comece a me acusar, permita-me fazer uma pergunta: o que fiz foi realmente tão ruim? Tão ruim que eu merecia morrer por isso? Tão ruim que eu mereça morrer assim?
O que eu fiz foi realmente tão pior do que o que todo mundo faz?
É realmente pior do que você faz?
Pense a respeito.
E é isso que fazemos durante e depois da leitura: pensamos muito a respeito.
Sam narra em primeira pessoa e joga com o leitor o tempo todo. Será que o nosso telhado é de vidro?
Dizem que logo antes de morrer sua vida inteira passa diante de seus olhos, mas não foi assim comigo.
E se morrêssemos hoje? O que passaria por nossa mente? Do que sentiríamos falta? Do que sentiríamos culpa? O que teríamos feito diferente, se tivéssemos a chance?
Esses são alguns dos questionamentos levantados pela autora e que se chocam com o leitor.
Sam morre e tem essa chance. E agora?
Ela não entende o que aconteceu, nem o que fez de errado e tenta se justificar, mostrando seu ponto de vista.
É tocante como ela, aos pouquinhos, constata que não era tão boa quanto pensava.
A questão é: nós podemos fazer esse tipo de coisa. Sabe por quê? Porque somos populares. E se somos populares podemos sair ilesas de tudo. Então é um círculo vicioso.
Outro tema explorado é o bulling. Tão discutido e ainda tão constante entre crianças e adolescentes. Sam conhece os dois lados da moeda e acredita que se permanecer do lado certo, não terá problemas.
Sempre haverá um amanhã.
Diferente do que Sam pensava, a lição é bem clara: NEM sempre haverá um amanhã e não temos controle sobre nossas vidas.
Com uma escrita fluida e personagens envolventes, Lauren Oliver, nos dá uma aula, ou talvez, uma lição de moral, sem parecer pretensiosa ou rude.
Outro ponto muito bem trabalhado é que alguém sempre nos amará e sempre verá o melhor em nós, não importa se isso não é visível ou se não merecemos.
Você não precisa de conserto, Sam.
Talvez eu não consiga passar tudo o que senti ao ler Antes que eu vá. É como se um novo conceito se formasse dentro de mim. Sam descreve o que sinto lindamente ao dizer Algumas coisas se tornam lindas quando você realmente olha.
Terminei a leitura aos prantos. Meu coração ficou a mil.
De certa forma, entendi cada um dos personagens. É fácil criar uma armadura e atacar para se defender, não é certo, não foi como cresci, mas é o caminho mais simples.
Acredito que foi a melhor narrativa em primeira pessoa que já li. É uma conversa com o leitor.
DEVE ser lido por todos. Gostaria que fosse leitura obrigatória nas escolas.
Recomendo muito!
O que estou dizendo é: talvez você possa se dar o luxo de esperar. Talvez para você haja um amanhã. () Tanto tempo que você pode desperdiçar. Mas para alguns de nós só existe hoje. E a verdade é que nunca se sabe.
***
Leia outras resenhas em http://redomadecristal.com.br/blog/

Amanda Azevedo 17/02/2012

"Algumas coisas se tornam lindas quando você realmente olha."

Acredito que todo mundo, pelos menos uma vez na vida, já esteve enganado sobre alguém. Que já odiou uma pessoa sem nunca ter conversado com ela; já acreditou em boatos e os levou adiante; já riu do outro com alguma piadinha de mau gosto... Sim, eu sei que você já fez isso, e sim, eu sei também que você não foi o único. Infelizmente isso é bem corriqueiro, eu sei disso, você sabe, todos sabem. E todos continuam fazendo, mesmo sabendo das conseqüências que isso pode trazer.

Brincadeiras, aparentemente inofensivas pra quem faz, abalam e muito a pessoa que é o alvo daquela “chacota”. Nós não nos conhecemos 100%, vira e mexe nos surpreendemos com atitudes que tomamos e imaginávamos nunca capazes de tomar. Então, como podemos pensar que conhecemos alguém a ponto de “tirar sarro” dos seus defeitos e esperar que ela aceite e leve na brincadeira? Nós não conhecemos o íntimo do outro, não sabemos até onde podemos entrar, por isso, é preciso cuidado. Viver... Conviver... É complicado.

