Os da minha rua

Os da minha rua Ondjaki




Resenhas - Os Da Minha Rua


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Ana 02/12/2022

Uma delícia de texto, parecem mais com crônicas do que contos.

"Nas despedidas acontece isso: a ternura toca a alegria, a alegria traz uma saudade quase triste, a saudade semeia lágrimas, e nós, as crianças, não sabemos arrumar essas coisas dentro do nosso coraçao." (p. 95)
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Paula 22/03/2010

Para não esquecer da infância
Hoje depois de terminar um livro do Coetzee (que é maravilhoso, mas de um texto pesado, seco e forte), senti vontade de algo mais leve. E este livro foi a escolha perfeita. Só que não podia imaginar que ele fosse me emocionar tanto.

O escritor angolano Ondjaki nos presenteia com 22 pequenas histórias cheias de ternura, de esperança, que nos remetem à nossa própria infância. Por meio dessas histórias mergulhamos em nossas lembranças e somos capazes de sentir os cheiros, de lembrar do nosso olhar inocente, sensível ao mundo ao nosso redor, de quando éramos crianças.

Terminei o livro com lágrimas nos olhos e a história "palavras para o velho abacateiro" me marcou de forma especial, pois aprendi com ela que "uma casa está em muitos lugares; é uma coisa que se encontra".

É um livro que recomendo para leitores de todas as idades. Porque vale a pena relembrar e reviver essa época de olhos miúdos que brilhavam de esperança, mesmo que seja por alguns instantes.

"Antigamente as pessoas eram pessoas de chegar. Não sabíamos fazer despedidas". [pág. 137]

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Texto da capa do livro (comentário de Ana Paula Tavares):

"O teu livro dá conta de como crescem em segredo as crianças. É o milagre das flores do embondeiro: habitam o mundo em concha por breves momentos e vêem através da luz o milagre das pequenas coisas".
Luiz 04/08/2014minha estante
você conseguiu sintetizar exatamente o que eu senti durante a leitura do livro :)




Carlos Nunes 01/08/2023

Esse livrinho despretensioso foi uma grata surpresa, é um livro delicioso de ler, muito bem escrito, e que deixa na gente aquela sensação de aconchego. É um livro de memórias da infância do autor, passadas em Luanda, capital de Angola, na década de 80. São contos curtinhos, narrando episódios e observações do autor sobre o que ele vivia e como via o mundo à sua volta, com aquele olhar de criança, muito mais focado nas brincadeiras e experiências infantis do que na miséria à sua volta, em um país que acabara de sair de uma guerra civil, com forte presença de tropas soviéticas, lutando para se desenvolver e criar uma identidade própria. Todos esses temas estão presentes, mas de forma muito difusa, porque o que o autor e seus amiguinhos estavam preocupados era com as brincadeiras, as confusões, os passeios, o último capítulo das novelas brasileiras, as primeiras experiências amorosas, ou seja, assuntos que já ocuparam todos nós, mesmo que de gerações e realidades diferentes. Além disso, a escrita do autor é muito bonita e poética, dá pra perceber que o autor tem um grande conhecimento e sabe usar com maestria a língua portuguesa, é um texto que dá gosto de ler, ainda mais pontuado aqui e ali com palavras e expressões exclusivas de Angola, o que dá todo um tempero a mais no texto.
Dávila 01/08/2023minha estante
Até adicionei na minha lista por causa da sua resenha. Não conhecia


Carlos Nunes 01/08/2023minha estante
Oi, Dávila, que legal! Espero que goste tanto quanto eu. É umivrinho singelo, rápido de ler, que nos dá aquele saudosismo gostoso...




Ivone.Mariano 29/04/2020

Contos sobre a infância
Escritor angolano, nascido em Luanda, relata histórias da infância com bastante delicadeza e leveza. O ritmo angolano do português e as palavras locais são deliciosos, espiar a infância desses meninos é nostálgico, muitas vezes visitei minha própria infância e dancei nas minhas lembranças embalada por essa leitura.
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bea 27/04/2020

é sempre mágico ler a nossa infância sendo escrita por outra pessoa. definitivamente quero explorar mais a escrita angolana, vale a pena a leitura.
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DIRCE 17/03/2023

Ternura é seu segundo nome.
Preguiça de atualizar minhas leituras...

Mas vamos que vamos.

