Carolina2647 09/08/2012
Sou fã declarada de Judith McNaught. Já li dois livros dela (Um Amor Maravilhoso e Até Você Chegar) e estava louca para ler Alguém para Amar.
Terminei a leitura há um tempo, porém, não consigo achar um modo de expressar tudo o que senti e como amei o livro.
O livro conta a história de Elizabeth, uma garota órfã que está quase à falência. Então, seu irmão decide que está na hora de ela se casar com um homem rico e de preferência, nobre.
Elizabeth vai para sua primeira temporada em Londres e é um sucesso, ela recebe 15 propostas. Mas seu irmão recusa todos os pretendentes achando que 'o homem' que ele idealiza irá aparecer a qualquer momento. Mas nenhum é bom o bastante e Elizabeth continua sem noivo.
Só que em uma festa ela conhece Ian Thornton, um escocês que deixa seu coração acelerado e suas palmas suadas. Ela acaba se encontrando com ele e sua reputação fica manchada. Lhe resta apenas voltar para casa sem um pedido e tocar a vida em frente.
Dois anos se passam, seu irmão sumiu por causa das dívidas e seu tio entra em cena para casá-la o quanto antes. Ele manda uma carta para cada um dos 15 pretendentes dela, sendo que apenas três aceitam com que ela passe uma semana na casa deles. O primeiro é um velho libertino com fetiche por cupido; o segundo é um viciado em caça e pesca; e o terceiro é Ian Thornton, o homem que arruinou sua vida.
Elizabeth fica indignada pela atitude do tio e mais revoltada ainda por Ian aceitar tal proposta depois de tudo o que ele lhe fez. Então, ela resolver fazer com que nenhum dos pretendentes dela pensem que ela é uma boa candidata para se casar.
Porém, Ian nada sabia sobre essa proposta e sobre a visita de Elizabeth. Seu secretário cometeu um erro e quando ele estava em seu chalé na Escócia é surpreendido pela visita de Elizabeth. E ele preciso lidar com todos os sentimentos que voltam a tona.
A leitura do livro é rápida e deliciosa, é aquele tipo de livro que você pega e não quer mais largar até terminar, e enquanto está lendo não vê o tempo passar. E quando acaba, deixa um gostinho de quero mais e aquela deliciosa depressão pós-livro.
Adoro a escrita de Judith McNaught e dos três livros que li dela, esse é o melhor na minha opinião. Alguém para Amar é um livro imperdível. É um dos melhores romances que li.
Todos que gostam de um bom romance histórico deve ler.
Recomendadíssimo!!!
Trechos:
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"A luz da lua espalhava-se nos degraus do terraço, e ao longo do jardim as tochas iluminadas reluziam. O cenário tranquilo serviu para acalmá-la e, descendo até o jardim, Elizabeth caminhou a esmo, cumprimentando os poucos casais que encontrava pelo caminho. Parou nos limites do jardim e, virando à direita, entrou no caramanchão, um tipo de mirante cercado de plantas. O som de vozes esvaía-se no ar, deixando apenas os acordes distantes da música. Permaneceu parada ali por alguns minutos, quando ouviu uma voz aveludada dizer, atrás de si:
— Dance comigo, Elizabeth.
Assustada pela chegada silenciosa de lan, ela voltou-se e, deparando com ele, levou a mão automaticamente ao pescoço. Imaginara que ele houvesse se zangado com ela, na sala de jogos, mas a expressão de seu rosto era calma e terna. As notas ritmadas da valsa flutuavam em torno deles, e lan abriu os braços.
— Dance comigo — ele repetiu, no mesmo tom suave e quente.
Como se estivesse num sonho, ela caminhou até seus braços e sentiu-o enlaçar-lhe a cintura, puxando-a contra a firmeza de seu corpo."
"— Dou-lhe minha palavra — ele disse, baixinho — de que não a forçarei a nada que não queira fazer, amanhã.
Estranhamente, Elizabeth acreditava nele. Mas sabia que jamais poderia aceitar tal convite.
— Dou-lhe minha palavra de cavalheiro — ele insistiu.
— Se o senhor fosse um cavalheiro não teria me feito esta proposta — retrucou ela, tentando ignorar a pontada de desapontamento em seu peito.
— Bem, aí está uma lógica com a qual não poderemos argumentar — lan tornou, com um leve sorriso. — Por outro lado, é a única opção que nos resta.
— Não é opção nenhuma. Na verdade, nem deveríamos estar aqui conversando.
— Vou esperá-la no chalé, até o meio-dia.
— Eu não irei.
— Até o meio-dia - ele repetiu.
— Pois estará perdendo seu tempo. Agora, deixe-me ir, por favor. Tudo isso foi um erro terrível!
— Então quem sabe possamos errar novamente — ele disse, a voz enrouquecida. Depois, puxou-a abruptamente contra si, segurando-a com força. — Olhe para mim, Elizabeth — murmurou, e seu hálito quente provocou nela um súbito arrepio.Sinais de alerta ressoavam na mente de Elizabeth. Se levantasse a cabeça, ele iria beijá-la.