"Estremeço, pensando em como é fácil se enganar completamente a respeito dos outros — de ver uma pequena parte deles e confundir com o todo, de ver a causa e confundir com o efeito e vice-versa." — Página 292

O livro trás a estória de Sam. Uma adolescente, que tem, aparentemente, a vida perfeita: um namorado bonito e amigas populares — pois é, para adolescentes, felicidade parece se resumir a isso. E como é de se esperar, garotas populares se divertem fazendo pouco dos outros alunos, e é nessa leva que somos apresentados a vida de Sam.

Mas calma, a estória ainda não começou de verdade. Voltando de uma festa com suas amigas, ela sofre um acidente e morre. Simples assim, sem prévio aviso, do mesmo jeito que acontecerá comigo e com você, afinal, nunca se sabe quando chegará a nossa hora. Pode ser amanhã ou pode ser daqui a 50 anos.

"Talvez você possa se dar ao luxo de esperar. Talvez para você haja um amanhã. Talvez para você haja mil amanhãs, ou três mil, ou dez, tanto tempo que você pode se banhar nele, girar, deixar correr como moedas entre os seus dedos. Tanto tempo que você pode desperdiçar. Mas para alguns de nós só existe hoje. E a verdade é que nunca se sabe." — Página 205

Podemos dizer que o livro começa quando a vida de Sam termina. Ela tem a oportunidade de reviver o dia de sua morte 7 vezes. E nessas “chances extras” ela vai amadurecendo e tentando consertar as bobagens feitas durante sua vida. Nesse curto espaço de tempo, ela revê vários de seus conceitos e passa a dar valor às coisas e às pessoas que realmente importam.

Falando assim, pode soar clichê, mas a Lauren soube conduzir muito bem a estória. A leitura não é cansativa e nos prende de um modo incrível. Você passa o livro inteiro na expectativa, torcendo pra que naquele novo dia, Sam tome as decisões certas.

E ela toma as atitudes certas? Quem sabe? Existe o certo? O que é certo pra mim é certo pra você? Essas são perguntas que serão respondidas quando você ler o livro. “Antes que eu vá” é pessoal é íntimo... Tocará a todos — ou a grande maioria — os leitores, mas de forma diferente.

Tirei uma estrelinha do livro devido ao final. Não foi um final frustrante, mas eu fiquei com aquela sensação de: “faltou alguma coisa!” Não sei dizer o que nem porque — legal, não é? — mas na minha cabeça o livro não foi encerrado com aquela última frase. Poderia ter durado um pouco mais.

Pra encerrar, digo que recomendo o livro. É uma leitura totalmente válida. A estória é linda, comovente e bem escrita. Com personagens incríveis, como Juliet Sykes e Kent, que vão, com certeza, te ensinar alguma coisa. Impossível passar pelas páginas de “Antes que eu vá” e não tirar algo de bom que você levará consigo durante muito tempo.



Amanda — Lendo&Comentando
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Jess 23/06/2021

Dei sorte na terceira tentativa de ler esse livro.

O início é bem lento e eu demorei um pouco pra me sentir dentro da história. O fato de eu ter assistido ao filme há uns anos e saber sobre todos os acontecimentos também não me ajudou muito. Porém, depois de um certo momento, comecei a me sentir mais por dentro da história e a personagem principal, a medida que ela começa a crescer e entender melhor as coisas, e as outras pessoas, ao seu redor, o livro muda e então comecei a me envolver muito mais.

O livro me surpreendeu de uma forma muito boa. É uma leitura que tem grandes ensinamentos e faz você refletir e pensar, principalmente, sobre escolhas que você faz na sua vida e que afetam outras pessoas, mudando todo o rumo de uma história.

Beatriz 19/05/2017

Você já imaginou ficar presa em um único e desastroso dia?
Estava entediada e por acaso vi o trailer do filme que está em cartaz, uma adaptação para as telonas do livro, livro esse que já tinha ouvido falar e não dado bola. A verdade é que eu passo longe de dramas adolescentes americanos, depois de ter lido um você leu no mínimo 10 iguais. Todos sobre a mesma ladainha “o mundo é tão confuso” “não sei quem sou” “me sinto deslocado” coisas que me faz bocejar. Não sei o que deu em mim para me fazer caçar esse livro e le-lo em um dia. Não sei mesmo, mas fico feliz que tenha acontecido.