Depois do Magnifico, porém dilacerante “ Um Defeito de Cor”, nada como essa pequena grande obra de Ondjaki para se ter a sensação de uma brisa nesses em dias quentes de verão saárico.
Em “Os da minha rua” o escritor apresenta um livro diferente dos livros anteriores que li, nos quais ele aborda o contexto político e social à época ( século XX anos 80) . Não vi nessa obra a Angola da guerra, das minas, da corrupção ou da miséria. O que vi foi uma Angola de crianças felizes, mais especificamente, meninos felizes. São crianças ingenuamente traquinas, com imaginações únicas. Crianças de prazeres simples, de sentimentos profundos e lágrimas fáceis como na despedida dos professores cubanos: “a despedida tem cheiro de amizade cinzenta”.
Enfim, Os da minha rua é um livro escrito com ternura e foi com ternura que fiz minha leitura .
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valen.tilha14 05/01/2023

Infância
Nessa obra, Ondjaki conta histórias de sua infância de seu ponto de vista enquanto criança e , a partir disso, faz diversas reflexões sobre a vida e a simbologis da infância. Certamente um livro muito gostoso de ler e que traz aquele "quentinho no coração".
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Duds 08/04/2021

sim queria me fingir de conceitual e dizer que amei, mas nao kkk
eu gostei da intenção, da história por trás, mas o livro nao me cativou
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Ladyce 03/01/2010

A mágica de Luanda pelos olhos de Ondjaki
Agora que as férias de julho estão aí e que talvez haja um ou dois fins de semana de inverno, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, com um pouquinho de frio pedindo para uma tarde dentro de casa, nada melhor do que um livro que pode e deve ser lido por toda família, dos avós, aos pais, aos adolescentes. Recomendo para isto, o maravilhoso Os da minha rua, do autor angolano Ondjaki, publicado no Brasil pela editora Língua Geral. Eu já estava familiarizada com a sua escrita, através do seu livro Bom dia, camaradas, que também é um livro para ser lido por todos da casa. Para esta tarefa de alegrar a todos, recomendo, no entanto, o volume Os da minha rua, porque é composto de pequenas e deliciosas histórias que podem ser lidas rapidamente e que trazem um prazer instantâneo, um sentimento de leveza e a esperança de que as coisas podem melhorar, qualquer que seja o futuro.
Foi gratificante ver que gostei tanto deste livro quanto do anterior. Ás vezes é difícil lermos a segunda obra de um escritor de que gostamos muito. Sempre corremos o risco de ficarmos um pouquinho desapontados. Mas este volume de vinte e duas historietas está carregado da mesma linguagem encantadora que havia me seduzido no primeiro trabalho de Ondjaki que li. Como no livro anterior, vemos a realidade de Luanda, pós-guerra, através dos olhos de uma criança. Suas observações são simultaneamente líricas, engraçadas, inteligentes e surpresas. Há uma grande inocência no questionamento do narrador que nos remonta à nossa própria infância ou à infância que gostaríamos de ter tido. Suas observações sobre o mundo à sua volta fazem com que tenhamos sempre um sorriso nos lábios, e enquanto acompanhamos as peripécias dos vizinhos do nosso pequeno herói, assim como reações de alguns dos integrantes de sua família, compartilhamos com ele o prazer das descobertas. Voltamos por momentos a relembrar, a redescobrir a mágica da vida a nosso redor. Este livro faz a gente sorrir e sonhar enquanto conhece um pouco da vida e da cultura de Angola. Os da minha rua tem a dose certa de encantamento e esperança que todos nós podemos usar de vez em quando.

09/07/2008

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rhiannonrings 19/12/2023

Já que você quer saber?
A melhor parte da vida de um ser humano deveria ser a infância, é algo que não deveria ser tirado de um humano, me senti uma criança de novo!
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Rata de Biblioteca 11/07/2021

Ondjacki e os da minha rua.
Os da minha rua é uma obra formada por contos, narrados por ondjacki, onde ele relata lembranças sobre a infância em Angola em meados da década de 70 ou 80. O que mais torna essa obra interessante é que os fatos narrados nos contos, não são muito diferente de algumas realidades que existia no Brasil, no mesmo recorte de tempo citado neste texto.
Ondjacki escreve de forma leve, um tanto engraçada, relatos que formam uma realidade complexa e enfrentando momentos politicos complicados. Essa coletânea de lembranças que é essa obra é uma viagem no tempo de volta a infância, para algumas das gerações não só Angolanas,mas principalmente brasileiras.
Recomendo muito a leitura.
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GilbertoOrtegaJr 19/01/2016

Os da minha rua – Ondjaki
Um dos grandes perigos que se tem ao escrever memórias ou crônicas sobre a infância é que elas podem vir a se tornar um texto que reflete um lugar comum, e isso se deve pelo fato de que em muitos aspectos a infância tem seus pontos iguais, como aquela rua em que morou, ou as primeiras paqueras, a escola, ou até mesmo situações que se percebem de uma forma quando somos criança, mas quando nós tornamos adultos entendemos de outra forma, pois antes não tínhamos ainda uma bagagem para compreender algo.

E é aí que peca o escritor angolano Ondjaki, as suas vinte e duas crônicas sobre sua infância não têm grande originalidade, nem conseguiram despertar meu interesse, aquilo que ele escreve ali em geral é marcado por lugares comuns, desde a escolha de narrar todas as histórias sobre a ótica de uma criança, que é um recurso batido, até tentar fechar suas crônicas com frases ou momentos de efeitos, armados simplesmente para que a história tenha um peso, seja ela de lição ou de humor, ao menos isso ajuda a dar um pequeno toque de qualidade na obra, já que em matéria daquilo que é narrado fica muito a desejar.