— Não quero que o senhor me beije. — avisou-o, embora não fosse realmente verdade.
— Então despeça-se de mim agora. — Elizabeth ergueu os olhos, deparando com os dele.
—Adeus — disse, admirada com a firmeza da própria voz. Os olhos dele deslizaram por seu rosto como se quisessem memorizá-lo, até se fixarem nos lábios. As mãos escorregaram pelos braços dela e, de repente, a soltaram. Deu um passo para trás.
— Adeus, Elizabeth. Ela virou-se e começou a se afastar, mas a tristeza contida naquela voz profunda a fez voltar-se. Ou, talvez, tivesse sido seu próprio coração que se partira, como se ela estivesse abandonando algo... precioso. Fisicamente separados por apenas alguns metros e, socialmente, por um abismo, ambos trocaram um olhar silencioso."
"— Elizabeth... está aqui porque nós dois estamos meio apaixonados um pelo outro.
— O quê? - ela ofegou.
— E quanto à necessidade de saber quem eu sou, a resposta é muito simples. — As mãos dele acariciaram-lhe o rosto pálido e, depois, deslizaram até a nuca, segurando-a com delicadeza — Eu sou o homem com quem você vai se casar.
— Ah, meu Deus!
— Creio que é tarde demais para começar a rezar — brincou ele.
— Você... deve estar louco! — ela murmurou, trêmula.
— Sim, é exatamente o que eu penso — lan sussurrou e, inclinando a cabeça, pressionou os lábios em sua testa. Puxou-a contra o peito, abraçando-a como se soubesse que ela iria lutar, se tentasse avançar mais. — Não estava nos meus planos, srta. Cameron.
—Ah, por favor... — ela implorou, transtornada. —Não aja assim comigo, eu não entendo nada disso... Não sei o que está querendo...
— Quero você. — Segurando-lhe o queixo entre os dedos, lan obrigou-a a erguer o rosto e encarar seu olhar firme. — E você também me quer.
Elizabeth sentiu o corpo todo estremecer quando os lábios dele aproximaram-se dos seus, e tentou adiar o que sabia ser inevitável.
— Uma inglesa bem-criada não sente nada mais forte do que afeição — argumentou, citando uma das frases de Lucinda. Nós nunca nos apaixonamos. Os lábios quentes de lan tocaram os dela.
— Eu sou escocês — ele murmurou. — Nós nos apaixonamos."
"Girando o corpo, encaminhou-se para a escrivaninha, apoiando as mãos úmidas no tampo de madeira, esperando até que ele se viu forçado a encará-la. Parecendo um anjo corajoso e determinado, Elizabeth enfrentou seu adversário, com a voz trêmula de amor.
—Escute-me com atenção, meu querido, pois vou lhe dar um aviso bem claro de que não permitirei que faça isso conosco. Você me deu seu amor, e eu não vou deixar que o tome de volta. Por mais que você tente, mais força eu terei para lutar. Vou assombrar seus sonhos à noite, exatamente como você fez com os meus, em todas as noites em que ficamos separados. Vai permanecer longas horas acordado, desejando-me ao seu lado, e sabendo que eu também estarei ansiando por você. E quando não puder mais suportar... — prometeu, dolorosamente —, então voltará para mim, e eu estarei à sua espera. Vou chorar em seus braços e lhe dizer o quanto lamento todo o mal que lhe causei, e você me ajudará a encontrar uma maneira de perdoar a mim mesma...
—Maldição! — ele gritou, o rosto pálido de fúria. — O que mais é preciso para fazê-la parar?
Ela encolheu-se sob o ódio na voz que amava tanto. E rezou para conseguir dizer tudo o que tinha a dizer sem começar a chorar.
—Eu o magoei demais, meu amor, e vou continuar a magoá-lo nos próximos cinquenta anos. E você também vai me ferir, lan, embora eu espere que nunca mais seja tanto quanto está me ferindo agora. Mas se é assim que tem de ser, vou suportar tudo pois minha única alternativa seria viver sem você, e isso é o mesmo que a morte. A diferença é que eu sei disso, e você... ainda não sabe."
"lan viu as lágrimas reluzindo nos magníficos olhos de Elizabeth, e uma delas formou uma trilha no rosto suave. Com doloroso esforço, ele falou:
—Se estiver disposta a dar um passo à frente, minha querida, você poderia chorar em meus braços. E, enquanto isso, eu lhe direi o quanto lamento por tudo o que fiz... — Incapaz de esperar, estendeu os braços e apertou-a com força contra o peito. — E quando eu terminar — sussurrou, quando Elizabeth o enlaçou e começou a soluçar —, você pode ajudar-me a encontrar uma maneira de perdoar a mim mesmo.
Torturado por aquele pranto, roçou o queixo contra a testa de Elizabeth, e prosseguiu, num sussurro entrecortado:
—Perdoe-me, Elizabeth... — Devagar, inclinou o rosto e cobriu-lhe a boca com a sua. — Perdoe-me, por favor..."