Samantha tem uma sexta feira coco, ela é pop, maltrata as pessoas, vai na balada tem um namorado babaca e é uma babaca. Tudo normal, até um acidente de caro acontecer. E bem, quando ela acorda, o dia deu repeat. Tudo exatamente igual, a unica pessoa que sabe que aquilo tudo já aconteceu é ela. E acontece, de novo e de novo. Acordando sempre na sexta do dia 12 de fevereiro, o dia do cupido. Que diabos está acontecendo? Então ela vai mudar com as consequências, brincar com as reações de suas ações, até que por fim, ela descobre o porque tudo aquilo está acontecendo e qual é a missão dela nisso tudo.

“A questão é: você não tem como saber. Você não acorda com uma sensação estranha no estômago. Não vê sombras que não existem. Não se lembra de dizer a seus pais que os ama ou – no meu caso – nem mesmo se despede deles.”

Me admirei com a escritora, e sua linha de raciocínio. Depois de ler vários romances ruins, quando você encontra algum condensado e inteligente, que não subestima a inteligencia dos jovens causa um espanto. Nele assuntos delicados são tratados, como bullying, popularidade, aceitação, amor e amizades.

Me surpreendi com a intensidade dos assuntos tratados e o desenrolar do amadurecimento da personagem principal. Ela é tão humana que você se sente amiga dela, como se fosse uma amiga desabafando um pesadelo. Ela sente raiva, é mesquinha, egoísta, mas carinhosa, solidária e inteligente. Ela vai fazer várias coisas ruins e aprender com as consequências. É uma boa menina, gostei muito dela.

Temos um pseudo romance, que ao meu ver foi um pouco forçadinho quando você reflete que apesar de tudo só se passou UM DIA. Amores não acontecem assim no mundo real, mas da para relevar.

“Ao sair do ginásio penso em como as pessoas são estranhas. Você pode vê-las todos os dias – e pensar que as conhece – e depois descobrir que não conhece nada. Sinto-me completamente animada, como se estivesse girando em um redemoinho, circulando ao redor das mesmas pessoas e dos mesmos acontecimentos, mas vendo as coisas a partir de ângulos diferentes.”

Tem assuntos que ficam encobertos, segredos de personagens que você só pesca uma informação ou duas, e imagina depois o que aconteceu realmente. A proposta do livro é sobre autoconhecimento, amizade e as relações de “popularidades vs bullying” que acontece em colégios do tipo, e consequentemente os suicídios de jovens.

Eis uma cosia muito profunda a respeito do livro; vou falar a verdade eu odiei os 13 porquês, odiei a forma como tratou tudo de forma romântica e até banalizada. E não é o que vemos aqui!

Vemos uma menina que sofreu durante anos, sendo humilhada e isolada, com problemas em casa que teve um processo de morte interna, onde ela simplesmente desistiu de viver, e não vai se matar como vingança, não vai deixar explicações nem acusar ninguém. Vemos o entorpecer de um ser humano, depois de tanto sofrimento e dor, e de como é difícil resgatar essas pessoas, mas não impossível. Todo mundo tem concerto, ninguém é causa perdida.

“O que estou querendo dizer é: talvez você possa se dar ao luxo de esperar. Talvez para você haja um amanhã. Talvez para você haja mil amanhãs, ou três mil, ou dez milhões, tanto tempo, que você possa nadar nele, deixar rolar, deixá-lo cair como moedas entre os dedos. Tanto tempo, que você possa desperdiça-lo, Mas, para alguns de nós, há apenas o hoje, E a verdade é que nunca se sabe quando chegará a sua vez.”

Achei muito real a forma como isso é tratado, como não é só um apelidinho ou pegadinha que faz com que uma pessoa desista da vida. Mas algo mais profundo e como é realmente algo que não vai passar com simples “desculpas” que vai mudar muita coisa.

Tem vários pontos, que depois pensando melhor eu vi que não foram encaixados na história. Mas eu realmente gostei desse livro. De toda sua vibe teen, e a mensagem que ele quer passar. Até o final foi tudo o que eu esperava, sem decepções.

“Eis uma das coisas que aprendi naquela manhã: se você ultrapassa um limite e nada acontece, o limite perde o sentido. É como aquele velho enigma sobre uma árvore caindo em uma floresta, e se ela faz ou não barulho, se não há ninguém por perto para ouvir. Você estende o limite cada vez para mais longe, e o ultrapassa todas as vezes. É assim que as pessoas se afastam da Terra. Você se surpreenderia com a facilidade que é sair de órbita, girar para um local onde ninguém o pode tocar. Perder-se – ficar perdida. Ou, talvez, não se surpreendesse. Talvez alguns já saibam. A esses só posso dizer: Sinto muito.”