Outros dois fatores que me incomodaram e muito é o tom que ele narra; faz parecer que ele já tem uns 60 anos, pelo estilo nostálgico e tom forçado de sabedoria, isso somado a higienização que o livro sofre, que beira o patético, não existe momento de confronto contra a realidade, não existe sentimentos maus, enfim, lembra mais os filmes da Barbie com seu mundo rosa perfeito do que uma infância real.

Em tudo isso o que me preocupa mais ainda é que se algum adulto pegar este livro para ler pode achar que é um ótimo livro para estar nas escolas e estimular as leituras dos jovens, e sinceramente ele não é, não sei que tipo de adolescente foi você que está lendo esta resenha, mas eu quando fui adolescente queria ler histórias diferentes daquilo que eu estava vivendo, afinal se eu já ia na escola, tinha minhas pequenas aventuras com meus primos, e meus pequenos aprendizados porque eu iria ler um livro que fala daquilo que estou vivendo? Ao contrário, este livro serve muito mais à quem já tem mais de 35 ou 40 anos, ao menos penso desta forma, que quer relembrar sua infância.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2016/01/19/os-da-minha-rua-ondjaki/
Ilmara 01/08/2016minha estante
Não concordo, pois os contos de "Os da minha rua" revelam traços da sociedade angolana, numa prosa apenas aparentemente inocente. A opção pelo retrato da infância revela, em Ondjaki, o intenso diálogo do autor com a tradição literária de seu país. Acredito também que as escola podem e devem usar esse livro em sala de aula, porque ele trás a tona uma realidade, que nós como criança brasileira não passamos que é o terror da guerra.
E Ondjaki trabalha esse assunto com maestria. Você deve lembrar que no percurso para a casa do Lima, o narrador informa que é preciso cuidado para não pisar nas poças de água nem na dibinga (fezes) dos cães, pois a rua era bem escura. O menino diz para tia Rosa tomar cuidado com as ?minas? e, depois, nos informa de que ?minas era o código para o cocó quando estava assim na rua pronto a ser pisado?.
Esta linguagem da criança nos faz vislumbrar um contexto em que a guerra tornou-se já um fato do cotidiano, contaminando, inclusive, a linguagem mais corriqueira.


GilbertoOrtegaJr 22/08/2016minha estante
Oi Ilmara, muito obrigado por seu comentário e pelas suas colocações, são pontos interessantes a se pensar, em uma abordagem diferente da minha.
Só ressaltando que minhas ressenhas são de tom pessoal.




Lívia 30/09/2022

Os da minha rua
"e acabo de fechar um livro com aquela sensação esquisita (humana? Metafísica?) que concluir um livro traz - como se a pele se imbuísse de certo fechamento, os olhos pedissem calma à luz e os sons ficassem terrivelmente delicados de se dizer e de se ouvir"
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Laura 22/07/2010

Encantador
Um livro leve e que realmente encanta.
Seguindo os passos de Ondjaki percebemos uma vida dura mas feliz. Ao ler, podemos voltar a simplicidade e inocência dos tempos de infância.
Lindo e encantador.
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Mag 30/05/2010

Um saco!
O livro reúne pequenas histórias que retratam a infância do autor angolano Ondjaki. Infelizmente nenhuma delas me tocou. Achei a narrativa muito pobre, às vezes parece uma criança escrevendo, e se ele fez isso de propósito pra nos remeter ainda mais à infância, pra mim não funcionou...Ele ainda abusa de uma fórmula pra finalizar os textos que achei muito chata tmb, quase repetindo o título da história, ele subestima a capacidade do leitor...

Foi um leitura desprazerosa e travada, muitas vezes sem sentido nenhum (e não é culpa do vocabulário não). Em muitos momentos senti falta de uma contextualização mais efetiva.

Se quiserem ler algo brilhante sobre infância, recomendo Fernando Sabino.

Lima Neto 21/05/2010minha estante
gostei da crítica e da forma como você a escreveu, de forma direta e clara, justificando os reais motivos por não ter "aprovado" o livro.


Rafael 20/03/2011minha estante
Se quando você diz "algo brilhante sobre infância" você está se referindo a "O Menino no espelho" do Fernando Sabino...
Eu achei o livro péssimo. : )
Eu copiaria a sua resenha e colaria lá, porque foi exatamente o que eu senti lendo o livro do F.S. kkk.
Mas tudo é uma questão de gosto, claro!
Abraço.


Aline 13/12/2013minha estante
Achei esse livro bobinho, bobinho. Talvez tivesse gostado mais se tivesse lido quando EU era criança. Já que você gostou tanto de "Verão", eu indico "Infância" do Coetzee.


Mag 13/12/2013minha estante
POis é Aline, bobinho e ruim mesmo. Eu tenho "Infância" mas ainda não li, mesmo assim agradeço pela dica. Um abraço!




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