Blog MDL 29/04/2014
Elizabeth é uma condessa que desde muito cedo teve que arcar com grandes responsabilidades, já que após um incidente na sua apresentação a sociedade seu irmão, sua única família, desapareceu misteriosamente. Durante anos ela ficou reclusa em sua casa trabalhando dia após dia para manter sua propriedade e os poucos empregados que lhe restaram, mas em meio a sua vida sem grandes emoções, seu tio, um homem pavoroso e avarento que é quem financia suas dívidas e lhe mantém financeiramente, decide que vai casá-la de qualquer maneira para evitar os gastos gerados por ela.
E para garantir a realização do seu intento ele envia cartas para todos os pretendentes que um dia já apresentaram uma proposta de casamento a sua sobrinha. Em sua carta ele é sucinto e direto, e afirma que irá mandá-la junto a uma dama de companhia passar uma semana na casa de cada um deles para que juntos pudessem reavivar as memórias antigas, mas apenas três entre os tantos cavalheiros que um dia já se encantaram por ela responderam positivamente, fato que o decepcionou um pouco, já que sua sobrinha era uma verdadeira beleza. Contudo, sem se importar com os sentimentos de Elizabeth ele a informa sobre sua ardilosa trama, e ela no mais completo desespero pede auxílio a Alex – sua melhor amiga – e a Lucinda – sua dama de companhia – para armar um plano que pudesse espantar os três pretensos noivos, incluindo um certo escocês a quem um dia ela chegou a amar e que foi o principal responsável por ela ter tornado-se uma pária social.
Alguém Para Amar foi um dos melhores livros que li este ano, devorei suas 704 páginas em pouco mais de dez horas e foi algo muito natural para mim, não me requereu grandes esforços o que não se pode dizer de todos os livros com esse número de páginas. Todavia, acredito que o grande segredo das histórias de McNaught que prendem o leitor de modo peculiar, é a maneira como ela constrói a trama, pois diferente de muitos autores ele trabalha a dualidade de forma muito concisa, seus enredos são sempre cheios de amor e ódio, traição e perdão, ingenuidade e desconfiança, de modo que é impossível não se sentir arrebatada por suas palavras.
Pelo que me recordo este foi o quarto livro que li dela, o primeiro foi Agora e Sempre que é muito especial para mim e talvez, seja o meu predileto até o momento, mas nem por isso este livro torna-se menos grandioso, menos encantador, principalmente por que ele traz personagens que te faz sentir a mesma dualidade com a qual a autora insiste em escrever, já que na mesma medida que você os ama, você também odeia as atitudes deles e torce para que eles saiam da completa ignorância e orgulho e assumam seus verdadeiros sentimentos e encarem uma sociedade preconceituosa que esquece os escândalos e erros de seus integrantes apenas com o temor de terem como desafetos famílias importantes e ricas.
Com relação aos personagens principais, pode-se dizer que Elizabeth é uma mocinha nada convencional, é mais fácil ela chorar de raiva do que tristeza, sua coragem é tão grande que ela parte nessa jornada na qual o seu tio a colocou de cabeça erguida apesar de estar destruída por dentro com a certeza de que terá que encontrar com o homem que destruiu sua vida. Por outro lado, Ian é um dos cavalheiros que mais demorou em me cativar, o achei tão prepotente, tão cheio de si, que foi difícil aceitar o modo passional como Elizabeth agia diante das implicâncias dele, embora que como todo o livro de McNaught nós sempre acabamos rendidas diante dos encantos de seus mocinhos (risos) e nos encantando profundamente com os seus finais felizes. Em poucas palavras posso dizer que este é um livro memorável e que vale a pena ser lido, em qualquer tempo, em qualquer lugar. Recomendo muito!
site: http://www.mundodoslivros.com/2012/10/resenha-alguem-para-amar_17.html