Indico a todos que gostam de jovens adultos, dramas, reflexões e assuntos sobre suicídio e bullying.

site: https://aquimerablog.wordpress.com

Jaine.Rosa 28/02/2020

Um livro ruim, mas para refletir.
Nesse livro um dos principais cenários é o colégio Thomas Jefferson, onde conhecemos os alunos adolescentes do ensino médio Rob, Kent, Juliet e as quatros amigas inseparáveis Elody, Lindsay, Ally e a Samantha que é nossa protagonista principal.
O quarteto de amigas são inseparáveis, populares, típicas patricinhas malvadas, com suas vidas perfeitas cheia de segredos, distanciamento da família, festas, cabular aula e etc... são admiradas por várias meninas e odiadas por outras tantas, e podemos entender levando em consideração o egocentrismo, a maldade, a confiança de sairem sempre ilesas, os boatos, bullying...!
Cá estamos, dia 12 de fevereiro, uma sexta, dia do cúpido no colégio.
Dia em que os alunos presenteiam um aos outros com flores, geralmente rosas com namogramas, e a quantidade recebida reflete muito no quanto popular você é.
Sam namora Rob o cara mais popular da escola, cobiçado por todas escolheu ela como sua namorada, e o dia do cupido foi o dia destinado para ela perder a virgindade com ele.
Kent que era amigo de Sam na infância resolve dar uma festa a noite e convida a todos da escola, onde Juliet aparece diferente e destemida, mudando todo o percurso da vida dela e de algumas pessoas que estão ali.
Rob da pouca importância a Sam, o que a deixa triste e acaba sendo mais estúpida ainda com Kent e com Juliet quando ela aparece, humilhando-a. Após isso quando vão embora da festa, Lindsay como sempre dirigindo imprudente, mas dessa vez foi fatal para Samantha, porém Sam acorda em sua cama, no que ela acha que seja o dia seguinte de um pesadelo horrível, mas estamos novamente em 12 de fevereiro, uma sexta – feira, o que lhe acontece mais seis vezes, então um total de sete.
Revivendo o mesmo dia, ela primeiro faz tudo que lhe vem a cabeça, por saber que não há conseqüências, já que amanhã será o mesmo dia do zero, então comete muitos erros, só não contava que esses erros, por exemplo, pudessem matar sua amiga ao invés dela, ou uma colega de sala se suicidar com uma arma, ou a perda da convivência com sua família.
Então passa cada dia tentando entender seus erros, suas escolhas e tentando descobrir o que está lhe prendendo nesse ciclo insuportável.
Sam passa a conviver mais com sua família, ter mais respeito, curtir sua irmã já que ela não a verá crescer, beijar e abraçar seus pais pois serão os últimos dias que sentirá isso e dizer eu te amo, e na escola também segue essa mudança de atitude e escolhas, termina com seu namorado arrogante e entende que esta realmente se apaixonando por Kent e também tenta de todas as formas impedir a morte de Juliet.

- MEU PARECER:

Para mim foi um livro difícil de ler, por dois motivos primeiro pelas intermináveis maldades dessas quatro amigas e depois por o sofrimento de Sam reviver sua morte e a dor de ver outras mortes.
Adolescentes são complicados, ok eu sei, mas tudo tem um limite, e 17 anos sabemos bem o que estamos fazendo e se orgulhar em maltratas os outros é totalmente doentio. Para mim Sam vivia em uma bolha em que ela era o centro de tudo, com tudo nas mãos, e a vida perfeita aos olhos dos demais, porém não passava de alguém sem personalidade própria seguindo maldade infinitas de sua amiga, namorava um babaca só porque ela o mais popular da escola e aceitou o quanto ele tinha desfeito dela anteriormente, não passando de um bêbado, filhinho de papai que só quer transar com ela. Em casa fica sempre isolada, não tem paciência com sua irmãzinha e parece não suportar sua mãe e nem liga pro seu pai.
Ok, a autora trabalhou a personagem, ela amadureceu sim, mas depois de morta, depois de ser tóxica, de ser alguém insuportável. Mas acho que vale a questão para repensarmos na nossa vida, nossas atitudes, o que desperdiçamos, os momentos que deixamos de usufruir com nossa família....refletimos também sobre as consequências que todas nossas atitudes tem, aprendemos a dar valor ao simples.
E o principal o foco nos adolescente, a pior fase de todos nós, onde somos pressionados por todos os lados, a questão da popularidade que impede de você ser livre para ser e fazer o que quiser, a questão do sexo e a sensação que é uma das únicas coitadas ainda virgem, a questão do amor que quer ser amada mas também não sente amor pela pessoa que namora... a pressão da beleza e ai entra então a questão da doença a anorexia para tentar manter o peso.... Fora tudo isso a BASE do livro, o que deu as estrelas a ele, o bullying, que muitos fazem pouco caso,mas ninguém está na pele da vitima para saber como se sente e o que se passa em sua cabeça.
Por fim achei um livro chato e insuportável no início e depois comecei a achar triste somente, ele é muito bem escrito e fluido, entretanto algumas atitudes de personagens me impedia de ter aquela vontade de ler todo de uma vez.. e então senti PENA, sim, pena da personagem por ela ser também mais uma vitima, por a super proteção que tinha e todos fazendo o que ela queria, por querer agradar suas amigas agindo feito um animal e ela acabou virando contra si mesma, e sua morte foi a conseqüência.
Um livro ruim, mas para refletir.

- ALGUMAS FRASES:

"Algumas coisas se tornam lindas quando você realmente olha."
"As coisas mudam depois que você morre – acho morrer é a coisa mais solitária que se pode fazer."
"E eu me dou conta de que não estou cercada por escuridão, mas só havia estado com os olhos fechados o tempo todo. "
"Uma boa amiga guarda segredos para você. Uma melhor amiga ajuda você a guardar os próprios segredos."
"Você acha que eu estava sendo tola? Ingênua? Tente não me julgar: lembre-se que somos iguais, eu e você."
"Em algum lugar no giro interminável da eternidade aquela minúscula fração de segundo em que nossos lábios se encontraram se perdeu para sempre."
"Se você ultrapassa um limite e nada acontece, o limite perde o sentido."
"Eu suponho que este é o segredo, se você algum dia estiver desejando que as coisas voltem para o jeito que eram. Você só tem de olhar para cima."
"Gosto de pensar em como a vida é engraçada, como tanta coisa muda. Como as pessoas mudam."
"Eis outra coisa a que se lembrar: a esperança o mantém vivo. Mesmo quando você está morto, é a única coisa que o mantém vivo."
"É incrível que os olhos consigam fazer isso, consigam transformar luz em calor."
"Esse é o problema com sacrifícios. São dolorosos. Literalmente."

Regiane 06/03/2012

Lauren Oliver me conquistou!

“ Os olhos de todo mundo parecem brilhantes, como olhos de bonecas, por causa do álcool, e talvez outras coisas. É um pouco repulsivo, para falar a verdade. Apesar de estudar com todas essas pessoas há séculos, todas parecem diferentes, estranhas, e quando sorriem para mim só vejo dentes por todos os lados, como piranhas se preparando para comer. Sinto como se uma cortina tivesse caído e eu estivesse enxergando as pessoas como elas realmente são: diferentes, cruéis e irreconhecíveis. ”


Acho que eu nunca odiei e amei tanto um livro ao mesmo tempo, quanto esse. Parece loucura, mas foi o que senti. Do começo até um pouco mais da metade da história, senti repúdio, nojo, tive vontade de atirar o livro longe, mas depois eu fui gostando, me apaixonando e amando. Ainda estou perplexa pela capacidade da autora me fazer odiar demasiadamente sua obra, e depois me fazer ficar fascinada.

Samantha Kingston pode se dizer que é uma garota considerada invejável, já que tem o namorado mais disputado e três amigas aparentemente fantásticas, além disso, desfruta de todos os privilégios do seu colégio – Thomas Jefferson - desde o melhor local do refeitório até a melhor vaga do estacionamento.

A sexta-feira de 12 de fevereiro era para ser apenas mais um dia da vida “perfeita” de Sam, mas infelizmente, acaba sendo a última. Ao sair de uma festa, ela sofre um acidente e morre. Para sua “sorte”, nem tudo está perdido, pois ela é contemplada por uma segunda chance. Na verdade, sete “segundas chances”.

A partir disso, Sam começa a reviver aquele dia por várias vezes, tentando desvendar o mistério por trás de sua morte. E através dessa busca incessante, ela descobre o real sentido e valor da vida.

“Talvez você possa se dar ao luxo de esperar. Talvez para você haja um amanhã. Talvez para você haja mil amanhãs, ou três mil, ou dez, tanto tempo que você pode se banhar nele, girar, deixar correr como moedas entre os seus dedos. Tanto tempo que você pode desperdiçar. Mas para alguns de nós só existe hoje. E a verdade é que nunca se sabe. ”


O que você faria em seu lugar? E se você tivesse que viver verdadeiramente tudo que deseja em apenas um dia? O que enfrentaria para salvar a própria vida?

Eu estou extasiante, pasma e muito emocionada com a história criada por Lauren Oliver. Como eu disse de início, eu odiei e amei o livro. Eu pensava que não iria aguentar ir até o fim. Antes de chegar ao capítulo 5 - página 205 - eu estava a ponto de desistir da leitura, mas não por achar o livro arrastado ou monótono, nada disso, mas devido a tanta podridão, futilidade e crueldade acerca de alguns personagens.

Ainda bem que eu não fiz isso, pois teria me arrependido amargamente, pois aqui temos um livro maravilhoso, com uma história comovente, tocante, incrivelmente linda, que ao mesmo tempo, é bem triste. Me arrancou lágrimas e me fez soluçar. Me fez vibrar e torcer por Sam. Eu me apaixonei por essa obra.

Antes Que Eu Vá, ganhou totalmente minha atenção. É uma história que prende muito, mas que não dá para ser absorvida de uma só vez - mas aos poucos - pois os acontecimentos ocorridos não são fáceis de aceitá-los. Bom, na verdade depende. Para mim que sempre fui uma boa filha e uma adolescente tachada como bobona e careta, foi complicado. Eu fiquei muito chocada com as atitudes de certos personagens, principalmente de Lindsay. Como eu a detestei e a detesto. Ela é repugnante, ou melhor uma vaca. Sério, eu não estou exagerando. Tive vontade de entrar no livro e espancá-la de tão medíocre que ela é.

Sam também me deixou revoltada, mas conforme ela foi revivendo o dia 12 em suas "sete chances extras", ela foi se tornando uma pessoa melhor ao tentar corrigir seus erros. Ela teve atitudes dignas, o que me fez admirá-la demais.

Outros personagens que simplesmente me conquistaram foram o fofo do Kent e a solitária Juliet Sykes. Eles tem histórias incríveis, foram muito bem construídos. Na verdade, todos os personagens de Lauren são impecáveis. É totalmente notório a dedicação e o cuidado que ela teve ao desenvolvê-los.

A narração em primeira pessoa não me desagradou em momento algum, pois é muito bem trabalhada. Não existe falhas ou pontas soltas. A escrita da autora também é excelente, com uma desenvoltura sem igual. Não há dúvidas, com toda certeza vou querer ler outras obras dela.

Esse livro possui uma lição muito válida para todos, independente da idade. Mostra o quanto a vida é mais do que parece ser, vai além de festas, diversões e prazeres momentâneos. A felicidade e o desfrutar dos dias que se seguem, estão acima de tudo, nas pessoas que amamos, nas boas ações, e na sensibilidade de saber valorizar as pequenas coisas desse mundo. Viver todo dia intensamente, como se fosse o último, pois uma coisa é certa: A morte chegará para todos nós. Poderá ser hoje, amanhã ou daqui há alguns anos. Quando tiver que ser, não haverá como escapar.

Se recomendo? É óbvio. Se por acaso, você sentir mal com certas atitudes dos personagens, não desista, vá até o fim, pois valerá muito a pena, pois é uma história marcante que te fará refletir muito sobre sua vida e suas atitudes.

Isa 14/10/2021

Algo para levar para vida
Ao ver as resenhas nós notamos que o principal defeito para os leitores foi: o começo ter dado uma enrolada, isso também me pegou um pouco, porque demorei um pouco para avançar na leitura confesso que li o livro em 2 dias, mas em algumas partes do começo a leitura estava desgastante mas não parem de ler apenas pelo começo, dêem uma chance porque é um livro maravilhoso.
A partir do momento que você vai pegando o ritmo da leitura, você quer ler até ver o final e saber o que vai acontecer e, além do mais é um livro com com frases e mensagens marcantes as quais a gente faz até uma reflexão por meio daquilo. Foi uma leitura muito boa envolvente rápida e com ensinamentos que faz uma pessoa repensar como é a sua vida.
Ouvi alguém falar do livro por meio de uma palestra sobre bullying e ele retrata essa temática muito importante de uma forma que nós devemos realmente falar nas escolas e com nossos jovens

ka mcd 06/03/2013

Antes Que Eu Vá
Esse livro me deixou com um sentimento estranho quando o terminei. Eu não conseguia dizer se essas “segundas chances” que ela teve foram uma dádiva ou uma injustiça. E ainda não sei dizer como me sinto em relação a isso. Talvez eu tenha me apegado tanto a personagem principal que acabei querendo que ela tivesse um final de contos de fadas. E confesso: foi difícil começar a gostar da Sam. No dia em que ela morre, você vê bem o tipo de pessoa que ela estava sendo este tempo todo: uma patricinha mimada e arrogante que só se importava com coisas totalmente fúteis.

E é aí que esse livro começa a impressionar.

A cada dia Sam vê os acontecimentos por outros pontos de vista e amadurece absurdamente. Ela morre em alguns, vive em outros e erra em todos, mas está sempre tentando consertar os erros que havia cometido, recuperar o tempo perdido e reparar nas coisas que nunca achou importantes. E tudo isso cria uma teia de acontecimentos que começam a se entrelaçar desde a infância das quatro amigas e das outras personagens que se tornam peças essenciais para a história conforme os acontecimentos daquele dia vão se revelando. Fiquei impressionada em ver como a autora conseguiu mostrar perfeitamente como nossas ações estão intrinsecamente ligadas ao futuro das pessoas à nossa volta. Como dois minutos de diferença podem fazer alguém ser desmascarado, como um único movimento pode mudar toda uma história e como pequenas lembranças podem reascender todo o tipo de sentimento.

Sam aprende um pouco mais a cada dia e nós aprendemos com ela. Eu realmente achei que ela e as amigas tinham aquele tipo de amizade baseada na popularidade, mas estava tão errada! Elas são todas um pouco fúteis, mimadas e arrogantes – principalmente a Lindsay -, mas são amigas de verdade. Se amam e não se julgam, mesmo sabendo dos piores defeitos umas das outras. E, então tem ele, o garoto que Sam sempre ignorou por que fez parte de seu passado vergonhoso, mas que se aproxima dela cada vez mais durante aqueles seis dias.

Eu ficava com o coração partido ao final de cada dia, vendo como ninguém nunca se lembrava das mudanças que ela havia feito no dia anterior, mas ficava aliviada ao ver que aqueles erros medonhos haviam sido apagados e que ela poderia recomeçar do jeito certo.
Inteligente, tocante e brilhantemente escrito, Antes Que Eu Vá é uma leitura obrigatória para todos que gostam de um drama adolescente com toques um pouco mais sérios.


http://blogminha-bagunca.blogspot.com.br/2011/08/resenha-antes-que-eu-va.html

Ingrid_mayara 19/05/2017

Tema instigante, narrativa leviana
Narrado em primeira pessoa, o livro conta as aventuras (ou desventuras?) de Samantha Kingston. Ela e suas amigas são típicas garotas populares do Ensino Médio das quais eu costumava passar longe na adolescência.
Samantha revela seus anseios de tentar ser uma pessoa melhor, corrigindo algumas falhas cometidas por ela e suas amigas; porém, a história deixou bastante a desejar, porque mesmo tendo sete chances de reviver um só dia de maneiras diferentes, pouco mudou em seu comportamento arrogante e imprudente.
Realmente o sentimentalismo existente na narrativa causa certa empatia, o que é até proposital, visto que a morte é o tema principal da trama; entretanto, após a leitura, concluo que não superou minha maior expectativa, que era ver o crescimento pessoal da personagem (tão vociferado pelos fãs).
Principais lados negativos:
- Relacionamento com Rob e Kent bastante supérfluo. Poderia ter abordado mais (ou era essa a intenção?);
- Relacionamento com os pais: pouca intervenção nos diálogos. A personagem dava maior ênfase às amizades;
- Deixa parecer que o final da história não está completo, apesar de que o livro é absorto nesse fim.
- Achei desnecessário o uso insistente do verbo ganir.
Para concluir, a personagem era simplesmente o que ela vivia: uma patricinha que, apesar da superficialidade das relações, também tinha sentimentos. Juro que me emprenhei com a frase “tente não me julgar”, contida no livro, mas não obtive sucesso (risos). Espero que o filme seja melhor.

site: Se quiser me seguir no instagram: @ingrid.allebrandt

Hannaletix 11/10/2020

Este livro te faz repensar em todas as suas atitudes, relacionamentos e etc. Ele te faz valorizar a vida, e observar cada detalhe com mais clareza e atenção. Recomendo muitooo!!

Obs: como assisti o filme antes de ler o livro, e o filme é bem fiel ao livro, senti falta da surpresa dos acontecimentos (isso é estritamente culpa minha). Então, minha dica é: leiam o livro antes de assistir o filme, e assistam o filme também pois vale muito à pena.

mayfranca 20/05/2021

Sei que são personagens completamente diferentes, mas me senti jogando Life Is Strange de novo, jogo em que a personagem principal descobre que consegue voltar no tempo e tomar decisões diferentes.

Outra coisa que me veio à memória foi o conto brasileiro "As 220 Mortes de Laura Lins", e também já vi muita gente associando a esse conto, que é mais recente que o livro.

Há ainda outra associação: o jogo ainda não lançado 12 minutes. Como o próprio título diz, o personagem do jogo passa por um loop de 12 minutos, e não um dia inteiro, como nesse livro.

E mais outra: dentro do próprio livro a personagem principal, Sam, referencia o filme "O Feitiço do Tempo", em que o personagem principal também se encontra em um loop temporal depois de morrer.

Existem diversas obras com enredos similares (e ainda mais livros que se passam no ensino médio), porém, tão importante quanto o enredo, é a forma que uma história é contada. E a forma que essa história foi contada foi impecável: eu me enganei junto com a personagem, torci e, mais acima de tudo: entendi. O livro passa uma mensagem maravilhosa.

eve. 29/05/2022

tempo escorrendo como moedas entrededos...
eu poderia dizer que esse é o melhor livro do mundo, mas eu estaria excluindo que cada pessoa tem uma experiência lendo, e, bem, a minha foi a melhor possível.
li antes que eu vá pela primeira vem em 2017, mas não estava com altas expectativas, pois não conhecia o livro e havia pego da minha amiga, pois ela não queria mais. e, meus amigos, QUE SABOR DELICIOSO.
não posso dizer que antes que eu vá é um fenômeno, uma escrita de matar, etc, etc, mas, pra mim, a partir das minhas experiências de vida, se tornou tudo isso e mais um pouco (não é atoa que tá favoritado). sempre tive problemas graves de ansiedade e comecei tratamento psiquiátrico e psicológico um tempinho antes de ler esse livro e posso dizer que foi como uma pílula de abraço, aconchego, identificação. o meu medo do tempo é gigantesco: não consigo controlá-lo, não posso pedir pelo infinito, ou desejar que tudo pare neste exato momento. há uma ansiedade por achar que não estou usando-o da maneira mais adequada ou que vou perder alguma coisa se dormir até mais tarde.
a sam é uma parte de mim que eu oculto de muitos, por vergonha e traumas, mas isso não nos faz menos humanas, que amamos e temos uma vida como qualquer outra pessoa. eu me lembro bem de chorar em várias passagens por me identificar com tudo que tava escrito ali, o que me fez saber que se tornaria um dos meus livros favoritos logo nas primeiras páginas.
tenho que agradecer pela leitura e pelos ensinamentos; foi um livro que me fez me importar mais com os pequenos detalhes, a preciosidade do tempo e a intensidade que decidimos viver em nossas vidas. e eu, por ser a pessoa mais intensa que conheço, fez toda a diferença.

mairinha 17/05/2021

Assista o filme
Por incrível que pareça, eu recomendo o filme. Esse é o primeiro livro que gerou um filme, que já li na minha vida e prefiro a adaptação pros cinemas/tv.

Sinto que as cenas do início deles sendo chatos dura muito mais do que deveria, e quando deveria ter sido a morte dela, que seria um momento oportuno (no sexto dia) a história se prolonga por mais um ciclo. É meio entediante as vezes (talvez porque eu já sabia a história) mas a moral da história é a mesma, e isso é o que vale... né?!

Camilla.Conti 25/04/2021

É bom
Comecei a ler esse livro e achei tudo um tanto quanto problemático, mas após ter finalizado acredito ter sido proposital. Traz boas lições de moral sobre bullying e amizades. Além disso, a leitura é super fluida! Eu gostei, mas não amei.